Almir Sater e sua Viola Caipira

Almir Sater abre o show com um clássico do seu repertório “Trem do Pantanal” (Geraldo Rocha e Paulo Lemos) levando o público ao delírio, continua com a música dele e do Renato Teixeira, “Peixe Frito”, e na sequência do show, a cada música fui sentindo mais uma vez toda a sensibilidade e harmonia das letras.

 

Ele continua a encantar o público com algumas poucas músicas mais intimistas, mas nunca fugindo ao seu estilo pantaneiro, como sua obra, “Serra de Maracaju” e “Mês de Maio” (Almir Sater e Paulo Simões).

A platéia começa a pedir para ele tocar “Boiadeiro”, “Chalana” e outras mais, e ele com a calma que lhe é peculiar, responde “vou tocar, está no show”. Quando começou “Chalana” (Mario Zan e Arlindo Pinto), o público fez coro com ele, sendo aplaudido de pé.

Ele conta que com o amigo-parente-compadre Renato Teixeira, resolveram fazer um disco mas ao final não sabiam qual título colocar, então Renato sugeriu o “AR”, de Almir + Renato. E ainda relata que eles fizeram uma música instrumental, só que não sabiam qual nome dar a música. Então chegaram a conclusão que, em homenagem ao Pantanal, a música se chamaria “Rasqueado Pantaneiro”. Nesse momento o Almir Sater começa a dedilhar as 10 cordas da sua viola caipira junto com o Marcelus Anderson no acordeon, em um dueto que levou a plateia ao delírio, e a aplaudir em pé os músicos. “Rasqueado Pantaneiro” envolve os sentidos de uma forma que dá vontade de sair dançando rasqueada mesmo sem saber.

Almir diz que há um compositor no Pantanal chamado Geraldo Espíndola, e que, quando o ouviu cantar a música “Quyquyhô” não hesitou em pedir para gravar, a linda canção em homenagem ao povo indígena.

Ele é acompanhado no palco pelos músicos, Rodrigo Sater e Guilherme Cruz no Violão, Marcelus Anderson no Acordeon e Reginaldo Feliciano no Baixo.

E para encerrar o show, ele apresenta um de seus maiores sucessos: “Tocando em Frente” (Almir Sater e Renato Teixeira), fechando o espetáculo no Teatro Bradesco, com chave de ouro!

Me deliciei no estilo pantaneiro, ouvi canções que não conhecia ainda, e assim passei a admirar ainda mais o talentoso compositor , violeiro e cantor Almir Sater, que com suas obras me remetem ao Pantanal.

E assim, talvez um dia eu siga com o Trem do Pantanal…

 

Foto: Namour Art Photography / Raquel Vera

 

Raquel Vera

 

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