Centro Cultural Banco do Brasil apresenta a peça “Insetos”

Comemorando 30 anos de trajetória, a Cia. dos Atores estreia Insetos em 7 de julho, no Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo…

 

 

 

 

 

Com texto original de Jô Bilac adaptado pela Cia. dos Atores e pelo diretor Rodrigo Portella, a montagem traz cinco fundadores da companhia no elenco: Cesar Augusto, Marcelo Olinto, Marcelo Valle, Susana Ribeiro e Gustavo Gasparani. A peça ficará em cartaz até o dia 20 de agosto, com sessões de quarta a segunda, com patrocínio do Banco do Brasil.

Repetindo aqui a parceria com a Cia. dos Atores após o sucesso de Conselho de Classe (2014), Jô Bilac propôs dar voz aos insetos para este novo espetáculo do grupo. São doze quadros que se entrelaçam formando um mosaico no qual o autor fala sobre convivência, medo e manipulação. Como uma fábula, o texto traça paralelos entre a natureza e questões político-sociais da atualidade – evocando comportamentos coletivos e individuais revelados através de uma grande polifonia de diferentes insetos: cigarra, gafanhoto, barata, louva-a-deus, besouro, mariposa, borboleta, mosquito, cupim, mosca e formiga.

Em cena, um imenso êxodo desequilibra a natureza. O colapso é eminente. Os gafanhotos tentam destruir tudo, mas se veem diante de uma nova ordem imposta pelo louva-a-deus. Nesse universo, o olhar sobre o humano ganha uma novas perspectivas, atravessadas pela realidade dos insetos. “O Jô usa os insetos na dramaturgia em analogia com personagens da nossa história, situações que estamos vivendo atualmente. Temos figuras do poder, estratos sociais, mas sem uma nomeação direta”, explica Susana Ribeiro. “Queremos usar desequilíbrios da natureza como espelho da sociedade”, comenta Cesar Augusto.

Com cenário de Beli Araújo e Cesar Augusto o espaço cênico é ocupado por pneus, que criam diferentes quadros para as cenas. Os figurinos de Marcelo Olinto trazem referências ao universo dos insetos – como asas e antenas – mas não são a representação fiel desses bichos. “Essa peça me permite trabalhar o lugar do atrito entre o cômico e o trágico, refletido no estado de guerra proposto pelo texto. Trabalhamos entre o universo microscópico e invisível dos insetos e o nosso universo”, diz Rodrigo Portella.

Para a companhia, o espetáculo é também uma celebração. “Temos 30 anos de convívio. Olhamos um para o outro em cena e nos reconhecemos”, diz Marcelo Valle. “Acho que uma palavra que nos definiria seria inquietação. E uma das coisas boas é que nos colocamos o desafio de trabalhar com pessoas novas, como o Rodrigo (Portella), que é de outra geração. Essa inquietação e essa disponibilidade para o novo nos acompanha desde 1988”, completa Marcelo Olinto. “Estar em cena com parceiros de 30 anos de amizade e trabalho, e poder discutir e refletir sobre o Brasil atual, é pra mim um privilégio e um ato de resistência”, afirma Gustavo Gasparani.

Ficha Técnica
Texto original – Jô Bilac
Adaptação – Cia. dos Atores e Rodrigo Portella
Direção – Rodrigo Portella
Elenco
Cesar Augusto
Gustavo Gasparani
Marcelo Olinto
Marcelo Valle
Susana Ribeiro
Cenário – Beli Araújo e Cesar Augusto
Figurino – Marcelo Olinto
Iluminação – Maneco Quinderé
Preparação Corporal – Andrea Jabor
Direção Musical – Marcello H.
Visagismo – Marcio Mello
Cenógrafa Assistente – Marieta Spada
Adaptação Iluminação – Rodrigo Portella
Arranjo (Money Money) – Marcelo Alonso Neves
Programação Visual – Radiográfico
Assessoria de Imprensa São Paulo – Morente Forte Comunicações
Assessor de Mídias Sociais – Rafael Teixeira
Fotógrafa – Elisa Mendes
Assistente de Direção – João Gofman
Assistente de Figurino – Rodrigo Reinoso
Assistente Preparação Corporal – Rodrigo Maia
Tingimentos – Almir França
Grafismo Textil – Sandro Vieira
Coordenação Financeira – Amanda Cezarina
Produção Executiva – Bárbara Montes Claros
Direção de Produção e administração – Celso Lemos
Realização – Cia. do Atores

