A próxima apresentação do projeto “Música na Biblioteca” traz ao Memorial da América Latina o recital de canto poético – em voz e violão – “Eterno Gonzaguinha”, por “Duo Brasilianos”, na terça-feira, 05 de setembro, na Biblioteca Latino-Americana…
No repertório estão canções do músico brasileiro Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, eternizado como Gonzaguinha. A coletânea, preparada para a celebração dos 25 anos sem o ator e compositor, apresenta sucessos como “Eu acredito é na rapaziada” e “O Que É, o Que É?”.
Formado pela cantora Simei Paes e o violonista Thiago Barone, o dueto de larga formação e experiência musical propõe divulgar a música brasileira. Em 2011, Simei apresentou-se como solista junto a Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo no Memorial da América Latina. Barone foi o 1º Colocado no XXXI Concurso Latino-Americano de Violão Rosa Mística, em 2012.
Duo Brasilianos – Eterno Gonzaguinha!
Música na Biblioteca
Memorial da América Latina
Auditório da Biblioteca
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda – SP
Acesso: portões 2 e 5
Percussivo USP
Capacidade: 120 pessoas
Terça-feira, 05 de setembro, às 19h30
Ingressos:
R$ 2,00 (inteira)
R$ 1,00 (meia-entrada)
(vendidos 1 hora antes do início da apresentação, na entrada da sala)
Classificação: livre
Gonzaguinha
Gonzaguinha (1945) foi um cantor e compositor brasileiro. Autor de grandes sucessos como, “Sangrando”, “Eu Apenas Queria Que Você Soubesse”, “Começaria Tudo Outra Vez” e “Não Dá Mais Para Segurar – Explode Coração”.
Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior (1945), conhecido por Gonzaguinha, nasceu no morro de São Carlos, no Estácio, Rio de Janeiro, no dia 22 de setembro de 1945. Filho de Luiz Gonzaga e da cantora e dançarina Odaléia Guedes dos Santos, ficou órfão de mãe com dois anos de idade. Foi criado pelo padrinho Henrique Xavier e pela madrinha Dina. Vivia com dificuldades financeiras, mas no carnaval fugia de casa para brincar na avenida.
Gonzaguinha aprendeu cedo a fazer música no convívio com Pafúncio, membro da ala de compositores da Unidos de São Carlos. Os primeiros acordes de violão ele aprendeu com o padrinho. Do pai, recebia algum dinheiro para pagar os estudos e umas visitas esporádicas. O jovem ia crescendo e aprendendo as durezas da vida.
Com 16 anos, Gonzaguinha decidiu morar com o pai, para continuar os estudos. Na época, Helena, a esposa do Rei do Baião, não aceitou o garoto, a quem chamava “bastardo”. Sem muita opção, o menino aceitou completar os estudos como interno em um colégio. Em 1967, ingressou na Faculdade de Ciências Econômicas Cândido Mendes, no Rio de Janeiro.
Suas primeiras composições surgiram quando passou a frequentar as rodas de violão na casa do psiquiatra Aluísio Porto Carreiro, pai de Ângela, com quem se casou e teve seus dois filhos mais velhos Daniel e Fernanda. Nessa época, ele ficou amigo de Ivan Lins, César Costa Filho, Aldir Blanc e Dominguinhos, com quem fundou o Movimento Artístico Universitário o (MAU). Logo começou a participar de Festivais Universitários de Música, e em 1968 foi o finalista com a música “Pobreza por Pobreza”. Em 1969 ganhou o primeiro lugar com a música “Trem”.
Gonzaguinha transformava as dificuldades de sua vida em uma aguda consciência política e social, que se tornaria matéria prima fundamental de sua obra. A grande mudança em sua carreira veio em fevereiro de 1973, quando se apresentou no programa de Flávio Cavalcanti quando cantou a música “Comportamento Geral”. Acusado de terrorista pelos jurados do programa, recebeu uma advertência da censura no dia seguinte, mas a polêmica causada levaria sua música a ocupar as paradas de sucesso e seu compacto logo esgotou.
Nessa época, vivia-se um tempo de perseguições e de censura pelo regime militar e a música Comportamento Geral foi proibida em todo o país. Gonzaguinha foi levado ao DOPS para prestar esclarecimentos. Mesmo com a perseguição e várias músicas censuradas, Gonzaguinha gravou “Luiz Gonzaga Jr.” (1974), “Plano de Voo” (1975) e “Começaria Tudo Outra Vez” (1976). Esse último disco representou uma virada em sua carreira. A música título foi um grande sucesso, e a partir daí suas músicas se tornaram mais românticas, mesmo sem abandonar as preocupações sociais.
Em 1979, na voz de Maria Betânia, o compositor estourava no mercado musical com “Não Dá Mais Para Segurar”, que ficou conhecida como “Explode Coração”. Durante a década de 80, com suas canções belíssimas, Gonzaguinha foi um dos compositores mais requisitados do mercado brasileiro. Teve suas músicas gravadas por Elis Regina (Eu Apenas Queria Que Você Soubesse), Agnaldo Timóteo (Grito de Alerta), Simone (Começaria Tudo Outra Vez) e (Sangrando). Entre outros sucessos do compositor destacam-se: “Nada Será Como Antes” (1981) e “Lindo Lago do Amor” (1984).
Em 1981, Gonzaguinha iniciou uma turnê pelo país ao lado de Luiz Gonzaga, com o show “Vida de Viajante”, o que selou o reencontro dos dois. Gonzaguinha é também pai de Amora, fruto de sua relação com Sandra Pera, do grupo As Frenéticas. Os últimos 12 anos de sua vida, Gonzaguinha viveu em Belo Horizonte, com sua terceira esposa, Louise Margarete, com quem teve a filha Mariana.
Gonzaguinha faleceu em Renascença, Paraná, no dia 29 de abril de 1991, após sofrer um acidente de carro na rodovia.
eBiografia
O Projeto
Com curadoria da maestrina Mônica Giardini, o projeto que já está na terceira temporada visa oferecer ao público paulistano uma programação musical de qualidade, recheada com repertórios eruditos e populares.
Fotos: Reprodução do site Gonzaguinha
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