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Mostra Performatus #2

A segunda edição da Mostra Performatus #2 acontece entre os dias 1 e 9 de julho, e pela primeira vez é realizada pelo Sesc Santos…

 

 

 

Com produções de 8 países e 41 ações em 9 dias, a arte da performance estará presente em performances ao vivo, uma instalação, bate-papos com artistas e teóricos, exibições, residência artística e formativas, que em comum tem um recorte curatorial voltado para as micropolíticas vinculadas aos direitos humanos, às atuais preocupações com relação à sustentabilidade, além de discussões sobre gênero e fobias.

O pós-colonialismo, feminismo, Teoria Queer e as políticas ambientais estão naturalmente presentes nos trabalhos artísticos apresentados nas performances ao vivo e, também na composição de obras que funcionam como expansões destas ações, como por exemplo nas exibições de filmes e vídeos, nas discussões existentes nas oficinas, palestras e bate-papos.

A mostra internacional traz performers de Cuba, Estados Unidos, Canadá, Portugal, Suiça, Espanha, França e Brasil. Entre os internacionais estão Carlos Martiel (CUB), Carolee Schneemann (EUA), Cassils (CAN), Miguel Bonneville (POR), Roland Dahinden (SWZ), Sarah Hill (EUA), Yolanda Benalba (ESP) e Eve Bonneau (FRA).

De 1 a 9 de julho, Sesc Santos será palco de expressões artísticas que evidenciam a arte da performance. A programação é totalmente gratuita, e algumas ações contam com retirada de ingressos. Confira antecipadamente a classificação indicativa de cada atividade.

 

Mostra Performatus #2
Sesc Santos
Rua: Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida – Santos –SP.
Tel: 13 3278-9800
Recomendação Etária: Nas apresentações que sejam classificadas como não recomendadas para menores de 18 anos, não será admitido o ingresso de menores de 18 anos, mesmo que acompanhados de pais ou responsáveis.
Todas as atividades e espetáculos são gratuitos.

 

Programação

 

Formativas

Oficinas

Teoria e história da Performance – Com Lucio Agra (BRA)
Sala 2
Não recomendado para menores de 16 anos
Domingo, 02 de julho, das 10h30 às 17h30
Grátis

Diálogo a partir do questionamento: Como chegamos ao cenário atual de interesse generalizado em torno da performance no Brasil e no mundo? Como a performance pode atuar como estratégia de intervenção cultural e até mesmo política? Quais foram as forças culturais que conduziram um processo de interesses centralizados em torno do corpo humano e de uma nova concepção de ação? Que relações a performance entretém com as emergentes novas formas de pensamento na área das ciências humanas e do fazer nas artes?
Lucio Agra (Brasil, 1960) é performer, poeta e professor. Atua artisticamente no Brasil e no exterior, como na França, no Canadá, nos Estados Unidos, em Montevideo, na Colômbia, no México, entre outras localidades. Autor de Monstrutivismo – Reta e Curva das Vanguardas (São Paulo: Editora Perspectiva, 2010), de diversos artigos em publicações nacionais e internacionais, e, em breve, de Performance: Corpo em Expansão.
Foto: Paulo Aureliano da Mata

 

Aproximar Corpos e Coisas – Com Renan Marcondes (BRA)
Sala 42
Recomendado para maiores de 16 anos
Sábado, 8 de julho, das 14h às 18h
Domingo, 9 de julho, das 14h às 18h
Grátis

Compartilha um modo de criação entre a coreografia e a performance que tem orientado os últimos trabalhos do artista. A partir de técnicas de tradução entre desenho de observação, experimentação corporal e palavra (adjetivação e verbalização), os participantes serão levados a compor texturas coreográficas de repetição que serão depois aplicadas a objetos de uso cotidiano, criando imagens de corpo abstratas que desvinculem o corpo de uma relação de dominação com esses mesmos objetos, promovendo novos espaços de coexistência e escuta entre coisas e corpos.
Renan Marcondes (Brasil, 1991) é artista visual, performer e pesquisador. Seu trabalho compreende os campos da performance, coreografia e instalação. Doutorando pela ECA-USP, mestre em Poéticas Visuais pela Unicamp (bolsa Capes) e especialista em História da Arte: Teoria e Crítica pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, instituição onde também obteve o bacharelado em Artes Visuais, quando realizou Iniciação científica com orientação de Cauê Alves e apoio Fapesp. Artista premiado com o Proac Primeiras Obras de Dança em 2014; 1º lugar no Setor de Performance na SP Arte em 2016; também premiado no 26º Salão de Arte da Juventude do Sesc Ribeirão Preto; e prêmio estímulo do 40º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto. Membro do corpo editorial da Revista Performatus desde 2013.
Foto: Revista Performatus

 

Bate-papo

Performance e Geração 80 – Com Bianca Tinoco e Ricardo Basbaum (BRA)
Foyer do Teatro
Não recomendado para menores de 14 anos
Sábado, 01 de julho, das 18h às 19h30
Grátis

A partir da experiência dos performadores no Rio de Janeiro da década de 1980, tais como Márcia X., Alex Hamburger, Ricardo Basbaum e Alexandre Dacosta, a conversa girará em torno de uma reflexão acerca de uma aparente lacuna na história da arte no Brasil.
Bianca Tinoco (Brasil, 1978) vive e trabalha em Brasília. É pesquisadora de performance e história da arte. Mestre em Artes Visuais pela Universidade de Brasília e pós-graduada em História da Arte e Arquitetura no Brasil pela PUC Rio. Jornalista de formação, atuou como repórter de artes em veículos como o Jornal do Commercio e o Jornal do Brasil.
Ricardo Basbaum (Brasil, 1961) vive e trabalha no Rio de Janeiro. É artista, curador, editor, escritor e professor do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Participa regularmente de exposições e projetos desde 1981.
Foto: Acervo pessoal do artista Ricardo Basbaum

 

Palestras

Conversa-móvel Lab Livre Desconversa – Com Jaqueline Vasconcelos e
Rodrigo Munhoz a.k.a. Amor Experimental (BRA)
Sala 32
Não recomendado para menores de 14 anos
Quarta, 5 de julho,das 18h30 às 20h
Grátis

O Lab Livre Performance é uma plataforma colaborativa estruturada em módulos imersivos e está direcionada ao exercício de práticas situadas na arte da performance. Seu objetivo estrutura-se em torno do reconhecimento da prática autoral, de seus respectivos processos para a organização pessoal e interpessoal, bem como de sua projeção pública. Jaqueline Vasconcelos (Brasil, 1980) é artista do corpo, articuladora cultural, doutoranda pela ECA-USP e colaboradora da estação de trabalho La Plataformance.
Leonardo Nicoletti (Brasil, 1980) Arte-educador, gestor cultural, curador de artes cênicas e programador de teatro do Sesc Santos.
Rani Bacil Fuzetto (Brasil, 1980) Psicóloga, pós graduanda em História da Arte e programadora de Artes Visuais do Sesc Santos.
Rodrigo Munhoz A.K.A. Amor Experimental (Brasil, 1977) é um artista que transita pela arte da performance, fotografia, audiovisual e educação. É colaborador da estação de trabalho La Plataformance.
Foto: Nicoly Fogaça/ Rodrigo Munhoz

 

Conversa com Miguel Bonneville (POR)
Teatro
Não recomendado para menores de 14 anos
Quarta-feira, 5 de julho, das 21h30 às 22h30
Grátis

