Dia 05 de mai,o no Teatro Tuca, Jô Soares volta aos palcos, comemorando seus 80 anos, como juiz do Tribunal do Júri, em espetáculo cujo nome coincide com sua data de nascimento e que conta com participação de 12 pessoas da plateia no Conselho de Sentença…
Além de o título remeter à data de seu aniversário, A Noite de 16 de Janeiro marca a volta de Jô Soares aos palcos como ator, cujo último espetáculo foi em 2007, com adaptação de poemas de Fernando Pessoa em Remix em Pessoa. “Estava pesquisando textos, procurando algum que me levasse de volta aos palcos como ator, quando esse me chamou atenção justamente pelo título. Decidi ler e adorei. Ayn Rand é genial e sou fascinado por histórias de tribunal. Também me chamou atenção o fato da plateia participar como júri. Então, achei o que queria,” comenta Jô que, além de atuar, assina a tradução e direção do espetáculo.
Da filósofa russo-americana Ayn Rand, A Noite de 16 de Janeiro é um peça que se passa em 1934 e encena o julgamento de um homicídio. O Tribunal do Júri é apresentado ao caso de Andrea Karen, ex-secretária e amante do empresário Bjorn Faulkner, acusada de seu assassinato. A peça não retrata, de forma direta ou sequencial, os eventos que levaram à morte do empresário. Ao invés disso, os jurados e a plateia devem confiar nos testemunhos das personagens para decidir se Andrea Karen é culpada ou inocente. O final do espetáculo dependerá deste veredicto. Há duas possibilidades de final: Andrea Karen é considerada culpada ou absolvida, conforme decisão do Conselho de Sentença formado por 12 pessoas selecionadas da plateia no início do espetáculo.
Essa é a segunda montagem do texto no Brasil. Jô chegou a assistir a primeira, em 1949, com Paulo Autran e Nydia Licia no início do TBC. Junto com Matinas Suzuki Jr, com quem também escreveu as memórias de “O Livro de Jô – uma autobiografia desautorizada”, Jô Soares traduziu o texto desta encenação, como costuma fazer com todos os textos estrangeiros que dirige, pois afirma que sua direção já começa ali, na adaptação da peça.
Em sua quarta parceria com Jô, o produtor Rodrigo Velloni conta: “quase todo o elenco dessa montagem já trabalhou com a gente nas três produções anteriores, dirigidas pelo Jô, e foram escolhidos pelo próprio que me ligou ano passado dizendo que havia encontrado essa peça, estava gostando muito da autora e que gostaria de traduzir, adaptar, dirigir e atuar. Então, fui atrás dos direitos,” afirma Velloni que também produziu Atreva-se, Histeria e Tróilo e Créssida.
Ficha Técnica
Texto: Ayn Rand
Tradução: Jô Soares e Matinas Suzuki Jr
Direção: Jô Soares
Elenco: Cassio Scapin, Erica Montanheiro, Felipe Palhares, Giovani Tozi, Guta Ruiz, Jô Soares, Luciano Schwab, Kiko Bertholini, Marco Antônio Pâmio, Milton Levy, Nicolas Trevijano, Norival Rizzo, Paulo Marcos, Ricardo Gelli e Tuna Dwek
Diretor assistente: Mauricio Guilherme
Iluminação: Maneco Quinderé
Cenografia: Chris Aizner e Nilton Aizner
Figurino: Fábio Namatame
Música Original: Ricardo Severo
Videografismo e Mapping: André Grynwask e Pri Argoud
Fotografia: Priscila Prade
Assessoria de Imprensa: Morente Forte
Direção de Arte Gráfica: Giovani Tozi
Produção Executiva: Mariana Melgaço
Assistente de produção: Adriana Souza
Administração financeira: Vanessa Velloni
Patrocínio: Bradesco Seguros
Produção: Rodrigo Velloni
Realização: Ministério da Cultura e Velloni Produções Artísticas
A Noite de 16 de Janeiro
Teatro Tuca
Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes
Informações: 3670.8455
Capacidade: 672 lugares
Duração: 110 minutos
Estreia dia 05 de maio de 2018
Temporada: até 09 de dezembro
Sextas-feiras, às 21h30
Sábados, às 21h
Domingos, às 19h
Ingressos: R$ 100,00
Recomendação: 14 anos
Vendas Online: Ingresso Rápido e 4003.1212
Bilheteria: de terça a domingo a partir das 14h. Aceita dinheiro e todos os cartões, crédito e débito
Não aceita cheque
Acesso para deficiente
Ar-condicionado
Estacionamento: Vallet no teatro aos sábados e domingos – R$ 20,00
Estacionamento conveniado: Píer Park da Rua Monte Alegre, 835 – R$ 14,00
A autora
Nascida em 2 de fevereiro de 1905, Ayn Rand foi uma filósofa, escritora e roteirista nascida e educada em São Petersburgo. Com a Revolução Russa, Rand se mudou para os Estados Unidos e passou a escrever roteiros e atuar como figurante para ganhar dinheiro. Em 1935 sua peça A Noite de 16 de Janeiro foi um sucesso de bilheteria na Broadway, sendo apresentada 283 vezes.
Ela passou os anos seguintes escrevendo seu primeiro romance, We the Living, sobre a luta para encontrar liberdade na Rússia soviética. Rand foi conhecida por desenvolver um sistema filosófico chamado Objetivismo, que enfatiza suas noções de individualismo, auto sustentação e livre mercado, e está presente em seus romances de maior sucesso, A Nascente e A Revolta de Atlas. Seus livros vendem 300.000 cópias ano após ano mesmo sem publicidade dos editores e sem serem indicados por professores universitários.
Foto: Erik Almeida
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