De 21 de março a 13 de abril de 2019 acontece em São Paulo a 3ª edição do Dança nas Bordas, mostra de dança que reúne artistas que produzem dança nas periferias da capital paulista…
A programação é gratuita e reúne workshops, exibição de vídeos, rodas de conversa, espetáculos de dança, oficinas e intervenções de diversos grupos e companhias. Organizado pela Cia. Diversidança, o evento acontece no Espaço Cultural CITA, que fica na Rua Aroldo de Azevedo, 20, Jardim Bom Refúgio. A Mostra tem apoio do PROAC Festival de Artes II da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.
O Dança nas Bordas surge com a necessidade de fomentar a produção de dança da zona sul, além de convidados e artistas de outras periferias e municípios do Estado. O evento notabiliza-se por informar o público sobre as diferentes manifestações que a dança pode agregar exibindo uma programação eclética e recheada de diferentes formas de criar e pensar a dança, que, desta forma, comprova toda a diversidade e pluralidade que a produção periférica é capaz de realizar. Além dos espetáculos gratuitos, o Dança nas Bordas pode ser uma ferramenta de informação para profissionais e interessados em dança, pois traz desde assuntos como criação de trilha sonora para espetáculos a discussões sobre o que é ser artista, ou mesmo oficinas de dança e baile de dança de salão.
“O evento evidencia o que a periferia tem de melhor: artistas das danças urbanas, clássicas, contemporâneas, populares e de salão, que fomentam, produzem, articulam a linguagem nas bordas da cidade, por meio de apresentações, vivências, exibições e diálogos para toda a população, potencializando o legado da dança periférica em São Paulo”, explica Rodrigo Cândido, diretor geral, artístico, interprete-pesquisador da Cia Diversidança e idealizador do projeto.
Ficha Técnica
Idealizador, Programador e Produção Geral: Rodrigo Cândido
Assistente de Produção: Simone Gonçalves
Designer e Arte Gráfica: Aggelos Finikas
Mídias e Redes Sociais: Rodrigo Cândido
Assistente de Exposição: Valéria Ribeiro
Recepção: Bárbara Santos e Jeniffer Mendes
Camarins: Roger Silper e Rivaldo Ferreira
Técnico de Som: Alessandro Saldanha
Técnicos de Luz: Felipe Santana e Felipe Tchasa
Fotografia, Filmagem e Edição de Vídeo: Ake Filmes
Assessoria de Imprensa: 7 Fronteiras Comunicação
Apoio: Coletivo Guiné, Espaço Cultural CITA
Realização: Cia Diversidança, Cooperativa Paulista de Dança, Programa de Ação Cultural – PROAC Editais, Secretaria de Cultura e Economia Criativa e Governo do Estado de São Paulo.
Dança nas Bordas – 3ª Edição
Espaço Cultural CITA
Rua Aroldo de Azevedo, 20 – Jardim Bom Refugio
Praça João Tadeu Priolli (Praça do Campo Limpo)
Rua Dr. Joviano Pachêco de Aguirre, 30 – Jardim Bom Refugio
(100m do Terminal de Ônibus Campo Limpo e da Estação Campo Limpo da Linha 5 – Lilás da Via Mobilidade)
De 21 de março a 13 de abril de 2019
Entrada: Gratuita
Programação Dança nas Bordas
Quinta-feira, 21 de março
Especial Coletivo Olhares de Guiné e Cia Diversidança
17h – Workshop de criação de trilha sonora com Aghata Saan / 15 anos
18h – Workshop de técnicas básicas de câmera conceitualizando a produção de videodança com Ana Guerra e Bárbara Santos / 15 anos
19h – Roda de conversa “Ser artista e a produção de arte na periferia” com Camila Odara, Potira Marinho e Rodrigo Cândido / Livre
20h – Exibição dos vídeos do espetáculo “AFÔ, do Coletivo Olhares de Guiné: com Camila Odara, Felipe Santana, Guilherme Freitas, Júlia Lima, Potira Marinho, Rivaldo Ferreira, Victor Almeida. A exibição de vídeo será acompanhada de uma roda de conversa
Sala Cênica – Espaço Cultural CITA
20h40 – Abertura da exposição “Cia Diversidança, fragmentos de uma década” e discotecagem com Aghata Saan
Visitação de 22 de março a 13 de abril das 14h às 21h / Livre
Sexta-feira, 22 de março
Sala Cênica – Espaço Cultural CITA
18h – “A Flor da Lua” solo de Marcus Moreno / Livre – O ponto de partida deste espetáculo é a passagem do tempo. Inspirado na obra da artista e ilustradora botânica Margaret Mee, o artista constrói os movimentos que compõe o espetáculo.