Logo após o espetáculo A Importância de Ser Simone de Beauvoir , conversa com Miguel Bonneville.
Miguel Bonneville (Portugal, 1985) concluiu os cursos de Interpretação, na Academia Contemporânea do Espetáculo (2000-2003), Artes Visuais, na Fundação Calouste Gulbenkian (2006), Autobiografias, Histórias de Vida e Vidas de Artista, no CIES-ISCTE (2008), Arquivo – Organização e Manutenção, no Citeforma (2013) e Costurar ideias, na Magestil (2013). Através de performances, desenhos, fotografias, vídeo, música e livros de artista, Bonneville introduz-nos a histórias autobiográficas centradas na destruição e reconstrução da identidade. Desde 2003 tem apresentado o seu trabalho em galerias de arte e festivais nacionais e internacionais, sobretudo os projetos Family Project, Miguel Bonneville e A Importância de Ser…, nomeadamente em Espanha, Alemanha, Polônia, Estônia, Itália, Argentina, Brasil, Estados Unidos e China. Colabora regularmente com artistas como Carlota Lagido, David Bonneville, Sónia Baptista, Joana Linda, Joana Craveiro e Maria Gil, tendo colaborado também com Francisco Camacho, Teatro Praga, Pablo Fidalgo, La Ribot, AVaspo, entre outros. Foi artista residente no Sítio das Artes, CAMJAP Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 2007), Homesession (Barcelona, 2008), Mugatxoan – Fundação de Serralves (Porto, 2010), Festival Transeuropa 2012 (Hildesheim, 2012), Arts Printing House (Vilnius, 2013), Arte y Desarrollo (Madrid, 2014) e Azala (Lasierra, 2014). Fez parte do núcleo de artistas da produtora de dança contemporânea Eira (2004-2006) e da Galeria 3+1 Arte Contemporânea (2009-2013). Recebeu o Prêmio Ex Aequo (2015) pelas performances Medo e Feminismos, em colaboração com Mari Gil, e A Importância de Ser Simone de Beauvoir.
Foto: Joana Linda

 

Yashira e a Trajetória da Arte Performática de seu contexto
Com Enauro de Castro (BRA)
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Quinta-feira, 6 de julho, das 18h30 às 19h30
Grátis

Abordagem acerca do percurso artístico de Yashira como precursora da arte performática em Goiás, através de seu conceito de “arte viva”, presente em seus desfiles com o Exército de São Francisco, em esculturas vivas e no presépio vivo. Inicialmente, será feita uma breve recapitulação de sua trajetória artística, tratando de sua passagem por diversas linguagens e de sua missão de inventariar “as coisas desse mundo”, assumindo, por assim dizer, o papel de mensageira encarregada de ligar o mundo “real” e o sobrenatural, vida e morte, natureza e cultura. Posteriormente, o palestrante discorrerá sobre o papel da performance e a construção da cena artística contemporânea em Goiás.
Enauro De Castro (Brasil, 1963) é artista visual, pesquisador e curador. Possui graduação em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Goiás (1996). Principais exposições: Primeiro Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste (Centro Cultural UFG, Goiânia, 2011); É HOJE na Arte Brasileira Contemporânea (Coleção Gilberto Chateaubriant), com curadoria de Fernando Cocchiarale e de Franz Manata (Santander Cultural, Porto Alegre, 2006); CORPO – O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira, com curadoria de Fernando Cocchiarale e Viviane Matesco (Itaú Cultural, São Paulo, 2005); entre outras. Principais curadorias: Yashira, Museu do Mundo (Museu de Arte de Goiânia, 2016); Dina, Liselotte, Zofia, Três Mulheres, Três Artistas (Museu de Arte de Goiânia, 2015); Índio-Não (Museu de Arte de Goiânia, 2015); entre outras.
Foto: Divulgação

 

Outros Fluxxxos – Com Alexandre Sá (BRA)
Sala 2
Não recomendado para menores de 14 anos
Sexta-feira, 7 de julho, das 18h30 às 19h30
Grátis

Em que medida é possível investigar as relações de dominação dentro das próprias políticas da alteridade? Seria o corpo neste caso também castrado e atravessado por um processo de dominação e controle, amparado por uma pressuposta ideia de liberdade?
Alexandre Sá (Brasil, 1977) vive e trabalha no Rio de Janeiro. É pós-doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes na UFF sob supervisão de Tania Rivera. Doutor e mestre em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ (orientado por Glória Ferreira) e licenciado em Educação Artística/História da Arte pela UERJ. Profissional híbrido, que trabalha com as mais diversas linguagens (instalações, performances, fotografias, objetos e vídeos), sua pesquisa plástica tem como preocupação estética as relações entre o texto, a imagem, a poesia da paisagem, a psicanálise e o corpo. Uma de suas particularidades é o diálogo entre teoria e prática, pois atua também como crítico/poeta, escrevendo textos para revistas especializadas e para artistas relevantes no cenário nacional. Participou de exposições nacionais e internacionais, entre as quais podemos destacar: Posição 2004 (Parque Lage, RJ, 2004); L’Age d’or et le Brésil (Escola Nacional Superior de Fotografia de Arles, França, 2006), Absence entre totalité (Galeria Alma, França, 2008); Performance Presente Futuro, Vol. II (Oi Futuro, RJ, 2009); Festival Performance Arte Brasil (MAM, RJ, 2011); Curadoria Operária (Espaço Cultural Sérgio Porto, SP, 2014); entre outras. É coordenador da graduação e professor do Instituto de Artes da UERJ; coordenador e professor do curso de Artes Visuais da Unigranrio; professor da Especialização em Ensino da Arte da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e do Instituto de Artes da UERJ, do Programa de Pós-graduação em Artes da UERJ e da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. É membro do Fórum do Campo Lacaniano Rio de Janeiro e do International of Forums (IF).
Foto: Alexandre Sá

 

Instalação

Vilipêndio a Vênus – de Yara Pina
Auditório
Não recomendado para menores de 18anos
De 1 a 9 de julho
Terça a domingo, das 10h às 20h
Grátis

A artista busca o trânsito pelos repertórios da destruição e violência. Em suas ações/intervenções a artista entra em confronto com diferentes corpos, lançando mão de armas e objetos carbonizados para agredir, destruir e deixar inscrições/evidências dos atos violentos. Ao priorizar marcas, e não o “ver” o corpo em ação, a artista propõe através de sua ausência física, deixar a memória de suas ações através das marcas.
Yara Pina (Brasil, 1979) vive e trabalha em Goiânia. É graduada em Biblioteconomia e Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás. Em suas ações e instalações, a artista entra em confronto com diferentes corpos, lançando mão de armas e objetos carbonizados para agredir, destruir e deixar inscrições/evidências dos atos violentos. A artista já participou de coletivas, Bienais, salões e de mostras de desenho e performance no Brasil e no exterior. O início de sua produção artística é marcado principalmente por investigações envolvendo os materiais e o campo performativo do desenho.
Foto: Yara Pina

 

Ocupação

Artista em Residência – Com Carlos Matiel (CUB)
Não recomendado para menores de 18 anos
De 2 a 8 de julho
Segunda a domingo, das 10h às 19h
Grátis
Atividade exclusiva para residência do artista
Sala 32
Dia 09 de julho
Apresentação aberta ao público.

Residência artística em que Carlos Martiel realizará um projeto sobre a discriminação racial no Brasil, partindo da sua pesquisa in loco e em contraposição às suas experiências prévias, as quais abordam a mesma problemática em países como Estados Unidos e Cuba. Como resultado da residência, Carlos Martiel fará uma apresentação pública do seu trabalho investigativo apresentando uma performance inédita.
Carlos Martiel (Cuba, 1989) vive e trabalha em Nova York e Havana. Graduado pela Escola Nacional de Belas-Artes San Alejandro em Havana. Estudou em Cátedra Arte de Conducta entre 2008 e 2010, onde foi orientado pela artista Tania Bruguera. Seus trabalhos foram apresentados em: Bienal de Havana; Bienal de Pontevedra; Bienal de Veneza; Bienal de Liverpool; Bienal “La Otra” de Bogotá; Bienal Internacional de Performance Art de Houston; e Bienal de Casablanca. Realizou exposições individuais em espaços como: Y Gallery e Robert Miller Gallery, ambas em Nova York; Samsøn Projects, em Boston; Steve Turner, em Los Angeles; Axenéo7, em Gatineau; Nitsch Museum, em Nápoles; Lux Gallery, na Cidade da Guatemala; e no Contemporary Art Center “Wifredo Lam”, em Havana. Recebeu prêmios como: Franklin Furnace Fund, em Nova York, 2016; “CIFOS Grants & Commissions Program Award”, em Miami, 2014; e “Arte Laguna”, em Veneza, 2013. Seu trabalho foi exibido em respeitáveis instituições, dentre elas, Padiglione d’Arte Contemporanea de Milão; Benaki Museum de Atenas; Tornielli Museum de Ameno; Estonian Museum of Art and Design de Talim; Museo de Arte Moderno de Buenos Aires; entre outras.
Foto: Christopher Bustamante

