Vamos Brincar com os Super-Heróis no Teatro Ruth Escobar

A peça Brincando de Super Heróis, traz de forma lúdica e divertida, mensagens significativas para os pequeninos e grandinhos também como papais, da importância de ser criança, de valores como a amizade, e que a vida deve ser vivida com diversão e responsabilidade.

Se apropria de algo tão familiar para as crianças, como Super Heróis, brincadeiras, músicas, danças, e sonhos para introduzir conceitos bem bacanas como o respeito ao próximo, coragem e lealdade. Incluindo a professora como parte fundamental para o desenvolvimento intelectual e moral das crianças.

A peça nos remete ao mundo da fantasia, incentiva e esclarece de maneira suave e interativa.

As crianças se mostram vidradas em seus personagens favoritos, “Super” animadas e com grandes expectativas no desenrolar da história. Os atores interpretam o texto de maneira simples, clara e objetiva, respeitando o núcleo infantil em sua forma de passar e contar a história, mesmo para uma plateia cheia.

O texto do Theo Moraes e Antonio Duarte foi escrito de forma inteligente e com criatividade, e o Sebastião Apôllonio na direção teve uma ótima sacada em convidar seu publico alvo, (as crianças) a fazerem parte desta história. Elas não somente assistem a peça como conduzem, comentam, interagem na aproximação com seus super-heróis.

Após o espetáculo, a criançada ainda tem a oportunidade de serem clicadas junto aos seus heróis, que recebem a turminha com atenção e carinho.

Recomendo como mãe, profissional da área de desenvolvimento e como público.

Brincando de Super Heróis me fez refletir que a infância bem elaborada hoje, transformará a criança em um ser humano melhor amanhã.

Clique nas imagens para ampliar.

Luana bateu um papo com um dos autores, também responsável pela cenografia e ator da peça, o Theo Moraes.

Como se tornou ator?
Em 2004 um amigo me levou numa escola de Teatro para eu assistir uma aula, e nessa aula eu descobrir a possibilidade de viver varias vidas, achei isso incrível e desafiador ao mesmo tempo. E com tempo fui vendo que a vida é cheia de possibilidades, repleta de personagens e com historias lindas que eu posso contar e viver cada uma delas, e o teatro me possibilita viver tudo isso.

Porque se direcionou a peças infantis?
O que mais me encanta no teatro infantil é magia, o lúdico, o realismo, é ver que a criança compra a ideia e vive juntos com os atores aquela história como se fosse dela.
No Teatro infantil eu retorno a minha infância que foi muito bonita e muito marcante. Foi uma fase de muitas descobertas, muitas curiosidades, muitas perguntas e nem sempre eu tinha as respostas. Eu lembro da primeira vez que eu fui num circo, era lindo, colorido, tudo muito grandioso, fiquei dias falando daquele circo, me marcou muito. No teatro vários pais vem me falar: É a primeira vez que meu filho esta vindo ao teatro. Eu sei da importância que isso vai ter na vida dessa criança, sinto-me com a obrigação de que essa criança leve uma boa lembrança do teatro, e que quando ela crescer e vai se lembrar, como eu lembro do circo.

Quais as dificuldades encontradas em fazer um espetáculo infantil?
As dificuldades são as mesmas que eu encontro no Teatro Adulto que também sou atuante, acho que a diferença é que no teatro infantil eu estou formando novo público, novos expectadores, novos apreciadores da arte, essas crianças do teatro infantil de hoje, são os formadores de opinião do futuro, por isso quero fazer um bom trabalho, um bom espetáculo com uma boa mensagem, sei quanto isso é importante, sou novo ainda, mas quero ser um fomentador do conhecimento e da cultura.

Como surgiu a ideia da peça Brincando de Super-Heróis?
Há tempos queria escrever um texto, mas queria fugir um pouco dos bichinhos e dos enlatados da Disney. Comecei a lembrar do que eu gostava na minha infância e ai veio a ideia dos Heróis, tanto é que trabalho com os mais tradicionais que são: Batman, Mulher Gato, Super Homem, Mulher Maravilha e Homem Aranha. Depois pensei em que época que eu gostava de brinca, que foi o tempo de escola e assim fui alinhavando a história.

Como foi a escolha do elenco?
Fiz a seleção de elenco, testes como falamos no meio com alguns critérios como altura, mais ou menos 1,70cm, facilidades com dança, porque temos coreografias, e não poderia ter medo de altura já que todos tem subir num andaime que tem 2 metros de altura. Outra coisa que desde do inicio avisei a direção que gostaria de um ator negro porque abordamos na peça as diferenças e a exclusão de um modo geral.

E quais suas expectativas em relação a peça?
As expectativas são as melhores (risos) Que fique muito tempo em cartaz, que muitas pessoas tenham a oportunidade de ver o espetáculo, estamos em cartaz no teatro Ruth Escobar desde de janeiro deste ano (2016) e pretendemos ficar até o final do ano. No ano que vem pretendo fazer projeto escola, levar o espetáculo até as escolas para aquelas crianças que não conseguiram vir até o teatro por alguma razão. Levar a arte para as classes menos favorecidas e para aquelas que não têm acesso é nosso compromisso como artista. E mais uma vez quero fazer minha contribuição.

 

Luana Nayd

Fotos: Alê Benevides

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