Visitando O Sr. Green

Atendendo a pedidos, o ator, diretor, artista plástico e produtor cultural Sergio Mamberti reestreia Visitando Sr. Green no Teatro Jaraguá, a partir de 12 de janeiro, em curta temporada com ingressos populares…

 

 

 

Um pequeno acidente de trânsito nas ruas de Nova York, que quase resultou num atropelamento, acaba provocando a aproximação entre o Sr Green, um velho e solitário judeu ortodoxo, e Ross Gardner, um jovem executivo de 29 anos que, graças ao juiz Kruger, foi acusado de negligência na direção e considerado culpado pela ocorrência. A pena consiste em fazer com que Ross Gardner deva prestar serviço comunitário junto à vítima uma vez por semana, pelos próximos seis meses.

A circunstância legal que os uniu involuntariamente, envolve os dois em situações inusitadas, com traços de fino humor e de profunda emoção.

Revelando pouco a pouco a personalidade de cada um, suas realizações e suas frustrações acabam por constituir a trama central da peça através da riqueza da narrativa e dos instigantes diálogos de Jeff Baron. Retratam também, magistralmente, os aspectos mais pitorescos da cultura judaica, bem como os encontros e desencontros de dois habitantes de uma metrópole como Nova York.

 

Re-Visitando o Sr. Green, por Sergio Mamberti
“Desde que iniciei essa longa e apaixonante carreira, em 1956 em Santos, o palco sempre foi para mim um espaço privilegiado, onde pude compartilhar com as pessoas, através dos inúmeros personagens que interpretei, meus sonhos, minha visão de mundo, minhas reflexões sobre a vida, sobre a época em que vivemos, de forma tão intensa.

Durante os dez anos em que estive no Ministério da Cultura, jamais deixei de sonhar com minha volta ao teatro. Ao escolher esta peça do autor norte-americano Jeff Baron para marcar meu reencontro com o palco, pelo tema que aborda, tão pertinente ao momento que atravessamos, estive sempre, desde que abrimos as portas para o público, absolutamente convencido de sua atualidade e do perfil dramático dos dois personagens. Tinha a intuição de que a montagem teria um acolhimento à altura das nossas expectativas, por tudo que ela reúne.

Escolhemos para dirigir o espetáculo o ator e excelente diretor Cássio Scapin, o Nino do Castelo Rá TIM Bum, que havia feito anteriormente o Ross Gardiner, na montagem do grande mestre Paulo Autran, há 20 anos, tarefa da qual se desincumbiu com perfeição e maestria, numa concepção cênica, requintada e sutil, levando o espectador do riso inteligente às lagrimas. Cássio conseguiu, sobretudo, fazer uma reflexão profunda sobre a aceitação da diferença e o combate à intolerância.

O ator Ricardo Gelli, que dá vida ao Ross Gardiner em nossa montagem, juntou-se ao time nessa empreitada e se identificou tão profundamente com seu personagem que nossa relação no palco alcançou uma alquimia perfeita, fazendo com que o público se integrasse magicamente ao espetáculo em São Paulo, Paraná, Brasília, Goiás e tantas outras cidades que percorremos e que esperamos se repita nessa nova temporada.

Estaremos no Teatro Jaraguá, a partir de 12 de janeiro, de sextas a domingos, encantando e revisitando nosso público. Para quem ainda não viu ou que deseja ver de novo, é uma ótima oportunidade. Sejam bem vindos! Shalom!”

Para Ricardo Gelli, “Visitando o Sr Green, marca um grande momento na carreira. Um trabalho muito especial, em todos os sentidos. Primeiro pela oportunidade de estar em cena com um ator do calibre e da história de Sérgio Mamberti. É um grande privilégio, ainda mais num espetáculo que proporciona que estejamos o tempo inteiro juntos em cena. A dramaturgia força o jogo e a cumplicidade dos dois atores o tempo inteiro. Temos um nível de entendimento e de intimidade em cena que é raro de se alcançar. Ter tudo isso, com Serginho e com a direção absolutamente impecável e generosa do Cassio, fazem com que esse trabalho seja uma escola completa para a vida sobre fazer arte com rigor e amor.

Estar em cena na vida de Ross Gardner é um desafio muito grande, mas muito prazeroso. Um sujeito bem sucedido e com a vida aparentemente tranquila, mas por trás dessa construção social muito bem feita, está um indivíduo extremamente complexo, que carrega diversos traumas e questões não resolvidas e vive aprisionado dentro de uma falsa vida bem estruturada. A forma como um personagem transforma literalmente o outro, ainda que não quisesse, como um personagem ajuda o outro a dar o passo a frente mesmo sem saber, faz de Visitando o Sr Green uma peça engraçada, emocionante e extremamente necessária, pois discute questões de profunda importância no mundo atual e de uma forma delicada e absolutamente humana. Teatro transformador”.