19h30 – Espetáculo “Sob os pés”, solo de Felipe Santana. O espetáculo é seguido da Roda de Conversa “Trajetória da profissionalização do artista da dança na zona sul” com Daniele Santos, Erico Santos, Felipe Santana e Mariane Oliveira com mediação de Rodrigo Cândido / Livre
Sábado, 23 de março
Sala Cênica – Espaço Cultural CITA
16h30 – “Dançando por alguns cantos…” intervenção com Cia Diversidança / Livre
A intervenção “Dançando por alguns cantos…” busca trazer á tona questões pertinentes aos processos artísticos dos artistas da dança. A obra traz questões reflexivas sobre a produção de dança, que atualmente pulsa na cidade de São Paulo, tensionado a relação arte/trabalho, artista/trabalhador
Praça João Tadeu Priolli
18h – “ContraNarciso” espetáculo com Coletivo Limiar / 14 anos. O espetáculo propõe um corpo que é, em si, uma coletividade, um embate como entidade individual, para compreender cada indivíduo como criador e criação dos contextos em que se inserem, em conflito com o espaço, os outros e os objetos.
19h30 – Exibição de vídeo dança “Vídeo Ensaio II” com Raffab Ajá e “Por alguns cantos” com Leandro Caproni / Livre
Domingo, 24 de março
Sala Cênica – Espaço Cultural CITA
16h – “EntreTamboreS” com Grupo Batakerê / Livre
A intervenção é baseada nos blocos afros que usaram as ruas para tornarem visíveis
As belezas negras periféricas, expressando seus sentimentos através da musica e da dança. EntreTamboreS são corpos que impulsionados pelas ondas sonoras que repercutem do ecoar dos tambores, dançam, improvisam com os sons.
Praça João Tadeu Priolli
18h – Oficina de dança moderna com Marcelino Dutra / 16 anos
20h – “Vênus Negra – Um manual de como engolir o mundo” espetáculo com Zona Agbara / 12 anos. Espetáculo de dança que utiliza como uma de suas inspirações a história de Saartjie, a Vênus Negra, mulher negra que há dois séculos foi exibida em uma jaula na Europa por ter proporções avantajadas
Sexta-feira, 29 de março
Sala Cênica – Espaço Cultural CITA
17h30 – Oficina de Stiletto com Douglas Honorato / 16 anos. A modalidade é um estilo de dança que tem como base o universo feminino, unindo três características indispensáveis: a sensualidade, a elegância e, claro, o salto alto – do tipo agulha, preferencialmente. Stiletto compreende movimentos dos braços e das pernas e se inspira em ritmos como hip hop, jazz e vogue entre alguns ritmos a mais, sendo o último uma maneira de dançar criada pela comunidade LGBT nos Estados Unidos e popularizada na década de 1980 como uma mistura entre o clássico e o urbano.
19h30 – “Renascence – A (RE) Descoberta do EU corpo” espetáculo com Transense Cia de Dança / Livre
No palco enxergam-se diferentes corpos, de diferentes idades e diferentes possibilidades: numa atmosfera por vezes leve, vezes densa, esses corpos se encaixam e se comunicam na turbulência mais tranquila e cativante já vista.
21h – Roda de conversa e batalha All Style com participação do DJ Rodstyle: “O impacto das danças urbanas na juventude” com Camila Odara, Choks Oliver, Guilherme Freitas e Mi Spinelli com mediação de Rodrigo Cândido / Livre
Sábado, 30 de março
Sala Cênica – Espaço Cultural CITA
18h – “Depoimentos para fissurar a pele” solo de Djalma Moura (Coletivo Desvelo) / Livre – Iansã é o Orixá que dá corpo para esse trabalho. Inserida diretamente nas coreografias, os movimentos de palco concentram-se em seus arquétipos e analogias em relação á natureza – sejam elas dentro do aspecto animal ou de tempo – como os ventos, as tempestades, os raios, o búfalo.
19h30 – Exibição de vídeo dança “Reminiscência” com Danielle Rodrigues & Rafael Berezinski e “Partida” com Rafi Sousa / Livre
21h30 – “Igbáewe”, espetáculo da companhia Novo Corpo Cia de Dança / Livre –
Tem como investigação corporal para a dança o conhecimento dos orixás Iansã (os caminhos que os ventos de Iansã o levam) e Ossãe (os segredos das folhas e mistério da cabaça podem trazer), trazendo o poder da palavra IGBÁEWE que têm como significado etmonológico igbá – cabaça e ewe – folhas oriundos da cultura africana, dialeto em ioruba que agrupadas dão nome ao espetáculo.
