Música experimental e dança contemporânea dialogam em projeto P-Lugar

Nos dias 20 e 21 de outubro, artistas da música contemporânea mostram suas inquietações, com participação especial do elenco da Corpos Nômades, fazendo um brinde aos 10 anos de vida do Espaço Cênico O Lugar…

 

 

 

Na sexta e sábado, a partir das 22h30, a Cia Corpos Nômades recebe em sua sede – o Espaço Cênico O Lugar – o evento P-Lugar, destinado a apresentações artísticas que unem música experimental eletrônica e acústica a improvisações de dança. O evento, que já teve edições anteriores desde 2007, terá dessa vez a participação de Alexandre Rosa, Brechó de Hostilidades Sonoras, Grupo Quartazaga, Duo Diógenes Junior/Ricardo Bigio e Thiago Salas. O elenco da Cia. Corpos Nômades irá improvisar com os músicos convidados.

Idealizada por João Andreazzi, a Cia. Corpos Nômades foi contemplada pelo 20º Programa Municipal de Fomento à Dança da cidade de São Paulo e, para comemoração dos 10 anos de existência do Espaço Cênico O Lugar, conta com a parceria do O Boticário na Dança através do PROAC-ICMS/Governo do Estado de SP.

 

 

P-Lugar
Espaço Cênico O Lugar
Rua Augusta, 325 – Consolação
Capacidade da Sala Sul: 64 lugares.
Capacidade da Sala Norte: 64 lugares
Duração total: 110 minutos
Ingressos:
R$ 20,00 (inteira)
R$ 10,00 (meia)
Pagamento em dinheiro e cartão de débito/crédito.
Classificação etária: 14 anos
Reservas:
Tel.: 3237-3224 ou pelo e-mail ciacorposnomades@gmail.com

 

Programação

Sexta-feira, 20 de outubro, às 22h30

Thiago Salas
Paisagem #3 _Iintermitências é uma composição que junta gravações de campo do espaço urbano de São Paulo com alguns recursos de improvisação. Este trabalho conta com a participação do guitarrista Luiz Galvão que traz uma sonoridade que dialoga com fluxos e quebras de uma faixa acusmática. Paisagens é uma série de trabalhos compostos sobre resíduos sonoros e materiais coletados na nas vías públicas de São Paulos. As performances e composições derivas deste motivo foram apresentadas no Música e Tecnologias SESC Vila Mariana, FestA SESC Osasco, Mostra NME Unicamp, Praça das Artes do Theatro Municipal de São Paulo além de festivais em Portugal e na Grécia.
Foto: Edson Santana

 

Duo de Diógenes Júnior e Ricardo Bigio
Negativos da Cidade – uma performance audiovisual. Imagens em negativo da cidade. Um piano. Um contrabaixo. Um computador. Improviso. Estes são os elementos que compões Negativos da Cidade, o trabalho de estreia do duo paulistano formado por Diógenes Júnior (piano) e Ricardo Bigio (contrabaixo e eletrônica). A parceria iniciada nos corredores do Instituto de Artes da Unesp (São Paulo) experimenta os limites estéticos entre instrumentos acústicos e a interferência de elementos eletrônicos, acompanhados de videografismos que distorcem imagens urbanas. Instigar e confundir o ouvir e o olhar da plateia sobre os timbres dos instrumentos e os contornos da cidade é o objetivo deste trabalho.

 

Quartazaga
O compositor e baixista Pedro Destro já participou de diversos grupos de música instrumental como o Funkheadz, o Damian Birbrier Quarteto e o Quarteto Thomaz Souza. Entre eles destaca-se o Âmago Trio, grupo de improvisação livre que já lançou dois discos em que participaram músicos como Teco Cardoso, Toninho Ferragutti e Monica Salmaso. A partir de 2017 o compositor decidiu criar um novo grupo para executar suas composições, que tem como compromisso a experimentação e a liberdade composicional, e que tenta sintetizar suas diversas influências, da música brasileira, do jazz e da música erudita. Dessa forma, surge o recém nascido Quartazaga.

