Itaú Cultural recebe a Companhia de Teatro Heliópolis com peça sobre o sistema prisional do país e seu impacto na vida das mulheres

Cárcere ou porque as mulheres viram búfalos é contada a partir da história de duas irmãs, cujas vidas são marcadas pelo encarceramento dos homens de sua família – pai, companheiro e filho. Assim como tantas outras, buscam, em seus territórios, formas de romper com esse ciclo de opressão que aprisionam seu futuro…

 

 

 

 

 

 

De 23 a 26 de maio (quinta-feira a domingo), o Itaú Cultural fecha sua programação teatral do mês recebendo a Companhia de Teatro Heliópolis com o espetáculo Cárcere ou porque as mulheres viram búfalos. O texto é de Dione Carlos e a encenação de Miguel Rocha. A peça faz uma crítica ao sistema prisional brasileiro e como ele impacta mulheres que têm suas vidas ligadas à de pessoas encarceradas.

As apresentações são gratuitas, como toda a programação do instituto. Os ingressos serão disponibilizados na plataforma INTI (acesso pelo site www.itaucultural.org.br). Quem não conseguir reservar o seu, pode comparecer ao Itaú Cultural no dia do evento e tentar possíveis ingressos remanescentes. A fila de espera começa a ser organizada uma hora antes do começo da atração e os ingressos que tiverem desistência são distribuídos por ordem de chegada.

Na peça, a vida das irmãs Maria dos Prazeres e Maria das Dores é marcada pelo encarceramento dos homens de sua família. O primeiro foi o pai delas, depois o companheiro de uma e, por fim, o jovem Gabriel, filho de outra. Ele sonha em ser desenhista, mas aprende na prisão estratégias de sobrevivência para lidar com as disputas internas de poder e a falta de perspectivas inerente ao sistema prisional.

Neste universo, a violência dita as regras sem poupar aqueles considerados fracos ou rebeldes. Longe das grades, em suas comunidades, as mulheres – mães, filhas, afilhadas – buscam alternativas para, ao menos, tentar romper os ciclos de opressão que as aprisionam em existências sem futuro.

Atravessado também pela perspectiva da ancestralidade, o espetáculo traz a força de Iansã, Rainha Oyá, deusa guerreira dos ventos, das tempestades e do fogo, que não abandona seu povo. Ela permanece iluminando caminhos e inspirando fabulações para que seus filhos e filhas experimentem, por fim, a liberdade.

Ao expor a desumanização das pessoas encarceradas e a necessidade de reforma do sistema prisional brasileiro, a montagem enfatiza a importância do respeito aos direitos humanos e à dignidade de todas as pessoas. A peça estreou em 2022, em comemoração aos 20 anos que o Grupo Teatro Heliópolis completou em 2020, na pandemia, e venceu, entre outros, o Prêmio Shell de Teatro 2022 nas categorias Dramaturgia e Música.

Ficha técnica:
Encenação: Miguel Rocha
Assistência de direção: Davi Guimarães
Texto: Dione Carlos
Elenco: Antônio Valdevino, Dalma Régia, Davi Guimarães, Isabelle Rocha, Jefferson Matias, Jucimara Canteiro, Priscila Modesto, Vitor Pires e Walmir Bess
Direção musical: Renato Navarro
Assistência de direção musical: César Martini
Musicistas: Alisson Amador (percussão), Amanda Abá (violoncelo), Denise Oliveira (violino) e Jennifer Cardoso (viola)
Cenografia: Eliseu Weide
Iluminação: Miguel Rocha e Toninho Rodrigues
Figurino: Samara Costa
Assistência de figurino: Clara Njambela
Costureira: Yaisa Bispo
Operação de som: Eduardo Gorck
Operação de luz: Nicholas Matheus
Cenotecnia: Wanderley Silva
Provocação vocal, arranjos e composição da música do ‘manifesto das mulheres’: Bel Borges
Provocação vocal, orientação em atuação-musicalidade e arranjos – percussão ‘chamado de Iansã’: Luciano Mendes de Jesus
Estudo da prática corporal e direção de movimento: Érika Moura
Provocação cênica: Bernadeth Alves; Carminda Mendes André; Maria Fernanda Vomero. Comentadores: Bruno Paes Manso e Salloma Salomão
Mesas de debates: Juliana Borges, Preta Ferreira, Roberto da Silva e Salloma Salomão, com mediação de Maria Fernanda Vomero
Orientação de dança afro: Janete Santiago
Direção de produção: Dalma Régia
Fotos: Rick Barneschi, Tiggaz e Weslei Barba
Idealização e produção: Companhia de Teatro Heliópolis

 

 

 

 

 

 

 

 

Cárcere ou porque as mulheres viram búfalos
Com Grupo Teatro Heliópolis
Itaú Cultural
Na Sala Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, (piso térreo), próximo à estação Brigadeiro do metrô
Capacidade: 224 lugares
De 23 a 26 de maio (quinta-feira a sábado, às 20h, e domingo, às 19h)
Classificação Indicativa: 14 anos [temas sensíveis, violência, linguagem imprópria]
Duração: 120 minutos
Entrada gratuita
Reserva de ingressos em https://itaucultural-eventos.byinti.com/#/ticket/
De terça-feira a sábado, das 11h às 20h.
Domingos e feriados 11h às 19h
Informações: pelo telefone (11) 2168.1777 e wapp (11) 9 6383 1663
E-mail: atendimento@itaucultural.org.br
Acesso para pessoas com deficiência física
Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Fila de Espera:
Os ingressos reservados valem até 10 minutos antes do início da sessão. Quem não conseguiu reservar o seu, pode comparecer ao Itaú Cultural no dia do evento e esperar por possíveis ingressos remanescentes. A fila começa a ser organizada uma hora antes do começo da atração e, caso haja desistência, os ingressos serão distribuídos às pessoas da fila por ordem de chegada.
Protocolos:
– É necessário apresentar o QR Code do ingresso na entrada da atividade até 10 minutos antes do seu início. Após este horário, o ingresso não será mais válido.
– A bilheteria presencial abre uma hora antes do evento começar, para retirada de uma senha para posteriormente ser trocada pelos ingressos de pessoas que não compareceram.

 

Sobre o grupo
A Companhia de Teatro Heliópolis surgiu no ano 2000, reunindo jovens da comunidade sob direção de Miguel Rocha e apoio da União de Núcleos e Associações de Moradores de Heliópolis e Região (UNAS). O objetivo era montar o espetáculo A Queda para o Alto, baseado no romance homônimo de Sandra Mara Herzer. Ao longo de 24 anos de existência, foram realizados 12 espetáculos, todos criados em diálogo com os anseios e as vivências que permeiam a realidade de Heliópolis.
www.itaucultural.org.br
www.twitter.com/itaucultural
www.facebook.com/itaucultural
www.youtube.com/itaucultural

 

Foto: Tiggaz

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