Paulistana radicada no Rio, Angélica Duarte é cantora e compositora. Seu trabalho autoral foi inspirado por essa mudança e pelo olhar ainda forasteiro, tanto sobre a cidade quanto sobre a música popular. Em estúdio finalizando um EP e com um show exclusivo para a obra de Caetano Veloso na estrada, a artista lança uma versão intimista da clássica “Samba e Amor”, de Chico Buarque…
Esse novo momento na carreira de Angélica vem após quase 10 anos de dedicação à música erudita. Formada na Escola Municipal de Música de São Paulo, do Theatro Municipal da capital paulista, ela participou de recitais, óperas e concertos até começar a se envolver em shows na noite paulistana, começando pelo jazz.
Desde então, Angélica fez uma mergulho na música popular. Estudou percussão, integrou um grupo de samba e choro. E isso foi a base pelo interesse pela raiz da música brasileira, que culminou com sua mudança para o Rio, em 2015.
“Morando aqui percebi quanta inspiração tirei desta cidade. E sofri com a transição. Convivendo com músicos e arranjadores excelentes, me inspirei a compor e também a cantar a música popular brasileira, a canção. Durante todo esse processo fui amadurecendo o projeto que tanto acredito, um show dedicado à obra do compositor Caetano Veloso, mas que conta a minha história, a minha paixão pelo Rio, a descoberta do amor, a distância da família e da terra natal”, conta Angélica.
Trazendo suas referências e histórias na voz de canções conhecidas e desconhecidas de Caetano Veloso, ela apresenta o espetáculo “Deixa o Pagode Romântico Soar”, cujo nome veio da música “Quando o galo cantou”. Ao lado dela nesse projeto está um trio de músicos versáteis da cena instrumental carioca: Pedro Franco, que assina os arranjos e assume a guitarra; Gabriel Menezes no baixo e Lourenço Vasconcellos na bateria.
Franco é parceiro musical de longa data de Angélica. No vídeo de “Samba e Amor” são só os dois no Estúdio Lontra, em Santa Teresa, fazendo os versos ecoarem mais fortes em um clima de intimidade.
“‘Samba e Amor’ foi uma das primeiras músicas que tocamos juntos e que senti que o texto representava muito bem o momento em que eu estava vivendo. Bem assim, romântico mesmo. Desde que começamos a parceria, tocamos muito essa e ela se tornou um dos nossos ‘hits’, não poderíamos deixar de gravar essa para apresentar o duo”, conta a cantora.
Além de estar na estrada com dois shows – o autoral e o com as canções de Caetano, Angélica prepara um EP com as versões únicas que ela fez para essa turnê.
Foto: Amandha Levandowski
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