Nova série Hóspede da Casa-museu Ema Klabin traz obras de artistas contemporâneos

Sempre inovando em seus projetos, a Casa-Museu Ema Klabin, no jardim Europa, dá início a série Hóspede, com curadoria de Gilberto Mariotti. Nessa série, o artista instala uma de suas obras que deve ter relação com o acervo da Casa-Museu…

 

 

 

 

Na primeira edição da série Hóspede, a artista Guga Szabzon apresenta sua obra “Dilema” e convida o público para um bate-papo.

A primeira artista a hospedar sua obra na Casa-Museu Ema Klabin será Guga Szabzon, com seu trabalho “Dilema” (2015). Sua obra ficará no quarto de Ema Klabin, ao lado do quadro “Rebanho em Repouso”, de Lasar Segall (1944). A obra será montada pela própria artista no sábado, dia 16 de junho, às 14h. Após a instalação a artista conversa com o público sobre seus trabalhos autorais pelo Programa Arte-Papo.

Junto à instalação haverá um texto do curador Gilberto Mariotti falando sobre a relação entre as duas obras, a contemporânea “Dilema”, de Guga Szabzon (2015) e “Rebanho em Repouso”, de Lasar Segall (1944). O público também poderá conferir no site do museu uma montagem fotográfica da instalação da obra e um texto crítico sobre a exposição.

Segundo o coordenador de Artes Visuais da Casa-Museu Ema Klabin, Renê Foch, além da série Hóspede e do programa Arte-Papo, a Casa- Museu Ema Klabin conta com outros projetos de arte-contemporânea, como Jardim Imaginário, Backdrop grafite, e a série Intervalo Contemporâneo.

O museu ainda abriga um acervo permanente com mais de 1500 obras de grandes mestres da arte mundial, entre pinturas do russo Marc Chagall e do holandês Frans Post, dos modernistas brasileiros Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Portinari e Lasar Segal; talhas do mineiro Mestre Valentim, mobiliário de época, peças arqueológicas e decorativas.

 

 

 

 

“Dilema” de Guga Szabzon
Série Hóspede
Fundação Ema Klabin
Rua Portugal, 43 – Jardim Europa
Tel.: 3897-3232
Abertura: Sábado, 16 de junho, às 14h
Período expositivo: até 16 de julho

Arte Papo com Guga Szabzon
Sábado, 16 de junho, das 14h às 15h
30 vagas
Inscrição no link Ema Klabin
Gratuito

 

 

Guga Szabzon
Guga Szabzon (São Paulo, 1987). É artista e educadora, formada em artes plásticas (FAAP) e em licenciatura(FPA). Trabalhou na Fundação Leonilson(2007). Ministrou aulas de artes para crianças no Instituto Tomie Ohtake (2007 a 2010). Trabalhou na área de formação de professores da rede pública e na coordenação dos ateliês da 29° e da 30° Bienal de SP (2010 e 2012). Foi educadora do instituto Acaia (2014 a 2017). Como artista, realizou diversas exposições individuais na Casa Samambaia, Galeria Transversal e na Galeria Superfície. Participou de exposições coletivas no Centro Cultural SP (CCSP), na Galeria Mendes Wood, no espaço cultural Santander e no SESC Pompéia. Trabalhou como assistente dos artistas João Loureiro, Ana Luiza Dias Batista e Runo Lagomarcino. Atualmente seu trabalho é representado pela Galeria Superfície.

 

Isto ou aquilo
Tantas vezes o resultado de uma resolução não apaga traços deixados pelo dilema que a envolveu e a ela deu lugar. Ficam visíveis linhas da topografia que envolve a tentativa de sobreposição, o relevo que resulta das investidas contra o que resiste. A pedra que se pretendia pôr sobre o assunto oprime o terreno e produz nele novos contornos. Resta o próprio desenho do esforço envolvido. O observador que antes se debruçava sobre seu objeto, agora é terreno que o abraça e envolve. O “repouso” descrito no título de Lasar Segall pode valer para o “rebanho”, mas os tons de terra e campos de cor foram revolvidos, nos deixando ver o rastro de uma cisão, sinal da tentativa de conciliação entre o que se afirma e o que, excluído, inevitavelmente retorna.
“Dilema, a verdade que, dividida, se reproduz infinitamente aos pares, em espelhos que se encaram sem se reconhecerem. Também este trabalho de Guga Szabzon é substituto de outro, sem, no entanto, se sobrepor a ele. Uma nova versão que, por se fazer presente, torna-se representante mais verossímil de uma série de tentativas de repetir o irrepetível. Mas já não importa: nesta costura, as linhas se sobrepõem sem que se apaguem mutuamente. Não pretendem reconciliar as partes envolvidas, apenas expor o insolúvel e nomeá-lo: dilema. Como um aviso, ou bandeira de rendição feita do plano em que o jogo chegou a um impasse, do chão com o qual contávamos quando soubemos que tudo mudaria, da mesa em que compartilhamos um café doce ou amargo.
Gilberto Mariotti

 

 

Visitas ao museu: o espaço cultural abre de quarta a domingo, das 14h às 17h (com permanência até às 18h), sem agendamento. Aos finais de semana e feriados a visita tem entrada franca. Nos outros dias, o ingresso custa R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).

 

Fotos: Divulgação

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