Espelho

Estreia dia 3 de setembro no Teatro da Livraria da Vila, do Shopping JK…

 

Em um espaço vazio, duas atrizes contam suas histórias. Cada uma formando um complexo caleidoscópio com fragmentos de sua própria vida e da personagem que representa. Ambas as personagens se encontram em situações limites, a espera de decisões que mudarão profundamente as suas vidas. Com foco na potência imagética e narrativa das palavras, a encenação baseia-se na presença do ator. Quase nenhum cenário, talvez apenas poucos objetos habitem esse espaço suspenso, fora do tempo, onde o ar se faz denso e a respiração é difícil. A espera e a impotência são femininas.

Apesar das diferenças políticas, territoriais e religiosas, é possível encontrar comportamentos de opressão e submissão no que diz respeito à mulher nas mais variadas culturas. “Espelho” escolhe como ponto de partida as culturas árabe e judaica e se propõe a subverter a aparente oposição entre essas.

Ainda que submetidas a diferentes tipos de opressão e submissão, as mulheres árabes e judias se deparam constantemente com situações extremas. Em resistência a terreno tão árido, brotam potências femininas universais capazes de transpor fronteiras culturais.

No intuito de encontrar também em si mesmas as manifestações dessas potências, as atrizes, Joana Dória e Sofia Boito, propuseram um processo colaborativo de criação dramatúrgica que tinha como ponto de partida a atriz. Combinando estudo de material teórico sobre as culturas escolhidas e levantamento de material pessoal, improvisações práticas foram conduzidas pelo diretor Antônio Januzelli e deram origem ao espetáculo.

Com foco na potência imagética e narrativa das palavras, a encenação baseia-se na presença do ator. Quase nenhum cenário, poucos objetos habitam esse espaço suspenso, fora do tempo, onde o ar se faz denso e a respiração é difícil. Para revelar a temática universal do feminino que norteia a obra, atuação e a encenação verticalizam a intimidade das situações narradas a ponto de alcançar e trazer à tona as potências essenciais que as regem. A linguagem de atuação leva as atrizes ao lugar onde os seus desejos mais íntimos encontrem os das personagens. É a potência humana desses desejos que se revela em cena e não a representação dos mesmos.

Ficha Técnica
Texto: Joana Dória e Sofia Boito
Direção: Antônio Januzelli
Interpretação: Joana Dória e Sofia Boito
Iluminação: Sofia Boito
Figurino: Fernanda Yamamoto
Produção Executiva: Júlia Novaes
Design Gráfico: Bruno Gonçalves
Realização: Cia Temporária de Investigação Cênica

 

Espelho
Teatro Livraria da Vila

Shopping JK Iguatemi
Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 2041 – Vila Nova Conceição
Informações: 5180-4790
Capacidade: 125 lugares
Acesso para deficientes.
Estreia: 3 de setembro
Temporada: até 30 de outubro
Sábados, às 20h
Domingos, às 18h
Duração: 60 min
Classificação: 14 anos
Ingressos:
R$ 60,00 e R$ 30,00
Venda:
Ingresso Rápido
Televendas: 4003 1212

Antônio Januzelli (diretor)
Diretor, ator e professor com vasta experiência em teatro, formou-se ator pela Escola de Arte Dramatica- EAD (1970), mestre (1984) e doutor (1992) em Teatro pela USP. É autor do livro “Aprendizagem do ator”, da Editora Ática. Entre seus diversos trabalhos estão a direção dos seguintes espetáculos: “Um minuto e Meio” (2011), em parceria com o ator Marcello Airoldi; “Se Eu Fosse Eu” (2009), com a Cia. Simples de Teatro; “O Porco” (2008), pelo qual o ator Henrique Schafer foi indicado ao prêmio Shell de melhor ator; “Querido Pai” (2006), baseado na obra de Franz Kafka “Carta ao Pai”. Foi preparador do ator João Paulo Lorezon para o espetáculo “Eu vi o sol brilhar em toda a sua glória” pelo qual o ator foi indicado ao prêmio Shell.

