A partir do dia 20 de setembro, quinta-feira, 21 horas, o Teatro Alfa apresenta a quarta atração da 15ª Temporada de Dança. A Cia de Dança Deborah Colker estreia uma nova versão do espetáculo Nó, criado em 2005 pela coreógrafa carioca…
Enquanto seu mais recente espetáculo, Cão sem Plumas (2017), viaja pelo Brasil e pelo mundo, Deborah Colker, cuja companhia conta com o patrocínio da Petrobras desde 1995, revisita uma coreografia lançada em 2005, na Alemanha, e que não remontava desde 2012. Nó é um marco na trajetória de Deborah. Foi quando ela “virou a esquina”, como diz. Interrompeu sua premiada investigação sobre movimento e espaço – que resultou em Velox (1995), Rota (1997) e Casa (1999) e 4 por 4 (2002) – para mergulhar naquilo que vê como “a tragédia e a complexidade dos impulsos humanos”. O tema de Nó é o desejo.
“Cão sem Plumas me dilacerou, me esvaziou. Senti a necessidade de voltar ao Nó, rever o lugar onde minhas perguntas e angústias começaram a mudar. Eu tinha certeza de que não havia feito tudo o que precisava com Nó”, explica. A coreografia de Cão sem Plumas, baseada em poema de João Cabral de Melo Neto e executada por bailarinos cobertos de lama, valeu a Deborah o prêmio Benois de laDanse, tido como o Oscar da dança.
Nó volta completamente transformado. Há mudanças cenográficas, a trilha sonora ganha mais temas compostos por Berna Ceppas, e a música Carne e Osso, da banda Picassos Falsos. As modificações que Deborah realizou na coreografia são frutos de seu amadurecimento nos últimos 13 anos. “O corpo é o lugar do desejo. E o corpo erotiza quando dança. Nó tem essa liberdade, mas só agora, 13 anos depois da estreia, é que me sinto mais segura para tratar disso”, diz.
O primeiro ato começa com uma árvore no centro do palco. São 120 cordas, representando laços afetivos. Os bailarinos as soltam aos poucos, até que se assemelhem a uma floresta. Eles se valem de técnicas como a bondage (uso de cordas para controle da dor e do prazer).
“No primeiro duo, o homem amarra a mulher por escolha dela. Dominação e submissão estão presentes na consciência plena de ambos. Não há liberdade sem dor, não há prazer sem consciência”, afirma Deborah.
No segundo ato, a companhia dança dentro e em torno de uma grande caixa transparente criada por Gringo Cardia, diretor de cenografia. Se as cordas apontam para a natureza, a caixa evoca o mundo urbano. “O desejo e os enigmas começam no corpo e saltam para fora da forma que conseguem”, diz Deborah.
Na trilha sonora da primeira parte, além de criações de Berna Ceppas, há trechos de Ravel e Alice Coltrane. Na segunda estão preciosidades como MyOneandOnly Love, com Chet Baker;; e Preciso Aprender a Ser Só, de Marcos Valle e Paulo Sergio Valle, na voz de Elizeth Cardoso.
Os figurinos, que transmitem erotismo e também delicadeza, são do estilista Alexandre Herchcovitch. A iluminação é de Jorginho de Carvalho, parceiro de longa data de Deborah. A direção de produção é de João Elias, fundador da companhia.
Ficha Técnica
Criação, Coreografia e Direção: Deborah Colker
Direção Executiva: João Elias
Direção de Arte e Cenografia: Gringo Cardia
Direção Musical: Berna Ceppas
Iluminação: Jorginho de Carvalho
Figurinos: Alexandre Herchcovitch
Fotografia: Flavio Colker
Cia de Dança Deborah Colker – Nó
Teatro Alfa
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722
Tel.: 5693-4000
Capacidade: 1.110 lugares
De 20 a 23 de setembro e de 26 a 30 de setembro
Quarta e quinta-feira, às 21h
Sexta-feira, às 21h30
Sábado, às 20h
Domingo, às 18h
Duração: 1h35, com intervalo
Classificação: Livre
Ingressos:
Plateia superior – R$ 75,00 (inteira) e R$ 37,50 (meia)
Plateia – R$ 180,00 (inteira) e R$ 90,00 (meia)
Vendas: Ingresso Rápido ou pelos telefones: 11 5693-4000 | 0300 789-3377
Descontos: – Cartão Petrobras e Força de Trabalho: 50% na compra de até 2 ingressos por apresentação. Desconto não cumulativo
Acessibilidade – motora e visual
Estacionamento: Sala A. Vallet R$ 45,00 Self Park R$ 31,00
Foto: Flávio Colker
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