Com regência de John Neschling, concerto acontece nos dias 14 e 15 de maio e traz no repertório obras de Mozart e Mahler.
A Orquestra Sinfônica Municipal (OSM), grupo artístico da Fundação Theatro Municipal, sobe ao palco do Theatro, sob regência de John Neschling. O pianista francês David Fray é o solista convidado
No programa estão: o Concerto para Piano nº 24, em dó menor, de Wolfgang A. Mozart, e a Sinfonia nº 6, em lá menor, de Gustav Mahler.
Mozart e Mahler
Abrindo as noites de apresentação está o Concerto para Piano nº 24, em dó menor, de Wolfgang A. Mozart, concluído em 1786. Com forte intensidade dramática, esta obra é uma das duas escritas pelo músico vienense em modo menor.
Esta peça conta com a participação do pianista francês David Fray. O músico possui uma carreira bastante ativa mundialmente, atuando como recitalista, solista e músico de câmara. “Fray tem chamado a atenção da crítica internacional justamente com essa obra. Tive a ocasião de comprová-lo eu mesmo em concertos no exterior”, destacou o maestro Neschling. Seu último disco, “Fantaisie”, com as últimas peças para piano de Schubert, recebeu o prêmio Gramophone Editor’s Choice.
De Gustav Mahler, a OSM interpretará a Sexta Sinfonia, também conhecida como Sinfonia Trágica. Uma das curiosidades sobre esta obra é que, em um dos temas, o compositor tcheco-austríaco teria retratado sua esposa, Alma.
Devido aos seus quatro movimentos bem marcados e com uma sequência tonal tradicional, a Sinfonia Trágica foi composta por Mahler entre 1903 e 1904 (revista dois anos mais tarde) é considerada por musicólogos a mais clássica de todas as obras do compositor.
Programa
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791)
Concerto para piano Nº 24, em dó menor, K 491 (1786)
- Allegro
- Larghetto
- Allegretto
Intervalo
GUSTAV MAHLER (1860-1911)
Sinfonia N. 6, em lá menor – Trágica (1903-04; rev. 1906)
- Allegro energico, ma non troppo. Heftig, aber markig
- Scherzo: Wuchtig
- Andante moderato
- Finale: Allegro moderato – Allegro enérgico
* Programação sujeita a alterações.
Theatro Municipal de São Paulo
Praça Ramos de Azevedo, s/nº.
Telefone +55 11 3053 2100
Concertos Sinfônicos
Capacidade: 1.500 lugares
Sugestão etária: acima de 10 anos.
Sábado, 14 de maio, às 20h
Domingo, 15 de maio, às 17
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
John Neschling – Regência
David Fray – Piano
Duração: 120 minutos aproximadamente
Ingressos:
R$ 25,00 a R$ 90,00
Meia-entrada R$ 12,50 a R$ 45,00
Vendas online: Compre ingressos
Bilheteria do Theatro Municipal
Bilheteria +55 11 3053 2090
De segunda a sábado das 10h às 19h.
Domingo das 10h às 17h.
Nos espetáculos à noite, até o início do evento;
Em dias de espetáculos pela manhã, a partir das 9h.
John Neschling
Regência e direção artística
Diretor Artístico do Theatro Municipal de São Paulo desde 2013, John Neschling voltou ao Brasil após alguns anos em que se dedicou à carreira na Europa. Antes desse período, e durante 12 anos, reestruturou a Osesp, transformando-a em um ícone da música sinfônica na América Latina. Durante a longa carreira de regente lírico, Neschling dirigiu musical e artisticamente os Teatros de São Carlos (Lisboa), St. Gallen (Suíça), Bordeaux (França) e Massimo de Palermo (Itália), foi residente da Ópera de Viena (Áustria) e se apresentou em muitas das maiores casas de ópera da Europa e dos Estados Unidos, em mais de 70 produções diferentes. Dirigiu ainda, nos anos de 1990, os teatros municipais do Rio de Janeiro e de São Paulo. Como regente sinfônico, tem uma longa experiência frente a grandes orquestras dos continentes americano, europeu e asiático. Suas gravações têm sido frequentemente premiadas e o registro de Neschling para a Sinfonia N. 1 de Beethoven foi escolhido pela revista inglesa Gramophone como um dos melhores da história. No momento, o maestro grava pela produtora sueca BIS toda a obra sinfônica de Ottorino Respighi com a Orquestra Filarmônica Real de Liège. O terceiro volume da integral acaba de ser lançado e o quarto está em processo de finalização. Neschling nasceu no Rio de Janeiro em 1947 e sua formação foi brasileira e europeia. Seus principais mestres foram Heitor Alimonda, Esther Scliar e Georg Wassermann no Brasil, Hans Swarowsky em Viena e Leonard Bernstein nos Estados Unidos. É membro da Academia Brasileira de Música.
David Fray
piano
David Fray mantem mundialmente uma carreira ativa como recitalista, solista e músico de câmara. Já colaborou com grandes orquestras, como a Royal Concertgebouw, Budapest Festival Orchestra, Philharmonia Orchestra, Academy of St. Martin in the Fields, London Philharmonic, Deutsche Sinfonie Orchester, Salzburg Mozarteum, Orchestra del Teatro alla Scala, Orchestre de Paris, Orchestre National de Paris, Cleveland Orchestra, Boston Symphony, San Francisco Symphony, Los Angeles Philharmonic, New York Philharmonic e Chicago Symphony; e importantes regents, como Marin Alsop, Pierre Boulez, Christoph Eschenbach, Paavo Järvi , Kurt Masur, Riccardo Muti, Esa-Pekka Salonen, Yannick Nézet-Séguin e Jaap van Zweden.
Seu último disco, “Fantaisie”, com as últimas peças para piano de Schubert, recebeu o prêmio Gramophone Editor’s Choice. Fray é artista exclusivo da Erato/Warner Classics e seu primeiro álbum com peças de Bach e Boulez foi aclamado como a “melhor gravação do ano” pelo London Times e o Le Soir. Também se destacam em sua discografia gravações dos concertos para piano de Mozart com a Philharmonia Orchestra e Jaap van Zweden; das Partitas N. 2 e 6, e da Toccata em dó menor de Bach.
David Fray ganhou diversos prêmios como o Instrumentista do Ano da Echo Klassik e o Jovem Talento do Ruhr Piano Festival. Em 2008, foi indicado como Revelação do Ano pela revista BBC Music. David Fray estudou com Jacques Rouvier no Conservatoire National Supérieur em Paris.
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
A formação da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo remonta a 1921, dez anos após a inauguração do Theatro Municipal, por meio da Sociedade de Concertos Sinfônicos de São Paulo. Em mais de 90 anos de história, a Orquestra tocou sob a regência de maestros como Mstislav Rostropovich, Ernest Bour, Maurice Leroux, Dietfried Bernett, Kurt Masur, além de Camargo Guarnieri, Armando Belardi, Edoardo de Guarnieri, Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Sergio Magnani, além de vários compositores regendo suas obras, como Villa-Lobos, Francisco Mignone e Penderecki. Solistas de renome se apresentaram com o grupo, como Magda Tagliaferro, Guiomar Novaes, Yara Bernette, Salvatore Accardo, Rugiero Ricci, dentre muitos outros. Desde o início de 2013 a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo tem como diretor artístico o maestro John Neschling.
Foto Davis Fray: Sumyo Ida / Warner Classics
Foto OSM: Sylvia Masini
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