A poetisa santista Alê Dias lança, no próximo dia 11, seu primeiro livro, o _Eutanásia Para Amores Moribundos, da editora Uiclap. O evento, que vai contar com uma noite de autógrafos e apresentação da banda Choro de Bolso, começa às 18 horas, na livraria Realejo, em Santos…
A obra conta, no total, com 300 textos. Segundo a autora, todos os poemas “acolhem e, ao mesmo tempo, encorajam. Eles dão forças para quem decidiu dar adeus a um relacionamento, trazendo a compreensão do que cito já na contracapa: há amores que não podem ser salvos. Nós é que precisamos nos salvar deles!”.
“Eutanásia Para Amores Moribundos” por Alê DIas
Eutanásia Para Amores Moribundos’ é um manual poético que encoraja e acolhe, é um título grito de liberdade que introduz perfeitamente poemas profundos e fortes, que dão suporte às pessoas que desejam se libertar de relações tóxicas ou quase mortas e almejam mais que tudo, após o luto, o renascimento de um amor-próprio fortalecido. Porque alguns amores doentios não têm cura, alguns amores quebrados não têm conserto, alguns amores não podem ser ressignificados, além de não significarem mais nada.
Há amores que não podem ser salvos, nós é que precisamos nos salvar deles!
E o reconhecimento nas cenas de cada poema, nas narrativas intensas de todo o processo, tem o poder de curar e resgatar qualquer essência.
Escrever sempre foi o meu jeito de me conectar comigo, de descrever o que verdadeiramente sinto. A linguagem figurada, as metáforas, a profundidade das entrelinhas, o desvendar das camadas, a ausência de máscaras, a entrega da narrativa poética. Tudo isso me fascina desde menina.
Mas depois de crescida, andei bastante esquecida e mantive minha essência adormecida, caminhei sonâmbula ao som do barulho do mundo, no modo prático, automático, burocrático. Até que quando veio a pandemia de COVID, as trombetas do apocalipse tocaram em minha mente e ao mesmo tempo, anjos entoavam cânticos em meus ouvidos, pois a vida novamente crescia em meu ventre, minha filha caçula viria.
Nesse mix intenso de sentimentos, apoiada pelo meu marido que sempre acreditou mais em mim do que eu mesma, comecei minha empreitada na escrita poética, sem saber sobre o que iria escrever, simplesmente me permiti sentir e deixei fluir. No início, escrevi para ninguém, mas perseverei até que o algoritmo não conseguiu mais me ignorar e o verbo certo reverberou e berra nos peitos certos! E todos os dias encontro mais e mais mentes e almas afins que me escrevem o maior elogio que uma escritora pode receber: “você me descreve, você me conhece, como é bom me ver no que você escreve.”
Abaixo, um poeminha onde falo por mim e acho que por qualquer outro poeta:
O maior sonho do poeta
Não é ter seu amor correspondido
Mas sim, ser lido e absorvido
Sorvido e saboreado
Como o melhor vinho
Só quando inebria o leitor
É que ele se sente
Realmente vivo.
É isso o que a escrita me faz sentir: absolutamente viva.
Escrita e a vida
Elaborar textos recheados de sentimentos sempre fez parte da vida da santista. Quando ainda era estudante do Ensino Fundamental, além de suas próprias redações, ela fazia textos para seus colegas de turma.
O prazer por escrever se manteve ao longo da faculdade de Direito e acabou por dar vida a uma influencer digital. “Na pandemia da Covid-19, com minha filha caçula de seis meses nos braços, cheia de incertezas e em meio ao puerpério, durante as longas mamadas, comecei a escrever num perfil pessoal com cerca de 200 pessoas. Eu mudei o nome da conta para ‘Alma na Cara’, revelando ali a minha verdadeira face através da escrita poética. Agora, tenho mais de 110 mil seguidores”.
Lançamento do livro Eutanásia Para Amores Moribundos – Alê Dias
Livraria Realejo
Avenida Marechal Deodoro, 2, Gonzaga – Santos – SP.
Dia 11 de outubro, a partir das 18h
Editora Uiclap
322 Paginas
Preço R$ 56,00
Fotos: Divulgação
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