 

Vídeo Exibições
Todas Grátis, no Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
De 1 a 9 de julho
Terça a domingo, das 10h às 20h

 

Fuses – de Carolee Scheemann
1964-66, 29’37’’, cor, silencioso, filme em película 16 milímetros em vídeo. A auto-filmagem erótica de Schneemann continua a ser um clássico controverso. Esta é uma notória obra-prima em que a artista promove uma celebração silenciosa e em cor de uma relação sexual. O filme unifica energias eróticas dentro de um ambiente doméstico através dos cortes, das sobreposições e camadas de impressões abstratas riscadas na própria película. Carolee Schneemann (Estados Unidos, 1939) Uma inovadora artista transdisciplinar. Criou uma série de performances e faz uso do vídeo desde os anos 1960. Quebrando tabus e redefinindo a noção de erótico, ela confronta a sexualidade, gênero e construção social através do corpo feminino. Suas performances seminais da década de 1970 eram tão transgressoras quanto influentes. Schneemann continua a provocar, como também não para de explorar a sexualidade feminina em relação ao fazer artístico, ao ritual e à cultura.
Foto: Electronic Arts Intermix [EAI], Nova York

 

Body Collage – de Carolee Scheemann
(1967, 3’57’’, preto e branco, sem som, filme em película 16 milímetros em vídeo) Em Body Collage, Schneemann pinta o seu corpo com pasta de papel de parede e melaço, e então corre, salta, cai e rola através de pedaços de papel branco da impressora, criando uma colagem corporal não predeterminada. CAROLEE SCHNEEMANN (Estados Unidos, 1939) Uma inovadora artista transdisciplinar. Criou uma série de performances e faz uso do vídeo desde os anos 1960. Quebrando tabus e redefinindo a noção de erótico, ela confronta a sexualidade, gênero e construção social através do corpo feminino. Suas performances seminais da década de 1970 eram tão transgressoras quanto influentes. Schneemann continua a provocar, como também não pára de explorar a sexualidade feminina em relação ao fazer artístico, ao ritual e à cultura.
Foto: Electronic Arts Intermix [EAI], Nova York.

 

Interior Scroll – The Cave – de Carolee Scheemann
1975-1995, 7’30’’, cor, som, filme em película 16 milímetros em vídeo. Em uma vasta caverna subterrânea, Schneemann e sete mulheres nuas executam as ações ritualizadas de Interior Scroll, que consistem em ler os textos presentes nos pergaminhos que cada mulher extrai lentamente de suas vaginas. Cada pergaminho encarna a primazia de uma linha visual estendida, moldada como conceito e ação. O texto extraído funde a teoria crítica com o corpo como uma fonte de conhecimento. Carolee Schneemann (Estados Unidos, 1939). Uma inovadora artista transdisciplinar. Criou uma série de performances e faz uso do vídeo desde os anos 1960. Quebrando tabus e redefinindo a noção de erótico, ela confronta a sexualidade, gênero e construção social através do corpo feminino. Suas performances seminais da década de 1970 eram tão transgressoras quanto influentes. Schneemann continua a provocar, como também não para de explorar a sexualidade feminina em relação ao fazer artístico, ao ritual e à cultura.
Foto: Electronic Arts Intermix [EAI], Nova York

 

103 Shots (CAN) – De Heather Cassils
O artista apresenta no vídeo sons de tiros que nos colocam em um estado de alerta e, ao mesmo tempo, corpos que se abraçam para que haja o estouro de balões. Apresentados sobrepostos, tais estalos assemelham-se a fogos de artifício ou ao abrir de garrafas de champanhe; os sons têm conotação violenta e festiva ao mesmo tempo, respondendo à violência – que ameaça os corpos e as relações entre eles – através de um ato amável, subvertendo os sons que seriam interpretados como ameaçadores para ganharem outro código. Este trabalho faz menção ao atentado ocorrido no clube gay Pulse na cidade de Orlando, Estados Unidos, em junho de 2016. CASSILS (Canadá) é artista, dublê e body builder que usa o físico de forma contundente para intervir em vários contextos sob a finalidade de interrogar sistemas de poder e controle. Muitas vezes, empregando várias das estratégias usadas pelo Fluxus e pelo teatro de guerrilha, seu método é transdisciplinar e atravessa um espectro de cultura física, produção cinematográfica e performance ao vivo. Cassils exibiu no Reino Unido, na Alemanha, na Áustria, nos Estados Unidos, entre outros lugares.
Foto:Cassils e Ronald Feldman Fine Arts

 

Meat Joy – de Carolee Scheemann
1964-2010, 10’35’’, cor, som, filme em película 16 milímetros em vídeo. Schneemann escreve: “Meat Joy é um rito erótico – excessivo, indulgente, uma celebração da carne bem como tais matérias: peixe cru, frango, salsichas, pintura húmida, plástico transparente, cordas, escovas e resíduos de papel. A sua propulsão é para o êxtase, deslocando e transformando – entre ternura, selvageria, precisão, abandono – qualidades que poderiam a qualquer momento ser sensuais, cômicas, alegres ou repelentes. Equivalências físicas são promulgadas como um fluxo psíquico imagético, em que os elementos em camadas de malha ganham intensidade pelo complemento de energia do público. A performance original tornou-se notória e apresentou uma visão sobre ‘sagrado erótico’. Este vídeo foi convertido a partir da filmagem original de três apresentações da performance Meat Joy de 1964: no Festival de la Libre Expression, em Paris; no Dennison Hall, em Londres; e na Judson Memorial Church, em Nova York.” Carolee Schneemann (Estados Unidos, 1939). Uma inovadora artista transdisciplinar. Criou uma série de performances e faz uso do vídeo desde os anos 1960. Quebrando tabus e redefinindo a noção de erótico, ela confronta a sexualidade, gênero e construção social através do corpo feminino. Suas performances seminais da década de 1970 eram tão transgressoras quanto influentes. Schneemann continua a provocar, como também não para de explorar a sexualidade feminina em relação ao fazer artístico, ao ritual e à cultura.
Foto: Electronic Arts Intermix [EAI], Nova York

 

Up To and Including Her Limits (EUA) – de Carolee Scheemann
Up To and Including Her Limits. 1976, 29’, cor, somfilme em película 16 milímetros em vídeo. Vemos aqui os princípios da pintura da ação de Jackson Pollock. Schneemann é suspensa nua por uma corda, nua e desenhando. Seu corpo em movimento torna-seuma medida de concentração, os movimentos sustentados e variáveis de sua mão estendida a desenhar cria uma teia densa de traços e marcação. Este vídeo capta aconcentração e a intensidade bruta da presença e do uso de Schneemann de seu próprio corpo.
Carolee Schneemann (Estados Unidos, 1939) Uma inovadora artista transdisciplinar. Criou uma série de performancese faz uso do vídeo desde os anos 1960. Quebrando tabus e redefinindo a noção de erótico, ela confronta a sexualidade,gênero e construção social através do corpo feminino. Suas performances seminais da década de 1970 eram tãotransgressoras quanto influentes. Schneemann continua a provocar, como também não para de explorar a sexualidadefeminina em relação ao fazer artístico, ao ritual e à cultura.
Foto: Electronic Arts Intermix [EAI], Nova York

 

Performances

1. Symphonie Monoton Silence – de Yves Klein (FRA)
Teatro
Livre
Sábado, 1º de julho, das 20h às 20h40
Grátis (Retirada de ingressos no dia da apresentação a partir das 10h.)