Ficha Técnica
Autor: Jeff Baron
Tradutora: Rachel Ripani
Direção: Cassio Scapin
Assistente de direção: Ando Camargo
Elenco: Sergio Mamberti e Ricardo Gelli
Cenário: Chris Aizner e Nilton Aizner
Figurino: Fabio Namatame
Luz: Wagner Freire
Trilha sonora: Daniel Maia
Adereços: Nilton Araújo
Fotografia: Ale Catan
Programação Visual: Marcelo- Cordeiro Estúdio Bogari
Vídeo: Leandro Goddinho
Produção executiva: Daniel Palmeira
Assistente de Produção: Uli Alcântara
Coordenação Financeira: Cleo Chaves
Direção de produção: Carlos Mamberti
Realização: CD4 Produções e Mamberti Produções
Patrocínio: Porto Seguro

 

 

Visitando O Sr. Green
Teatro Jaraguá
Novotel Jaraguá
Rua Martins Fontes, 71. Bela Vista – SP
Informações: 3255.4380
Capacidade: 265 lugares
Duração: 90 minutos
Temporada: 12 de janeiro a 18 de março
Sextas, às 21h30
Sábados, às 21h
Domingos, às 19h
Ingressos:
R$ 50,00 (inteira)
R$ 25,00 (meia)
Vendas OnLine: Ingresso Rápido
Recomendação: 14 anos
Bilheteria: terça a quinta das 16h às 19h, sexta e sábado a partir das 16h, domingo a partir das 15h.
Formas de pagamento: dinheiro, transferência eletrônica e cartões de crédito e débito.
Estacionamento no local: R$ 30,00
Acesso para portadores de necessidades especiais
Ar condicionado

 

Jeff Baron
Premiado autor americano, consegue transferir para o palco com seu texto Visitando o Sr. Green o relacionamento humano, a estupidez dos preconceitos e a importância da compreensão entre as pessoas. A habilidade e o sensível tratamento fazem com que dois homens de temperamentos opostos, transformem-se numa amostra do que a incompreensão e o preconceito podem provocar num relacionamento familiar. Uma comédia hilariante e um drama denso numa história só. Duas visões de mundo exploradas em um texto hábil e sensível. O texto estreou em Miami, no Teatro Coconut Grove, com tal sucesso que a produção foi levada para a Broadway, onde o ator Eli Wallach foi premiado
por sua interpretação. Desde então a peça de Jeff Baron foi montada em mais de 20 países, em 15 línguas e 200 produções diferentes. O espetáculo foi premiado em muitos países, sendo considerada a melhor montagem do ano em Israel, Grécia e Alemanha e indicada para o Prêmio Molière da França de melhor peça nova. Em 1999, Jeff Baron foi convidado para fazer uma leitura de Visitando o Sr. Green na ONU, em Nova York.

 

Sergio Mamberti
Ator, diretor, artista plástico e produtor. Natural de Santos/SP, 75 anos. Iniciou sua carreira em 1956 com a peça “Revellation” de Tristarn Bernarn. Formado pela Escola de Arte Dramática em 1961, tem participado ao longo de 45 anos de carreira de alguns dos mais significativos e polêmicos momentos do teatro brasileiro, como a peça “Navalha na Carne” de Plínio Marcos e “O Balcão“ de Jean Genet. Ao todo são quase 70 peças teatrais, 25 longas – metragens e 16 telenovelas, além de inúmeras participações especiais em programas de televisão. Assinou ainda a direção de 5 peças de teatro, além de ter atuado como produtor em outros eventos. Durante este período tem sido reconhecido como um dos mais ostensivos defensores da cultura nacional, colocando-se sempre à frente das mais diversas manifestações dos meios artísticos e intelectuais. No período de 2003 a 2013, esteve atuando no Ministério da Cultura, como Secretario da Identidade e da Diversidade Cultural, Presidente da Fundação Nacional de Artes e Secretário de Políticas Culturais.

