“Cristo Rei – Cristo Redentor”, de José Jorge, ocupa a Sala MAS/Metrô Tiradentes com pinturas que apresentam novos olhares sobre esta figura geométrica, ícone mundial…
O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, exibe “Cristo Rei – Cristo Redentor”, do artista português José Jorge. As 12 pinturas apresentadas, em tinta acrílica e técnica mista sobre madeira, exibem a figura geométrica, ícone mundial, cujo fascínio sempre habitara o inconsciente do artista e o imaginário coletivo da humanidade.
A nova mostra temporária na Sala MAS-Metrô Tiradentes vem com a intenção de que o espectador não permaneça na visão do simbolismo comum da cruz como objeto de dor, mas que resgate seu sentido essencial de vida, felicidade e esperança. “A cruz existe desde o início da história; ela é um símbolo universal e com múltiplos sentidos que estão no inconsciente coletivo da humanidade, é forma geométrica elementar como o triângulo, o quadrado e o círculo. O cristianismo não inventou a cruz, mas é na sua iconografia que a variedade de formas atinge o seu esplendor”, comenta o diretor do MAS-SP, José Carlos Marçal de Barros.
Para expressar aspectos da cruz além do religioso, José Jorge investiga o impacto deste ícone mundial – uma mera figura geométrica composta por duas linhas ou barras perpendiculares -, cujo poder de alusão ao martírio de Jesus a tornou o principal signo do Cristianismo, habitando o inconsciente de uma enorme parte da humanidade. A própria história do Brasil, desde o princípio, é marcada pela presença da cruz, sendo parte do primeiro nome que o país recebeu – Vera Cruz, depois Terra de Santa Cruz.
Antes de virem ao MAS-SP, as obras já foram expostas em Portugal, no Cristo Redentor do Rio de Janeiro/RJ e na Basílica de Aparecida, no Estado de São Paulo. Nos dizeres de José Carlos Marçal de Barros: “Denominada “Cristo Rei – Cristo Redentor”, tem entre seus objetivos evidenciar a ligação estreita entre os dois locais em cada lado do Atlântico e também prestar ao final de sua itinerância uma homenagem da arte Portuguesa ao Brasil, quando será efetivada uma doação de um dos quadros. Tão interessantes são as obras que acreditamos, sinceramente, que os nossos visitantes mais do que bem impressionados mergulharão nas profundezas simbólicas habitadas pela emoção e pela identidade”.
“Cristo Rei – Cristo Redentor”
Artista: José Jorge
Sala MAS/Metrô Tiradentes
Estação Tiradentes do Metrô – São Paulo – SP
Tel.: (11) 3326-5393 – agendamento/educativo para visitas guiadas
Abertura: 15 de junho de 2019, sábado, às 11 horas
Período: 16 de junho a 01 de setembro de 2019
Horários: Terça-feira a domingo, das 9 às 17h
Ingresso: Grátis aos usuários do Metrô
Número de obras: 12
Técnicas: Acrílica e técnica mista sobre madeira
Dimensões: Variadas
José Jorge Pinheiro (Porto, Portugal – 1956)
Começou sua obra e trabalhos de pintura há mais de dezesseis anos, através de um estudo exploratório de materiais, de combinação de cores, de formas e pensamentos. Após a experiência inicial de contato e descoberta desses valores, reuniu um conjunto de pinturas que foram expostas no Centro de Congressos de Lisboa com o lançamento simultâneo de um livro de pintura, prefaciado pelo Historiador e Crítico de Arte, professor José Augusto França, e um testemunho do fotógrafo Mestre António Homem Cardoso, que também fez o seu registo fotográfico. Na sequência dessa exposição, iniciou um outro conjunto de obras num total de 46, que dão origem a outra fase. Já expôs em Portugal, no Rio de Janeiro/RJ e agora no Museu de Arte Sacra de São Paulo. Com o único interesse e motivação de viabilizar exposições e assim dar a conhecer o seu trabalho a um público maior e acolher as suas reações e pareceres, deliberada e conscientemente decidiu, assim, não disponibilizar para venda as suas obras.
O museu
O Museu de Arte Sacra de São Paulo é uma das mais importantes instituições do gênero no país. É fruto de um convênio celebrado entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, em 28 de outubro de 1969, e sua instalação data de 28 de junho de 1970. Desde então, o Museu de Arte Sacra de São Paulo passou a ocupar ala do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz, na avenida Tiradentes, centro da capital paulista. A edificação é um dos mais importantes monumentos da arquitetura colonial paulista, construído em taipa de pilão, raro exemplar remanescente na cidade, última chácara conventual da cidade. Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1943, e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Estado de São Paulo, em 1979. Tem grande parte de seu acervo também tombado pelo IPHAN, desde 1969, cujo inestimável patrimônio compreende relíquias das histórias do Brasil e mundial. O Museu de Arte Sacra de São Paulo detém uma vasta coleção de obras criadas entre os séculos 16 e 20, contando com exemplares raros e significativos. São mais de 18 mil itens no acervo. O museu possui obras de nomes reconhecidos, como Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Antônio Francisco de Lisboa, o “Aleijadinho” e Benedito Calixto de Jesus. Destacam-se também as coleções de presépios, prataria e ourivesaria, lampadários, mobiliário, retábulos, altares, vestimentas, livros litúrgicos e numismática.
Museu De Arte Sacra De São Paulo – MAS/SP
Presidente do Conselho de Administração – José Roberto Marcelino
Diretor Executivo – José Carlos Marçal de Barros
Diretor de Planejamento e Gestão – Luiz Henrique Marcon Neves
Diretora Técnica – Maria Inês Lopes Coutinho
Foto: Divulgação
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