Com a colaboração do maestro-performer Roland Dahinden (SWZ) e com as participações especiais da Orquestra Sinfônica Municipal de Santos (BRA) e do Coral da Alfândega do Porto de Santos (BRA), do Coral Municipal de Cubatão (BRA), do Coral Municipal de Santos (BRA) e do Coro Cênico Broadway Voices (BRA). “Esta sinfonia, com duração de quarenta minutos (mas isso não tem importância, como logo veremos), é constituída de um único ‘som’ contínuo, estirado, privado de acentuação e de fim, o que cria uma sensação de vertigem, de aspiração da sensibilidade para fora do tempo. Essa sinfonia, portanto, não existe existindo , sai da fenomenologia do tempo, porque nunca nasceu nem morreu, após a existência, no entanto, no mundo das nossas possibilidades de percepção conscientes: é silêncio – presença audível.” – Yves Klein, “Le Dépassement de la problématique de apart” (em Le Dépassement de la problématique de l’art et Autres Écrits . Paris: Beaux-arts de Paris Les Éditions, 2011, p. 82, tradução livre de Fernando L. Costa).
Yves Klein (França, 1928-1962), judoca, pintor e escultor. Yves Klein nasceu em um meio de pintores. Antes de enveredar na pintura, primeiro ele viajou e explorou outros caminhos, como o judô, que alimentaram a sua reflexão sobre o monocromático, o imaterial e o vazio. Em suas primeiras exposições, Klein apresenta monocromos de diferentes cores, mas, a partir de 1957, finalmente opta pelo azul, o “International Klein Blue”. Entre 1958 e 1960, ele expõe o Vazio, pintado com modelos nuas ( Anthropométries ), com elementos naturais ( Cosmogonies ), com fogo ( Tableaux de feu ), e elabora a arquitetura do ar. A célebre fotografia do salto no vazio é a imagem dessa carreira deslumbrante muito cedo interrompida. Roland Dahinden (Suíça, 1962) é trombonista e compositor. Estudou trombone e composição na Universidade de Música de Graz (Áustria). É mestre pela Universidade Wesleyan de Connecticut (EUA, 1994). É doutor pela Universidade de Birmingham (Inglaterra, 2002). Em 2003, recebeu o prêmio “werkjahr” do conselho de arte do Cantão de Zug (Suíça). Como compositor, colaborou com diversos artistas plásticos, como Sol LeWitt, Inge Dick, Daniel Buren, Philippe Deléglise, entre outros.

 

2. I’m Fine – Com Sarah Hill (EUA)
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Sábado, 1º de julho , às 19h30
Grátis

Repetindo incessantemente “I’m fine” [Eu estou bem], pisando forte com sapatos de salto alto, com o corpo adornado por uma peruca de cor vibrante, Sarah reitera a mesma frase enquanto bate os pés contra o piso e, aos poucos, propõe pisadas fortes que se transformam em saltos intensos contra o chão até a sua completa exaustão. Sarah Hill (Estados Unidos, 1985) é performer com prática fundamentada na teoria queer e transfeminista. Apresentou trabalhos no “Performatorium 2014 – Festival of Queer Performance Regina” e no “Le Lieu The Contemporary Art Center”, ambos no Canadá; no “Platform Lublin”, na Gallery Labirynt, na Polônia; na Proof Gallery e no Anthony Greaney, em Boston (EUA); no Grace Exhibition Space, em Nova York (EUA); no Living Arts Space, em Tulsa (EUA); no Waterloo Center for Arts (MACC), em Austin (EUA); entre outros espaços e eventos.
Foto: Arthur Downgrid

 

3. A Natureza da Vida – Com Fernanda Magalhães (BRA)
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Sábado, 1º de julho , das 17h30 às 17h45
Grátis

A Natureza da Vida é um projeto em desenvolvimento que utiliza os meios foto.vídeo.performance nas produções e problematizações propostas no trabalho. As ações são realizadas em locais públicos em diversas cidades do mundo. As performances são constituídas por meio de uma movimentação pelo espaço e da ação de tirar a roupa e posar, quase sempre nua, para fotos e vídeos. Diferentes fotógrafos participam do trabalho, profissionais, artistas e quaisquer interessados. Estas ações almejam refletir sobre as relações das imagens com os corpos. São provocações que se impõem através de um posicionamento político, discutindo padrões, estética e as diferenças.
Fernanda Magalhães (Brasil, 1962) é artista, fotógrafa, performer, professora de Artes na Universidade Estadual de Londrina, pós-doutora pelo LUME Teatro (Unicamp, 2016) e doutora em Artes (Unicamp, 2008). Recebeu o VIII Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia 1995 pelo projeto “A Representação da Mulher Gorda Nua na Fotografia”. Publicou os livros Corpos Re-Construção Ação Ritual Performance (2010) e, em parceria com Karen Debértolis, A Estalagem das Almas (2006). Suas obras integram os acervos de instituições como a Maison Européenne de la Photographie (Paris, França) e o Museu Oscar Niemeyer (Curitiba, Brasil), e, também, a Coleção Joaquim Paiva de Fotografia Contemporânea do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

 

 

4. Involuntários da Pátria – Com Fernanda Silva & Sônia Sobral (BRA)
Convivência
Livre
Sábado, 1º de julho, das 14h30 às 15h
Grátis

17 abril de 2016: impeachment de Dilma Rousseff pelos deputados federais; 20 de abril de 2016: Eduardo Viveiros de Castro profere uma aula pública nas escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro; julho de 2016: Sonia Sobral e Fernanda Silva se encontram numa residência artística no CAMPO Arte Contemporânea em Teresina (Piauí, Brasil).
Fernanda Silva (Brasil) atriz e diretora, conduz há 23 anos o Grupo de Teatro Metáfora, que desde 2005 mantém o Galpão Teatro Metáfora como espaço de resistência em Parnaíba, litoral do Piauí. SÔNIA SOBRAL (Brasil) é gestora cultural de artes cênicas. Atualmente integra grupos de estudos, pesquisas cênicas e dramaturgias. FICHA TÉCNICA: Concepção e criação: Sônia Sobral | Criação e performance: Fernanda Silva | Produção: Regina Veloso | Texto: Eduardo Viveiros de Castro, da Série Pandemia (N-1 Edições) | Imagens: Maurício Pokémon | Realização: Campo Gestão e Criação em Arte Contemporânea
Foto: Mauricio Pokemon

 

5. The Amazônia is not Here – Com Victor De La Rocque (BRA)
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Sábado, 1º de julho, às 15h
Grátis

O artista veste macacão branco e sapatos brancos. As regras do jogo são apresentadas para o público pelo artista. 645 balas vermelhas poderão ser disparadas no corpo do artista pelas pessoas que visitam a Mostra Performatus #2, ao valor estipulado para cada tiro. O valor total arrecadado da performance será doado para ONGs que trabalham dentro dos conflitos de terra na Amazônia. A performance encerra quando as 645 balas forem disparadas e/ou o artista chegue ao seu limite físico.
Victor De La Rocque (Brasil, 1985), nascido na Amazônia, é artista que se relaciona através da performance e de sua expansão como linguagem e prática numa espécie de rastro. Dessa forma, envolve-se em composições (ou decomposições) para vídeo, fotografia, cinema, peças de performance, textos, pinturas, desenhos, receitas culinárias, instalações, web e/ou pequenas ações sem audiência e registro. Participa frequentemente de exposições e residências artísticas no Brasil e no exterior, como Portugal, França, Escócia, Nova Zelândia, México, Estados Unidos e Colômbia.
Foto: Victor de la Rocque

 

6. Bicha – Objeto relacional de Caio Riscado
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
De 1º a 9 de julho
Terça a domingo, das 10h às 20h
Grátis

O público pode se relacionar e interagir performaticamente com objetos ao seu dispor, propondo uma composição visual ao retirar camisetas de um suporte, vesti-las e, em conjunto de cinco pessoas, formar a palavra “BICHA”, sendo convidadas, em seguida, a fazerem fotografias e a postarem as fotos em alguma rede social usando a hashtag #performatus.
Caio Riscado (Brasil, 1988) é membro-fundador de MIÚDA, doutorando em performance pela Unirio, mestre em Processos e Métodos da Criação Cênica pela Unirio, diretor teatral formado pela UFRJ, artista pesquisador, professor, performer, produtor e bicha.
Foto: Costa – I Hate Flash

