Nos dias 26 e 27 de maio, zona sul de São Paulo, acontece a 19ª edição da MaiFest promovida pela AEMB – Associação dos Empreendedores e Moradores do Brooklin, que desta vez traz como tema “Gemeinsam reisen! (Viajar Juntos) Staatsbürgerschaft (cidadania), experiências migrantes interculturais, com programação cultural das 10h às 22h para crianças, jovens, adultos e terceira idade…
E é nesta festa que os paulistanos terão a oportunidade de ver ao vivo, pela primeira vez em São Paulo, o compositor, instrumentista e cantor, nascido no Cataguases – MG, Renato Barushi.
No próximo sábado, às 15h30, Renato Barushi sobe ao palco da Rua Bernardino de Campos, para apresentar em show intimista, um repertório que explora do groove ao rock, carregado influências da MPB, blues e pop.
No show Renato Barushi, traz um repertório que mistura músicas autorais com grandes clássicos como O Mar Gelou o Deserto (Renato Barushi / Robson Pitchier), Remendos (Renato Barushi), Não Existe Amor em SP (Criolo), Tio Sã (Renato Barushi / Robson Pitchier) com a participação de Angélica Diniz, e Pro dia nascer feliz em homenagem ao Cazuza.
MaiFest
O festival com acesso gratuito contará a história da imigração alemã, em uma amostra da cultura paulista, da América Latina e do mundo. Os pesquisadores, historiadores, educadores, professores, maestros, coordenadores dos grupos de danças, músicos, coralistas, dançarinos, escritores e migrantes serão protagonistas deste evento intercultural em amplas manifestações artísticas de danças, músicas, corais, orquestras, literatura, exposições, MPB, fotografias, gastronomia, artesanatos, rodas de conversa, história e esportes. Será uma viagem pelas ruas do Brooklin, com a valorização do espaço público e da convivência entre as pessoas, respeitando a diversidade cultural.
“Conseguimos iniciar uma importante e ampla caminhada sobre as histórias de imigrantes alemães na cidade de São Sebastião a partir do aventureiro Hans Staden. A cultura local, o turismo, a história e as famílias alemãs serão os grandes homenageadas nas ruas do Brooklin na MaiFest 2018. Este festival que é do bairro do Brooklin conversa, dialoga e cria viagens. Saímos de São Paulo, fomos até Santos, Bertioga, Sebastião, Santa Catarina, Alemanha e acabamos no Memorial da América Latina. O evento será uma grande viagem chamando as pessoas para viajarem juntas. Fechamos um acordo com o Comunicantus USP através do Professor Titular Marco Antonio da Silva Ramos e da Professora Susana Cecilia Igayara que valorizam os corais de várias partes de São Paulo que se apresentam em nossos eventos. Essa é uma nova maneira de produzir e realizar festas de rua, em que a AEMB é referência pela organização e alinhamento histórico da imigração alemã”, explica Luiz Delfino Cardia, Curador Cultural da MaiFest.
Durante os dois dias de festa não faltarão opções de entretenimento e a diversidade gastronômica que é o ponto alto da festa promete conquistar o público. Nos espaços gastronômicos especializados na culinária alemã, os visitantes poderão apreciar diversos pratos típicos maravilhosos. Cortes de carne de porco, pratos com bastante batata e repolho e os tradicionais salsichões e strudel de maçã. Além disso, sendo uma festa multicultural, haverá também ampla oferta de especialidades brasileiras, como o tradicionalíssimo acarajé, entre outras delícias típicas de diversas partes do mundo.
XIX MaiFest
No quadrilátero das Ruas Joaquim Nabuco, Barão do Triunfo, Princesa Isabel e Bernardino de Campos – Brooklin
Sábado, 26 de maio, das 10h às 22h
Domingo, 27 de maio, das 10h às 22h
Entrada gratuita
Renato Barushi
O músico Renato Barushi nasceu em Cataguases, cidade modernista localizada na zona da mata mineira, de uma família enorme, mas sem artistas, exceto por um tio que tocava violão. Cresceu em um ambiente onde suas aptidões artísticas foram estimuladas. Ganhou seu primeiro violão aos 11 anos, época em que iniciou sua formação musical estudando no Conservatório de música de sua cidade (Escola de Música Lila Carneiro Gonçalves). Nessa época, a MPB e o rock nacional já era uma grande referência.
