O teatro, assim como outras manifestações artísticas, não tem sentido sem o público. Além do público comum que assiste as peças, as montagens necessitam de um olhar exterior mais fundamentado e analítico, a apontar seus acertos, eventuais desacertos e sugerir caminhos. Sábato Magaldi, crítico teatral de primeira linha, foi um dos brasileiros que melhor exerceu este ofício. Ao longo de sua vida, assistiu a um número impressionante de peças teatrais e musicais.
Na plateia do mundo (Global Editora, 472 páginas, R$ 59,00) traz um conjunto expressivo dos textos para jornais que Sábato escreveu sobre as montagens internacionais que teve a oportunidade de ver no exterior e no Brasil. Organizado por Edla van Steen, sua esposa e companheira de uma vida inteira dedicada ao teatro, este livro traça de forma admirável um panorama de grande amplitude e profundidade sobre o teatro realizado fora do Brasil a partir dos anos 1950.
No texto de apresentação ao livro, João Roberto Faria, professor titular de literatura brasileira da USP, avalia que a obra “nos ensina muito sobre as inovações estéticas incorporadas pelo teatro na segunda metade do século XX e sobre o próprio ofício da crítica teatral – que Sábato exerceu sempre como atividade intelectual prazerosa, dando o melhor de si para chegar ao leitor com clareza e sólidos pontos de vista”.
Global Editora
472 Páginas
R$ 59,00
Sábato Magaldi nasceu em Belo Horizonte, em 1927. Foi crítico teatral de vários jornais e revistas. Professor titular de Teatro Brasileiro da Escola de Comunicação e Artes de São Paulo, onde se tornou professor emérito. Lecionou durante quatro anos, nas universidades Paris III (Sorbonne Nouvelle) e de Provença, em Aix-en-Provence. Foi membro da Academia Brasileira de Letras.
Fotos: Divulgação
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