“Encontro de gerações do folk rock rural” chega a São Paulo

No sábado, dia 12 de agosto, na Casa Natura Musical, o show “Encontro das gerações do folk rock rural”, com os artistas Tuia, Guarabyra, Tavito, Ricardo Vignini, e como convidado especial André Abujamra…

 

 

 

Tuia, novo nome expoente do folk brasileiro como anfitrião convida Guarabyra da dupla Sá & Guarabyra, Tavito do Clube da Esquina e Ricardo Vignini, compositor, violeiro que mistura música regional com rock, num show inédito e atual no melhor estilo do Folk Rock Rural Brasileiro.

O show traz grandes canções dos artistas e clássicos que serão tocados com uma roupagem especial, mais intimista, mostrando a qualidade da grande obra dos artistas, tais como “Casa no Campo”, “Rua Ramalhete” (Tavito), “Sobradinho”, “Espanhola (Sá e Guarabyra), “O Céu”, “Pote azul” (Tuia) e também duetos como “Flor” com Tuia e Guarabyra, “Vermelho Coração” com Tuia e Tavito. Ricardo Vignini traz músicas como “Topada” (parceria com André Abujamra), “Caxupeta” (Ricardo Vignini), e outras do seu repertório instrumental de viola.

Tavito , Zé Rodrix, Sá e Guarabyra foram um dos precursores do estilo Folk Rock Rural no Brasil na década de 70, um movimento pioneiro que uniu o folk e o rock com sons regionais nacionais, marcando presença ao longo do tempo nas vozes de Renato Teixeira, Zé Geraldo, entre outros… e continua forte no cenário musical atual, com novos expoentes como Tuia e Ricardo Vignini, que dão continuidade ao legado desse estilo.

 

 

 

“Encontro de gerações do folk rock rural”
com Tuia, Tavito, Guarabyra e Ricardo Vignini
Convidado especial André Abujamra
Casa Natura Musical
Rua Artur de Azevedo, 2134 – Pinheiros – SP.
Abertura da Casa: 20h30
Sábado, 12 de agosto, às 22h
Ingressos: de 60,00 a 260,00
Classificação etária: 12 anos. Menores entram acompanhados de pais ou responsáveis legais.
Vendas Online: Eventim
Bilheteria Oficial: Rua Artur de Azevedo 2134 – Pinheiros –SP
Sem Cobrança De Taxa De Conveniência
Segunda a segunda das 12h às 20h

 

 

 

Guarabyra
Nascido na região do Vale do São Francisco, interior da Bahia, transferiu-se, em 1966, para o Rio de Janeiro. Lá iniciou a carreira artística em 1967, ao lado de Luiz Carlos Sá e Sidney Miller, no espetáculo de inauguração do Teatro Casa Grande. No final daquele ano, participou do II Festival Internacional da Canção, promovido pela TV Globo, vencendo a fase nacional com a canção “Margarida”, inspirada em uma cantiga de roda e interpretada por ele próprio, acompanhado pelo Grupo Manifesto. Contratado pela TV Tupi do Rio de Janeiro, foi responsável pela produção musical dos programas “Bibi ao vivo” e “Blota Jr.”.
Em 1969, no Festival de Música de Juiz de Fora, sua canção “Casaco marrom” (composta em parceria com Renato Correa e Danilo Caymmi), e interpretada por Evinha) foi classificada em 1º lugar.
Em 1971, formou, com Luiz Carlos Sá e Zé Rodrix, o trio Sá, Rodrix e Guarabyra, com o qual gravou os LPs “Passado, presente e futuro”(1971) e “Terra” (1972).Em 1972, foi premiado, juntamente com Luis Carlos Sá, pela autoria do jingle “Só tem amor quem tem amor pra dar”, produzido para a campanha publicitária da Pepsi-Cola. A partir de 1973, com o desligamento de Zé Rodrix do trio, passou a atuar em dupla com Luiz Carlos Sá com o nome de Sá e Guarabyra. Depois de 26 anos, com a volta de Zé Rodrix, a dupla se tornou novamente um trio cuja reestreia aconteceu no Rock in Rio III, em 2001. O trio foi contratado pela gravadora Som Livre e lançou o CD e DVD Outra vez na Estrada – ao vivo. Em 2009, pouco antes do falecimento de Zé Rodrix, o trio lançou seu último trabalho, Amanhã (Roupa Nova Music).
Foto: Jane Monteiro / Reprodução do Facebook