Com a certeza que a música seria seu caminho profissional, aos 17 anos foi para Belo Horizonte, trazendo na mala suas primeiras composições. Aperfeiçoou sua formação vocal e, sob influência do rock’n’roll, em 2000, integrou a banda ”Machinari” como vocalista, instrumentista e compositor. A carreira na capital mineira teve início com a união de seu trabalho ao de experientes artistas. A banda se dissolveu em abril de 2004.
Em seu primeiro álbum solo, “Renato & O Mercado” (2012), colocou na prateleira Dela, Onde Quero Chegar, Filme Em Cartaz, Minha Musa, Sem Reparo, O Mar Gelou O Deserto, Malandragem, Meu Lugar e The End, nove faixas com distintas referências e tendências, que, transitam abertamente pelas harmonias da MPB, pegadas do rock e groove da música negra. Produtos que apresentaram um cantor/compositor com um acorde em cada estilo, esse resultado é por ele rotulado como ”Música Livre Brasileira”.
O nome “Renato & O Mercado” faz uma alusão às muitas vertentes que influenciaram no trabalho do músico. Assim como num mercado, onde cada sessão e cada prateleira expõem produtos e marcas diferentes, um álbum livre de rótulos e agregam ‘produtos’ dos mais variados ramos. Para trabalhar nesse Mercado foram adicionados ingredientes como; Robson Pitchier, que compôs junto com Renato, seis das nove canções do álbum. Paulo Maitá foi o produtor musical e baixista, também responsável pelas mixagens. Os teclados de Daniel Diniz. As guitarras são de Edgar Sozzi, Marcílio Rosa Luiz Peixoto (Luizinho). O violão de Marcelo Sylvah. A percussão de Boca Brown. O backing vocal de Nequinho. E a participação especial é do rapper Lil’Dawg, na faixa “Filme em Cartaz”. A masterização de Ricardo Garcia.
Este projeto representou uma fase experimental e produtiva, a concretização de um desejo antigo, e agraciado por ser pré-selecionado no “23º Prêmio da Música Brasileira”, ao lado de nomes como Gilberto Gil, Frejat, Tulipa Ruiz, Tom Zé, dentre outros. Três meses após lançar “Renato & O Mercado”, retornou para sua cidade natal, onde produziu e lançou seu primeiro clipe, “Sem Reparo”, em 2013, produzido pela produtora RED7, no ano seguinte uma animação, “O Mar Gelou O Deserto”, produzido pela designer brasiliense, Lívia Holanda. Ainda em 2014, Renato dividiu palco com Marcelo Jeneci, em Minas Gerais, abrindo a noite no projeto “Usina Cultural”, em praça pública para cerca de 5.000 pessoas, um show 100% autoral e super bem acolhido pelo o público e crítica, onde afirmou: “santo de casa também faz milagre”.
Agora, o músico Renato Barushi lança seu segundo álbum, “Remendos”, que é o nome da primeira faixa do disco. A canção também refere a um pedaço de si entregue por cada artista que o ajuda a construir sua identidade.
Robson Pitchier é seu grande parceiro de composição e, junto com Renato, assina oito, das dez canções do novo disco. Com uma proposta e sonoridade que todos procuravam, Barushi convidou a nova formação “Maitá” para as gravações de “Remendos”. A banda é composta por Paulo Maitá, baixo e produção musical; Flávio Monterrey, bateria; Magal, guitarra e violão de aço; Daniel Diniz, teclado. O disco também conta com as participações do guitarrista argentino Daniel Squillace Sanmartin, nas faixas “Remendos” e “Sem Vergonha”. E a intérprete paulista Angélica Diniz, na canção “Tio Sã”. A masterização foi realizada por Roberto Lima, em Belo Horizonte.
Fotos: Igor Fernandes / Divulgação
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