 

7. Acidentes – Com Pedro Galiza (BRA)
Convivência
Livre
Domingo, 2 de julho, das 15h30 às 18h10
Grátis

Acidentes são lapsos constantes que percorrem o corpo-tempo-espaço, descontinuando movimentos, desfigurando a identidade, trazendo à tona realidades cruas. Neste trabalho, Pedro Galiza ‘’acidenta’’ por entre cadeiras esparramadas pelo espaço, saturando as expectativas dos corpos expectadores.
Pedro Galiza (Brasil, 1996) é artista transmídia e interdisciplinar. Trabalha com a arte da ação, remixagem do audiovisual e é criador na dança. É integrante da Estação de Trabalho Colaborativo La Plataformance. Em agosto de 2015, entrou com o trabalho ACIDENTES na Plataforma de Criação Exercícios Compartilhados, sob a coordenação de Adriana Grechi. Segue escavando o trabalho Acidentes como artista residente do Centro de Referência da Dança da cidade de São Paulo. Ficha Técnica: Criação e Trilha Sonora: Pedro Galiza | Apoio: Plataforma Exercícios Compartilhados; Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo | Orientação: Adriana Grechi | Agradecimentos: Rubia Braga.
Foto: Ingrid Vale

 

8. Antropofagia – Com Grupo EmpreZa (BRA)
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Domingo, 2 de julho, das 18h às 18h15
Grátis

Nesta ação, vemos um performer ingerir os longos cabelos do outro, colocando-os lentamente em mechas para dentro de sua boca com movimentos sutis de deglutição dos fios.
Grupo Empreza (Brasil, 2001) foi fundado inicialmente como grupo de estudo e pesquisa em performance arte e possui hoje um vasto repertório de ações performáticas, happenings e produções audiovisuais e fotográficas. Vários artistas já passaram pela formação do Grupo EmpreZa, que atualmente é formado pelos membros-integrantes: Aishá Kanda, Babidu, Helô Sanvoy, João Angelini, Marcela Campos, Paul Setúbal, Paulo Veiga Jordão, Rava e Thiago Lemos.
Foto: Grupo EmpreZa.

 

9. Españicidios: Viva el Vino y Las Mujeres (ESP) – Com Yolanda Benalba
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Domingo, 2 de julho, das 18h15 às 18h45
Grátis

Yolanda apresenta uma sequência de partituras corporais que remetem o olhar da audiência para a temática esmiuçada pela artista. Os assassinatos por violência machista na Espanha se configuram como um problema social que evidencia o atual estado de desigualdade de gênero. Esta ação versa sobre a dor e a subordinação das mulheres, centrando-se na maior corporificação do machismo: os feminicídios.
Yolanda Benalba (Espanha, 1992) interessa-se por espaços em que a violência e o poder patriarcal estejam presentes para então desenvolver proposições artísticas como respostas diretas ao que absorve desses contextos, sendo o feminicídio e a gordofobia temas frequentes explorados em sua prática artística. Codiretora da plataforma Decadence Performance Art, tem mestrado em Práctica Escénica y Cultura Visual pelo Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía em Madrid e graduação em Belas Artes pela Universitat Politècnica de Valência. Tem participado em encontros e eventos de performance na Espanha, Romênia, Itália, Alemanha, Países Baixos, Suíça, Estados Unidos, Indonésia, México, Colômbia, Equador, Peru, entre outros países.
Foto: Manuel López

 

10. Vem… para ser infeliz – Com Priscila Rezende (BRA)
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Terça-feira, 4 de julho, às 20h
Grátis

Em Vem… Pra Ser Infeliz o corpo seminu da artista Priscila Rezende é exposto como uma ironia à reprodução estereotipada do corpo feminino negro exageradamente sexualizado como um símbolo do carnaval. Nesta ação, ao som de sambas-enredo tradicionais do carnaval do Rio de Janeiro, a artista dança ininterruptamente até a exaustão, utilizando uma máscara de Flandres, objeto comumente utilizado no período colonial por pessoas escravizadas. Priscila Rezende (Brasil, 1985) vive e trabalha em Belo Horizonte. Graduada em Artes Visuais pela Escola Guignard-UEMG (Belo Horizonte, Brasil) com habilitação em Fotografia e Cerâmica. Dentre os seus trabalhos destacam-se “Primeira Mostra Perplexa de Performances”, Belo Horizonte, 2010; “Performance no Memorial”, Memorial Minas Gerais Vale, Belo Horizonte, 2013; “Outra Presença”, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, 2013; “Limite Zero”, Galeria Rabieh, São Paulo, 2014; “Saldo de Performance”, BDMG Cultural, Belo Horizonte, 2015; “Projeto Raiz Forte”, MAES, Vitória, 2015; “Mostra De|generadas²”, São Paulo, 2016; “The Incantation of the Disquieting Muse”, SAVVY Contemporary, Berlim, 2016; entre outros.

 

11. Palhaço Ergométrico – Com Felipe Bittencourt
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Terça-feira, 4 de julho, às 18h30
Grátis

O performer, usando maquiagem e nariz de palhaço, senta-se em bicicleta ergométrica posicionada no centro do espaço. Ele deve pedalar no aparelho até que toda a maquiagem escorra pelo suor. Felipe Bittencourt (Brasil, 1987) vive e trabalha em São Paulo. É ator e artista visual, bacharel em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, 2007, com especialização em Fotografia pela Escola Panamericana de Arte e Design, 2010. Suas obras foram apresentadas em diferentes festivais e instituições, como “Mostra Verbo”, Galeria Vermelho, São Paulo (2013); Paço das Artes, São Paulo (2013); Museu Brasileiro da Escultura, São Paulo (2011); Arte Pará, Belém (2008); entre outros. Participou também de residências na Fundação Joaquim Nabuco, Recife (2014); e na Red Bull House of Art, São Paulo (2011).
Foto: Felipe Bittencourt

 

12. Infiltration – Com Eve Bonneau (FRA)
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Terça-feira, 4 de julho, das 19h30 às 20h10
Grátis (Retirada de ingressos no dia da apresentação, a partir das 10h.)

Na ação, utilizando gelo, água e copos de vidro, através de movimentações que forçam a participação do público, Eve Bonneau infiltra-se na audiência, desfazendo as possíveis barreiras entre a apresentação artística e a passividade de quem a contempla. Infiltration [Infiltração] agrupa uma multiplicidade de formas artísticas (performance, intervenção visual e instalação) elaboradas após três anos de pesquisa contínua sobre o “estar aqui”. A maneira de sentir dentro de si torna-se a sua posição social. Esta série de atos poéticos promulga a sensação interna de estar à beira do desequilíbrio numa tensão imediata: viver. A questão da morte surge de forma tangível. A água é um elemento constante em Infiltration: contingente, orgânica e pura. O vidro encarna a fragilidade e o perigo instaurado no momento presente. Eve Bonneau (França, 1981) é performer, tem formação em balé e dança contemporânea pela École Nationale de Musique et Danse de La Rochelle na França e pela P.A.R.T.S em Bruxelas. Seguiu o conjunto de trabalhos de corpo do psicoterapeuta Jacques Garros. Sua pesquisa “ça” foi desenvolvida através do programa “Body Art and Performance”, na Visual Arts School La Cambre, bem como através dos laboratórios públicos na La Bellone. Ao longo dos últimos cinco anos, Eve fez intervenções no México, dando oficinas e criando o seu projeto Infiltration. Através de sua última longa permanência no espaço de arte Sign6 em Bruxelas, Eve aprimorou a sua linguagem pedagógica e as metodologias para criar suas performances. Em apresentações paralelas, organiza eventos alternativos de performance. Suas últimas ações foram realizadas na Polônia, Alemanha e Áustria.
Foto: acervo da artista

 

