Na Casa Natura Musical, dois eventos que celebram à diversidade acontecem antes e depois da Parada LGBT (23 de junho)…
No dia 21 de junho, o espaço recebe o Pajuball – Baile de Vogue, festa do Coletivo Amem com entrada que terá, como abertura, performance da multiartista Jup do Bairro; uma Ball com doze categorias inspirada nas festas LGBT estadunidenses dos anos 70; e edição inédita da festa Amem.
Já no dia 28 de junho, a Casa recebe uma edição da festa Batekoo, que terá como convidadas especiais as artistas Lei di Dai, Deize Tigrona e Mis Ivy.
Casa Natura Musical
Rua Artur de Azevedo, 2134 – Pinheiros
Tel: (011) 3031-4143
Capacidade: 710 lugares
Duração: 90 minutos
Classificação: 18 anos
Abertura da casa: 21h30
Ingressos sem taxa de conveniência na bilheteria da Casa
Ingressos podem ser pagos com dinheiro, cartões de crédito e débito
Horário da bilheteria: de terça a sábado, das 12h às 20h. Segundas e domingos, quando houver show. Em dias de espetáculo, a bilheteria fecha mais tarde, até uma hora após o início da apresentação.
Venda de ingressos: Casa Natura Musical
Venda para pessoas com deficiência: 4003-6860
Pajuball – Corpos em Performance
Sexta-feira, 21 de junho, às 23h
Ingressos: Gratuito
O Pajuball – Corpos em Performance, acontece no mesmo dia da 2ª Marcha do Orgulho Trans de São Paulo e antecede a 3ª Parada Preta.
Idealizado pelo Coletivo Amem, o evento propõe a união da cultura Ballroom e o dialeto Pajubá, comunicações verbais e corporais criadas pela comunidade LGBTI+. A noite será composta por mesa de debate, competições (Ball) e performance da artista trans Jup do Bairro – O evento ainda celebra 50 anos da revolta de Stonewall, rebelião iniciada pelo movimento trans que deu origem a toda a luta por direitos LGBT no mundo.
As Balls são bailes que surgiram em meados dos anos 60, realizados pela comunidade LGBTI negra e latina de Nova Iorque, dando origem à cultura House Ballroom, que traz em sua essência possibilidades de performances baseada em identidades de gênero, raça e sexualidade. O Pajubá é uma linguagem em códigos criada pela comunidade LGBTI+ como uma forma de resistência e comunicação que utiliza termos de origem nagô e iorubá.
O começo da noite será composto por uma mesa de discussões encabeçada por artistas e performers sobre a cultura Ballroom, trazendo questões presentes nos dias de hoje, como as diferentes identidades de gênero e o protagonismo das travestis, pessoas trans e negras em movimentos políticos e sociais como o Stonewall, muitas vezes referenciados como conquistas apenas da população masculina e branca.
Batekoo SP convida Lei di Dai, Deize Tigrona e Mis Ivy
Sexta-feira, 28 de junho, às 23h
Ingressos:
Pista Lote 1 – R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
Pista Lote 2 – R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)
Pista Lote 3 – R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia)
Pista Lote 4 – R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia)
A Batekoo é uma festa criada e produzida por pessoas negras e tem como tema o cenário de músicas black do Brasil e do mundo. Esse cenário englobaria rap, hip hop, funk carioca, R&B, Trap, Urban, kuduro, reggae e demais estilos musicais relacionados com a cultura negra. A festa pode ser definida como a mistura de uma festa black que acontece nos guetos dos estados unidos com os bailes funks que acontecem nas periferias de cada cidade que a festa é realizada.
Nesta edição, repleta de dancehall, funk e ragga, as convidadas serão as artistas Lei Di Dai, Deize Tigrona e Mis Ivy. A noite promete ser de muito poder feminino, pois Lei Di Dai e Mis Ivy são duas das maiores artistas de dancehall e ragga no Brasil, enquanto Deize Tigrona é uma das pioneiras do funk carioca e, em 2019, completa 20 anos de carreira.
Hoje, a Batekoo acontece em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte e já tiveram edições especiais em Brasília, Goiânia e recôncavo Baiano, além de outras capitais. A Batekoo já deixou de ser uma simples festa para ser um movimento que, desde a sua criação, em 2014, vem empoderando jovens periféricos por todo o Brasil, prezando pela criação de um espaço seguro para todas as minorias da sigla LGBT (principalmente pessoas negras) e tendo repercussão nacional, por meio de matérias feitas pela Folha de S. Paulo, Estadão, Hypeness, L’Homme Officiel; e internacional, por meio do site estadunidense Fusion, que fez uma matéria sobre a Batekoo e o empoderamento da juventude negra no Brasil.
Nas suas edições, não faltam músicas de artistas como MC Linn da Quebrada, Karol Conká, Buraka Som Sistema, Ciara, MC Carol de Niteroi, Kanye West, Criolo, Emicida, Furacão 2000 e remixes seguindo a temática.
Fotos: Divulgação
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