Choro Novo

Era apenas o encontro de três músicos que se reuniam para tocar choro nas horas vagas…

 

 

 

E o que era choro ia navegando livre por novos ritmos e sonoridades. A cada encontro a massa ia dando mais liga. Deu tanto que criaram o grupo Choro Novo e lançaram o primeiro CD “Sotaques e Influências”.

Formado por Abel Luiz (Cavaquinho, Bandolim, Viola caipira, Violão tenor), Marlon Mouzer (Violão 7 cordas) e Reinaldo Pestana (Bateria e Percussão), o grupo tem o choro como elemento condutor para experimentações e criações com informações da contemporaneidade.

O primeiro CD do trio vai além do choro, embora o gênero seja o ponto de partida. “O choro é nossa escola, bebemos dessa fonte. A partir da riqueza técnica e musical que o choro nos dá, fizemos um CD de música instrumental brasileira”, explica Abel Luiz, autor quatro músicas gravadas na bolachinha.

 

O projeto Choro Novo – Sotaques & Influências celebra o encontro de três músicos que, com experiências e formações musicais distintas, se reuniram para tocar Choro. E que, a partir da riqueza de possibilidades sonoras e musicais deste gênero, encontraram canais de expressão para outro fazeres e aconteceres musicais eruditos e populares, regionais e urbanos, nacionais e internacionais, na construção de um discurso sonoro entre a cidade e suas transformações, tendo o Choro como escola onde se aprende o diálogo com diferentes canais de expressão sonora e na contemporaneidade.

O resultado deste projeto é mostrar ao público o Choro como linguagem musical, obra de arte pronta, que muito contribui para a sensibilização e a descoberta de novos e dos já inúmeros e diversos gêneros musicais existentes: seja na formação de novos músicos, seja na formação de novas plateias. Enfim, produzindo o contato e o encantamento necessários para a expressão e o reconhecimento dos “Sotaques & Influências” que tornam tão especial e original a música brasileira na sua totalidade.

Nas nove faixas do álbum “Sotaques & Influências” – totalmente autoral com composições dos três músicos -, percebe-se o choro como base para viagens sonoras com influências do frevo, baião, samba e jazz, celebrando a cultura e a criativa música brasileira.

A arte capa é uma contribuição do chileno Carlos Paredes, artista plástico surrealista, que cedeu a imagem da tela Angeles.

 

 

 

 

Músicos

Abel Luiz
Músico, compositor e arranjador, Abel Luiz iniciou seu encontro com a música brasileira através de seu avô, violonista de sete cordas, Luiz Gonzaga, com quem teve sua iniciação no cavaquinho, frequentando rodas de choro, sambas, batuques, serestas, serenatas e bailes nos subúrbios da cidade do Rio de Janeiro. Com o tempo, aprofundou seus estudos com grandes amigos e professores como Guilherme Milagres, Joel do Nascimento, André Poyart, Ignez Perdigão, Zé Menezes e o Maestro Alceu Bocchino.

Suas composições destacam-se por sua diversidade de gêneros ligados à música regional brasileira como: samba, choro, valsa, galope, caboclinho, maracatu, calango, toada, jongo, ponto, chula, afro-samba, boi, modinha, marcha, frevo, etc. Conta com a parceria de compositores experientes como: Aluisio Machado, Ratinho, Wanderlei Monteiro, Luiz Carlos Máximo, Zé Luiz do Império Serrano, Délcio Carvalho, David do Pandeiro, Riko Dorileo. E de novos e promissores compositores como: Diana Nascimento, Cristiano Nascimento, André Lara, Domingos Oliveira, Vagner Nascimento, Daniel Oliveira, Wandinho Ribeiro. Já se apresentou ao lado de grandes nomes da música popular brasileira como: Moreira da Silva, Jamelão, Ademilde Fonseca, Monarco, Wilsom Moreira, Ratinho, Áurea Martins, Jair do Cavaquinho, Dalmo Castelo, Aluisio Machado, Robertinho Silva, entre outros. Foi professor de cavaquinho, bandolim, violão e violão tenor no CBM (Conservatório Brasileiro de Música), tendo, também, lecionado em diversos projetos sociais de iniciativas públicas e privadas. Apresentou-se, juntamente com Moacyr Luz, no Samba do Trabalhador, grupo do qual, além de ser um dos fundadores, também, participou como instrumentista, arranjador e compositor, com o jongo Canto dos Cafezais, do CD e DVD do mesmo.

