Coletiva N’kinpa estreia espetáculo performático inspirado nas culturas afrodiaspóricas

Montagem concebida durante um ano de pesquisa e residência em escolas da ZS: EMEF Ana Maria Benetti e EMEI Cruz e Sousa…

 

 

 

 

 

Em novembro, a N’Kinpa – Núcleo de Culturas Negras e Periféricas estreia Kuenda Kalunga, Kuenda Njila – É Possível Gargalhar Depois da Travessia?, montagem criada em processo colaborativo, com direção de Joice Jane Teixeira. A encenação – um espetáculo-brinquedo-performático e musical para todas as idades – é resultado do projeto Terreiros Nômades: Macamba Faz Mandinga – Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena.

As apresentações acontecem em duas escolas municipais e em espaços de acolhimento para jovens e/ou adultos em situação de vulnerabilidade. Duas sessões abertas ao público, com acesso gratuito, foram programadas: no Centro POP de Formação e Capacitação, no dia 06/11, quarta, às 14h, localizado no bairro da Consolação; e na UNA – Unidade de Acolhimento, no dia 13/11, quarta, às 20h, que fica no Centro Histórico de São Paulo (Parque Dom Pedro II).

Algumas apresentações são restritas aos locais em que ocorrem: EMEF Ana Maria Benetti (05/11, terça, às 10h30 e 13h30); EMEI Cruz e Sousa (12/11, terça, às 10h e 14h); Fundação CASA Santo André II (19/11, terça, às 14h); Fundação CASA Chiquinha Gonzaga (26/11, terça, às 10h); e Fundação CASA Rio Tâmisa (26/11, terça, às 14h).

Inspirada nas culturas afrodiaspóricas, essa jornada da Coletiva N’kinpa convida todas as pessoas a brincarem, porque quem assiste também faz parte da magia. No centro do espaço-tempo, existem elementos encantados: tecido vermelho, corda de fitas, barcos com fotos e uma quartinha de fundamentos ancestrais, compondo a cenografia de um lugar no qual o presente e o passado se misturam. Na linha espiralar da Kalunga uma personagem enigmática, com seu caldeirão eletrônico musical, transforma sons e histórias em poesia, envolvendo jovens, crianças e adultos em um grande jogo no qual o que já aconteceu, muitas vezes, parece novo, e o novo tem um gostinho de história antiga. Juntos, brincantes e público vadeiam, dançam e gargalham enquanto cruzam essa travessia de encantamentos.

“Preparem-se para entrar nessa roda e tentar responder: É Possível Gargalhar Depois da Travessia?”, desafiam e brincam os atores e as atrizes da N’kinpa.

Segundo a diretora Joice Jane Teixeira, “Kuenda Kalunga, Kuenda Njila: É Possível Gargalhar Depois da Travessia? é uma homenagem ao ‘povo da rua’ – Exus e Mpambu Njila: saberes e filosofias ancestrais que nos deram e nos dão as rotas de Vida nesse sistema de Morte em que o povo negro vive, e foi largado em sua própria sorte”. Trazendo as simbologias das ciências espirituais de matrizes afrodiaspóricas, o brinquedo-espetáculo tem como tema fundante a ‘guerra’ vivenciada constantemente pelos corpos negros nesse território chamado de Brasil. “Mas também, e sobretudo, traz as ‘rotas’ e as ‘dádivas’ que nos fizeram chegar até aqui para a continuidade do girar da roda…da Dikenga…da espiral do tempo-vida, pois, por mais que tentem nos apagar e nos aniquilar, sempre renasceremos nas rodas de capoeiras, nos jongos ou nos candombes. Sempre renasceremos em qualquer batida de tambor”, afirma a Coletiva N’kinpa.

O espetáculo foi concebido durante um ano de pesquisa e compartilhamento dos estudos cênicos e musicais da Coletiva com o corpo discente e docente e com a comunidade de duas escolas públicas municipais da cidade de São Paulo: EMEF Ana Maria Benetti e EMEI Cruz e Sousa. O processo criativo é parte conclusiva do projeto Terreiros Nômades: Macamba Faz Mandinga – Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena, contemplado pela 41ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

Ficha Técnica:
Elenco: Joice Jane Teixeira, Suellen Ribeiro, Henrique Menezes, Jhow Carvalho e Dj Suissac. Direção: Joice Jane Teixeira. Dramaturgia: Coletiva N’Kinpa. Orientação vocal: Luciano de Jesus. Direção de movimento: Sol Tereza. Adereços: Azul Marinha. Figurinos: José Nelson Junior. Operação de som: Lina das Santas. Fotos / divulgação: Thiago Tiggaz. Arte gráfica: Soberana Ziza. Mídia social: Anderson Vieira e Suane Padilha. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Produção executiva: Lucas Cardoso e Lucas Ferrazza. Assistência de produção: Ketully Oliveira e Kauanda Rosa. Produção: Corpo Rastreado. Coordenação geral: Joice Jane Teixeira. Realização: N’Kinpa – Núcleo de Culturas Negras e Periféricas.

 

 

 

 

 

 

Kuenda Kalunga, Kuenda Njila – É Possível Gargalhar Depois da Travessia?
Temporada: 5 a 26 de novembro de 2024
Duração: 80 minutos
Classificação: Livre
Performance poética
Gratuito (para sessões abertas).

Sessões abertas

Quarta-feira, 6 de novembro, às 14h
Centro POP de Formação e Capacitação
Rua Maria Borba, 15 – Consolação. São Paulo
Gratuito – Senhas no local, 1h antes da sessão.

Quarta-feira, 13 de novembro, às 20h
UNA – Unidade de Acolhimento
Rua General Carneiro, 175 – Prq. Dom Pedro II, Centro Histórico de São Paulo.
Gratuito – Senhas no local, 1h antes da sessão.

Sessões restritas

Terça-feira, 5 de novembro, às 10h30 e 13h30
EMEF Ana Maria Benetti
Rua Cruz das Almas, 74 – Vila Campestre, São Paulo
Apresentações restritas à escola.

Terça-feira, 12 de novembro, às 10h e 14h
EMEI Cruz e Sousa
Rua Henrique da Costa, 348 – Jardim Itacolomi. São Paulo
Apresentações restritas à escola.

Terça-feira, 19 de novembro, às 14h
Fundação CASA Santo André II
Av. Dom Jorge de Oliveira, 193 – Vila Guiomar. Santo André/SP.
Apresentação restrita à Fundação.
Terça-feira, 26 de novembro
Apresentações restritas à Fundação.

10h – Fundação CASA Chiquinha Gonzaga
Rua Jupuruchita, 300 – Vila Prudente. São Paulo/SP.

14h – Fundação CASA Rio Tâmisa
Rua Cel. Mursa, 270 – Brás. São Paulo/SP.

N’KINPA – Núcleo de Culturas Negras e Periféricas é uma coletiva formada do encontro entre artistas-educadoras/es e agentes culturais negros e negras, dispostos/as e politicamente comprometidos/as a bulir, criar e propor ações contra coloniais para crianças, adolescentes e jovens a partir das cosmovisões africanas, afrodiaspóricas e originárias, visando a implementação das leis federais 10.639/03 e a 11.645/08.

 

Foto: Thiago Tiggaz

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