Em “Mar de Espelhos” a banda carioca Stereophant explora novas sonoridades e traz letras baseadas na relação do homem com o mar, lugar-paisagem que inspira tantas canções com sua força e mistério…
O álbum faz referência à jornada do herói, o que aproxima a sua narrativa àquelas retratadas no cinema, trazendo também uma pesquisa de sonoridades nas trilhas sonoras do consagrado Ennio Morricone (“Bastardos Inglórios”, “Três Homens em Conflito”, “Era uma Vez no Oeste”) e também do filme de terror “A Bruxa”.
“Mar de Espelhos” traz a ambiciosa marca de 15 faixas, produção de Felipe Rodarte (The Baggios) e participações especiais de Tomás Rosati e Bruno Danton (El Efecto), Felipe Pacheco (Baleia), Gabriel Ventura (Ventre), Jan Santoro (Facção Caipira), Milton Rock (Drenna) e Walber Assis (Verbara).
A história surgiu de forma intuitiva: “Começamos o disco sem a intenção de que fosse uma história. No meio da pré-produção – que durou quase um ano – surgiu a música ‘Homem ao Mar’, que por si só é muito narrativa. Um pouco depois surgiu a ‘Homem Morto’, que caiu perfeitamente como continuação do que aconteceu na música anterior. Entendemos isso como um sinal que deveríamos voltar nossas energias para transformar esse álbum em uma história só, com início, meio e fim. As músicas surgiam completando as lacunas de uma maneira não muito racional e as coisas todas se encaixavam de alguma forma. Fomos lapidando para que ela ficasse mais amarrada e interessante”, relembra o vocalista Alexandre Rozemberg.
Nesse processo, fragmentos de letras e melodias serviam como impulso para a elaboração da trama e, assim, surgiu a divisão em três partes distintas. As primeiras músicas trazem questionamentos sobre a vida em grandes cidades, assunto que começou a ser explorado pela banda em seu primeiro disco, “Correndo de encontro a tudo”(2013). Na segunda parte, o naturalismo dá vez para a fantasia – rompimento que acontece a partir da “ida para o mar”, onde descobertas e conflitos se aprofundam. Já na terceira as músicas apontam para uma resolução.
O disco “Mar de Espelhos” surge na carreira da Stereophant como um ponto de virada. Acostumados a falar sobre ideias e sentimentos, optar pelo conceitual foi uma experiência transformadora: “Sempre gostamos de músicas que narram fatos, criam imagens a partir de uma história. Acho que esse tipo de música tem um poder de te prender e querer saber o que vai acontecer, é o poder da narrativa que nos prende a filmes, livros e séries. Experimentar esse novo jeito foi muito bom pra gente, ampliamos muito o que podemos fazer com a música nessa experiência”, analisa Alexandre Rozemberg (voz e percussão). Vinícius Tibuna (guitarra), Thiago Santos (guitarra), Bernardo Leão (bateria) e Fabrício Abramov (baixo) completam a Stereophant.
Após quase três anos de produção, os músicos saíram dessa experiência renovados. O resultado vem na forma de canções repletas de arranjos, sonoridades e detalhes que engrandecem o trabalho, tornando “Mar de Espelhos” um álbum impactante.
“Mar de espelhos”
Produzido por Felipe Rodarte e Stereophant
Gravado por Léo Ribeiro e Raphael “Moita” Dieguez no estúdio Toca do Bandido
Editado por Raphael “Moita” Dieguez
Mixado por Léo Airplane
Masterizado por Felipe Tichauer no estúdio Red Traxx Mastering
Direção artística: Constança Scofield
Selo: Toca Discos
Capa / Pintura: Guilherme Memi
Fotos: Pedro Arantes
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