O Sesc Jazz chega à sua 2ª edição com uma programação intensa, ao longo de três semanas. Entre os dias 8 e 27 de outubro, o festival possibilitará ao público ter acesso à ampla e diversa produção nacional e internacional do gênero…
As unidades Pompeia, Guarulhos, Santos, Araraquara, Bauru, Jundiaí, Piracicaba, Ribeirão Preto e Sorocaba receberão um total de 81 apresentações de 26 artistas diferentes, de quatro continentes, originários de 12 países: Brasil, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França, Hungria, Inglaterra, Israel, Nigéria, Noruega, Suíça e Tunísia.
Esta diversidade é uma das principais características do festival, que busca reunir músicos de fora dos eixos tradicionais do jazz. O público poderá ter contato com as distintas vertentes da produção atual do jazz, apresentando um conceito expandido, que abrange estilos como R&B, blues, soul music, além de outros normalmente não associados ao gênero, como flamenco, música eletrônica, hip-hop e até o ritmo de origem judaica klezmer.
Segundo Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, “o Sesc Jazz busca linguagens experimentais, referências geográficas periféricas, artistas promissores, mas ainda pouco conhecidos, bem como a obra de musicistas mulheres, muitas vezes excluídas no âmbito das expressões instrumentais”.
Além dos shows, Atividades Formativas com caráter educativo e de difusão da linguagem do jazz somam à programação do festival. São encontros, workshops e palestras, que possibilitarão um contato próximo do público com importantes nomes nacionais e internacionais do universo jazzístico mundial. Estas ações serão realizadas nos locais que receberão os shows, além dos Centros de Música das unidades Consolação e Vila Mariana e do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo.
Miranda complementa, “a programação pretende explorar as mutações, mesclas e cruzamentos possibilitados pela liberdade característica à criação jazzística, tratada também enquanto transmissão de experiências nas atividades formativas contempladas pelo projeto”.
A grade programática, elaborada por comissão curadora formada por técnicos do Sesc São Paulo, equilibra nomes de relevância histórica, com representantes de peso da vanguarda do jazz e artistas em ascensão. O show de abertura, dia 8 de outubro, ficará por conta da emblemática banda estadunidense Sun Ra Arkestra, criada pelo tecladista, filósofo e poeta norte-americano Sun Ra (1914-1993) – um dos principais nomes do jazz experimental e precursor da cultura do afrofuturismo. Atualmente o grupo é liderado pelo saxofonista Marshall Allen, de 95 anos, antigo braço-direito de Sun Ra.
Seguindo a linha dos representantes da história do gênero, o festival traz a lendária The Art Ensemble of Chicago (EUA), com seus 50 anos na estrada; o trompetista Arturo Sandoval (Cuba/EUA), vencedor de dez prêmios Grammy, conferindo ao jazz seu suingue cubano, além do talento de Egberto Gismonti (Brasil), que sobe ao palco com filho Alexandre Gismonti para apresentar experimentações musicais com violão e piano.
Expoentes da vanguarda jazzística estarão representados pelo Women’s Improvising Group, grupo composto exclusivamente por mulheres no final dos anos 70, em Londres, para fazer frente ao line-up só com homens em um festival na cidade. A cantora Maggie Nicols, única remanescente da formação original, convidou mulheres artistas de vários países, inclusive do Brasil, criando um grupo especialmente para as apresentações no Sesc Jazz.
Destaque também na vanguarda do jazz para as apresentações dos saxofonistas norte-americanos John Zorn e Gary Bartz. O primeiro irá mostrar repertório influenciado pelo free jazz e pelo gênero judaico klezmer. Já os shows de Bratz – que também é ufólogo – terá uma sonoridade distinta, com temas fruto de pesquisas sobre questões espaciais e de extraterrenos.
Mulheres – Um aspecto importante destacado pela curadoria do festival é a marcante presença feminina na programação, considerando que a música instrumental e o jazz são ambientes historicamente masculinos. O Sesc Jazz terá cinco band leaders mulheres, donas de trabalhos autorais. São elas as bateristas Terri Lyne Carrington (EUA) e Yissy García (Cuba), a tecladista Luísa Mitre (Brasil), a cantora Yazmin Lacey (Inglaterra) e a flautista María Toro (Espanha), que dividem o protagonismo da cena feminina com o Women’s Improvising Group.
Por fim, vale chamar a atenção no line-up do Sesc Jazz para mais dois pontos. Um deles é a escolha de artistas que tenham em comum o fato de serem, ao mesmo tempo, compositores e instrumentistas, mostrando ao público suas criações. A diversidade nas formações dos grupos também foi um elemento considerado. Há desde as tradicionais big band e piano trio, passando pelo o acordeão na banda do baterista Edu Ribeiro, a gaita de Mauricio Einhorn, o alaúde de Dhafer Youssef (Tunísia) e também duo de violões, com Duo+2, formado pelo Duofel em parceria com Carlos Malta e Robertinho Silva.
Sesc Jazz
8 e 27 de outubro de 2019
Ingressos:
Venda online: Portal do Sesc São Paulo.
Venda presencial: nas bilheterias das unidades do Sesc São Paulo
Limite de 4 ingressos por pessoa.
Legenda de Valores
● Credencial Plena
Trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes.
■ Meia entrada
Aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência e acompanhante, ID Jovem, estudante e servidor da escola pública com comprovante.
*Ingresso válido para os dois shows que acontecem nesta data. Consulte a programação.
Unidades do Sesc São Paulo
Capital e Grande São Paulo
Centro de Pesquisa e Formação
Rua Dr. Plínio Barreto, 285
Tel.:(11) 3254-5600
Sesc Consolação
Rua Dr. Vila Nova, 245
Tel.: (11) 3234-3000
Sesc Guarulhos
Rua Guilherme Lino dos Santos, 1.200
Tel.: (11) 2475-5550
Sesc Pompeia
Rua Clélia, 93
Tel.: (11) 3871-7700
Sesc Vila Mariana
Rua Pelotas, 141
Te.: (11) 5080-3000
Interior
Sesc Araraquara
Rua Castro Alves, 1.315
Tel.: (16) 3301-7500
Sesc Bauru
Avenida Aureliano Cardia, 6-71
Tel.: (14) 3235-1750
Sesc Jundiaí
Avenida Antônio Frederico Ozanan, 6.600
Tel.: (11) 4583-4900
Sesc Piracicaba
Rua Ipiranga, 155
Tel.: (19) 3437-9292
Sesc Ribeirão Preto
Rua Tibiriçá, 50
Tel.: (16) 3977-4477
Sesc Sorocaba
Rua Barão de Piratininga, 555
Tel.: (15) 3332-9933
Litoral
Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136
Tel.: (13) 3278-9800
Programação
Shows
Arturo Sandoval (Estados Unidos e Cuba)
O trompetista Arturo Sandoval, que já ganhou dez prêmios Grammy, apresenta seu jazz com suingue cubano.
O trompetista cubano é um dos responsáveis por adicionar influências latinas ao jazz norte-americano. Isso se deu em parte pela amizade e mentoria do jazzista norte-americano Dizzy Gillespie (1917-1993), para quem prestou homenagem no álbum “Dear Diz: Everyday I Think of You”, lançado em 2012.
