Uma das grandes intérpretes da MPB, Vânia Bastos, comemora o aniversário da cidade de São Bernardo do Campo apresentando o consagrado show, “Concerto para Pixinguinha” no dia 18 de agosto…
A intérprete apresenta seu novo e consagrado show, “Concerto para Pixinguinha”, baseado no disco homônimo, considerado um dos melhores álbuns de 2016, no Prêmio Profissionais da Música 2017, na categoria Melhor Projeto de Choro”. Ao lado do quarteto liderado pelo baixista Marcos Paiva, diretor musical do projeto, a cantora apresentará alguns dos clássicos do compositor carioca, como Lamentos e Mundo Melhor (parcerias com Vinícius de Moraes) e Fala Baixinho (dele com Hermínio Belo de Carvalho), além das pérolas Rosa e Carinhoso que completa 100 anos neste ano de 2017. Marcos Paiva Quarteto apresenta as instrumentais Displicente, Recordações e São Lourenço no Vinho (todas de Pixinguinha, sendo a última em parceria com Benedito Lacerda).
Só por ter composto Carinhoso, a música que recebeu a letra ‘meu coração, não sei por que, bate feliz quando te vê’, Pixinguinha (1897-1973) já estaria numa lista dos maiores da música brasileira. Mas, esse carioca que só viveu 75 anos, fez muito mais. É autor de valsas, sambas e choros, entre eles, sucessos como Rosa e Lamentos, que fazem parte da história da MPB.
Boa parte desse material está no disco Concerto para Pixinguinha, de Vânia Bastos e Marcos Paiva, que marca também a estreia do selo Conexão Musical, do produtor Fran Carlo. O CD é o resultado de um show em homenagem a Pixinguinha, que vem sendo apresentado em várias capitais do Brasil, desde 2013, quando estreou, marcando os 40 anos da morte do compositor.
Pixinguinha
Compositor, orquestrador, flautista e saxofonista, Pixinguinha, cujo nome verdadeiro é Alfredo da Rocha Viana Filho, além de compor obras que se tornaram clássicos da nossa música, fez orquestrações para cinema e teatro, e arranjos para intérpretes famosos da época, como Carmen Miranda, por exemplo. Foi parceiro de Braguinha, Vinicius de Moraes e Hemínio Bello de Carvalho.
Nos anos 1920, fundou o grupo Oito Batutas, que foi o primeiro regional brasileiro a sair do país para uma excursão internacional. Foram para a Europa para passar 30 dias, mas o sucesso foi tanto que ficaram seis meses.
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Concerto para Pixinguinha, com Vânia Bastos & Marcos Paiva
Teatro Lauro Gomes
Rua Helena Jacquey, 171 – Rudge Ramos, São Bernardo do Campo – SP
Tel.: (11) 4368-3483
Capacidade: 526 lugares
Duração: 90 minutos
Sexta-feira, 18 de agosto, às 21h
Ingressos:
R$ 20,00 ( inteira )
R$ 10,00 (meia)
Venda Online nos links: Bilheteria Express e SampaIngressos
Na bilheteria do teatro de quarta a domingo: das 14h às 19h (Somente dinheiro)
Classificação: Livre
Vânia Bastos
Vânia Bastos, considerada uma das maiores cantoras do Brasil, do time das grandes intérpretes, tem recebido elogios da imprensa e do público, pela impecável afinação e pelo rigor na escolha do repertório, ao longo da carreira. Tornou-se conhecida inicialmente por seu trabalho na banda Sabor de Veneno, de Arrigo Barnabé, com quem gravou discos importantes como Tubarões Voadores (1984).
Em seus 30 anos de carreira, lançou mais de uma dezena de discos, alguns dedicados às obras de Tom Jobim, Caetano Veloso e à turma do Clube da Esquina. Três foram lançados no Japão e quatro na Europa. Teve vários temas de novelas. Cantou no concerto inaugural da Orquetra Jazz Sinfônica. Gravou com Ivan Lins em disco. Teve participação especial do Milton Nascimento no CD Vânia Bastos Canta Clube da Esquina. Acaba de ganhar o Prêmio Profissionais da Música 2017 com o “Concerto para Pixinguinha”.
Marcos Paiva
O baixista, compositor e arranjador Marcos Paiva é paulista e vive em São Paulo, mas já morou e tocou em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Tem um trabalho próprio de música instrumental, com vários discos, entre eles ‘Meu Samba no Prato – Tributo a Edison Machado (2012), uma homenagem ao carioca Edison Machado (1934 – 1990), que rendeu críticas positivas na Folha de S. Paulo, O Globo e Rolling Stone, por destacar essa ‘lenda’ da bateria brasileira.
Atua ao lado de artistas como Bibi Ferreira e Zizi Possi, além do cubano Fernando Ferrer e da portuguesa Teresa Salgueiro, com quem viajou pela América e Europa. Marcos Paiva analisa a figura e o trabalho de Pixinguinha: “Ele é tratado popularmente como gênio e tem sua obra sendo revista, além de ser tema de estudos acadêmicos. Tem mais valor hoje, que no final de sua vida. Apesar do grande prestígio, nos anos 1930 e 40, quando o entretenimento começou a ser mais valorizado financeiramente, houve um ‘embranquecimento’ do mercado. E por fatores históricos, de construção de uma identidade nacional, Pixinguinha e sua turma se tornaram a tradição da cultura nacional, que necessitava se modernizar. O típico deu lugar ao moderno. Eles caíram fora e com o tempo o trabalho foi ficando mais difícil”.
Selo Conexão Musical
O selo Conexão Musical marca a entrada no mercado fonográfico do produtor mineiro radicado em S. Paulo, Fran Carlo. Com mais de 25 anos na área da produção de shows musicais, já atuou ao lado de grandes nomes da música brasileira. A empresa é inaugurada em sociedade com o também produtor Petterson Melo.
Fotos: Vinícius Campos
Foto Marcos Paiva: Mauricio Landini
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