Além do baixista Pedro Destro, o grupo é formado por Thomaz Souza (saxofonista com graduação no curso de música popular da UNICAMP e mestrado em Jazz performance pela Universidade de Louisville (EUA); já trabalhou com artistas como Michael Pipoquinha, Lea Freire, Carlinhos Noronha, Mônica Salmaso, Roberto Sion, Nelson Ayres, Thiago Espírito Santo e Mike Hyman); Lucas Bohn (pianista graduado na UNICAMP e mestre pela Universidade da Carolina do Sul (EUA); Já trabalhou com artistas como Nelson Aires, Bert Ligon, Alex Lameira, Daniel Barry; Como compositor, lançou em 2016 seu primeiro álbum, As time went by, com peças para quinteto e Big Band.); e Dhieego Andrade (baterista com graduação na UNICAMP e desenvolvendo pesquisa de mestrado; já tocou com Arrigo Barnabé, Nelson Ayres e Nun Mindelis).

Ficha Técnica
Pedro Destro – baixo elétrico
Thomaz Souza – sax alto e soprano
Lucas Bohn – teclados
Dhieego Andrade – bateria

 

 

Sábado, 21 de outubro, às 22h30

Alexandre Rosa e convidados
Nesta performance o contrabaixista da OSESP Alexandre Rosa executa obras premiadas especialmente criadas para ele, lançadas em seu cd BASS XXI, além de outras já consagradas do repertório, como PSY de Bério. Suas colaborações com artistas das áreas de dança, poesia e teatro integram também o espetáculo. Contrabaixo Alexandre Rosa. Musico da OSESP e Doutor em música-performance, Alexandre tem atuado em grupos de câmara com música barroca e contemporânea. Suas pesquisas sobre técnicas estendidas (TE) resultaram no CD BASS XXI (2013) e na publicação, pela Editora UNESP do livro Técnicas Estendidas do Contrabaixo no Brasil- Revisão de Literatura, Performance e Ensino (2014). Desde 2016 tem realizado colaborações com companhias de dança (Cia Corpos Nômades) e teatro (Oposto Laboratório Teatral). É professor substituto de contrabaixo no IA-UNESP.

Ficha Técnica
Alexandre Rosa – Contrabaixo
Marilyn Nunes – Atriz
Oposto. Teatro Laboratório Ricardo Bigio – Difusão sonora
Verônica Rosa – Musicista

 

Brechó de Hostilidades Sonoras
É um
projeto que se inspira no caos
plástico-sonoro das feiras de trocas e
camelódromos.
A proposta busca por
meio da livre improvisação a
(des)organização sonora espontânea
pautada no excesso, gerada pela
distribuição múltipla e aleatória de
objetos (não)sonoros pelo espaço de
performance.

O instrumentário da
banda-duo, formada por Marcelo Muniz
e Natacha Maurer, é prioritariamente formado por objetos de segunda mão, incluindo brinquedos sonoros, brinquedos hackeados, vestíveis, objetos do cotidiano e geradores de ruídos. Nessa apresentação o Brechó de Hostilidades Sonoras apresenta “BHS Sound System “, onde o instrumentário é construído a partir de antigos aparelhos sonoros e caixas acústicas domésticas oriundos de doações, adquiridas em brechós, doadas ou encontradas nas ruas de São Paulo. Os aparelhos são alimentados com falsas retóricas, discursos fracos que vão sendo acumulados, paulatinamente contrapostos, esgarçados até o esgotamento, metamorfoseando-se nas vozes dos próprios aparelhos-instrumentos. Os planos de fundo vêm à cena, em resposta, em forma de brado-discursos-hostis renascidos dos anos 80.

 

Foto destaque Alexandre Rosa e convidados / Divulgação
Fotos: Divulgação

 

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