 

Ricardo Vignini
Nascido na capital de São Paulo é um dos violeiros mais atuantes do Brasil. É também produtor e pesquisador de cultura popular do sudeste. Gravou cinco CDs ao lado da banda Matuto Moderno e participou dos principais eventos sobre a viola no Brasil. Tem 10 CDs lançados, Integra o duo Moda de Rock com o violeiro Zé Helder, obtendo grande repercussão nacional e internacional, apresentando versões de músicas de Jimi Hendrix, Metallica e Led Zeppelin. Gravou e produziu 3 CDs e um DVD do violeiro Índio Cachoeira. Participou do CD Carbono do Lenine e do seu show no Rock in Rio 2016. É endorser da corda de viola americana D’Addario no Brasil, amplificadores Gato Preto, e violas Rozini. Um 2010 lançou seu primeiro CD solo “Na Zoada do Arame”, Dividiu o palco com artistas americanos como Bob Brozman – turnê brasileira em 2003 – e Woody Mann, em 2006 e 2008. Leciona viola caipira há 18 anos, e produz CDs de vários artistas há 10 anos. Apresentou-se nos EUA, Canadá, Europa e América Latina. Entre gravações e apresentações também trabalhou com Lenine, Spok, Liminha, Zé Geraldo, Emmanuele Baldini, Pena Branca, Pepeu Gomes, Kiko Loureiro, André Abujamra, Robertinho de Recife, Ivan Vilela, Os Favoritos da Catira, Pereira da Viola, Carreiro, Levi Ramiro, Andreas Kisser, Matuto Moderno, Paulo Simões. É proprietário do selo Folguedo, dedicado exclusivamente à música de viola.
Foto: Rita Perran

 

Tavito
Tavito músico, compositor, arranjador, produtor de discos e publicitário, nascido e criado na gema de Belo Horizonte, fruto de ideias, amigos e canções de Minas, mudou-se para o Rio em 1968, na correnteza poética do amigo Vinícius de Moraes. Tavito se destacou primeiramente como guitarrista/violeiro do grupo “Som Imaginário”, juntamente com Zé Rodrix, Robertinho Silva, Wagner Tiso, Luiz Alves, Naná Vasconcellos e Fredera. Essa moçada foi convocada para acompanhar um noviço Mílton Nascimento com seu nascente Clube de Esquina, cheio de bons mineiros e sonhos por toda parte. Com o Som Imaginário gravou três LPs. Em 1971 compôs com Zé Rodrix a canção “Casa no Campo”, imortalizada na voz de Elis Regina. Em 1973, transferiu-se para São Paulo, onde passou a se dedicar à criação de jingles e trilhas publicitárias. Só mais tarde – em 1979 – gravou para a CBS o primeiro de cinco discos-solo, onde homenageava os Beatles e sua cidade natal, com a canção “Rua Ramalhete”, eleita recentemente a Trilha Sonora Oficial de Belo Horizonte.
Foto: Reprodução do Facebook

 