Sandoval foi um dos fundadores do grupo Irakere, ao lado de Chucho Valdés, em 1973. A mistura de jazz, rock e das músicas clássica e tradicional cubana impactou o mundo do entretenimento e conquistou público e crítica, que rendeu ao grupo um Grammy na categoria melhor álbum latino em 1980. Oito anos depois, ele deixou o Irakere para formar sua própria banda.
O artista, que começou a carreira aos 12 anos tocando trompete clássico, ganhou dez vezes o prêmio Grammy em diversas categorias e seis vezes o Billboard Music Awards.
O set list dos shows de Arturo sempre muda de acordo com o público e o país por onde se apresenta. No Sesc Jazz, a expectativa é de que Arturo passeie do jazz afro-cubano até o bebop, com seu trompete e também ao piano.
Formação
Arturo Sandoval (trompete), John Belzaguy (baixo), Tiki Pasillas (percussão), Michael Tucker (sax), Johnny Friday (bateria), Maxwell Haymer (piano) e William Brahm (violão e guitarra)
16/10 | qua | 20h30 | Sesc Bauru (Ginásio). 16 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
17/10 | qui | 20h | Sesc Araraquara (Ginásio). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
19/10 | sáb | 21h30 | Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
20/10 | dom | 18h30 | Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
Avishai Cohen Big Vicious (Israel)
Após sucesso de crítica dos álbuns “Into the Silence” e “Cross My Palm with Silver”, trompetista Avishai Cohen traz ao Brasil projeto que mistura jazz e rock.
Avishai Cohen tinha oito anos quando começou a estudar trompete. Aos dez, já tocava numa big band e saía em turnê com a Orquestra Filarmônica Jovem de Israel, sob a batuta de maestros como Zubin Mehta. Mais tarde, foi estudar no Berklee College of Music, em Boston, e em Nova York mergulhou na cena jazzística dos clubes da cidade. Começava uma trajetória que já resultou em nove álbuns, sem falar em parcerias ecléticas, como com seu compatriota Omer Avital (baixista) e a banda de rock norte-americana Red Hot Chili Peppers.
Ao primeiro álbum, de 2003, Cohen deu o nome “The Trumpet Player” [O Trompetista]. Os dois últimos trabalhos saíram pelo selo ECM: “Into the Silence” (2016), álbum do ano pela TSF Jazz e Academie Du Jazz, e “Cross my Palm with Silver” (2017). Houve turnês mundiais de lançamento e críticas elogiosas nos grandes jornais, algumas estabelecendo paralelo com Miles Davis.
A formação para o Sesc Jazz é o Big Vicious, quarteto que compõe um jazz elétrico baseado em riffs de rock e nas melodias de trompete de Cohen.
Formação
Avishai Cohen (trompete), Aviv Cohen (bateria), Uzi Ramirez (guitarra) e Yonatan Albalak (baixo)
17/10 | qui | 21h30 | Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
18/10 | sex | 20h30 |Sesc Ribeirão Preto (Galpão). 16 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
19/10| sáb | 20h | Sesc Araraquara (Ginásio). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 |● R$ 15*
20/10 | dom | 20h30 | Sesc Bauru (Ginásio). 16 anos. R$ 40 |■ R$ 20 |● R$ 12
Dhafer Youssef (Tunísia)
Especializado no oud, o alaúde árabe, Dhafer Youssef faz a conexão do jazz com a música indiana em faixas minimalistas e emocionais
Nascido em uma pequena cidade no litoral da Tunísia, onde o Mar Mediterrâneo toca o Norte da África, Dhafer Youssef foi introduzido ainda criança, pelo avô, à tradição dos muezins – responsáveis nas mesquitas por recitar os chamados à oração. Essa foi sua iniciação no uso da voz como instrumento, e também na música.
A partir daí, o jovem Youssef foi dando saltos cada vez maiores na exploração de seu talento vocal e de suas possibilidades musicais. Mudou-se para a capital, Túnis, para estudar em um conservatório, e depois para Viena, na Áustria, onde criou elos com diferentes culturas sonoras, entre elas a indiana.
Essa trajetória evoluiria para uma carreira internacional, com nove álbuns de estúdios gravados e centenas de apresentações, tocando junto a grandes nomes do jazz. Especialista e referência no uso do oud (também conhecido como alaúde árabe), Youssef apresenta no Sesc Jazz seu mais recente trabalho de estúdio, “Sounds of Mirrors” (2018).
Formação
Dhafer Youssef (voz e oud – alaúde árabe), Isfar Sarabski (piano e eletrônica), Raffaele Casarano (saxofone) e Adriano dos Santos (percussão)
18/10 | sex | 21h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
19/10 | sáb | 20h30 | Sesc Bauru (Ginásio). 16 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
20/10 | dom | 19h | Ribeirão Preto (Teatro Municipal). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
Duo + 2 (Brasil – SP, RJ, AL)
O Duofel se une a Carlos Malta e Robertinho Silva para um show de clássicos brasileiros, como “Cais” e “Upa Neguinho”, à base de jazz e improviso.
O Duofel, formado pelos violonistas Fernando Melo e Luiz Bueno, se uniu aos sopros de Carlos Malta e à percussão de Robertinho Silva para juntos apostarem em releituras originais de composições históricas da música brasileira.
O quarteto formado em 2016 apresenta sonoridades inéditas para clássicos como “Canto de Yemanjá”, de Baden Powell e Vinicius de Moraes, e “Maracangalha”, de Dorival Caymmi. A larga experiência dos músicos, que têm mais de 40 anos de estrada cada um, propicia um misto de liberdade criativa com refinamento musical.
Em agosto de 2018, o Duo + 2 gravou seu disco homônimo pelo Selo Sesc e, desde então, vem viajando por todo o país para mostrar o resultado de seu trabalho, que tem como base o jazz e o improviso.
O álbum, que será tocado na íntegra nos shows do Sesc Jazz, inclui também versões instrumentais de “Upa Neguinho”, de Edu Lobo, “Água de Beber”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e “Cais”, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos.
Formação
Fernando Melo (violão de 12 cordas), Luiz Bueno (violão clássico, efeito OC3, frouxolão, zig zum), Carlos Malta (sax tenor, sax soprano, flauta baixo, piccolo, pífano) e Robertinho Silva (percussão)
24/10 | qui | 20h | Sesc Piracicaba (Ginásio). 16 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
25/10 | sex | 21h30 | Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
Edu Ribeiro Quinteto (Brasil – SC)
O baterista Edu Ribeiro, ganhador de dois prêmios Grammy com o Trio Corrente, apresenta músicas de seu segundo álbum solo, “Na Calada do Dia”.
Edu Ribeiro é autodidata e aprendeu a tocar bateria aos oito anos. Cursou música popular na Unicamp e fundou nesse período o Trio Água, ao lado do violonista Chico Saraiva e do baixista José Nigro. Já acompanhou diversos artistas brasileiros, como Dominguinhos, João Bosco e Zélia Duncan, e estrangeiros, como Brad Mehldau e Stacey Kent.
Em 2002, formou com o pianista Fabio Torres e o baixista Paulo Paulelli o Trio Corrente, que toca clássicos do choro e da MPB, além de composições próprias. Com o grupo, Edu foi premiado duas vezes com o Grammy pelo álbum “Song for Maura” (2012), gravado com o saxofonista cubano Paquito D’Rivera. O trabalho é uma homenagem à mãe de Paquito.
No Sesc Jazz, o baterista mostra as músicas de seu segundo álbum solo, “Na Calada do Dia”, lançado em 2017, como “Maracatim”, um maracatu cantável, nas palavras dele, cuja composição teve início como um canto e só depois foi combinada com os instrumentos.
Formação
Edu Ribeiro (bateria), Daniel D’Alcantara (trompete),Guilherme Ribeiro (acordeão), Bruno Migotto (contrabaixo) e Fernando Correa (guitarra)
16/10 | qua | 21h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
18/10 | sex | 20h | Sesc Araraquara (Ginásio). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
26/10 | sáb | 20h | Sesc Santos (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
Em Família: Egberto e Alexandre Gismonti (Brasil – RJ)
Egberto Gismonti sobe ao palco com o filho Alexandre Gismonti para apresentar décadas de experimentações musicais com violão e piano.
Egberto Gismonti foi um músico precoce. Começou a tocar piano aos cinco anos. Durante a infância e adolescência, estudou no Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro. Aos 21 anos, lançou o primeiro disco, “Egberto Gismonti” (1969).
Desde então, mergulhou em experiências com música eletrônica, jazz e em sonoridades tradicionais dos povos nativos brasileiros. Foram décadas de pesquisa no violão e no piano, que originou 60 álbuns de estúdio, dezenas de trilhas para cinema e peças para orquestras. Tornou-se um dos grandes compositores e multi-instrumentistas do país.
No Sesc Jazz, o músico de 71 anos se apresenta ao lado do filho Alexandre, de 38. Formado em música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Alexandre é violonista, arranjador, compositor e autor dos álbuns “Saudações” (2009, em parceria com o pai) e “Baião de Domingo” (2010).
A apresentação familiar terá duos de violão e piano, duos de violões e solos de cada um dos artistas. No repertório, faixas de diferentes fases da carreira de Egberto, como “Mestiço e Caboclo”, do álbum “Zigzag” (1996), e “Dança das Cabeças”, de “Corações Futuristas” (1976).
Formação
Egberto Gismonti (piano e violão) e Alexandre Gismonti (violão)
11/10 | sex | 20h | Sesc Guarulhos (Teatro).12 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
12/10 | sab | 21h | Sesc Pompeia (Teatro).12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
13/10 | dom | 18h | Sesc Pompeia (Teatro).12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
Gard Nilssen’s Acoustic Unity (Noruega)
Baterista e compositor Gard Nilssen traz ao Brasil o som experimental do seu último disco com o trio Acoustic Unity, “To Whom Who Buys a Record”.
Acoustic Unity é o projeto mais recente do baterista e compositor norueguês Gard Nilssen, que tem 36 anos e já gravou 18 álbuns.
Nilssen se apresentou ao lado de diversos artistas e bandas, tais como os trios noruegueses Bushman’s Revenge (jazz com rock progressivo) e Puma (jazz experimental). Com o Acoustic Unity, criado em 2014, ele já gravou “Firehouse” (2015), “Live in Europe” (2017) e “To Whom Who Buys a Record” (2019).
Este último trabalho, caracterizado por jazz experimental com traços de rock progressivo, será a base do repertório no Sesc Jazz. O disco, segundo o baterista, foi gravado ao vivo em um quarto em Oslo, capital da Noruega, sem amplificação alguma. “Tenho muito orgulho do resultado”, diz ele.
Nilssen, que já fez quatro shows no Brasil em 2018, promete que o retorno será “com muita energia”. Um dos músicos que o acompanham é o norueguês Andrè Roligheten, que não se contenta com um instrumento só. Ele tem o hábito de tocar dois saxofones ao mesmo tempo, ou clarinete e sax simultaneamente.
Formação
Gard Nilssen (bateria), Petter Eldh (baixo) e Andrè Roligheten (saxofone)
16/10 | qua | 21h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
17/10 | qui | 20h | Sesc Araraquara (Ginásio). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
Gary Bartz (Estados Unidos)
Gary Bartz apresenta frutos de uma carreira de mais de 60 anos dedicados ao saxofone, que inclui pesquisa sobre temas espaciais e extraterrenos.
O saxofonista Gary Bartz tem um pé no jazz e outro nas estrelas. Em seu segundo álbum de estúdio, “Another Earth” (1969), o músico norte-americano já declarava o seu interesse pelos fenômenos celestes – e pela atividade extraterrestre – em faixas como “UFO” e “Lost in the Stars”, peças de uma sonoridade espacial, solene, como trilhas sonoras para uma aventura além da atmosfera do nosso planeta. Bartz afirma ter tido duas experiências de observação de objetos voadores não identificados.
Esses temas são explorados com a habilidade de uma carreira de mais de 60 anos dedicada ao saxofone. Formado no tradicional Conservatório de Música de Juilliard, em Nova York, e membro da Jazz Workshop do consagrado compositor Charles Mingus, entre 1962 e 1964, Bartz tocou ao lado de grandes nomes do jazz como a cantora Abbey Lincoln e o baterista Max Roach. Em 1970, foi contratado por Miles Davis.
Com uma discografia que se espalha por seis décadas, Bartz coleciona peças-chave na história do jazz, entre elas os álbuns que ele gravou com a banda Ntu Troop, como o disco duplo “Harlem Bush Music” (1970-1971), em que o saxofonista voltou a registrar seu interesse por assuntos cósmicos, em faixas como “Celestial Blues” e “The Planets”.
Formação
Gary Bartz (saxofone alto e barítono), James King (contrabaixo), Francisco Mella (bateria) e Berney McCall (piano)
16/10 | qua | 20h30 | Ribeirão Preto (Teatro Municipal). 12 anos R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
18/10 |sex | 20h | Sesc Araraquara (Ginásio). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
19/10 | sáb | 21h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
20/10 | dom | 18h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
John Zorn & New Masada Quartet (Estados Unidos)
Saxofonista John Zorn apresenta nova formação do projeto Masada, com repertório influenciado pelo free jazz e pelo gênero judaico klezmer.
O norte-americano John Zorn nasceu em Nova York numa família judaica, ancestralidade que influencia até hoje seu trabalho. Na infância, já tocava piano, violão e flauta. Na adolescência, tocou baixo numa banda de rock. Dali em diante, dedicou-se ao jazz e ao saxofone, instrumento que começou a estudar aos 16 anos e toca até hoje, aos 66.
O músico trabalhou em centenas de álbuns e construiu um portfólio eclético. Uma de suas bandas, Painkiller (1991 a 2005), tocava jazzcore e era composta pelo baixista Bill Laswell e pelo baterista Mick Harris, oriundo do grupo de death metal Napalm Death. Um dos discos contou com a participação de Mike Patton, do Faith No More, nos vocais.
Já no projeto Masada (1994-2005), cujo nome faz referência a um sítio histórico de Israel, Zorn aplicava arranjos contemporâneos às suas raízes judaicas. O New Masada Quartet, que se apresenta no Sesc Jazz, é uma nova formação para o Masada. Tem influência do free jazz – estilo de origem afro-americano que propõe liberdade total para improvisar – e do klezmer, gênero comumente tocado nas celebrações judaicas.
Formação
John Zorn (saxofone), Julian Lage (guitarra), Jorge Roeder (contrabaixo) e Kenny Wollesen (bateria)
22/10| ter |21h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
23/10 | qua | 21h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
24/10 | qui | 21h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
25/10 |sex |20h | Sesc Santos (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
Jonathan Ferr (Brasil – RJ)
Representante brasileiro do afrofuturismo, pianista Jonathan Ferr ultrapassa fronteiras do jazz com influências eletrônicas e timbres de voz robóticos.
Alinhado ao jazz moderno, o pianista carioca Jonathan Ferr explora as fronteiras do gênero com o broken beat e outros estilos eletrônicos, e faz a ligação da música com política e espiritualidade, seguindo a trilha de músicos norte-americanos como Alice Coltrane, John Coltrane e Sun Ra.
Ferr é um representante brasileiro do afrofuturismo, movimento que mescla tradições africanas com ficção científica e fantasia para rever o passado negro e criar novas narrativas. Sun Ra foi pioneiro dessa vertente, atualmente explorada por artistas contemporâneos, como os também norte-americanos Flying Lotus e Thundercat.
O músico carioca chama de urban jazz o resultado dessas experimentações, que podem incluir, por exemplo, o vocoder, instrumento que faz com que os timbres da voz soem robóticos. O uso desse recurso pode ser conferido na faixa “Luv is the Way”, parceria com Donatinho, que aparece no seu primeiro álbum de estúdio, “Trilogia do Amor”, lançado em 2019.
Formação
Jonathan Ferr (voz, piano), Facundo Estefanell (baixo), Caio Oica (bateria) e Alex Sá (saxofone)
10/10 | qui | 21h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
25/10 | sex | 20h | Sesc Sorocaba (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
26/10 | sáb | 20h | Sesc Piracicaba (Ginásio). 16 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
Kamaal Williams (Inglaterra)
Kamaal Williams, destaque da cena do acid jazz no Reino Unido, apresenta faixas de seu primeiro álbum solo, “The Return”.
Ex-integrante da dupla Yussef Kamaal, celebrada pelo álbum de estreia “Black Focus” (2016), o pianista Kamaal Williams – nome adotado após sua conversão para o islamismo em 2011 – é uma das principais referências da cena contemporânea do jazz no Reino Unido.
Seguindo carreira solo depois de se separar de seu parceiro, o baterista Yussef Dayers, em 2017, Williams cita como referências as bandas de acid jazz inglesas Incognito e Brand New Heavies. O pianista afirma encontrar mais proximidade com essas bandas do que com os grandes nomes do jazz norte-americano, embora fale sobre seu primeiro contato com clássicos de Miles Davis e John Coltrane, por intermédio de seu pai, como um dos momentos musicais mais importantes da sua vida.
Próximo da cena eletrônica inglesa (ele também lança faixas de house music sob o pseudônimo Henry Wu), Kamaal incorpora muitos desses elementos ao próprio trabalho. Um exemplo são os teclados sintetizadores ouvidos nas faixas do álbum “The Return” (2018), seu primeiro disco solo após a separação de Yussef, que dá o tom dos shows no Sesc Jazz.
Formação
Kamaal Williams (teclado), Quinn Mason (saxofone), Rick Leon James (contrabaixo) e Jonathan Tuitt (bateria)
11/10 | sex | 20h | Sesc Jundiaí (Ginásio). 18 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
12/10| sáb |21h30 | Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
13/10| dom | 18h30 | Sesc Pompeia (Comedoria).18 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
Kristóf Bacsó Trio (Hungria)
O saxofonista Kristóf Bacsó, que tempera seu jazz de improviso com ritmos da música folclórica húngara, se apresenta pela primeira vez no Brasil.
Saxofonista e compositor, Kristóf Bacsó é um nome conceituado do jazz húngaro. Estudou na Academia de Música Ferenc Liszt, de Budapeste, no Conservatório de Paris e no Berklee College of Music, em Boston. Tem 25 anos de carreira e produziu vários álbuns para trios, quartetos e big bands, assinando composições e arranjos.
Já lançou quatro trabalhos próprios, sendo o último com a formação Kristóf Bacsó Trio: “Pannon Blue” (2016), que teve participação do guitarrista Lionel Loueke, de Benim. Os shows no Sesc Jazz terão músicas deste trabalho e outras composições recentes.
O músico, que vem ao Brasil pela primeira vez, define seu estilo como uma combinação entre jazz contemporâneo e sonoridades da Europa Central, como a música folclórica húngara. Suas principais referências nos Estados Unidos são John Coltrane, Miles Davis e Wayne Shorter. E na Hungria, os eruditos Béla Bartók, György Ligeti e Zoltán Kodály.
Formação
Kristóf Bacsó (saxofone, efeitos e composição), Árpád Oláh (teclado) e Márton Juhász (bateria)
10/10 | qui | 21h | Sesc Pompeia (Teatro).12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
Lonnie Holley (Estados Unidos)
Experimentação e improviso são a marca de Loonie Holley, que costuma declamar poesia sobre bases instrumentais inusitadas.
Lonnie Holley nasceu no Alabama, Estados Unidos, em 1950, e teve uma infância problemática. Trabalhou desde muito cedo, inclusive catando lixo num cinema. Mas soube canalizar essas experiências difíceis em uma intensa veia criativa, tornando-se um multiartista conceituado.
Na música, Holley é cantor e tecladista. Mas também é escultor, desenhista, fotógrafo e por aí vai. O resultado dessa conjunção de habilidades pode ser visto em álbuns como “Just Before Music” (2012), em que declama sua poesia de cunho político, espiritual e humanístico sobre bases instrumentais inusitadas e experimentais. Em “The End of Film Era”, por exemplo, seus vocais se desenrolam por cima do barulho contínuo de um rolo de filme rodando em um projetor.
Esse tipo de excentricidade é a principal marca do seu trabalho e também aparece durante os shows. As performances de Holley se baseiam no improviso. Suas declamações poéticas se transformam e se adaptam a cada concerto. O álbum mais recente, “MITH” (2018), foi aclamado pela crítica, com resenhas elogiosas tanto em veículos mainstream, como a revista New Yorker, quanto em sites alternativos, como o Pitchfork.
Formação
Lonnie Holley (teclado e voz), Dave Nelson (trombone, sintetizador e estação de loopings) e Marlon Patton (bateria e sintetizador de baixo)
24/10 | qui | 20h | Sesc Piracicaba (Ginásio). 16 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
25/10 | sex | 20h | Sesc Sorocaba (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
26/10 | sáb | 21h30 | Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
27/10 | dom | 18h30 | Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
Luísa Mitre Quinteto (Brasil – MG)
Pianista Luísa Mitre leva ao palco o repertório de “Oferenda”, seu premiado trabalho autoral, que teve todas as canções compostas por mulheres.
