Badi Assad lança novo álbum no Sesc Pompeia

No dia 7 de outubro, Badi sobe ao palco acompanhada pela percussão da Simone Sou e pelo baixista Rui Barossi, no lançamento do seu novo disco, “Singular”…

 

Singular chega ao Brasil como parte das comemorações aos 25 anos de carreira da Badi Assad, com nove canções que misturam ritmos, batuques, gêneros e atribuem roupagem brasileira à músicas do pop alternativo internacional.

O 14º álbum na discografia da cantora, compositora e violonista tem repertório em inglês e português, com músicas autorais e de artistas internacionais selecionados a dedo. Badi escolheu nomes como os ingleses Alt-J e Mumford & Sons, o Irlandês Hozier, a Neozelandesa Lorde, o produtor e DJ norte-americano Skrillex, e fez versões inusitadas.

Como é característico no trabalho da artista brasileira, Badi coloca sua assinatura musical nas canções. Skrillex secretamente dança ao espírito do maracatu, Lorde recebe batidas afro-baianas em seu hit ‘Royals’, enquanto ‘Little Lion Man’, do Mumford & Sons, transforma-se em bossa nova, ambas já ganharam videoclipe. A misteriosa ‘The Hanging Tree’, trilha do filme ‘Jogos Vorazes – A Esperança Parte 1’, ganha cadência distintamente brasileira sem perder a simplicidade do arranjo original. “Queria algo mais orgânico”, reflete Badi.

“Essas músicas me surpreenderam, tanto pela profundidade de seus conteúdos quanto pelo engajamento que provocaram em jovens ouvintes. Dentro do universo pop há tanta música rasa explorada ao máximo pela indústria do entretenimento, carregadas de temáticas ligadas ao sexo, fama e ostentação, que por vezes podemos ter a falsa impressão de que não mais encontramos músicos jovens que se propõem a vasculhar a vastidão humana em todas suas nuances, explorando questões significativas e complexas. Artistas como Hozier, Mumford&Sons e Lorde vieram para contrapor isso tudo”, comenta a cantora.

Entre as composições autorais, Badi assina sozinha ‘Entrelaçar’, mostra a profunda ‘Spirit Dog’ ao lado de seu irmão Sérgio Assad e do norte-americano Daved Levitan, em parceria com Zélia Duncan encerra o disco com a balada ‘Vejo Você Aqui’.

Singular foi gravado e produzido no estúdio YB, com produção de Ruriá Duprat (vencedor do 51º Grammy) e direção musical de Carlinhos Antunes. O projeto traz um pequeno núcleo de instrumentos e voz, acrescentado pelos talentosos Rui Barossi no contrabaixo e do russo Oleg Fateev no bayan (acordeon com botões). No diálogo com a magistral percuteira, Simone Sou, afloraram muitos dos ritmos brasileiros. Ruriá Duprat participa também com o sintetizador e Carlinhos Antunes no quatro venezuelano.

O belo ensaio para a capa de Singular foi feito com a técnica “powder photography”, por Alfredo Nagib Filho e equipe, o figurino foi confeccionado em papel e plástico, criação da estilista Iza Graça.

Distribuído pela gravadora Eldorado, Singular chega aqui depois de passar pelos Estados Unidos e Europa. Justamente porque o lançamento no Brasil vem com este marco tão importante na notável carreira. #BadiAssad25anos

Badi Assad – Lançamento “Singular”
Sesc Pompeia
Teatro
Rua Clélia, 93 – Pompeia – SP
Tel.: 11 3871-7700
Capacidade: 800 lugares
Sexta-feira, 7 de outubro, às 21h
Duração: 90 minutos
Acesso para deficientes
Não tem estacionamento.
Classificação: não recomendado para menores de 12 anos.
Ingressos: R$16,00 [inteira] R$8,00 [usuário inscrito no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante] R$4,00 [trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes]
Funcionamento da bilheteria: Terça a Sábado, das 9h às 21h e Domingos, das 9h às 19h.
Venda online a partir de 27 de setembro, terça-feira, às 17h30.
Venda presencial nas unidades do Sesc SP a partir de 28 de setembro, quarta-feira, às 17h30.

 

Badi Assad
Batizada como Mariângela Assad Simão, nasceu em 1966, na cidade de São João da Boa Vista (SP), mudando em seguida para o Rio de Janeiro, onde ficou até os 12 anos. Seu pai Jorge, descendente de libaneses, decidiu mudar-se com a família para o Rio em 1969, para proporcionar aos irmãos de Badi, Sérgio e Odair, aulas de violão clássico com a Argentina Monina Távora, pupila do grande Andrés Segovia. Em meados dos anos 80, já como Duo Assad, seus irmãos ganharam reconhecimento e popularidade mundial. Badi queria seguir os passos do irmão, mas por ter aprendido piano primeiro, só pegou no violão aos 14 anos. Um ano depois, já dominava o instrumento e subia aos palcos participando e ganhando concursos nacionais e internacionais.

Quando tinha apenas 15 anos Badi dividiu o primeiro lugar como melhor violonista, ao lado de Fábio Zanon, no “Concurso Jovens Instrumentistas’, Rio de Janeiro. Quando completou 19 anos, levou o prémio de melhor violonista Brasileira no ‘Concurso Internacional Villa-Lobos’ no Rio de Janeiro. No ano seguinte Badi foi escolhida como a única violonista para representar o Brasil no ‘Concurso Internacional de Viña Del Mar’, no Chile.