Tuia
Cantor e compositor, vindo do Vale do Paraíba – interior de São Paulo – Tuia despontou nos anos 90 com a banda Dotô Jéka. Surgida em 1993, com uma proposta ousada e inovadora de misturar rock com música caipira, a banda Dotô Jéka se destacou pela sua originalidade. Seu primeiro trabalho, que contou com o mesmo produtor dos Raimundos, foi lançado pela gravadora Virgin/EMI. Após várias apresentações em programas como: Xuxa Hits, Jô Soares Onze e Meia , Programa Livre, entre outros, alcançou os primeiros lugares nas rádios do interior de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Nordeste. A versão de Romaria de Renato Teixeira (que participou do CD) e acabou ganhando também um clipe na MTV com diversas matérias na imprensa escrita, em destaque a revista Billboard americana.
Em 2011 lançou seu primeiro trabalho solo em CD/DVD “Tuia ao vivo” que ficou entre os 20 mais vendidos pela Tratore (distribuidora independente), tendo destaque a música “O Céu” nas rádios do Nordeste e Minas Gerais.
Veio em 2013 o disco de estúdio “Jardim Invisível”, que trazia uma versão mais intimista e leve do seu folk rock e fez com que Tuia conseguisse fazer uma turnê nacional com êxito, de maneira independente, nos moldes da canção estradeira de Renato Teixeira “Amanheceu peguei a viola enfiei na sacola e fui viajar…”
Agora 2016 Tuia lança seu novo disco “Reverso Folk” (pela primeira vez distribuído por uma grande gravadora a Sony music). “Reverso” significa uma volta aos textos poéticos a serviço da melodia e esteticamente soa quase como uma “subversão” ao folk tradicional, deixando um pouco de lado o ícone Bob Dylan e trazendo a tona os “mestres” do folk brasileiro como Zé Geraldo em “Ainda a mosca” que traz uma referência “Raul Seixista”, Tavito com “Vermelho coração” mostra o lado mineiro cancioneiro e “Flor” com Guarabyra, convida a todos para uma “nova velha” viagem de volta a estrada dos amores rurais…O primeiro single “A Cor do dia” está na programação da rádio Nova Brasil FM.

 

 

André Abujamra
Difícil montar o quebra cabeça do perfil artístico de André Abujamra, pois o cantor de ópera que cursou regência na FAAM de SP saiu sem o canudo, mas conseguiu algo que poucos músicos conseguem, que é misturar o que aprendeu na universidade aos cantos dos terreiros de candomblé, local de vivências pessoais e onde se descobriu Alabê, com guitarras distorcidas e transformar tudo isso ainda em trilhas de cinema, TV e teatro. Seu nome esta em mais de 40 filmes brasileiros, muitos deles premiados, e o seu currículo acumula prêmios como, Candango, Kikito, Guarnicê, e o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Entre os filmes nacionais que assinou a trilha estão Bicho de 7 cabeças, Carandiru, Durval Discos, Domésticas, I Love Rio e o mais recente Trinta sobre a vida de Joãozinho Trinta, além da produção internacional mexicano Vozes Inocentes. Na TV fez trilhas que caíram no imaginário popular entre elas Castelo Ra-tim-bum e Telecurso Segundo-Grau, no teatro assinou diversas peças entre elas Fragmentos de um Discurso Amoroso e Tribos, ambas com direção de Ulisses Cruz com Antonio Fagundes no elenco. Acumula 7 APETESP e foi o ganhador mais novo, com apenas 23 anos, do prêmio Molieré com a peça Encontrar-se. André também é ator, na TV seu mais recente trabalho foi Saramandaia, “Os Especialistas” direção de Fernando Meirelles, ambas na TV Globo e Sonhos de Abu no Canal Brasil.Na década de 1980, junto com o músico e compositor Maurício Pereira fundou Os Mulheres Negras. Eles se autodenominam a terceira menor big band do mundo e lançaram 2 CDs, Música e Ciência (1988) e Música Serve pra Isso (1990). Atualmente realizam show e se preparam para a gravação de um novo trabalho.André Abujamra também foi fundador da banda Karnak, e é integrante a mais de 20 anos do grupo. A banda marcou uma geração com sua proposta original e provocadora. Em 2014 foi diretor musical e coordenador da banda do programa Agora é Tarde na Bandeirantes.
Por Andréa dos Santos
Foto: Reprodução do Facebook

 

Foto destaque: Divulgação

1 comentário em ““Encontro de gerações do folk rock rural” chega a São PauloAdicione o seu →

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *