Teatro se integra ao perfil alegre da rua Avanhandava, localizada na região central, com três apresentações diárias, de quinta a sábado, e aos domingos é a vez das crianças…
Um dos passeios atrativos na região central da capital paulista, a rua Avanhandava tem um constante ar de festa, marcada por gastronomia, música e arte. Revitalizada pelo empresário Walter Mancini, a pequena rua dotada de luminárias coloridas, paisagismo e fonte de água, concentra restaurantes como a tradicional trattoria Famiglia Mancini, música instrumental ao vivo, mesas na calçada, galeria e loja de artes, loja vintage e, mais recentemente, um teatro de rua.
Criado por Walter Mancini, o Piccolo Teatro já recebeu centenas de espetáculos de teatro, música, dança, circo, poesia e outras formas de expressão, desde a sua abertura em outubro de 2018. Como diz o nome, é um pequeno teatro, com 3,5m de boca-de-cena e 4m de profundidade. Instalado na fachada da Calligraphia galeria e loja de arte (rua Avanhandava, 40), é o único da cidade com palco aberto para a rua e atrações gratuitas. Basta parar na calçada e assistir as atrações do dia.
De quinta a sábado, são três apresentações diárias, às 19h30, 20h15 e 21h, com duração média de 20 minutos, uma nova forma de apresentar cultura e entretenimento. Aos domingos, com início às 14h30, as atrações são voltadas às crianças. “Pelo nosso palco já passaram e passam tanto diretores e atores que possuem histórico relevante de contribuição às artes como jovens talentos com novas propostas e em busca de visibilidade”, explica o gestor cultural do Piccolo Teatro, Tin Oliveira. “Queremos ampliar o número de parcerias com instituições, escolas de artes e empresas para fomentar a cultura em geral, o trabalho dos artistas e estimular este inusitado encontro entre arte e plateia”, diz Walter Mancini.
Paixão pelo centro e pelas artes
Descendente de imigrantes italianos, Walter Mancini sempre foi apaixonado pelo centro de São Paulo. Em 1980, quando se instalou na rua Avanhandava com seu primeiro restaurante (Famiglia Mancini, inspirado nas tradicionais cantinas italianas), jamais poderia imaginar que ali começava uma inovadora história de sucesso.
Sua proximidade com a classe artística é reconhecida desde o começo. Mancini foi o primeiro a estabelecer relações de parceria com atores e músicos em temporada na cidade ou com grupos em cartaz nos teatros do entorno. Além disso, é marcante na rua o vai e vem de excelentes músicos instrumentistas, que se revezam durante a noite nos restaurantes, todos vizinhos, são eles: Il Ristorante Walter Mancini; Pizzaria Famiglia Mancini, Trattoria Famiglia Mancini, Madreperola e Migalhas. Ao lado destas casas estão também na mesma rua outras paixões de Mancini, a Calligraphia Galeria e Loja de Arte e o Gato Bravo Vintage Shop.
Piccolo Teatro
Rua Avanhandava, 40 – Bela Vista
De quinta a sábado, às 19h30, 20h15 e 21h
Domingos, a partir das 14h30
Duração de cada espetáculo: 20 minutos
Classificação: Livre
Gratuito
Programação
Sexta-feira, 16 de agosto
19h30 – Canções de Amor e Lendas Amazônicas (música)
Carolina Corrêa, com participação da pianista Sin Ae Lee
A soprano Carolina Corrêa apresenta uma seleção de músicas eruditas brasileiras de compositores como Villa-Lobos, Osvaldo Lacerda e Cláudio Santoro. Participação especial da pianista Sin Ae Lee.
20h15 – Amor em 3×4 (música e poemas)
Raimundo José, com participação da pianista Lilu Aguiar
Raimundo José, cantor conhecido pela sua voz e sucessos dos anos 70, interpreta canções de Vinícius de Morais, Pixinguinha e Silvio Caldas, intercalados por sonetos de Shakespeare. Participação especial da pianista Lilu Aguiar.
21h – O Patife (teatro)
Grupo Uéris
Adaptação de texto de Nelson Rodrigues
Direção: Jair Assunção
Até que ponto o ciúme e a obsessão podem transformar uma fantasia em realidade? Cantuária, casado com Luzia, morre de ciúmes de um homem, o Chaves. Ao descobrir que sua esposa toma a mesma lotação que ele, sua obsessão e a criatividade vem à tona. Chaves passa a ser ideia fixa de Cantuária, e também, de Luzia.
Sábado, 17 de agosto
19h30 – Assassinato no Bexiga: Quem matou Arnesto? (teatro)
Ciabatta de Teatro
Texto e Direção: Marcos Lopes
No Bixiga, seis suspeitos são acusados de assassinar o velho Arnesto. Para esclarecer o caso, entram em cena o detetive Adoniran Lee e a testemunha do crime Arleide. Entre músicas de Rita Lee, Adoniran Barbosa e temas inéditos, o caso vai-se esclarecendo, em meio a muitas intrigas e mistérios.
20h15 – As histórias que eu canto (música)
Sara Bentes
Na companhia de apenas um piano, a cantora, atriz e escritora, Sara Bentes, utiliza a música para contar e ressignificar as histórias que vive, bem como as estórias que inventa, num jogo instigante onde fatos e ficção dialogam e quase se confundem.
21h – Palhaçada da Família (circo)
Família Ver’Arte
Um experimento que parte da pesquisa da Família Ver’Arte sobre o palhaço, os malabares, as acrobacias de solo, a investigação do cômico e o circo como linguagem cênica.
Domingo, 18 de agosto, é para as Crianças
14h30 – Clássico Mina e Nina (circo)
Mina e Nina
Mina e Nina procuram crianças e adultos para participarem de seu cortejo e serem envolvidas em muitas brincadeiras. Sua grande mala trará surpresas aos espectadores.
15h – Vamos Todos Cirandar (musical infantil)
Luiz Carlos Bahia e Carla Masumoto
Neste espetáculo, no qual as crianças participam ativamente, os atores fazem um resgate das canções de roda infantis e de lendas do imaginário popular.
Foto: Joel Gonzalez
1 comentário em “Piccolo Teatro inova com Palco Aberto para a rua”Adicione o seu →