O espetáculo “Andarilho” chega a São Paulo

Domingo, 10 de julho, o Parque da Água Branca recebe um espetáculo divertido e surpreendente com números de música, dança, malabares e acrobacia para um público de todas as idades…

A Cia da Pegada é um núcleo de pesquisa em circo que atua em São Paulo desde 2014, formada pelos artistas Flávio Falcone e Victor Abreu.

Flávio é palhaço e psiquiatra há mais de 12 anos. Em sua trajetória, vem utilizando o palhaço para desenvolver um trabalho de redução de danos e promoção de Saúde.

Victor é acrobata formado pela Scuola Vertigo, na Itália. Durante sua carreira, trabalhou em diversos países da Europa e da América, levando uma vida nômade de artista circense. Os dois se conheceram na Cia. de dança Silenciosas + GT’aime. A companhia, dirigida por Diogo Granato, utiliza a técnica do Improviso Cênico como linguagem, estudando elementos como dança, palhaço, parkour e acrobacia.

Percebendo as afinidades artísticas e avançando nos treinos de mão a mão, Flávio e Victor decidiram formar uma dupla de palhaços acrobatas. Criaram juntos os números La Traviata (2014) e O Domador e a Besta (2016); os espetáculos A Jornada do Herói (2015); O Filho Daquela Lá (2015) e Andarilho (2016).

Em Andarilho, Flávio e Victor são dois viajantes que chegam numa roda de rua em uma nova praça, onde as pessoas esperam por um grande espetáculo. Através do estado do palhaço, eles interagem com o público, apresentando números que misturam música, dança, malabares e acrobacia. Inspirados nas cartas do Tarô, eles dão vida a personagens arquetípicos como o Louco, o Rei e a Morte. Transformação, magia e muita cara-de-pau fazem parte da essência desses dois palhaços loucos.

O diretor escolhido para acompanhar a criação é Marcelo Lujan, palhaço excêntrico musical. Ambos os artistas fizeram parte do espetáculo Na Estrada, do Circo Amarillo, onde Marcelo é diretor. A dupla tem afinidade artística pela linguagem utilizada e se interessou em aprofundar o conhecimento nessa área.

Após a criação do número de acrobacias em dupla La Traviata, onde dois maestros palhaços apresentam um concerto de ópera absurdo, a dupla circense criou o espetáculo Andarilho, inspirado na carta do Louco do Tarô de Marselha. Esse arquétipo representa o ser humano em sua condição mais pura. Na figura da carta, o louco caminha para frente, mas olha para trás, ligando assim a sabedoria do futuro à inocência da infância.

A dupla acredita que o Circo é uma entidade histórica, enraizada no inconsciente das pessoas. Representa a fuga de um mundo árduo e injusto, num universo de sonhos, onde tudo é possível. É a partir dessa crença que eles revisitam arquétipos humanos, buscando influenciar o público a aceitar o ridículo de tudo e encarar a vida de uma forma mais leve.

“O Louco é um andarilho enérgico, ubíquo e imortal. É o mais poderoso de todos os Trunfos do Tarô. Como não tem número fixo, está livre para viajar a vontade, perturbando, não raro, a ordem estabelecida com as suas travessuras.”
Sallie Nichols, em “Jung e o Tarô

Ficha Técnica:

Intérpretes: Victor Abreu e Flávio Falcone
Direção Artística e Musical: Marcelo Lujan
Disciplinas Circenses: Mão a Mão, Malabares, Acrobacia e Palhaço
Figurino: Claudia Schapira
Preparador Técnico: Angel Andricain
Vídeo e Fotografia: Paulo Plá
Produção: Palco de Papel

Andarilho
Parque da Água Branca
Av. Francisco Matarazzo, 455 – Barra Funda – SP
Domingo, 10 de Julho, às 15h
Grátis
Duração: 60 minutos
Recomendação: Livre

Fotos: Divulgação

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