O fascínio da pianista e compositora mineira Luísa Mitre tanto pela música erudita quanto pela popular vem da época em que ela estudava na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), quando dedicou seu mestrado à pesquisa sobre a contribuição do piano ao choro.
“Gosto tanto de música erudita quanto de popular e acho que o muro entre as duas está cada dia mais baixo, o que é bom, porque enriquece a experiência musical de todos”, diz a artista, que credita aos pianistas Egberto Gismonti, César Camargo Mariano e Cristóvão Bastos suas principais influências.
O resultado dessa conjunção de estilos poderá ser visto e ouvido no Sesc Jazz. O repertório do show é o disco “Oferenda”, seu primeiro trabalho autoral, lançado em 2018. Todas as canções foram compostas por mulheres, e não é por acaso. Luísa gosta de valorizar as compositoras para aumentar sua representatividade na música instrumental.
“Oferenda” recebeu o Prêmio Marco Antônio Araújo 2019 de melhor disco instrumental autoral de Minas Gerais lançado em 2018. Em 15 anos de premiação, foi a primeira vitória de uma artista mulher.
Formação
Luísa Mitre (piano, arranjos e composições), Natália Mitre (vibrafone), Marcela Nunes (flauta e composição), Camila Rocha (baixo), Paulo Fróis (bateria) e Léa Freire (flauta) – participação no Sesc Pompeia
22/10 | ter | 21h30 | Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
24/10 | qui | 20h | Sesc Santos (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
25/10 | sex | 20h | Sesc Piracicaba (Ginásio). 16 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
Marc Perrenoud Trio (Suíça)
O trio do pianista suíço Marc Perrenoud apresenta em primeira mão composições de seu quinto álbum, ainda sem título.
Há 12 anos, o pianista nascido na Alemanha e radicado na Suiça, Marc Perrenoud conduz esta formação, da qual fazem parte o baixista alemão Marco Müller e o baterista suíço Cyril Regamey. Juntos, já realizaram mais de 300 shows em alguns dos principais festivais e clubes de jazz ao redor do mundo.
O trio tem um repertório eclético: suas influências vão desde o trompetista norte-americano Chet Baker e o pianista canadense Oscar Peterson, passam pelo pianista e compositor russo Igor Stravinsky e o francês Maurice Ravel, e chegam até a banda inglesa de trip hop Massive Attack.
Em suas apresentações, gostam de dar liberdade e desafiar uns aos outros. O resultado disso é uma música instrumental que ganha tônus ao longo dos acordes. “Para nós, cada show é uma ocasião única. Já tocamos muito e ainda nos sentimos como crianças quando chega o momento de subir ao palco. É importante manter esse espírito de criança!”, diz Marc Perrenoud.
Atualmente eles preparam o lançamento de seu quinto álbum e vão apresentar em primeira mão algumas das novas composições no Sesc Jazz.
Formação
Marc Perrenoud (piano), Marco Müller (baixo) e Cyril Regamey (bateria)
22/10 | ter | 21h30 | Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
23/10 | qua | 20h| Sesc Santos (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
24/10 | qui | 20h | Sesc Sorocaba (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
María Toro & Chano Domínguez Quarteto (Espanha)
Em parceria inédita, a flautista María Toro e o pianista Chano Domínguez mostram o jazz flamenco que os une, com influências galega e moura.
A flautista María Toro e o pianista Chano Domínguez nasceram na Espanha e tocam jazz flamenco. Estão na estrada há décadas, mas só foram se conhecer pessoalmente em 2017, quando decidiram experimentar a ideia de se apresentarem juntos.
María é da Galícia, toca flauta desde os 8 anos e tem 20 anos de carreira. Tem as músicas galega e portuguesa como seus pilares. Mais tarde, interessou-se pelo jazz e pelo flamenco e se mudou para Madri. Lá entrou em contato com músicos experientes, como o guitarrista norte-americano Peter Bernstein e o saxofonista e flautista espanhol Jorge Prado. Morou também no Rio de Janeiro por quatro anos e ali lançou seu segundo álbum, “Araras” (2018), depois de se deixar influenciar pelos sons da natureza e das ruas.
Chano é da Andaluzia, tem mais de 40 anos de carreira e combina as matizes do flamenco e as músicas de origem cigana e moura com os improvisos do jazz e do blues afro-americanos. Tem mais de 20 álbuns lançados e já colaborou com diversos artistas, como o guitarrista espanhol Paco de Lucía e o trompetista e compositor norte-americano Wynton Marsalis.
O Sesc Jazz é a primeira oportunidade de ver essa parceria inédita.
Formação
María Toro (flauta), Chano Domínguez (piano), Pablo Arruda (contrabaixo) e Ajurinã Zwarg (bateria)
11/10 | sex | 21h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
12/10 | sáb | 19h | Sesc Jundiaí (Teatro).18 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
13/10 | dom | 18h | Sesc Guarulhos (Teatro).12 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
Maurício Einhorn (Brasil, RJ)
Aos 87 anos, Maurício Einhorn, que já tocou sua gaita com Sarah Vaughan e Nina Simone, apresenta música inédita e diz ter muito trabalho pela frente.
Maurício Einhorn é um dos gaitistas mais importantes do Brasil. Já tocou com Toots Thielemans, um dos melhores do mundo na gaita, e artistas como Sarah Vaughan e Nina Simone. Integrou a cena musical que criou a bossa nova e compôs clássicos como “Batida Diferente” (com Durval Ferreira) e “Alvorada” (com Arnaldo Costa e Lula Freire), que fazem parte do primeiro de seus 12 álbuns solo, “ME” (1979), considerado item de colecionador.
Mesmo com tamanho histórico e contabilizando 87 anos de idade, ele não perde o pique. “Ainda tenho muito trabalho pela frente. A música não para nunca.” Mauricio conta que já compôs “quase mil músicas com diversos parceiros” e apenas algumas dezenas foram gravadas. Por isso, está garimpando seu acervo em busca de novidades. “Revirei o baú e achei músicas que a meu ver não podem ficar mais nas gavetas.”
Uma dessas inéditas estará no Sesc Jazz, “Conexão Leme-Copacabana” (parceria com Alberto Chimelli). As demais músicas do repertório, como “Já Era” (com Eumir Deodato) e “Estamos Aí” (com Durval Ferreira e Regina Werneck), estão em seu último álbum, “Ao Vivo no Teatro Vanucci” (2012).
Formação
Maurício Einhorn (gaita), Natan Gomes (piano), Luís Alves (baixo) e João Cortez (bateria)
17/10 | qui | 21h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
18/10 | sex | 20h30 | Sesc Bauru (Ginásio). 16 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
24/10 | qui | 20h | Sesc Sorocaba (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
26/10 | sáb | 20h | Sesc Santos (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
Nelson Ayres Big Band (Brasil – SP)
A Nelson Ayres Big Band mostra a mistura de música brasileira com jazz e inclui em seu repertório composições de Gilberto Gil e Tom Jobim, entre outros
Nelson Ayres é um dos artistas mais conceituados da música instrumental brasileira. Aos 72 anos, o pianista, compositor e maestro contabiliza uma série de parcerias com artistas estrangeiros e nacionais – de Dizzy Gillespie a Vinicius de Moraes –, além da regência por uma década da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo e também de diversas outras prestigiosas, como a Orquestra Filarmônica de Israel.
A big band que leva o seu nome existe desde 1973 e virou referência para as que vieram depois, como a Banda Mantiqueira e a Soundscape. É formada por 16 músicos. Entre eles, há dois que costumavam assistir às apresentações da formação original desde a plateia (Ubaldo Versolato e Nahor Gomes) e outros dois que nem sequer tinham nascido quando a big band nasceu (Cássio Ferreira e Rubinho Antunes).
A mistura de música brasileira com jazz virou a marca da banda, que vai tocar no Sesc Jazz algumas composições que fazem parte da sua história, como “Meio de Campo”, de Gilberto Gil, com arranjo de Ayres, “Corcovado”, de Tom Jobim, e “Organdi e Gomalina”, do próprio maestro. Essas duas últimas integram o álbum mais recente do grupo, “Nelson Ayres Big Band”, lançado em 2017.
Formação
Nelson Ayres (piano), Cássio Ferreira (saxofone), Mauro Oliveira (saxofone), Lucas Macedo (saxofone), César Roversi (saxofone), Ubaldo Versolato (saxofone), Nahor Gomes (trompete), João Lenhari (trompete), Bruno Belasco (trompete), Rubinho Antunes (trompete), Fábio Oliva (trombone), André Tinoco (trombone), Joabe Reis (trombone), Diego Calderoni (trombone), Alberto Luccas (baixo) e Ricardo Mosca (bateria)
23/10 | qua |20h | Sesc Santos (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
26/10 | sáb | 19h | Sesc Sorocaba (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
27/10 | dom | 16h |Sesc Pompeia (Deck). Livre. Grátis.
Orlando Julius & The Heliocentrics (Nigéria)
Orlando Julius, autor de “Super Afro Soul” e considerado criador das bases do afropop, toca mix de jazz e ritmos africanos com o coletivo The Heliocentrics.
O cantor e saxofonista nigeriano Orlando Julius Ekemode iniciou sua relação com a música tocando bateria e estudando flauta na escola. Aos 14 anos, saiu de casa para tentar a vida numa cidade maior da Nigéria, Ibadan. Em lojas de discos importados, ouvia clássicos como Charlie Parker e John Coltrane, que influenciaram sua formação como saxofonista.
Ao misturar o jazz norte-americano com ritmos tradicionais africanos, ele deu forma a um novo estilo que mais tarde seria reconhecido como a base do afropop e se tornou referência no seu país e no mundo. Seu primeiro álbum de estúdio, “Super Afro Soul”, foi lançado em 1966, e faixas como “Ijo Soul” e “Alo Mi Alo” seguem até hoje no repertório de seus shows.
Em 2014, Julius lançou “Jaiyede Afro”, álbum em parceria com o coletivo musical inglês The Heliocentrics, que faz uma releitura de composições antigas com toques progressivos e psicodélicos. O coletivo, que se apresenta com Julius no Sesc Jazz, se define como “psychedelicallybrokenjazzsoulfunk”, algo como um misto de jazz, soul e funk psicodelicamente quebrados. Já tocou com músicos renomados como o etíope Mulatu Astatke e o norte-americano DJ Shadow.
Formação
Orlando Julius Ekemode (vocal, saxofone, teclado), Latoya Ekemode (percussão), Jake Benjamin Ferguson (baixo), Ekow Alabi Savage (bateria), Jack Yglesias (congas), Adrian Maurice Owusu (guitarra), Julien Guillauem André Matrot (trompete) e Jason Christopher Yarde (saxofone barítono)
17/10 | qui | 20h30 | Sesc Ribeirão Preto (Galpão). 16 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
19/10 | sáb | 20h | Sesc Araraquara (Ginásio). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
20/10 | dom | 16h | Sesc Pompeia (Deck). Livre. Grátis.
Ozma Quintet (França)
Franceses do Ozma Quintet, que se preparam para lançar o álbum “Hyperlapse”, apresentam jazz experimental com referências de rock e música eletrônica.
O Ozma Quintet nasceu em 2001, de um encontro de instrumentistas no departamento de jazz do Conservatório de Estrasburgo, na França. Mas nem por isso sua sonoridade se prende a formalidades acadêmicas. O jazz do grupo é temperado por rock e pelo electro, subgênero da música eletrônica.
Seus shows são cheios de experimentações, solos e situações inusitadas. Quando lançou “Peacemaker”, em 2011, o jornal francês Libération disse que o quinteto faz lembrar a “excentricidade radiante do falecido [contrabaixista e compositor norte-americano] Charles Mingus”. A banda tem seis álbuns de estúdio e planeja lançar o sétimo, “Hyperlapse”, em novembro de 2019.
A escolha do nome do grupo foi inspirada no Projeto Ozma, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, que nos anos 1960 buscava por sinais de vida alienígena no espaço profundo, analisando ondas de rádio interestelares. O projeto, por sua vez, leva o nome da Princesa Ozma, personagem criado pelo escritor norte-americano L. Frank Baum para a sequência do livro “O Mágico de Oz” (1900).
Formação
Stéphane Scharlé (bateria, composições), Édouard Séro-Guillaume (baixo), Julien Soro (saxofone, teclado), Guillaume Nuss (trombone, efeitos) e Tam de Villiers (guitarra)
9/10 | qua | 20h | Sesc Jundiaí (Teatro).18 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
10/10| qui | 20h | Sesc Guarulhos (Teatro).12 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
13/10|dom | 16h | Sesc Pompeia (Deck). Livre. Grátis.
Sun Ra Arkestra (Estados Unidos)
Banda-legado de um dos principais nomes do jazz experimental, Sun Ra mantém vivas sua ideologia e sonoridade, características que definiram as bases da estética afrofuturista.
Uma das figuras mais misteriosas e emblemáticas da música no século passado, o tecladista, poeta e filósofo norte-americano Sun Ra (1914-1993), que leva no nome artístico uma referência ao deus egípcio do Sol, Ra, criou um universo em torno de si. Os músicos da Sun Ra Arkestra mantêm acesa a chama de sua ideologia e sonoridade, fundadoras do afrofuturismo – conceito que mistura cultura africana com tecnologia e ficção científica, e que hoje influencia artistas como Flying Lotus e Erykah Badu.
A banda, que mudou de nome muitas vezes ao longo de sua história (Solar Arkestra, Myth Science Arkestra e Afro-Infinity Arkestra, entre outros), deve seu título a uma fusão das palavras “orquestra” e “arca” – referência à Arca da Aliança bíblica.
Os músicos da Sun Ra Arkestra, atualmente liderados pelo saxofonista Marshall Allen, braço direito de Sun Ra desde 1958, sustentam esse espírito inovador que se mantém na vanguarda do jazz contemporâneo. Parte da “arca” desde 1988, o percussionista paulistano Elson Nascimento é outro integrante do grupo, convocado pelo próprio Sun Ra.
