“Jim”, o Musical

Chega a São Paulo, dia 28 de outubro no Teatro Vivo…

 

 

No dia 03 de julho de 1971, o mundo do rock perdia um dos seus maiores ícones. 45 anos depois, estreia no Teatro Vivo, o musical JIM, de Walter Daguerre, com direção de Paulo de Moraes. “Jim Morrison era um pensador, um filósofo. Suas palavras são perenes, não ficam datadas. Seu maior legado é a poesia, então se fizéssemos um musical biográfico convencional não estaríamos sendo fiéis ou coerentes com sua obra”, revela o protagonista da peça, Eriberto Leão, que completa 20 anos de trajetória teatral.

O espetáculo, inspirado na poesia de um dos maiores ícones do rock, conta a história de um homem que não conheceu o vocalista do The Doors, mas teve a vida pautada por suas ideias e ideais. “Foram 2 anos em cartaz no Rio. Além disso, viajamos por 13 cidades, entre elas: Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Manaus. Agora, finalmente São Paulo”, detalha o produtor Eduardo Barata.

“Em cena, dois planos paralelos. João Mota – Eriberto Leão – num acerto de contas com Jim, e o vocalista encarnado no personagem, que quer se matar achando que foi isso que o ídolo fez”, destaca o diretor. Na trama, João está diante do túmulo de Jim, em Paris, no cemitério Père-Lachaise, com uma arma em punho, para acertar as contas com o líder do The Doors. Ele tem apenas uma bala, uma pequena peça de chumbo com a qual pretende transformar seu destino num jogo se azar. Seria um acontecimento simples, se não fosse a presença diabólica de Jim e a aparição de uma misteriosa mulher, interpretada por Renata Guida, que representa o feminino de diversas formas – Pamela Morrison (mulher de Jim), a esposa de João Mota e ainda a mãe Terra. A presença da personagem pode ser interpretada também como uma consciência intuitiva profunda de João.

“Quando comecei a pesquisar, descobri um Jim Morrison que não imaginava e que muita gente não sabe quem é. Então sentimos a necessidade de trazer outra ideia do Jim para o público”, detalha Daguerre. São 11 canções clássicas do The Doors, como Ligth My Fire, The End, Riders on the Storm, cantadas ao vivo por Eriberto e mais 3 músicos – Antonio Van Ahn (teclado), Felipe Barão (guitarra) e Eduardo Rorato (bateria).

Grande fã, Eriberto Leão descobriu sua vocação como ator através de Jim Morrison e do The Doors, vendo o trailer de um filme sobre a banda. “Depois disso vi três sessões seguidas e fiquei alucinado. Eu sempre soube que iria fazer esta peça. Isso me influenciou muito, inclusive na minha profissão”, conta o ator.

Ao longo de uma bem sucedida trajetória nos palcos, o espetáculo recebeu o Prêmio APTR 2014 nas categorias “Melhor Iluminação” e “Melhor Música”, além de diversas indicações aos prêmios Shell e Cesgranrio. O cenário, assinado também pelo diretor Paulo de Moraes, é composto por um piano de cauda/lápide e 6 microfones. Completam a ficha técnica Maneco Quinderé, responsável pela iluminação, Rita Murtinho que assina os figurinos e Ricco Vianna na direção musical.

Conhecido por performances intensas e teatrais, letras repletas de simbolismo, referências ao xamanismo e uma personalidade selvagem, o vocalista do The Doors, cantor, compositor e poeta norte-americano, ganha uma homenagem que traz suas referências ideológicas não apenas por meio de seus versos, mas de seus ídolos, grandes nomes da literatura, como Wiliam Blake, Baudellaire, Rimbaud, Nietzsche, entre outros. Um texto que perpassa por conceitos de mitos pagãos e arquétipos, além de apresentar uma abordagem que dá enfoque ao lado poético e simbolista de Morrison.

Ficha Técnica
Texto: Walter Daguerre
Direção: Paulo de Moraes
Elenco: Eriberto Leão e Renata Guida
Direção musical: Ricco Vianna
Músicos: Antonio Van Ahn (teclado), Felipe Barão (guitarra) e Rorato (bateria)
Cenografia: Paulo de Moraes
Figurinos: Rita Murtinho
Iluminação: Maneco Quinderé
Produção executiva: Denise Escudeiro e Bruno Luzes
Produção e coordenação de comunicação: Barata Comunicação

 

Jim
Teatro VIVO
Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 (antigo 860) – Morumbi – SP
Informações: 3279-1520 e 97420-1520
Capacidade: 274 lugares

Estreia dia 28 de outubro
Temporada: até 18 de dezembro
Sextas, às 21h30
Sábados, às 21h
Domingos, às 18h
Duração: 65 minutos
Ingressos:
R$ 20,00 no final de semana de estreia:
Dias 28, 29 e 30 de outubro

Sextas-feiras e Domingos:
R$ 80,00 (Setor A)
R$ 40,00 (Setor B)
Sábados:
R$ 80,00 (Setor A)
R$ 50,00 (Setor B)
Recomendação: 16 anos

Bilheteria: de terça a domingo, a partir das 14h. Aceita todos os cartões de crédito e débito. Acessibilidade: 6 lugares para cadeirantes, 2 lugares para mobilidade restrita e 2 cadeiras para obesos.
Vendas:
Ingresso Rápido e 4003.1212
Vallet: R$ 25,00

Fotos: Humberto Araujo

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