13. Retratinho com Você – Com Ed Marte (BRA)
Convivência
Livre
Quarta-feira, 5 de julho, das 12h30 às 13h30
Grátis

Ed Marte, ao se colocar à disposição para tirar fotos com qualquer transeunte que tiver interesse em posar ao lado do artista, faz alusão ao mundo onde todas(os) estão conectadas(os) com as redes sociais através de uma performance bem-humorada que faz um paralelo com a popularização da celebridade pop instantânea, que pode ser de apenas 15 minutos de fama (ou não). Utilize a hashtag #performatus nas redes sociais para as fotos com Ed Marte. Ed Marte (Brasil, 1968) trabalha as relações entre corpo, espaço e público, arte e vida. Rito, fluxo e interação. O corpo se coloca, artisticamente, na fabricação de uma imagem que aborda questões comportamentais emergentes na contemporaneidade, como deslizamento entre gêneros, recombinação de vestuário, questionando o padrão das poéticas visuais que vestem o corpo.
Foto: Bianca de Sá

 

14. Bááárbaros – Com Élle de Bernardini (BRA)
Portaria Social
Livre
Quarta-feira, 5 de julho, das 19h30 às 20h10
Grátis

O grito a plenos pulmões é uma crítica e autocrítica à falta de civilidade da sociedade contemporânea. É uma repulsa aos atos bárbaros cometidos pelos humanos do mundo inteiro.
Élle De Bernardini (Brasil, 1991) é artista visual, performer, bailarina e butoka. Possui formação em balé clássico pela Royal Academy of Dance, foi aluna dos mestres de butô japonês Yoshito Ohno e Tadashi Endo, é graduanda de filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria. Seus trabalhos já foram apresentados na Europa e na América Latina. Dentre os espaços onde apresentou suas obras, destacamos: London Tower, Londres (2012); Planetário da Gávea, Rio de Janeiro (2014); Fundação Memorial da América Latina, São Paulo (2015); Casa de Cultura Mario Quintana, Porto Alegre (2016); e Maus Hábitos, Porto, Portugal (2015). Suas obras integram alguns acervos como o do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Brasil); Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Brasil); e Museu de Arte de Santa Maria (Santa Maria, Brasil).
Foto: Ana Marin

 

15. A Importância de Ser Simone de Beauvoir – Com Miguel Bonneville (POR)
Teatro
Não recomendado para menores de 14 anos
Quarta-feira, 5 de julho, , das 20h às 21h30
Grátis (Retirada de ingressos no dia da apresentação, a partir das 10h)

Esta apresentação se insere num projeto de espetáculos concebidos em série, partindo da vida e obra de artistas cuja relevância tenha sido vital no percurso artístico do performer. Os livros da autora francesa exploram questões fundamentais que surgem também no trabalho do performer: autobiografia, política/feminismo, gênero/sexualidade, existencialismo e morte. São assuntos abordados de formas distintas, mas cuja base e princípio são os mesmos: crença na procura da verdade e no valor da cultura, postura que, desde muito cedo, salvou-o do desespero.
Após o espetáculo, conversa com Miguel Bonneville.
Direção Artística e Interpretação: Miguel Bonneville | Música original: Susana Santos Silva | Figurinos: Mariana Sa´ Nogueira | Desenho de luz: Nuno Patinho | Apoio dramatúrgico: João Manuel de Oliveira | Registo vídeo e fotográfico: Joana Linda | Coordenação de Produção: Cristina Correia | Produção: Horta Seca Associação Cultural | Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian/Portugal Miguel Bonneville (Portugal, 1985) concluiu os cursos de: Interpretação, na Academia Contemporânea do Espectáculo (2000-2003); Artes Visuais, na Fundação Calouste Gulbenkian (2006); Autobiografias, Histórias de Vida e Vidas de Artista, no CIES-ISCTE (2008); Arquivo – Organização e Manutenção, no Citeforma (2013); e Costurar Ideias, na Magestil (2013). Através de performances, desenhos, fotografias, vídeo, música e livros de artista, Bonneville nos introduz em histórias autobiográficas centradas na destruição e reconstrução da identidade. Colabora regularmente com artistas
como Carlota Lagido, David Bonneville, So´nia Baptista, Joana Linda, Joana Craveiro e Maria Gil, tendo trabalhado também com Francisco Camacho, Teatro Praga, Pablo Fidalgo, La Ribot, AVaspo, entre outros. Recebeu o Prêmio “Ex Aequo” (2015) pelas performances Medo e Feminismos, em colaboração com Maria Gil; e A Importância de Ser Simone de Beauvoir.
Foto: Joana Linda

 

16. Manicure Política – Com Lyz Parayzo (BRA)
Convivência
Livre
Quinta-feira, 6 de julho, das 12h30 às 15h30
Sexta-feira, 7 de julho, das 18h às 21h
Sábado, 8 de julho, das 12h30 às 15h30
Grátis

Instauração: manicure como proposta estética. Um salão e´ montado, o Salão Parayzo, e voluntários são convidados a pintar suas unhas apenas de rosa pela manicura. A manicura não quer só criar uma imagem a partir da repetição da ação de pintar unhas. A manicura e´ pintora e cria uma obra na casa-corpo. A cor se torna vírus, diminuto infeccioso que não tem capacidade metabólica autônoma, mas que ganha vida contra luz a` performatividade do rosa. Leituras corporais são recriadas a partir da fusão da unha/cor.
Lyz Parayzo (Brasil, 1994) vive e trabalha entre a periferia e o centro do Rio de Janeiro. É educadora, performer e membro do Coletivo Seus Putos. Atualmente é graduanda em Licenciatura em Teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Participou das seguintes coletivas: “Bem Me Cuir” (Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, Rio de Janeiro, Brasil, 2016); “Experiência n. 6 – Compasso Binário” (Mesa, Rio de Janeiro, Brasil, 2016); “Noites Performáticas” (Galeria Índica Arte e Design, Rio de Janeiro, Brasil, 2016); “Da Urgência de Cada Um” (Despina/ Largo das Artes, Rio de Janeiro, Brasil, 2016); “Mostra de Verão: Videoarte e Videoinstalação” (Centro Municipal Cultural Oduvaldo Vianna Filho/ Castelinho do Flamengo, Rio de Janeiro, Brasil 2016); entre outras.
Foto: Helena de Oliveira

 

17. Réquiem para uma Noiva – Com Ed Marte (BRA)
Convivência
Livre
Quinta-feira, 6 de julho, às 20h
Grátis

Nesta performance, o artista visual Ed Marte trabalha as relações entre corpo político, espaço e público, arte e vida. Aborda as questões de gênero, transfeminismo e o universo queer, as lutas políticas de empoderamento e reafirmação do corpo livre.
Ed Marte (Brasil, 1968) trabalha as relações entre corpo, espaço e público, arte e vida. Rito, fluxo e interação. O corpo se coloca, artisticamente, na fabricação de uma imagem que aborda questões comportamentais emergentes na contemporaneidade, como deslizamento entre gêneros, recombinação de vestuário, questionando o padrão das poéticas visuais que vestem o corpo.
Foto: Bruno Figueiredo

 

18. Performance da Serpentina
Com Grasiele Sousa A.K.A. Grasiele Cabelódroma (BRA)
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Quinta-feira, 6 de julho, das 21h às 21h40
Grátis

Nesta ação, com movimentos dançados, Grasiele Sousa a.k.a. Grasiele Cabelódroma funde duas grandes artistas que desafiaram os ditos “bons costumes” e inovaram com as suas formas de dançar: Luz del Fuego e Loïe Fuller. Luz, artista brasileira, conhecida principalmente por seu número de dança acompanhado de duas cobras. Loïe, nascida nos Estados Unidos, inventou uma forma de expandir o seu próprio corpo no palco com a ajuda de uma “roupa-escultura” e efeitos de luzes cênicas.
Grasiele Sousa A.K.A. Grasiele Cabelódroma (Brasil, 1978) vive e trabalha em São Paulo desde 2002. É mestra em Psicologia Clínica Núcleo de Estudos da Subjetividade Contemporânea da PUC/SP, com a dissertação Uma Edição de Si: As Meninas do Youtube (2015), e graduada em Educação Artística pelo Instituto de Artes da Unesp (2003). Organiza, desde 2013, o evento anual Perfor (Fórum de Performance da Brasil Performance) juntamente ao Grupo BrP (extinta associação Brasil Performance). Desenvolve os projetos Cabelódromo e Cia. Subdesenvolvida de Dança. Faz parte da equipe editorial da publicação acadêmica Cadernos de Subjetividade. Já apresentou seu trabalho artístico em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Vitória, Curitiba, Chile, Portugal, Espanha e Alemanha. Participou da edição de 2016 da Temporada de Projetos do Paço das Artes.
Foto: Le´opold Reutlinger

