Estreia dia 10 de fevereiro no Sesc Santana…
Pode uma simples palavra alterar o rumo de nossas vidas?
Através de uma sucessão vertiginosa de sketches, os espectadores acompanham o relacionamento entre Marianne e Roland, que vai se desdobrando através do tempo e do espaço.
Como fio condutor deste(s) encontro(s), a física quântica, o multiverso. Todas as escolhas que você já fez, ou jamais fez, são parte de um vasto conjunto de universos paralelos, diz Marianne, a cosmóloga, cuja mente parece estar sempre no espaço, para um cético Roland, o apicultor, homem concreto, da terra.
Cada variação de texto coloca-os em uma trajetória inteiramente nova, ora aproximando-os, ora distanciando-os, como se o livre arbítrio fosse apenas uma invenção humana ou, de acordo com os princípios da física quântica, como se eles estivessem vivendo vidas paralelas, mas sem nenhuma consciência desse fenômeno.
Sem nenhum didatismo, e com enorme habilidade, o autor coloca em cena o conceito das realidades paralelas, através de uma sequência de vinhetas, nas quais uma relação vai se construindo.
Uma crônica cubista, portanto, que se move entre cantada, sedução, casamento, doença e morte iminente, toda ela permeada por curiosas e, em alguns casos, hilárias, situações do dia a dia.
Romance e ciência colidem nessa insólita história de amor, com diálogos que refletem o dinamismo de nossa era digital, sem deixar de lado a riqueza de significados que as palavras encerram, provocando nos espectadores as mais variadas indagações sobre a nossa (ir)relevância no universo.
Constelações estreou no Royal Court Theatre de Londres em janeiro de 2012, com Sally Hawkins e Rafe Spall, dirigidos por Michael Longhurst. As críticas foram entusiásticas e, devido ao sucesso de público, a peça teve uma segunda temporada no West End, reestreando no Duke of York’s Theatre em novembro daquele ano.
Aos 29 anos de idade, Nick Payne ganhou o cobiçado Evening Stardard Theatre Award de melhor peça do ano, tornando-o o mais jovem dramaturgo a receber tal honraria.
Em janeiro de 2015, a peça estreou na Broadway, no Samuel J. Friedman Theatre, com Ruth Wilson e Jake Gyllenhaal. Foi dirigida, mais uma vez, por Michael Longhurst, com uma nova concepção, transformando a montagem intimista do Royal Court em uma produção grandiosa.
A magia não se perdeu, mostrando o poder que a peça tem qualquer que seja o teatro em que é apresentada. Tal como em Londres, os críticos ficaram impressionados com a originalidade do autor, que cria uma história de amor extremamente sofisticada, em meros 70 minutos, e que mesmo assim, ganha a adesão imediata do público.
A ambivalência emocional, inevitável em qualquer relação, tem um impacto muito maior aqui, por causa do multiverso, ou universos paralelos, no qual a peça transita. Não é preciso ser um cientista para se entender as várias versões de um relacionamento, que vão se descortinando diante de nossos olhos, com pequenas variações de texto e tom, colocando em dúvida nossas noções de tempo e espaço, mas nunca a nossa busca pelo amor perfeito que, lá no fundo, sabemos, não passa de uma miragem.
Para Ulysses Cruz, “Nick Payne conduz suas indagações pelos universos paralelos com enorme senso de humor e calor humano. É na atração que Marianne e Roland sentem um pelo outro que a peça se detém. Na vontade sobre-humana de conseguirem se comunicar. A ironia é que seus universos também são paralelos e linhas paralelas jamais se encontram”, afirma o diretor.
Ficha Técnica
Texto Nick Payne
Tradução Marcos Daud
Digitação do texto Karol Garrett
Direção Ulysses Cruz
Assistente de direção Leonardo Bertholini
Elenco:
Marília Gabriela – Marianne
Caco Ciocler e Sergio Mastropasqua – Roland
Cenógrafa e Designer Verônica Valle
Cenotécnico FCR / Rossi
Figurino e Visagismo Theodoro Cochrane
Iluminação Domingos Quintiliano
Musica original (livremente baseada nas Quatro Estações de Vivaldi) Miguel Briamonte
Preparação Vocal Renata Ferrari
Assistente de Produção Bárbara Santos
Produção Executiva Katia Placiano
Produtoras Selma Morente e Célia Forte
Realização Sesc SP
Constelações
Sesc Santana
Avenida Luiz Dumont Vilares, 579 – Santana – SP
Informações: 2971-8700
Capacidade: 280 lugares
Duração: 70 minutos
Estreia dia 10 de fevereiro
Curta temporada: até 19 de março
Sexta e Sábado às 21h
Domingo às 18h
Ingressos:
R$ 40,00 (inteira)
R$ 20,00 (meia-entrada: estudante, servidor de escola pública, +60 anos, aposentado e pessoa com deficiência)
R$ 12,00 (credencial plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes)
Ingressos à venda pelo Portal Sesc e em todas as unidades
Recomendação: 12 anos
Foto: Miro
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