 

Cassio Scapin
Ator, formado pela EAD-USP, ficou conhecido das crianças como Nino, do Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura. Já trabalhou em mais de vinte espetáculos, no Brasil e na Itália, tendo trabalhado com os diretores Francesco Zigrino/Itália, Ulisses Cruz, Naum Alves de Souza, Yacov Hillel, Mira Haar e Elias Andreatto, Marília Pêra entre outros.
Recebeu os prêmios: Mambembe, Governador do Estado, APCA, sendo que em 1998 foi o escolhido como “Melhor Ator” nos prêmios Apetesp e Shell, por sua interpretação em Memórias Póstumas de Brás Cubas, comédia musical de Machado de Assis, com direção de Regina Galdino.
Participou de novelas no SBT e TV Bandeirantes e Telecurso 2000. Na TV Globo participou das novelas e seriados A Lua me disse, Um só coração, Sítio do Pica Pau Amarelo, entre outros. Em Visitando o Sr. Green, de 2000 a 2005, dividiu o palco com Paulo Autran.
Protagonista dos contos sinfônicos O Carnaval dos Animais e da série O Aprendiz de Maestro em benefício da TUCCA, desde 2000 na Sala São Paulo, com direção de Regina Galdino, regência do Maestro João Maurício Galíndo e orquestra Sinfonieta Fortíssima.
Em 2006 recebeu outra indicação ao Prêmio Shell pelo espetáculo Quando Nietzche Chorou de Ulisses Cohn.
Também atuou na segunda montagem de O Mistério de Irma Vap, ao lado de Marcelo Médici, com direção de Marília Pêra; no musical Lampião e Lancelote, com músicas de Zeca Baleiro e direção de Debora Dubois; e no espetáculo O Libertino com direção de Jô Soares.
Em 2013, com o espetáculo Eu Não Dava Praquilo recebeu o Prêmio APCA de Melhor Ator, que teve também indicações de melhor texto e melhor espetáculo. E foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator.
Na TV fez parte do elenco de Trair e Coçar é Só Começar, no Multishow, e de Os Milagres de Jesus, na TV Record, onde começa a gravar a novela Escrava Mãe, em maio.

 

Ricardo Gelli
Formado pelo Teatro Escola Célia Helena. Cursou também Artes Plásticas na Faculdade de Artes Alcântara Machado. No Célia Helena, foi aluno de grandes expoentes do teatro: Alexandre Mate, Gabriel Carmona, Ednaldo Freire, Ruy Cortez, entre outros. Profissionalmente, trabalhou com vários diretores de renome no cenário nacional: Sérgio Ferrara, Mário Bortolotto, Ruy Cortez, Ralph Maizza, Lenerson Polonini, Rui Xavier, Elisa Othake e Kléber Montanheiro.
Entre as mais de 15 peças em que atuou, destacam-se: “Rosa de Vidro”, de João Fábio Cabral, direção de Ruy Cortez; “Heiner Müller em Repertório” e “DrFaustus Liga a Luz”, de Gertrude Stein, direção de Lenerson Polonini; “Caminos Invisibles…La partida”, texto e direção de Carina Casucelli; “Os Inadequados”, de Leandro D’Errico, direção de Ralph Maizza; “Leila Baby”, texto e direção de Mário Bortolotto; “A Dama do Mar”, de Henrik Ibsen, direção de Sérgio Ferrara “Crônicas de Cavaleiros e Dragões – O Tesouro dos Nibelungos”, de Paulo Rogério Lopes, sobre obra de Tatiana Belinki, direção de Kléber Montanheiro; “Genet – O Poeta Ladrão”, de Zen Salles, direção de Sérgio Ferrara; “Arquitetura da Dramaturgia – O Imperador”, de Marcos Gomes, direção de Rafael Bicudo; “Karamázov – Os Irmãos/Os Meninos”, dramaturgia de Luis Alberto de Abreu e Calixto de Inhamus, direção de Ruy Cortêz; “Propriedades Condenadas”, de Tennessee Williams, direção de Marco Antônio Pâmio. Também já assinou cenário, adereços e iluminação de alguns espetáculos. No cinema atuou nos longas: “Pólvora Negra” de Kapel Furman e “A Percepção do Medo” de Armando Fonseca e Kapel Furman, e em mais de 10 curtas, com destaque para: “Landau 66”, direção de Fernando Sanches (Pródigo Films); “O Afinador”, de Matheus Parizi e Fernando Camargo; “Boca Fechada”, de Elder Fraga (Fraga Films). Vencedor dos Prêmios R7 Melhores do Teatro 2014 (melhor ator) por “Genet – O Poeta Ladrão”, e Melhor Ator no Festival Art Decó de Cinema por “Boca Fechada”. Indicado ao Prêmio APCA 2014 por “Propriedades Condenadas”.

Fotos de cena: Ale Catan
Fotos:Reprodução do facebook

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