 

19. Oráculo Caboclo – Com Arthur Scovino (BRA)
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Sexta-feira, 7 de julho, das 12h30 às 19h30
Grátis

A base para Oráculo Caboclo e´ uma compilação de entrevistas de Hélio Oiticica entre um pau-de-resposta e O Guarani, de Jose´ de Alencar. O artista consulta o “Oráculo Caboclo” em conversa com a audiência, considerando uma pessoa por vez, buscando respostas para os anseios diante do caos, da arte e da vida. As respostas despontadas são exibidas em uma configuração estética que vai gradativamente sendo disposta no espaço em balões de gás hélio ou irrompem de forma sigilosa e não permanecem em formas tangíveis no ambiente da ação.
Arthur Scovino (Brasil, 1980) é nascido na região metropolitana do Rio de Janeiro e, em 2008, mudou-se para Salvador a fim de estudar na Escola de Belas Artes da UFBA. Desde então, desenvolve suas pesquisas artísticas em torno do ambiente, da cultura e das relações afetivas e sociais, sobretudo da Bahia. Atualmente, em suas instalações e performances, investiga símbolos do imaginário religioso e da miscigenação brasileira. Em 2013, recebeu dois prêmios dos Salões de Artes Visuais da Bahia, que ocorrem em diferentes cidades do estado, e em 2014 participou da Terceira Bienal da Bahia e da XXXI Bienal de São Paulo. Foi indicado ao Prêmio PIPA nos últimos três anos. Em 2016, participou da exposição “Softpower – Arte Brasil”, na Holanda, e teve uma mostra individual na Galeria Solyanka VPA, em Moscou. É representado pela Galeria Casa Triângulo em São Paulo.

 

20. Vejo Tudo Nu – Com Lucio Agra (BRA)
Portaria Social
Livre
Sexta-feira, 7 de julho, das 19h30 às 20h10
Grátis

O nome da performance deriva de uma comédia erótica italiana de 1969 cujo trailer foi assistido por acaso aos nove anos de idade por Lucio Agra. Trata-se de uma ação para espaço aberto na qual o corpo nu do artista é coberto por um aparato cilíndrico de pano preto que impede totalmente a visão externa, mas não impede que o artista se oriente no espaço. Com o auxílio de equipamento de áudio (portátil ou via mic s/ fio), ele lê textos que se referem ao ocultamento de nomes e ações artísticas e culturais na História, na Bibliografia de Arte Contemporânea e no cotidiano atual.
Lucio Agra (Brasil, 1960) é performer, poeta e professor. Atua artisticamente no Brasil e no exterior, como na França, no Canadá, nos Estados Unidos, no Uruguai, na Colômbia, no México, entre outras localidades. Autor de Monstrutivismo – Reta e Curva das Vanguardas (São Paulo: Editora Perspectiva, 2010); de diversos artigos em publicações nacionais e internacionais; e, em breve, de Performance: Corpo em Expansão.
Foto: Coletivo Sem Título, S.D.

 

21. Panquecas Civilizadas – Com Lizi Menezes (BRA)
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Sábado, 8 de julho, das 17h30 às 19h10
Grátis

Panquecas Civilizadas busca questionar as negligências naturalizadas nos corpos/sexos frente às situações que violam os sentidos corporais. A ação tenciona a retirada dos corpos da sua zona de conforto através da exaustão diante das repetições de signos, tais como a imagem e o áudio, que são representações de violências consumidas cotidianamente. Nesta ação, a artista prepara panquecas incessantemente e propõe uma maquinal comilança, integrando audiência e obra, em um encontro em que algo instintivo é acionado: a fome.
Lizi Menezes (Brasil, 1981) é feminista e artista visual formada pela Universidade Federal de Santa Maria (Brasil), com especialização e mestrado em Estudos Feministas pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (Portugal) e, atualmente, cursa doutoramento em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, onde pesquisa histórias de vida de mulheres, sexualidade e sexo como discursos emancipatórios através da transdisciplinaridade da linguagem poética.
Foto: Edgar Oliveira

 

22. Teta Lírica – Com Marie Carangi (BRA)
Foyer do Teatro
Não recomendado para menores de 18 anos
Sábado, 8 de julho, das 19h30 às 19h45
Grátis

Performance que envolve a relação de atrito entre o movimento do corpo e o instrumento musical teremim. Com o corpo recoberto por uma malha preta, que deixa à mostra, através de buracos, somente os seios, a artista realiza um concerto diante do teremim através do movimento dos seus seios. Esse instrumento possui uma antena que emite um campo vibracional no ar, onde as notas musicais se distribuem reagindo à proximidade do corpo. Enquanto o corpo se sacode, as tetas balançam tocando aleatoriamente as notas nesse campo, gerando sons. O grau de aproximação entre tetas e antena, associado à velocidade de movimento, gera picos de agudo variáveis, resultando num canto lírico estridente.
Marie Carangi (Brasil, 1989) vive e trabalha no Recife. Graduada em Arquitetura e Urbanismo na UFPE, trabalha com performance, vídeo e instalação. Inicia a performance-serviço – Peluqueria Carangi – no Lesbian Bar do artista Fernando Peres. Em Peluqueria Carangi, as relações entre corpo, espaço, estruturas e autoimagem que atravessam o corte de cabelo viram trabalho de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo. Esse laboratório se desdobra em outros gestos nas performances Corte Estilo Guilhotina e GRITOFONIA, apresentadas na exposição “GRITO CORTE”, já exibida na Galeria MauMau (PE), no Centro Cultural São Paulo (SP) e no Galpão Bela Maré (RJ), em 2015. Participou em 2016 das residências “CASA COMUM”, no Rio de Janeiro; “Margens: Encontros e Devires pelo Rio”, em Belém; e, em 2017, no Q21 MuseumsQuartier, em Viena (Áustria).

 

23. Retratos – Com Carol Cony e Cristina Moura (BRA)
Teatro
Não recomendado para menores de 16 anos
Sábado, 8 de julho, das 20h às 20h50
Grátis (Retirada de ingressos no dia da apresentação, a partir das 10h.)

A obra da artista norte-americana Cindy Sherman – que fotografa a si mesma personificando personagens fictícias em diversas situações – é o ponto de partida do solo de Retratos, da bailarina-performer Carol Cony, sob a direção de Cristina Moura. As personagens de Cindy Sherman são clicadas em situações dramáticas ou cotidianas, capturando e subvertendo instantes de suas vidas inventadas. O espetáculo é uma experiência cênica fotográfica, onde o retrato se desloca da fotografia para a cena, a partir de percursos criativos vivenciados pela intérprete, que dialoga e brinca com as características das duas linguagens: a fotografia e a dança. Em cena, diversas trocas de figurinos se unem a uma vigorosa partitura coreográfica para evocar a atmosfera em torno das personagens. Retratos convida o espectador a um passeio imagético e imaginativo, em que o corpo da intérprete é o guia entre o humor, memória, drama, paixão e tragédia. Ficha Técnica Idealização e Interpretação: Carol Cony | Direção: Cristina Moura | Direção Musical: Domenico Lancellotti | Figurinos e Cenário: Raquel Theo | Iluminação: Paulo César Medeiros | Extensão da Iluminação: Tabatta Martins | Direção de Produção: Cida de Souza Carol Cony (Brasil, 1980) é performer, bailarina, atriz e acrobata. É formada pela Faculdade de Dança Angel Vianna e pelo TEPA (Teatro Escola de Porto Alegre). De 2006 a 2011, atuou no grupo carioca Intrépida Trupe. Cristina Moura (Brasil) é diretora de espetáculos de teatro e dança contemporânea, coreógrafa, atriz e intérprete. Entre 1996 e 2003, viveu na Europa e integrou o Les Ballets C de La B, de Alain Platel, entre outras Cias.
Foto: Renato Mangolin

