Até 12 de maio, a Adelina Instituto recebe para análise portfólios de artistas que nasceram e/ou residem na América Latina e estejam interessados em participar de sua residência artística. A Residência Adelina irá contemplar quatro artistas, sendo dois brasileiros, e acontecerá no segundo semestre desse ano, em duas etapas (com um nome brasileiro e um latino por vez)…

 

 

 

A seleção dos artistas será realizada por um júri liderado por Julia Lima, que assina a curadoria da segunda edição do projeto. Ela terá na equipe três jurados: Lívia Aquino, Roberta Tassinari e Felippe Moraes.

Os artistas selecionados, terão hospedagem, ajuda de custo e verba de produção para a realização do projeto de pesquisa inscritos.Também contarão com programas públicos realizado pela Adelina Instituto, assim como momentos de ateliê aberto, para exibição de seus processos e obras.

“A ideia da Residência Adelina é reunir artistas de diferentes atuações em campos distintos da arte contemporânea e estar completamente em linha com a proposta da Adelina, de buscar um diálogo artístico com a América Latina. No cenário cultural nacional atual, ter um programa como esse em que se permite uma troca intensiva não só com público, como com outros artistas e agentes do segmento, além de um espaço para produção, é uma oportunidade única”, explica Julia Lima

Na primeira edição, o programa conseguiu trazer artistas brasileiros fora do eixo Rio-São Paulo, com o mineiro Efe Godoy e a gaúcha Élle de Bernardini. Somaram-se a eles Abigail Reyes, de El Salvador, e Natalia Forcada, da Argentina. “É claro que iremos avaliar primeiro a qualidade da pesquisa e propostas dos artistas. Mas também queremos dar oportunidade para artistas de localidades que têm mais dificuldade de entrar no principal circuito nacional, abraçando assim a vocação da Residência Adelina de possibilitar maior visibilidade e trocar profundas entre agentes das artes”, afirma Julia.

A convocatória e a ficha de inscrição da Residência Adelina estão disponíveis no site Adelina . As propostas com o portfólio e o projeto de pesquisa deverão ser enviadas até 12 de maio para o seguinte e-mail: residencia@adelina.org.br

 

 

Curador

Julia Lima (São Paulo, 1986). Julia Lima é curadora, pesquisadora e tradutora. Gradou-se pela PUC-SP em Arte: História, Crítica e Curadoria, e participou da Summer School do Courtauld Institute, em Londres. Em 2011, atuou como educadora da Fundação Bienal de São Paulo e, em 2012, como assistente de curadoria e produtora de exposições independentes. Em 2013, ingressou no Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake, onde permaneceu por três anos. Fez parte do júri da 5a. edição do Prêmio EDP para jovens artistas. Hoje atua desenvolvendo projetos curatoriais, ministrando cursos livres de história da arte, produzindo exposições e realizando acompanhamento de jovens artistas. Atualmente é a Editora-chefe da plataforma de difusão de arte contemporânea ARTEQUEACONTECE, através da qual também oferece aulas de história da arte e visitas a museus e exposições, no Brasil e no mundo.

 

Júri

Felippe Moraes (Rio de Janeiro, 1988) é artista, pesquisador e curador independente. Atualmente é doutorando pela Universidade de Coimbra em Portugal e mestre pela University of Northampton no Reino Unido. Suas principais exposições individuais são Solfejo (2019), com curadoria de Julia Lima no Centro Cultural FIESP em São Paulo, Imensurável (2018), com curadoria de Alexandre Sá na Caixa Cultural Fortaleza, Proporción [Proporção] (2018) no Espacio de Arte Contemporáneo (EAC) em Montevidéu, Cosmografia (2017) com curadoria de Julia Lima e Ordem (2014), ambas na Baró Galeria em São Paulo, Progressão (2016) com texto de Michelle Sommer no MAC-Niterói, Os Elementos (2016) curada por Alexandre Sá no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica no Rio de Janeiro, Matter [Matéria] (2012) com texto de Raphael Fonseca na MK Gallery no Reino Unido e Construção (2011) na Temporada de Projetos do Paço das Artes em São Paulo com textos de Fernanda Lopes.