 

 

 

 

Insetos
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro
Acessos: Estações Sé e São Bento do Metrô. Praças do Patriarca e da Sé
Tel.: 3113-3651 / 3113-3652
Capacidade: 140 lugares
Duração: 80 minutos
Estreia dia 07 de Julho de 2018
Temporada: até 20 de Agosto
Quarta, Quinta, Sexta, Sábado e Segunda às 19h
Domingo às 18h
Ingressos:
R$ 20,00
Recomendação: 14 anos
Funcionamento da bilheteria: das 9 às 21h, de quarta a segunda
Vendas: Eventim
Acesso e facilidades para pessoas com deficiência física
Ar-condicionado
Loja
Café Cafezal
Estacionamento: Estapar Estacionamento – Rua Santo Amaro, 272 – (R$ 15,00 pelo período de cinco horas. Necessário carimbar tíquete na bilheteria do CCBB – Van faz o traslado gratuito no trajeto estacionamento – CCBB. Na volta, parada no Metrô República antes do estacionamento.

 

 

Cia. dos Atores
Formada pelos atores Cesar Augusto, Gustavo Gasparani, Marcelo Olinto, Marcelo Valle, Susana Ribeiro e Bel Garcia (in memorian), a Cia. dos Atores comemora 30 anos de atividade ininterrupta em 2018, se tornando um dos grupos de maior tempo de trabalho no Rio de Janeiro. Já recebeu os principais prêmios do teatro brasileiro. Seu repertório inclui mais de uma dezena de espetáculos, entre eles, Melodrama, A Morta, O Rei da Vela, A Bao A Qu (Um Lance de Dados) e Conselho de Classe, primeira parceria com Jô Bilac.

Mantendo sempre o mesmo núcleo de atores, o grupo se apresentou em festivais nacionais e internacionais além de ter sido responsável pela direção artística de dois teatros da rede municipal da prefeitura do Rio de Janeiro: Teatro Ziembinski e Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto. A sede da Cia. dos Atores, localizada na escadaria do Selarón, na Lapa, foi inaugurada em 2006. Há doze anos a companhia promove uma série de atividades em seu próprio espaço: ensaios, treinamentos, mostras de dramaturgia contemporânea, apresentações, oficinas gratuitas e parcerias institucionais.

 

Rodrigo Portella (Diretor)
Natural de Três Rios, interior do Estado do Rio, o autor e diretor Rodrigo Portella dirigiu 19 peças. No Rio, cursou direção teatral na UNIRIO e publicou Trilogia do Cárcere. Em sua cidade natal, fundou a Cia Cortejo. Realizou cerca de 200 apresentações de Antes da Chuva por todo o país com o projeto Palco Giratório. Atualmente, se dedica a pesquisar as experiências de Charles Deemer e o Hiperdrama no Teatro, por meio de uma bolsa da FAPERJ, sob orientação de Moacyr Chaves. É diretor geral do “Off Rio – Multifestival de Teatro de Três Rios”, que em 2018 chega à sua sexta edição.
Foi indicado ao Prêmio Shell 2013 (Melhor Direção por Uma História Oficial e Melhor Texto por Antes da Chuva), Prêmio APTR 2010 (Melhor Iluminação por Na Solidão dos Campos de Algodão) e Prêmio Cesgranrio 2016 (Melhor Texto por Alice Mandou um Beijo). Em 2017, dirigiu Tom na Fazenda – peça vencedora dos prêmios Cesgranrio (vencedor de três categorias, incluindo Melhor Direção), Botequim Cultural (vencedor de sete categorias, incluindo Melhor Direção) e Questão de Crítica. A produção ainda concorre aos prêmios APTR e Shell.

 

Fotos: Elisa Mendes / Divulgação

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