 

24. Fato-Indumento – Com Lyz Parayzo (BRA) & Augusto Braz (BRA)
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Domingo, 9 de julho, das 16h às 18h
Grátis

Calcinha de renda vermelha, dois tijolos, barbante, papel manilha rosa, cola branca, pincel, balde e duas bixas. Como uma bomba plástica, Fato-Indumento dinamita alicerces normativos por meio de uma TransFiguração de valores. Não só as usualidades do papel manilha e do tijolo são abandonadas como também a “naturalidade” do corpo e suas leituras socialmente construídas a partir de tecnologias heteronormativas. Um corpo lido como masculino, por possuir um pênis, é atacado com informações ditas femininas ao fundir-se com um papel/vestido e um tijolo/salto. Novas leituras são criadas e o periférico se torna centro. LYZ PARAYZO (Brasil, 1994) vive e trabalha entre a periferia e o centro do Rio de Janeiro. É educadora, performer e membro do Coletivo Seus Putos. Atualmente é graduanda em Licenciatura em Teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Participou das seguintes coletivas: “Bem Me Cuir” (Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, Rio de Janeiro, Brasil, 2016); “Experiência n. 6 – Compasso Binário” (Mesa, Rio de Janeiro, Brasil, 2016); “Noites Performáticas” (Galeria Índica Arte e Design, Rio de Janeiro, Brasil, 2016); “Da Urgência de Cada Um” (Despina/ Largo das Artes, Rio de Janeiro, Brasil, 2016); “Mostra de Verão: Videoarte e Videoinstalação” (Centro Municipal Cultural Oduvaldo Vianna Filho/ Castelinho do Flamengo, Rio de Janeiro, Brasil 2016); entre outras.
Augusto Braz (Brasil, 1993) é paulistano e vive no Rio de Janeiro desde 2013, quando trocou a graduação em Jornalismo por um curso de Artes Visuais na UERJ. Participou de mostras coletivas como: “Olha Geral” (Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2014); “Motirõ” (Hotel e Spa da Loucura, Rio de Janeiro, 2014); “Ateliê de Performance” (Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2014); “Terceiro Festival Multicultural de Inverno de Embu Guaçu” (Espaço Hervé, Embu Guaçu, 2014); entre outras. Tem formação também pela EAV Parque Lage, onde frequentou cursos como “Fundamentação” (com Alexandre Dacosta, Cristina de Pádula e Ivair Reinaldim, 2013); “Arte Ação – Oficina Experimental de Performance” (com Nadam Guerra, 2015); entre outros.

 

25. Ataque Aéreo – Com Marcela Tiboni (BRA)
Atividade Externa
Praia de Aparecida
Livre
Domingo, 9 de julho, das 10h30 às 12h
Grátis

O eminente estado de medo e perigo com relação a possíveis ataques terroristas islâmicos, sauditas ou afegãos assolou a cabeça de determinados políticos e cidadãos brasileiros no ano de 2016. Dentre as ameaças fantasmas (que nunca foram comprovadas ou ocorridas) estavam homens-bomba, ataque aéreo, carros-bomba, ataques à mão armada. A veracidade destas ameaças nunca foi comprovada, mas foi possível perceber que é preciso muito pouco para deixar a população em pânico e cheia de medo. A ação Ataque Aéreo consiste na discussão e reflexão destas situações de ameaças fantasmas e suas repercussões sociais. Serão feitas sessenta pipas em papel de seda branco, que terão pintadas de preto, em suas superfícies, imagens de bombas, mísseis e projéteis. Estas pipas ficarão à disposição do público para que as empinem coletivamente na praia, realizando assim um “ataque aéreo”. A ação não tem limite de idade para a participação, e o tempo da ação será o tempo que os participantes quiserem empinar suas pipas bombas. Haverá possibilidade de realização das famosas “rinhas de pipas”, em que os participantes tentam derrubar as pipas bombas dos “oponentes”, e o que restar das pipas bombas podem ou não permanecer na exposição.
Marcela Tiboni (Brasil, 1982) é bacharel em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP (São Paulo, 2003), mestre em Estética e História da Arte pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo – MAC-USP (SP, 2009), e pós-graduada em Gestão Cultural pelo Senac (SP, 2015). Desde 2003 tem exposto com regularidade em importantes espaços culturais brasileiros, tais como Museu Oscar Niemeyer, Paço das Artes, MAMAM, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Caixa Cultural, SESC Pompeia, Fundação Memorial da América Latina, Centro Cultural Fiesp, Museu Nacional da República, MAC-USP, Instituto Tomie Ohtake, entre outros. Suas obras também já estiveram em países como Argentina, Espanha, Estados Unidos, França e Peru.
Foto: Marcela Tiboni

 

26. Performance de Artista em Residência – Com Carlos Martiel (CUB)
Auditório
Não recomendado para menores de 18 anos
Domingo, 9 de julho, das 18h às 19h
Grátis

Performance fruto da residência artística de Carlos Martiel que parte da sua pesquisa in loco sobre a discriminação racial e em contraposição com as suas experiências prévias, as quais abordam a mesma problemática em países como Estados Unidos e Cuba. Como resultado da residência, Carlos Martiel realizará uma apresentação pública do seu trabalho investigativo através de uma performance inédita.
Carlos Martiel (Cuba, 1989) vive e trabalha em Nova York e Havana. Graduado pela Escola Nacional de Belas-Artes San Alejandro em Havana. Estudou em Cátedra Arte de Conducta entre 2008 e 2010, onde foi orientado pela artista Tania Bruguera. Realizou exposições individuais em diversos espaços, dentre eles, Y Gallery e Robert Miller Gallery (Nova York); Samsøn Projects (Boston); Steve Turner (Los Angeles), entre outros. Participou também da Bienal de Havana, Bienal de Pontevedra, Bienal de Veneza, Bienal de Liverpool, Bienal “La Otra” de Bogotá, Bienal Internacional de Performance Art de Houston e Bienal de Casablanca. Recebeu prêmios como: Franklin Furnace Fund (Nova York, 2016), CIFOS Grants & Commissions Program Award (Miami, 2014) e Arte Laguna (Veneza, 2013)

 

 

27. Fechação – Com Linn Da Quebrada (BRA)
Comedoria
Não recomendado para menores de 16 anos
Domingo, 9 de julho, das 19h às 20h
Grátis (Retirada de ingressos no dia da apresentação, a partir das 10h.)

Linn da Quebrada – acompanhada pela cantora e persona Jup do Bairro, do percussionista Valentino Valentino e do DJ Pininga – propõe uma vivência festiva em clima de fechamento/fechação da Mostra Performatus # 2 ao oferecer uma descomedida quantidade de confetes em tons cor-de-rosa e dourados para serem atirados ao ar pelo público enquanto a apresentação acontece. Esta vivência faz referência à performance-instrução Throw a Party (2012), da artista Amalia Pica.
Linn Da Quebrada (Brasil) é performer, cantora, compositora, dançarina e atriz. De todas as suas possibilidades, Linn da Quebrada é um corpo em constante transformação e movimento. Atualmente em fase de pré-produção do seu primeiro disco cheio, Pajubá, Linn segue rodando o país com suas músicas sobre empoderamento e questões do universo TLGB+. Em 2016, ela estreou na música com o hit “Enviadescer”, seguido por “Talento” e, logo no começo de 2017, com “Bixa Preta”. Além da música, Linn também já colaborou no Coletive Zoooom, na periferia da Fazenda da Juta, em São Paulo, onde desenvolveu um trabalho com adolescentes da região a partir das questões relativas à sexualidade e gênero, e com a Coletive Friccional, cujo foco é a realização de performances na rua.
Foto: Vivi Bacco

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