Domingo, 31 de março
Sala Cênica – Espaço Cultural CITA
17h30 – “Rosas Danst Rosas” intervenção com Dentre Nós Cia de Dança / Livre
O espetáculo Rosas Danst Rosas é construído a partir de sequência de movimentos simples e repetitivos. Ao longo do espetáculo, o espaço constrói-se juntamente com a movimentação dos bailarinos pelo espaço cênico.
Praça João Tadeu Priolli
18h – Oficina de hip hop com Jaay Silva (João Paulo Silva) / 16 anos
20h – “Tranças de Teresa” espetáculo com Cia da Vila / Livre. Inspirado na obra do artista plástico Tunga, o espetáculo mostra as intersecções e relações contraditórias do amor e obras do artista.
Sexta-feira, 05 de abril
Sala Cênica – Espaço Cultural CITA
18h – “Iwosan” solo de Débora Marçal / 12 anos
Um corpo feminino, negro, periférico, ao nascer numa sociedade eminentemente machista, racista, heteronormativa, elitista e branca que não abre mão dos seus lugares de privilégios, tem por consequência o constante desafio da construção de identidade. Iwosan (cura em ioruba) transita pelas nuances deste conflito.
19h30 – Roda de Conversa e Baile de dança de salão com Deejay Juninho JJ e apresentações de Daiy Silva & Kleber Cirqueira, Denise Capelo & Leonardo Cordeiro, Jéssica Lima & Lucas Blaide e Juliana Freire & Ronaldo Mota: “As danças de salão, suas silhuetas e alternativas” com Jéssica Lima, Leonardo Cordeiro, Kleber Cirqueira e Ronaldo Mota com mediação de Rodrigo Cândido / Livre
Domingo, 07 de abril
Sala Cênica – Espaço Cultural CITA
17h – Oficina de dança contemporânea com Rivaldo Ferreira / 16 anos
19h – “Ô Saudade…” espetáculo com Rumos Cia Experimental / Livre – “Ô Saudade…” traz em seu enredo a migração nordestina; evidencia a figura do nordestino, que abandona sua terra para buscar novos caminhos e possibilidades, a despedida apaziguada pela esperança e o sentimento de saudade causado pelo distanciamento.
Sexta-feira, 12 de abril
Sala Cênica – Espaço Cultural CITA
18h30 – Roda de Conversa com apresentação do grand paux de deux “Dom Quixote”, com Larissa Paola e William Santos do Studio Diane Sousa: “A periferia e a dança clássica – situações e conjunturas”: Carol Almeida, Diane Sousa, Renatha Dornelas e Tábata Alves / Livre
20h30 – “Sangue” solo de Flip Couto / 14 anos
Discutindo a construção de um corpo negro, homoafetivo e positivo o trabalho cria um ambiente relacional de trocas tendo como ponto de partida os Bailes Black dos anos 70, festas de bairros, reuniões de famílias e as diversas relações afetivas presentes no dinâmico cotidiano das cidades. O auto depoimento é disparador de sensações, sonoridades, gestos, imagens e ritmos.
Sábado, 13 de abril
16h – “BANDO!” intervenção com Coletivo Desvelo / Livre
“BANDO!” propõe uma invenção nas relações entre mundos e nichos distintos. Como construir um bando em que cada integrante decide juntos seguir uma travessia, porém lindando com suas particularidades? Quantas cabeças são necessárias para que o bando surja potente?
Praça João Tadeu Priolli
17h – “Filhxs –da— Pº##@! – T O D A – Quando me mataram de vez” espetáculo com Coletivo Calcâneos / 12 anos
Sala Cênica – Espaço Cultural CITA
18h30 – Cortejo com Bloco Afro É di Santo / Livre
Bloco Afro É Di Santo constitui-se como grupo de musicalidade afro percussiva que celebra as tradições negras com os tambores, as danças, os cantos, a religiosidade e ancestralidade negra.
Quintal – Espaço Cultural CITA
19h30 às 23h – Festa “PiriGOZA” da Cia Diversidança com DJ’s Bárbara Santos e Felipe Santana / 18 anos
Sala Cênica – Espaço Cultural CITA
Foto “Tranças de Teresa”: Divulgação
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