Foi vencedor do prêmio KARA 2017, levando-o a uma residência de um mês na instituição Kooshk, em Teerã no Irã. No mesmo ano ainda esteve na residência In Context, na Cidade de Slanic Moldova na Romênia, onde construiu a obra pública e permanente Monumento a Euclides (2017). Em 2016 foi o primeiro colocado no prêmio ArteMonumento2016 da FUNARTE levando à construção da obra pública permanente Monumento ao Horizonte (2016) no Caminho Niemeyer em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro.

Esteve em importantes mostras coletivas como Flat Image [Imagem Plana] (2017) na Exhibit Gallery em Londres, Bienal de Cerveira (2017) em Portugal, Coisas sem nome (2015) no Instituto Tomie Ohtake, Escala Humana no EAC em Montevidéu e Trienal Frestas (2014) em Sorocaba, São Paulo. Em 2014 foi um dos finalistas do Prêmio EDP nas Artes no Instituto Tomie Ohtake. Está em importantes coleções como do Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Centro Cultural São Paulo.

 

Lívia Aquino (Fortaleza – CE, Brasil, 1971) – É pesquisadora do campo das artes visuais, professora e artista. Doutora em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente é coordenadora da Pós-graduação em Fotografia: Práticas Poéticas e Culturais e professora da Pós-graduação em Práticas Artísticas Contemporâneas da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). Participou de exposições na Pinacoteca de São Paulo, no Centro Cultural São Paulo, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, no Instituto Tomie Ohtake, na Fundação Joaquim Nabuco, no Museu de Arte de Ribeirão Preto, no Sesc São Carlos. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.

 

Roberta Tassinari é artista, natural de Florianópolis, onde concluiu o mestrado em artes visuais em 2012. No ano seguinte fez residência em Nova Iorque, na School of Visual Arts. Em 2016 veio para São Paulo para a residência da FAAP e acabou se mudando para capital paulista. Sua pesquisa se volta para a investigação da superfície, seja através de um raciocínio pictórico ou através de trabalhos tridimensionais, utilizando materiais que tanto podem ser do universo da tradição da arte quanto da indústria ou do cotidiano. Atualmente coordena grupos de estudos onde recebe convidados do circuito de arte, realiza visita a ateliês, visita guiada a exposições e a coleção particular. Entre as atividades dos grupos estão: elaboração de projetos para editais em artes visuais – salões de arte, exposições e residências – organização de currículo e portfólio, construção de site de artista, orientação da prática artística, entre outros. Recentemente participou como colaboradora da Casero Residência|Ocupação Rarefeita, no parque nacional do Itatiaia, no Rio de janeiro.

 

A Adelina Instituto
Em abril de 2017, o empresário Fabio Luchetti criou o projeto Adelina, no Bairro Perdizes. Com ampla atuação no circuito de arte e educação contemporâneas, o projeto promove a difusão, produção e compartilhamento de conhecimento, por meio de encontros, debates, oficinas, publicações, além de cursos interdisciplinares, exposições de artistas contemporâneos e ações extramuros. O objetivo do projeto é firmar-se como um espaço para a concepção, formação e difusão da arte. Em suas muitas ações, a ideia é atingir os mais diversos perfis, favorecendo os intercâmbios entre artistas, curadores e amantes da arte. Desde a sua fundação, a Adelina pretende aproximar a arte e educação, participando ativamente da formação livre de públicos variados, entre os quais estão professores da rede de ensino público, estudantes, crianças, adolescentes e idosos.
Adelina Instituto
Rua Cardoso de Almeida, 1285 – Perdizes
Tel.: +55 (11) 3868-0050.
Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 10h às 19h;
e, aos sábados, das 10h às 17h.
Estacionamento conveniado: 25% de desconto para visitantes (Rua Caiubi, 308).
E-mail: oi@adelina.org.br

 

Foto: Divulgação