Atuou, no período 2007 / 2009, como voluntário em dois projetos sociais. O primeiro intitula-se Sambambas Maiorais, no qual crianças da Favela do Barbante, na Ilha do Governador, e do bairro de Ramos, Leopoldina, são estimuladas na construção de seu conhecimento através da produção de carnaval, projeto este que já lhe rendeu a
publicação dos artigos: “Projeto de extensão como desague de informações e práticas educativas para a sociedade” e “Sambambas Maiorais: A Prática Extensionista do Samba como Recurso Lúdico-Pedagógico no Ensino da Geografia”, ambos apresentados no Congresso Internacional de Educação Superior realizado no Palácio das Convenções em Havana, Cuba, em fevereiro de 2008 e 2010, respectivamente.

Participou ainda como membro da equipe da coordenação, mestre oficineiro e produtor musical no primeiro Curso de Formação de Agentes Culturais Populares, programa de extensão do departamento de História da UFF, coordenado pela Prof Dra. Adriana Facina.

Atuou, como delegado intersetorial, das Conferências Municipal e Estadual de Saúde Mental da cidade e do Estado do Rio de Janeiro. Paralelamente, em 2011, coordenou a mesa Samba e Trajetórias no VII Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura, na UFBA; e foi um dos palestrantes no Seminário Internacional Música Independente no Contexto Pós-Crise (UERJ), na mesa intitulada “Música em Rede: ampliando a visibilidade e protagonismo”.

Como cavaquinista, fez parte do grupo musical do espetáculo “É com esse que eu vou: o samba de carnaval na rua e no salão”, na temporada 2010/2011.

Integra, desde 2010, a roda de choro da Praça XV, atuando como multi-instrumentista (bandolim, cavaquinho, violão tenor, viola caipira).

Em 2012 ministrou oficina de violão tenor no 20º Encontro de Cordas Dedilhadas, no Conservatório Brasileiro de Música. Nesta mesma instituição integra, como arranjador e violonista tenor, o grupo Choro de Câmara.

Atualmente, coordena o projeto Oficina Livre de Música, iniciado em 2007, no Centro de Atenção Psicossocial Clarice Lispector, localizado no parque imobiliário do Instituto Municipal Nise da Silveira, dando aulas de música e estimulando a criação musical da comunidade local, vizinhos, funcionários e pacientes referentes a este, e coordena a parte musical do Bloco Carnavalesco Loucura Suburbana, localizado no mesmo. Mostrando-se, portanto, um profissional dedicado a lidar com a arte em diversas esferas sociais como: lazer, política, saúde, cultura e educação.

No Choro Novo, introduz sonoridade única ao mesclar nas músicas executadas o cavaquinho, bandolim, violão tenor e a viola caipira.

 

 

Marlon Mouzer
Nascido e criado no Rio de Janeiro, desde pequeno aprendeu a conviver com o que a cidade possuía de mais característico em se tratando de música. Aos 16 anos começou a se interessar e a aprender a arte do violão de sete cordas. Apreciando diversos gêneros, percorre dos autores antigos aos atuais.

Contribuiu com a força de seu violão com nomes como Zé Kéti, Nelson Sargento, Noca da Portela, Wilson Moreira, Guilerme de Brito, Ataulpho Alves Júnior, Bezerra da Silva, Vânia Carvalho, Riko Dorilêo, Eliane Faria, Walter Alfaiate, Simone Guimarães, Durval Ferreira, Bebeto Castilho, Rodrigo Lessa, Marco de Pinna, Marcel Baden Powell, Daniela Spielman, Gabriel Grossi, Samuel Oliveira, Bida Nascimento, Tonho Costa, Helô Mouzer, Marcos Ariel, Marvio Ciribelli, Zé Bigorna, Diogo Nogueira, Aluísio Neves, Alfredo Galhões, Lucio Sanfilippo, Xandi Figueiredo, Dudu Lima, Ney Conceição, Alceu Maia, Ana Costa, Dona Ivone Lara, entre outros.