Em 1989, gravou seu primeiro álbum, Dança dos Tons, lançado somente no Brasil na época. No entanto, em 2003, o CD foi relançado internacionalmente com quatro faixas bônus, rebatizado de Dança das Ondas. Em seguida, Badi iniciou experimentações vocais, produzindo sons de percussão com a boca, que foram acrescentados à sua música. Novos e exóticos sons, além de infinitas possibilidades adicionadas à sua já excelente performance no violão. Cedo, ela demonstrou suas excepcionais qualidades em colaboração com outros artistas. Em pouco tempo, Badi apareceu ao lado de grandes músicos como George Benson, Mariza, Bob McFerrin, Hermeto Pascoal e Dave Grusin entre outros.

No entanto, foi somente em 93, quando Badi assinou contrato com o selo Chesky Records, conhecido por ser extremamente exigente musicalmente, que ela ganhou o cenário internacional. Em 94, Solo, seu álbum de estréia no selo, foi lançado nos Estados Unidos, seguido por Rhythms, em 95, e Echoes of Brazil, em 97. A cada lançamento, seu prestígio internacional aumentava.

O álbum Rhythms foi considerado uma das gravações mais importantes do ano de 95, no universo da música clássica e do jazz.

Com o álbum, Chameleon (i.e.music/Polygram), gravado em 98, Badi galgou outros tantos degraus, superando seus lançamentos anteriores e apresentando músicas, quase que exclusivamente compostas em parceria com o ex integrante da banda Megadeth, Jeff Scott Young. O álbum vendeu muito bem, especialmente na Alemanha e Espanha, onde sua música “Waves” ficou entre as 10 primeiras durante semanas, melhor posicionada que um hit pop de Madonna.

Três anos de mudanças radicais se seguiram após o lançamento de Chameleon. Dentre elas a descoberta de uma incapacidade motora que a impossibilitou de tocar violão por quase 2 anos. Depois de conseguir se recuperar completamente, ela finalmente, em 2001, retornou ao Brasil após quatro anos de Estados Unidos, para onde tinha se mudado para investir em sua carreira.

Em 2003 ela gravou para o selo Chesky Records o álbum Three Guitars, ao lado dos maravilhosos guitarristas Americanos, Larry Coryell e John Abercrombie. Um álbum acústico que recebeu críticas entusiasmadas.

O repertório de Verde (selo alemão DG (Universal Music), album de 2004 é formado por uma inusitada mistura de novas interpretações altamente pessoais de clássicos brasileiros e americanos, além de novas composições, duas das quais compostas em parceria com Jeff Young. Em Verde, as composições de Badi aparecem ao lado das popularíssimas “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga, e “Bom Dia, Tristeza”, de Adoniran Barbosa e Vinícius de Morais, passando por novas leituras de Björk e “One” do U2.

Em 2006 Badi lançou Wonderland, com releituras de Eurhythmics, Vangelis, Tori Amos, Cartola e Lenine entre outros tão distintos músicos. Acontece que no caldeirão de som da Badi qualquer mistura é possível, porque ela consegue, de uma forma sempre inusitada, combinar música popular com erudita, música experimental com tradicional, rock com baião, batida funk com arpejos… e por aí afora. Wonderland entrou para a lista dos melhores 100 CDs do ano pela conceituada BBC de Londres.

Para comemorar seus primeiros 20 anos de carreira, Badi lançou, em 2010, um DVD comemorativo intitulado ‘Badi Assad’. A direção foi realizada por Rodrigo Assad (filho de seu irmão Sérgio) e traz em seu repertório músicas que marcaram a carreira da Artista. No mesmo ano Badi foi a protagonista de uma ópera contemporânea ‘ópera das pedras’, dirigida por Denise Milan e o Norte-Americano Lee Breuer (Mabou Mines). 2 anos depois lançou seu primeiro álbum independente e totalmente autoral “Amor e Outras Crônicas Manias”, através de seu próprio selo (Quatro Ventos), conquistando o prêmio de Melhor Compositora de 2012 pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte). Foi também selecionada entre os 70 mestres do violão e guitarra da história brasileira, sendo a única mulher desta geração (Revista Rolling Stones/BR).

Em 2013 lançou a versão americana de seu álbum independente com o título ‘Between Love & Luck’, recebendo críticas fervorosamente positivas por toda a mídia norte-americana. Sua canção ‘Pega no Coco’ ganhou o primeiro lugar no prestigiado ‘USA International Songwriting Competition’.

Nesse ano de 2014, Badi foi convidada para compor a trilha Sonora, e tocá-la ao vivo, do filme mudo Chinês “The Goddess”, no Merkin Hall (NY), aonde teve destaque no NYTimes.

Uma vez disseram sobre Badi: Nunca vi uma violonista cantar tão bem, assim como nunca vi uma cantora tocar violão tão bem….

Com sua voz dinâmica e eletrizante, certamente ganhará sempre novos admiradores “Acho que tenho algo a dizer às pessoas, não somente àquelas que gostam do meu violão”, conta Badi. “Gostaria de apresentar meu universo musical a todas as pessoas – para as que ouvem pop, jazz, clássico, rock ou música brasileira, não importa.”

Fotos: Alfredo Najib Filho

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