Atrações, de 17 a 21 de maio, marcam o encerramento do evento “Refugiados, um lar chamado São Paulo”…
Realizado pelo Shopping Center 3 em parceria com a ONG Adus – Instituto de Reintegração do Refugiado, o evento “Refugiados, um lar chamado São Paulo”, chega à reta final com mais novidades. Devido ao enorme sucesso na abertura em março, a Feira Étnica de Arte e Artesanato retorna ao Center 3, de 17 a 21 de maio.
E o público pode ainda conferir uma exposição fotográfica sobre o tema, além de assistir no domingo, 21 de maio, às 14h, o show de dança dabke, apresentado por Yazan Zwawe, artista sírio de ascendência palestina e seu grupo.
“A ideia do evento é contribuir para dar visibilidade não apenas ao drama dos refugiados, mas também à riqueza de suas culturas e costumes”, afirma a gerente de marketing do Shopping Center 3, Cecilia Hastings.
Feira Étnica de Artes e Artesanato acontece de 17 a 21 de maio
No Lounge Center 3, no Piso Cinelândia, a feira com a participação de expositores da Síria, Palestina, Guiana Inglesa, Senegal, Togo, Nigéria, que apresentarão produtos típicos de seus países como tecidos, luminárias, quadros, artigos em couro, perfumes, bonecas, bijuterias, lenços, turbantes e camisetas, entre outros objetos decorativos e acessórios. Entre os expositores estão pessoas como Noura Alkallas, que trabalhava em um escritório de contabilidade na Síria e, uma vez no Brasil, busca alternativas para reconstruir a vida, junto com o marido Younes.
Perfil dos expositores e seus produtos:
Anas Obeid (Síria) – perfumes personalizados, arguiles e objetos.
Anas Obeid é de Damasco, capital da Síria. Jornalista de formação, Anas comercializa perfumes personalizados e preparados na hora, arguiles, lenços e objetos típicos da Síria.
Foto: Antônia Souza
Temitope Komolafe (Nigéria) – turbantes africanos
Temitope Komolafe veio da Nigéria e mora com o marido e o filho na capital paulista. Sua arte consiste na amarração de lindos turbantes que, muito mais que ornamentos ou acessórios, têm vários significados e são usados em ocasiões especiais.
Fatima Diouf (Senegal) – roupas e lenços africanos
A senegalesa Fatima Diouf leva sua alegria nas roupas e tecidos africanos. Há pouco tempo no Brasil, Fatima não domina nosso idioma, mas se esforça para trabalhar e se manter no País. Os tecidos de algodão trazem as cores fortes e vibrantes do seu país e podem se transformar em saias, vestidos, blusas e até em itens de decoração.
Nema Khaled (Síria) – quadros e caligrafia árabe
Nema Khaled é artista plástica síria. Na feira ela apresenta lindos quadros inspirados na sua terra natal, retratando detalhes de mesquitas, aves, e o que mais lhe chama a atenção. Além dos quadros, a artista também oferece a delicadeza da caligrafia árabe nos eventos. No Brasil Nema vive com cinco filhos, marido e um irmão.
Fitoon Assi (Síria) – bolsas, tecidos e acessórios
Fitoon Assi fugiu da Síria com sua família deixando para trás parentes, o trabalho em um laboratório de análises clínicas, casa e amigos. No Brasil ela se desdobra entre a educação das filhas e a venda de produtos artesanais e peças de couro importadas da sua terra natal.
Renee Ross-Londja (Guiana Inglesa) – bonecas e acessórios em tecido
Renee Ross-Londja produz lindas bonecas de pano inspiradas nas bonecas africanas, como a abayoni, originária da Nigéria, durante o período da escravidão. Renée também costura baianas, bonecas que representam a mulher africana na Bahia, e as tradicionais namoradeiras, mas feitas em tecido.
Komlan Mondjro (Togo) – tecidos e artesanato
Komlan Mondjro, mais conhecido como Roger, é um simpático togolês que vive no Brasil há quase dois anos. Em seu país de origem, Togo, Roger trabalhava em um escritório de contabilidade. No Brasil, ele mostra as belezas da África vendendo tecidos e artesanato.
Foto: Igor Fernandes
Noura Alkallas e Younes Al Nabulsi (Síria) – comidas e camisetas
Noura Alkallas trabalhava com contabilidade em Damasco, capital da Síria. Ela está há mais de dois anos no Brasil, junto com seu marido Younes Al Nabulsi. Além de delícias árabes, o casal também vende camisetas estampadas para conseguir viver em São Paulo.
Rasha Mubayed (Síria) – luminárias e objetos de decoração
Há cerca de dois anos no Brasil, Rasha Mubayed veio da Síria com seu marido e uma filha pequena e dedica-se à venda de produtos fabricados na Síria, como luminárias, descanso de copo, pequenas molduras e peças de decoração com belos arabescos, feitos em madeira.
Dança dabke com Yazan Zwanke e grupo, domingo, dia 21, às 14h
O público pode se preparar para participar do dabke, dança festiva e executada em roda, principalmente, em países como Líbano, Síria, Palestina e Jordânia. A movimentação acontece nos pés, com uma variedade de batidas e passos, acompanhada os por música alegre e ritmos de celebração. Quem comanda o show é o dançarino Yazab Zwawe, artista sírio de ascendência palestina.
Exposição fotográfica vai até 21 de maio
Retratos em preto e branco de refugiados de vários países, ao lado de painéis informativos sobre a situação do refúgio no Brasil poderão ser vistos em todos os pisos do Center 3. O autor das imagens é o fotógrafo Felipe Grespan, e os personagens são refugiados assistidos por programas da ONG Adus.
“Refugiados, Um Lar Chamado São Paulo”
Shopping Center 3
Av. Paulista, 2064 – Cerqueira César – SP.
Lounge Center 3, Piso Cinelândia
Tel.: 3285-2458
Feira Étnica:
De 17 a 21 de maio, das 12h às 20h
Show de dança dabke:
Domingo, 21 de maio, às 14h, na fachada da Avenida Paulista.
Exposição fotográfica: até 21 de maio
Pedidos de refúgio aumentam mais de 2.000%
Somente a guerra na Síria já expulsou de seu país mais de cinco milhões de pessoas, o que vem sendo considerado a pior crise humanitária do mundo em 70 anos. Os pedidos de refúgio no Brasil aumentaram mais de 2.000% entre 2010 e 2015, indo de 966 para 28 mil.
Neste período, foram reconhecidos como refugiados 8.863 pessoas de 79 nacionalidades distintas. Os principais grupos são compostos por oriundos da Síria (2.298), Angola (1.420), Colômbia (1.100), República Democrática do Congo (968) e Palestina (376). A guerra na Síria já expulsou de seu país mais de cinco milhões de pessoas, naquela que vem sendo considerada a pior crise humanitária do mundo em 70 anos. (Fontes: Polícia Federal, CONARE – Comitê Nacional para Refugiados, e ACNUR – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados)
Fotos: Divulgação
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