Doze Homens e uma Sentença

Há 7 anos em cartaz, com mais de 500 mil espectadores, Prêmio APCA de melhor espetáculo e com duas indicações ao Prêmio Shell, 12 Homens e uma Sentença entra em curta temporada no Teatro Porto Seguro de 1º de novembro a 7 de dezembro…

 

 

 

O texto de Reginald Rose (baseado na trama de um dos melhores filmes de tribunal da história 12 Angry Men, EUA, 1957, de Sidney Lumet) tem tradução de Ivo Barroso e encenação de Eduardo Tolentino de Araújo.

O elenco apresenta os antagonistas Norival Rizzo (no papel interpretado nas telas por Henry Fonda, o jurado n. 8) e Sérgio Mastropasqua (personagem vivido por Lee J. Cobb no cinema). Adriano Bedin, Alberto Guiraldelli, Almir Martins, Augusto César, Brian Penido Ross, Bruno Barchesi, Daniel Volpi, Fernando Medeiros, Ivo Müller, Leandro Mazzini e Rafael Golombek completam a seleção de atores.

O calor escaldante do verão de Nova York faz o suor pingar do rosto dos 12 homens trancados a chave numa pequena e claustrofóbica “sala de júri”. Depois de dias de julgamento, está em suas mãos decidir a sorte do réu. O mais importante: o veredicto precisa ser unânime. Se os 12 enclausurados jurados considerarem o réu culpado do assassinato do próprio pai, ele será executado, mas se um deles tiver uma dúvida razoável a respeito da culpabilidade, o garoto não poderá ser condenado.

Para o diretor Eduardo Tolentino, o desafio de transpor o filme para os palcos está no trabalho de atores. “Trata-se de algo que envolve ideias e discussões, por isso é importante saber como tornar isso ao mesmo tempo atraente e impactante, como no filme. Precisamos estruturar a montagem para que vá além da fala e esteja tanto no corpo dos atores como no palco.”

Com dramaturgia elaborada numa escala gradual de unidades dramáticas, o texto vai envolvendo o espectador na medida em que a história vai sendo contada. Doze atores em cena o tempo todo, a peça cria um fascinante embate, que culmina em um prazeroso desfile de uma amostra da sociedade.

 

O filme e a história criada para a TV

Esta montagem conduz ao tablado o clássico que trazia no elenco também Martin Balsam, E.G.Marshall, Jack Warden, Ed Begley, Ed Binns, Jack Klugman. O filme, em preto e branco, recebeu três indicações ao Oscar – melhor filme, melhor direção e melhor roteiro adaptado. Henry Fonda ganhou o Bafta como melhor ator. Lumet venceu o Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim. No total, foram 13 prêmios e seis outras indicações. Fato curioso é que o filme, exceto três minutos de projeção, foi gravado dentro de uma pequena sala.

A história foi criada originalmente como uma peça feita para a TV e apresentada ao vivo em 1954 pela CBS; durante décadas acreditou-se que a apresentação original havia se perdido, até que, em 2003, houve a descoberta de uma fita gravada com o programa.

Henry Fonda viu a apresentação na TV e ficou impressionado com a peça. Reconhecendo um papel que se adequava com perfeição à sua sinceridade tranquila e vendo a oportunidade de um filme emocionante, Fonda o produziu do próprio bolso. Entregou a direção a Lumet, um dinâmico veterano do teatro de TV ao vivo, cuja experiência lhe permitiu – e ao diretor de fotografia Boris Kaufman, outro especialista em trabalhar em espaços limitados e em preto-e-branco – extrair a tensão galopante do roteiro bem amarrado de Rose e concluir o filme em menos de 20 dias.

A telepeça de Reginald Rose recebeu uma refilmagem em 1997, também feita para a TV, com o mesmo título original. Foi dirigida por William Friedkin, o diretor de Operação França e O Exorcista. O elenco de grandes nomes tinha Jack Lemmon no papel que havia sido de Henry Fonda, George C. Scott ocupando o lugar de Lee J. Cobb, e os outros jurados foram interpretados por Armin Mueller-Stahl, James Gandolfini, Edward James Olmos e Hume Cronyn.

Entre as montagens teatrais da história no mundo, destaque para a de Harold Pinter, em 1996. Em 2003 o texto teve uma encenação aclamada no Festival de Edinburgo, com Owen O’Neill no papel do jurado 8. Vale ressaltar também a montagem do grupo Roundabout, de Nova York, em 2005, com três indicações para o TONY – melhor revival, melhor direção e melhor ator protagonista – além de vários outros prêmios.

Ficha Técnica
Texto: Reginald Rose
Direção: Eduardo Tolentino de Araujo
Figurinos: Lola Tolentino
Elenco: Adriano Bedin, Alberto Guiraldelli, Almir Martins, Augusto César, Brian Penido Ross, Bruno Barchesi, Daniel Volpi, Fernando Medeiros, Ivo Müller, Leandro Mazzini, Norival Rizzo, Rafael Golombek, Sérgio Mastropasqua. Produção Executiva: Ariel Cannal

 

 

 

Doze Homens e uma Sentença
Teatro Porto Seguro
Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – SP.
Tel.: 3226-7300
Capacidade: 496 lugares
Duração: 100 minutos
Temporada: até 7 de dezembro
Quartas e quintas-feiras, às 21h
Ingressos:
R$ 60,00 plateia
R$ 40,00 balcão e frisas
Classificação: 12 anos
Vendas: Ingresso Rápido
Bilheteria: De terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h.
Formas de pagamento: Todos os cartões de crédito e débito (exceto Cabal, Sorocred e Goodcard).
Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.
Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) – Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto.

Serviço de Vans: Transporte Gratuito Estação Luz – Teatro Porto Seguro – Estação Luz. O Teatro Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro. COMO PEGAR: Na Estação Luz, na saída Rua José Paulino/Praça da Luz/Pinacoteca, vans personalizadas passam em frente ao local indicado para pegar os espectadores. Para mais informações, contate a equipe do Teatro Porto Seguro.

Bicicletário: grátis.

Gemma Restaurante: Terças a sextas-feiras das 10h às 19h; sábados das 10 às 18h e domingos das 10h às 16h. Happy hour quartas, quintas e sextas-feiras das 17h às 21h.

 

Fotos: Alexandre Tremanti

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