Formação
Marshall Allen (saxofone alto, flauta, EVI), Knoel Scott (saxofone alto, vocais), Danny Thompson (flauta, saxofone barítono, fagote), James Edward Stewart (saxofone tenor), Cecil Brooks (trompete), Tyler Mitchell (baixo), Elson Nascimento (percussão), D. Hotep (guitarra), Wayne Smith (bateria), Tara Middleton (vocais, percussão), Vincent Chancey (trompa), Michael Ray (trompete), Tavin Thomas (piano), Robert Stringuer (trombone) e Carl Leblanc (guitarra)
8/10 | ter | 21h30 | Sesc Pompeia (Comedoria).18 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
9/10 | qua | 21h30 | Sesc Pompeia (Comedoria).18 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
10/10 | qui | 20h | Sesc Jundiaí (Ginásio).18 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
Terri Lyne Carrington and the Social Science Community (Estados Unidos)
Baterista Terri Lyne Carrington, vencedora do Grammy, apresenta novo projeto com faixas de “Waiting Game”, que será lançado em novembro pelo selo Motéma.
O pai de Terri Lyne Carrington era saxofonista, e foi com ele que ela começou a tocar sax, aos cinco anos. Aos sete, passou para a bateria, usando o instrumento do avô. Desde então, construiu uma sólida carreira de 40 anos como baterista, compositora e cantora, na qual venceu três prêmios Grammy e se apresentou ao lado de grandes nomes do jazz, como Herbie Hancock, Wayne Shorter, Al Jarreau, Stan Getz, David Sanborn, Cassandra Wilson e Esperanza Spalding.
Logo no álbum de estreia, “Real Life Story”, a artista recebeu uma indicação ao Grammy. Mas a primeira conquista veio em 2011, por “The Mosaic Project”, na categoria Melhor Álbum Vocal de Jazz; a segunda, em 2013, por “Money Jungle: Provocative in Blue”; e a terceira, em 2014, pela produção do álbum “Beautiful Life”, da cantora Dianne Reeves.
Engajada em causas sociais e no uso da música como ferramenta de transformação, ela apresenta no Sesc Jazz seu mais recente projeto, “Terri Lyne Carrington and the Social Science Community”, cujo álbum duplo “Waiting Game” reflete sobre o momento político global atual e sai em novembro pelo selo Motéma.
Formação
Terri Lyne Carrington (bateria), Maimouna Youssef aka Mumu Fresh (voz/MC), MC Marc Cary (teclado), Ben Eunson (guitarra), Morgan Guerin (saxofone baixo e saxofone tenor) e Brian Raydar Ellis (DJ/rapper)
10/10 | qui | 21h30 | Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
11/10 | sex | 21h30 | Sesc Pompeia (Comedoria).18 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
12/10 | sab | 20h | Sesc Guarulhos (Teatro).12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
13/10 |dom| 18h | Sesc Jundiaí (Teatro).18 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
The Art Ensemble of Chicago (Estados Unidos)
Sinônimo de jazz de vanguarda, The Art Ensemble of Chicago homenageia seus fundadores tocando sucessos dos anos 1970 com instrumentos nada convencionais.
Trazendo na bagagem décadas de experiência como uma das referências do jazz de vanguarda dos Estados Unidos, os músicos da The Art Ensemble of Chicago estão há 50 anos na estrada.
O saxofonista Roscoe Mitchell e o baterista Famoudou Don Moye, remanescentes da formação original, recebem músicos convidados para os shows do Sesc Jazz e prestam um tributo aos fundadores que já faleceram – o trompetista Lester Bowie (1941-1999), o saxofonista Joseph Jarman (1937-2019) e o baixista Malachi Favors (1927-2004) – e suas “contribuições duradouras para a black music: dos ancestrais para o futuro”, nas palavras da banda.
Ainda hoje, a The Art Ensemble of Chicago mantém vivo o espírito de vanguarda e o apetite pela experimentação que fizeram sucesso nos anos 1970 com álbuns como “Bap-Tizum” (1972) e “Fanfare for the Warriors” (1973). No Sesc Jazz, espere ver os arranjos daquela época transpostos para o palco com o uso de instrumentos pouco convencionais, como apitos, pequenos sinos e até tubos plásticos.
Formação
Roscoe Mitchell (saxofone, flauta), Famoudou Don Moye (bateria, percussão), Rodolfo Lebron (vocais), Hugh Ragin (trompete), Simon Sieger (trombone), Eddy Kwon (viola)
Brett Carson (piano), Junius Paul (contrabaixo), Jaribu Shahid (contrabaixo), Enoch Williamson (percussão) e Dudu Kouate (percussão)
24/10 | qui | 20h | Sesc Santos (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
26/10 | sáb | 21h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
27/10 | dom| 18h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 | ■ R$ 30 | ● R$ 18
Women’s Improvising Group (Vários países)
Em formação inédita, Women’s Improvising Group traz de volta seu jazz experimental criado para enfrentar um lineup só com homens em festival londrino dos anos 1970.
O jazz experimental do Women’s Improvising Group marcou época. O grupo foi criado em 1977 em Londres, na Inglaterra, em resposta ao lineup do festival Music in Socialism, que só tinha bandas formadas por homens. Incomodada, a escocesa Maggie Nicols convocou outras mulheres e assim nasceu uma das primeiras formações femininas de improviso no jazz de que se tem notícia.
Os shows do Sesc Jazz vão reviver a memória do Women’s Improvising Group e sua importância histórica. Maggie, única remanescente da formação original, convidou mulheres artistas de vários países, inclusive do Brasil, para se apresentarem juntas. Todo show do Women’s Improvising Group é uma surpresa. Não existem letras, canções ou vozes melódicas. Aliás, quando usam a voz é para transformá-la em mais um instrumento.
À época da criação do grupo, elas também realizavam performances teatrais enquanto faziam seus improvisos sobre o palco. Agora, as encenações ficam de fora, mas o som experimental ganha novas nuances: o público vai poder conferir peças musicais únicas e contínuas de uma hora de duração em cada show.
Formação
Maggie Nicols (voz), Charlotte Hug (voz e viola), Caroline Kraabel (voz e saxofone alto), Matilda Rolfsson (percussão), Sarah Gail Brand (trombone), Mariá Portugal (bateria), Joana Queiroz (clarinete e clarone), Bella (eletrônicos), Nanati Francischini (guitarra) e Mariana Carvalho (piano)
25/10| sex | 21h | Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
26/10 | sáb | 20h | Sesc Piracicaba (Ginásio). 16 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
27/10|dom| 19h | Sesc Sorocaba (Teatro). 12 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
Yazmin Lacey (Inglaterra)
Cantora Yazmin Lacey apresenta fusão de jazz e soul, com composições existencialistas dos EPs “Black Moon” e “When the Sun Dips 90 Degrees”
Filha de imigrantes caribenhos, crescida em meio às influências do reggae, do dancehall e do rap norte-americano, a cantora nascida em Londres, na Inglaterra, e baseada em Nottingham, apresenta uma fusão de jazz e soul.
Em músicas como “Body Needs Healing” e “90 Degrees”, a voz suave de Yazmin, ligeiramente rouca, faz zigue-zague por entre os grooves do baixo de George French, a bateria minimalista de Tom Towle e a percussão latina de Owen Campbell, entre outros instrumentistas. As letras, que ela costuma escrever no próprio quarto, abordam aflições do cotidiano, a busca pela cura de dores existenciais e outros temas que emergem de sua experiência de vida.