Joana Dória de Almeida (atriz)
Atriz, encenadora, performer, professora de teatro e mestranda do programa de pós-graduação em Artes Cênicas da ECA-USP. Além do Brasil, realizou trabalhos na Itália e na Alemanha. Formada no curso técnico profissionalizante para atores do Teatro – Escola Célia Helena (2004), no curso de Artes Cênicas da USP, bacharelado em Direção Teatral (2008), e na Pós Graduação Lato Sensu em Direção Teatral da Escola Superior de Artes Célia Helena (2013). É diretora artística e atriz da Cia. Temporária de Investigação Cênica com a qual realizou diversos trabalhos artísticos. Fora da Cia Temporária, atuou em espetáculos, performances e intervenções como Um poema cênico para Ferreira Gullar, direção de Ana Nero. Pausa para respirar, do grupo OPOVOEMPÉ; Possíveis janelas para ver o tempo correr, do grupo OPOVOEMPÉ, Ato a quatro, de Jane Bodie e direção de Bruno Perillo, Evacuation Frankfurt – Opovoempé, do grupo Opovoempé, realização do Künstlerhaus Mousonturm, Pornô Falcatrua 18.633, texto de Eduardo Ruiz e direção de Gustavo; Aparelhos de superar ausências, do grupo Phila 7; e Alice Através do Espelho, de Lewis Carroll e direção de Rubens Velloso. Foi assistente de direção de Lígia Cortez, Rubens Velloso, Cristiane Zuan Esteves e Ana Nero. Desenvolve, – como atriz, performer e assistente de direção -, parcerias frequentes com os grupos Opovoempé e Phila 7, ambos vinculados à pesquisa e criação na cena contemporânea. É coordenadora de extensão e docente da Escola Superior de Artes Célia Helena, onde desenvolve ações como o Projeto Conexões (teatro jovem); o Seminário de Pesquisa e Extensão; e o projeto Artes voltadas à Educação (Parceria com EMEIs para a qualificação de professores), entre outras.

Sofia Boito (atriz)
Artista multidisciplinar atualmente é doutoranda na Escola de Comunicações e Artes da USP onde desenvolve pesquisa sob orientação do professor e crítico Luiz Fernando Ramos, é mestre pela mesma instituição, na qual defendeu a dissertação “O ato fotográfico como ação performática”, sob orientação de Antônio Araújo, com bolsa FAPESP (2013). Possui diploma de graduação em dramaturgia e crítica no curso de bacharelado em teoria do departamento de Artes Cênicas da ECA/USP (2009). Como atriz e performer, além dos trabalhos com a Cia Temporária, participou de diversos espetáculos e projetos, entre os quais: Patronato 999m (Santiago do Chile/2015) e Bom Retiro 958m, ambas do Teatro da vertigem – personagem: Manequim defeituosa e Rádio Infinita (2012-2013, peça vencedora de diversos prêmios como APCA de melhor direção, Prêmio Governador do Estado – votação popular, Prémio Shell de melhor Iluminação); Fome de Notícia do coletivo V.AG.A* (Centro Cultural São Paulo, setembro/2013 e Centro Cultural da Penha, setembro/2014),The film that is not there (Vídeo-instalação de Kika Nicolela vencedor do prêmio de artes visuais FUNARTE 2011); O problema do carteiro chinês (peça-instalação do coletico V.AG.A* apresentada na Mostra Novos Encenadores do Teatro da Vertigem em 2011); E agora, Nora?! (peça da Cia Temporária de Investigação Cênica – Espaço Experimental do Teatro Augusta/2010; TUSP/2009; Casa Livre/2009, mostra FUORA de arte contemporânea do espaço IMACELLI em Certaldo, Florença, Itália em 2010); Jardín de Pulpos (orientação de Antonio Januzelli – Espaço Sátyros 2, 2007). Participou do video “The film that is not there”(direção de Kika Nicolela); dos curta-metragens do diretor Miguel Antunes A era de ouro (2014) e Aurora (2009), ambos exibidos em diversos festivais e na Mostra Internacional de Curtas de São Paulo.

Fotos: Divulgação / Reprodução Facebook

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