Marlon gravou jingles e sambas de enredo, e participou de projetos musicais como o “Bate papo musical” (nas escolas municipais).

Participou do CD de Denise Pinaud, ”Primeira Audição”, com arranjo de Mestre Zé Paulo. Apresentou-se na Sala Funarte com Marco de Pinna, e com o mesmo se apresentou no Pátio Havana, em Búzios. Apresentou-se lá também com o cantor Chamon (show em homenagem a Mario Lago). Com Marcos Ariel tocou em um trabalho de música instrumental brasileira e também no projeto Música no Museu, em Belo Horizonte. Marlon Mouzer também participou do CD “Minha estação”, da cantora Thais Motta. Atualmente trabalha como diretor musical e arranjador no CD de estreia do grupo Guidi & Os Cabriolés.

Em 2010 ganhou o prêmio de melhor violonista no XII Festival Nacional de Voz e Violão, que acontece anualmente em Maricá, interpretando a música “Samba do pé”, de Sandro Dornelles. Hoje em dia dedica-se bastante ao trabalho instrumental, montando seu trabalho solo em trabalhos de jazz e música instrumental brasileira.

 

 

Reinaldo Pestana
Músico plural por realizar e idealizar projetos em diversos estilos musicais que vai do samba de raiz e passa pelo
choro, MPB, pop & rock, forró e jazz, Reinaldo Pestana é baterista e percussionista carioca envolvido com a música desde a década de 90, quando iniciou seus estudos de percussão erudita na Escola de Música Villa Lobos, no Rio de
Janeiro. Desde então a música faz parte de sua vida profissionalmente.

Participou de vários festivais em quase todo o território nacional. No 17º Festival de Londrina, gravou, com a Orquestra Sinfônica de Londrina, CD deste festival. Participou de gravações e trabalhou no palco com vários artistas como Bebeto – cantor de samba rock, Claudia Holanda, Patricia Mellodi, Denise Reis, Claudio DaMatta – compositor conhecido na voz de artistas como Zezé de Camargo & Luciano, Xuxa, Sandy & Junior -, faz parte do projeto Mariane Guerra & Os Pacifistas que lançou trabalho independente com EP “Bem Alto pelo Mundo” e tantos outros.

Participou do Coral do Colégio São Vicente como percussionista no musical África em 2010 e “A tal da Felicidade” em 2012. Nestes trabalhos pode utilizar – de forma muito intensa – seus conhecimentos de percussão e bateria pela riqueza do repertório deste musical que tinha desde de “Olhos Coloridos” de Macau e conhecida na voz de Sandra de Sá até música em dialeto africano e, em 2012, o musical fez uma passeio por vários estilos musicais como o regional “Que nem Jiló” de Luiz Gonzaga, “Exagerado” de Cazuza, samba, rock e pop.

Fez participação como baterista do ator e cantor Thiago Abravanel no Altas Horas da Rede Globo e em show de estreia da novela Salve Jorge no Complexo do Alemão.

Na bateria, sua precisão, dinâmica e percepção musical, realiza execuções únicas. Está sempre atento à linguagem dos músicos, se adapta às linguagens facilmente.

Como percussionista, alia esta percepção à criatividade e sua sensibilidade à música permite inserir sonoridades e ritmos que enriquecem a execução.

Sua versatilidade permite transitar em vários estilos de maneira fluida, o que o torna um artista musicalmente pleno e consciente de suas possibilidades. Idealizador de projetos musicais como o Choro Novo – que já participou de projetos culturais da Prefeitura Municipal de Vitória – ES como o Música no Mercado – Pestana busca aliar a tradição à inovação. Experimenta introduzir, em estilos consagrados como choro, jazz e mesmo no samba, releituras modernas e improvisação quando e onde a música permite e procura parceria com músicos como Abel Luiz (cavaquinho), Marcelo Nami (guitarra e violão), Leandro Freixo (piano), Leandro Vasques (baixo), Jorge Oscar (baixo
acústico) e tantos outros comprometidos com a música.

Fotos: Divulgação

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