Desde 2014, a artista vem ganhando os palcos com suporte de nomes importantes do jazz britânico, como o DJ Gilles Peterson, da BBC, que a descreveu como uma “brilhante cantora e compositora, um grande novo nome para o Reino Unido”. Seu trabalho está registrado nos EPs “Black Moon” (2017), gravado em sua sala de estar, e “When the Sun Dips 90 Degrees” (2018).
Formação
Yazmin Lacey (voz), Pete Beardsworth (teclado), Tom Towle (bateria), George French (baixo), Charlie Bone (guitarra) e Owen Campbell (percussão latina)
17/10 | qui | 20h30 | Sesc Bauru (Ginásio). 16 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
18/10 | sex | 21h30 | Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
19/10 | sáb | 19h | Sesc Ribeirão Preto (Galpão). 16 anos. R$ 40 |■ R$ 20 | ● R$ 12
Yissy García & Bandancha (Cuba)
De baquetas em punho, Yissy García dá o ritmo do seu quinteto Bandancha, que faz a alquimia entre sonoridades caribenhas, jazz e elementos eletrônicos.
A baterista Yissy García é filha de Bernardo García, cofundador da Irakere, uma das mais importantes bandas cubanas, da qual também participou Arturo Sandoval, outra atração deste Sesc Jazz. Ela teve os primeiros contatos com o jazz a partir das fitas cassete trazidas pelo pai de viagens aos Estados Unidos. Foi aí que conheceu artistas como o pianista Herbie Hancock e iniciou a formação musical que define o seu trabalho.
Nome de destaque da nova cena musical de Cuba, Yissy é a líder da Bandancha, grupo que funde sonoridades caribenhas e elementos eletrônicos ao cânone do jazz norte-americano. Entre as referências essenciais à sua formação, ela cita tanto Buddy Rich, considerado um dos maiores bateristas da história do jazz dos Estados Unidos, quanto músicos cubanos, como Julio Barreto.
Com a Bandancha, Yissy García lançou em 2015 o seu primeiro álbum de estúdio, “Última Notícia”, em que revela essa mistura desde a primeira música, “Cambios”, com scratches típicos de DJs manipulando vinis com as mãos dividindo a base com a bateria ritmada e precisa da cubana.
Formação
Yissy García (bateria), Miguel Ángel García (piano), Lino Piquero Bueno (baixo elétrico), María Garcia (percussão) e Julio Rigal (trompete)
24/10 | qui | 21h30|Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15
25/10 | sex | 20h | Sesc Piracicaba (Ginásio). 16 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
26/10 | sáb | 19h | Sesc Sorocaba (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ R$ 25 | ● R$ 15*
Atividades Formativas
Debate
Mulheres compositoras no Jazz e Música Instrumental
Com Maggie Nichols (Escócia) e Luísa Mitre – Sesc Pompeia (Convivência)
As artistas discutem sobre a presença das mulheres em uma cena musical em que os homens sempre foram maioria. Mediação de Inti Queiroz.
Livre
Grátis
Atividade com tradução simultânea
23/10, quarta-feira, às 19h
Encontros
Com Egberto Gismont – Centro de Pesquisa e Formação
O compositor conversa informalmente com o público sobre sua carreira e histórias de vida, além de apresentar algumas de suas obras no violão. Mediação de Flavia Prando.
Livre
R$ 20, R$ 10 e R$ 6
10/10, quinta-feira, às 19h30
Com Gary Bartz – Sesc Vila Mariana (Auditório)
O veterano saxofonista e compositor fala de sua carreira e das parcerias com figuras históricas do jazz como Miles Davis e Max Roach. Mediação de Marcelo Pereira Coelho. R$ 20, R$ 10 e R$ 6
15/10, terça-feira, às 20h
Com Maurício Einhorn – Sesc Vila Mariana (Auditório)
O gaitista carioca, autor de clássicos do samba-jazz, fala sobre seus mais de 60 anos de carreira e apresenta algumas de suas obras. Mediação de Henrique Rubin.
R$ 20, R$ 10 e R$ 6
25/10, sexta-feira, às 20h
Palestras
Como gostar de jazz – por Fabiano Alcântara
O jornalista e músico propõe uma abordagem histórica e afetiva sobre o jazz, gênero que não é elitista e tampouco difícil de ser entendido.
Livre
Grátis (Retirada de ingresso 1 hora antes)
19/10 sáb 16h Sesc Ribeirão Preto (Sala das Oficinas 3).
22/10 ter 20h Sesc Santos (Sala 1).
23/10 qua 20h Sesc Piracicaba (Sala do Curumim).
Como Ouvir Jazz sem Medo – por Carlos Calado
O crítico conversa com o público interessado em se familiarizar com o jazz, desmistificando a suposta dificuldade para escutar esse gênero musical.
Livre
Grátis (Retirada de ingresso 1 hora antes)
9/10 qua 19h30 Sesc Guarulhos (Estúdio 1).
12/10 sáb 16h Sesc Jundiaí (Sala Múltiplo Uso).
19/10 sáb 16h Sesc Araraquara (Teatro).
23/10 qua 19h Sesc Sorocaba (Sala 2).
Workshops
A improvisação: o coração do jazz – com Nando Diniz
Participantes experimentam improvisação e criação musical por meio de exercícios em instrumentos como guitarra, contrabaixo, saxofone e trompete.
Livre
Grátis (Retirada de ingresso 1 hora antes)
9 a 11/10 qua a sex 18h Sesc Guarulhos (Estúdio 2).
Bateria com Edu Ribeiro – Sesc Bauru (Auditório).
O baterista aborda processos de criação e improvisação, bem como algumas maneiras de organizar suas ideias musicais por meio do instrumento.
Livre
R$ 20 e R$ 6
Inscrições na Central de Atendimento a partir de 1/10.
19/10 sáb 11h
Bateria com Terri Lyne Carrington
A norte-americana apresenta técnicas de como tocar jazz, fundamentos de coordenação e improvisação para bateristas, estudantes e profissionais da música.
Inscrições na Central de Atendimento a partir de 1/10.
11/10 sex das 15h às 17h Sesc Consolação – Miniauditório – Centro de Música.
Livre
R$ 40 e R$ 12
12/10 sáb das 15h às 17h Sesc Guarulhos – Sala 4.
Livre
R$ 40 e R$ 12
Bateria e Percussão Brasileira com Robertinho Silva – Sesc Vila Mariana (Centro de Música)
Robertinho fará demonstrações em instrumentos como bateria, frigideira, atabaque e tamborim, além de contar histórias de seus 60 anos de carreira.
Livre
R$ 30 e R$ 9
Inscrições na Central de Atendimento a partir de 1/10.
26/10 sáb 15h
Improvisação no Jazz: Primórdios, Transformações e Desdobramentos Sesc Guarulhos
(Estúdio 13 – Centro de Música).
O DJ Fábio Leal traça um panorama das transformações, influências e desdobramentos de um dos principais elementos do jazz: a improvisação.
Livre
Grátis (Retirada de ingresso 1 hora antes)
12 e 13/10 sáb 17h e dom 15h
Foto Sun Ra Arkestra: Sibylle Zerr
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