A exposição Pina (i.m.) reúne pinturas do artista plástico alemão Helmut C. Schippers em homenagem a bailarina alemã, Pina Bausch, a partir de 17 de outubro, no Centro Universitário Maria Antonia USP…

 

 

 

Uma exposição-homenagem que relembra a trajetória de uma das maiores coreógrafas da história, retratada em pinturas feitas por um de seus melhores amigos. Em síntese essa é a proposta de Pina (i.m.), mostra que exalta o trabalho de Pina Bausch (1940-2009), reunindo 26 pinturas em óleo sobre tela, produzidas pelo artista plástico alemão radicado no Brasil Helmut C. Schippers, amigo próximo da coreógrafa desde os tempos de estudantes universitários.

As obras têm como base registros de Ursula Kaufmann, fotógrafa que documentou por mais de 25 anos coreografias de uma das mais importantes personalidades da dança contemporânea no mundo.

A mostra irá reinaugurar o prédio Joaquim Nabuco, espaço de exposições do Centro Universitário Maria Antonia USP após reforma, a partir de 17 de outubro (convidados). A exposição receberá visitantes até o dia 28 de janeiro de 2018, sempre de terças a sextas e feriados, das 10h às 18h, com entrada gratuita.

 

Concepção – O start para os trabalhos surgiu quando Schippers foi presentado por um amigo com um livro em homenagem a Pina Bausch. “Meu amigo de muitos anos, Peter Pabst, cenógrafo do Teatro de Danças de Wuppertal, me presenteou com o seu livro ‘Peter für Pina’, escrito em parceria com Wim Wenders, como recordação do longo período de trabalho em conjunto com Pina Bausch. Nas conversas sobre a nossa amiga em comum surgiu o velho pensamento de usar em minhas pinturas o tema do Teatro de Danças”, explica.

A ideia, porém, era mais antiga, embora Schippers não considerasse preparado para mergulhar no tema. “Na verdade, há vários anos, eu havia feito pequenos estudos sobre esse tema, mas sempre acabava colocando os trabalhos de lado, pois os considerava difíceis e de muita responsabilidade. O meu encontro com Peter, aqui no Brasil, acabou me dando coragem e motivação para retomar os trabalhos”, enfatiza.

Amizade e reencontros – A homenagem de Schippers a Pina Bausch não é à toa. Eles foram amigos muito próximos quando cursaram a universidade em Essen-Werden, na Alemanha, na década de 60. Além das artes visuais, Schippers formou-se em engenharia e veio morar em São Paulo na década de 70, para trabalhar no mundo corporativo, afastando-se da amiga bailarina.

Porém, o reencontro ocorreu em 1990, quando Pina encenou “Auf dem Gebirge hat man ein Geschrei gehört”, no Theatro Municipal. A partir de então, a dupla reatou a amizade e não deixou de agendar jantares cada vez que Pina pisava em solo brasileiro ou quando Schippers visitava a Alemanha. “Eram encontros periódicos, onde velhas lembranças renasciam e novos planos eram projetados”, relembra o artista plástico.

 

 

 

 

 

Exposição “Pina (i.m.)”
Centro Universitário Maria Antonia USP
Rua Maria Antonia, 258 e 294, Vila Buarque
Informações: 3123-5200
Visitação: De 17 de outubro a 27 de janeiro de 2018
Horário: terças a sextas e feriados, das 10h às 18h.
Classificação indicativa: Livre
Entrada franca
Acesso para pessoas com deficiência

 

Helmut C. Schippers – Cursou Engenharia Nuclear na Universidade de Essen, entre 1963 e 1967, cursando paralelamente o Curso Livre de Artes Gráficas, ministrado pelo Professor Prokorny, em Essen, e com o pintor Mario Barone, entre 1963 – 1968, na Ilha Norderney, Mar do Norte. Ele passa a frequentar a ilha durante dois meses a cada ano, pintando no atelier do amigo.

Na sua mudança da Alemanha para Brasil, em 1979, Helmut C. Schippers trabalhou de 1980 a 2001, sem abandonar a pintura, como Diretor Geral de duas empresas alemãs, em São Paulo. Os quadros a óleo e os estudos fotográficos resultantes dessa época encontram-se amplamente espalhados, de posse de colecionadores particulares e no acervo do pintor. Hoje mantém seu atelier em São Paulo.

 

Fotos: Divulgação