Caso Cabaré Privê – Vencedor do prêmio APCA 2020 na categoria jovem – volta em nova temporada. Público terá a chance de conhecer mais sobre a trajetória do grupo, dirigido por Pedro Granato, com as peças Fortes Batidas, 11 Selvagens e Distopia Brasil. Toda programação acontece on-line…
O Pequeno Ato é um teatro independente sediado no centro de São Paulo, que em seu Núcleo de pesquisa gera, desde 2013, espetáculos criados por jovens, falando de jovens e para o público jovem. Administrado pelo diretor e dramaturgo Pedro Granato, em parceria com a Contorno Produções, das produtoras Jessica Rodrigues e Victória Martinez, mantem uma programação ininterrupta. O grupo investiga o teatro imersivo e a formação de plateia e faz parcerias internacionais com importantes teatros como Bush Theatre de Londres, Market Theatre de Joanesburgo e Harlem Stage de Nova Iorque.
Com um repertório de peças premiadas, o Núcleo apresenta Imersão Pequeno Ato, de 1º de março a 4 de abril, com uma nova temporada de Caso Cabaré Privê e apresentação das peças 11 Selvagens (2017), Fortes Batidas (2015) e Distopia Brasil (2019). O projeto foi contemplado pela Lei Aldir Blanc no ProAc Expresso Lab com transmissão on-line. Confira abaixo a programação.
Os espetáculos dão voz aos jovens e se constroem com processos colaborativos em que atores, direção, produção e equipe técnica trazem referências atuais como notícias, séries, filmes, músicas e, acima de tudo, suas experiências de vida e visão de mundo. Levam para a cena aquilo que os inquieta com uma linguagem contemporânea. Tema e forma se potencializam e os espetáculos alcançam enorme comunicação com o público.
“A pandemia gerou um momento de reflexão para as peças imersivas do Pequeno Ato. Esse é, provavelmente, o último tipo de espetáculo que pode retornar, pois envolve a participação direta do público com interação, toque e aglomeração. Ao mesmo tempo, inaugurou uma nova fase com o Caso Cabaré Privê e o nosso futuro espetáculo, que, justamente, começam a trabalhar com a interação e imersão no âmbito digital. Esse projeto nos permite rever a trilogia de peças com seus procedimentos de feitura e nos aponta o futuro de novos espetáculos que trabalham um formato híbrido”, diz Pedro Granato.
As montagens
Em Caso Cabaré Privê, o grupo inovou ao colocar o espectador em cena assumindo o papel de investigador do assassinato do filho do presidente. O texto de Tainá Muhringer e Felipe Aidar, com concepção e direção de Pedro Granato promove uma imersão por um cabaré onde todos são suspeitos de um crime.
Vencedor do prêmio APCA na categoria jovem e indicado nas categorias Performance Digital, Interatividade, Direção, Engajamento e Produção pelo Prêmio WeDo!, a também foi destaque pelo Observatório do Teatro nas categorias Luz, Figurino, Atriz Coadjuvante (Gabriela Gonzalez), e no Guia da Folha entre as 5 melhores atrações do ano para se ver pela internet.
Fortes Batidas (ambientado em uma balada) recebeu o Prêmio APCA de Melhor Espetáculo em Espaço não Convencional (2016), o Prêmio Especial por Experimentação de Linguagem no Prêmio São Paulo e Prêmio Zé Renato para circulação.
11 Selvagens (trazia cenas do cotidiano que exploravam a polarização) foi indicado para Melhor Texto Original no Prêmio São Paulo, ficou entre os 10 melhores espetáculos de 2017 pela Revista Veja, e foi contemplado pelo PROAC Circulação para viagens ao interior do estado.
Em 2019, em sintonia com o momento político do país, o Núcleo estreou Distopia Brasil (uma narrativa anti-utópica inspirada nos problemas sociopolíticos brasileiros), que foi contemplado pelo Prêmio Cleyde Yaconis cumprindo vinte sessões em espaços públicos de São Paulo e oito apresentações em CEUs e foi indicado ao Prêmio Aplauso Brasil de Melhor Figurino e Arquitetura Cênica.
Programação dos espetáculos:
11 Selvagens
A montagem reúne atores em situações de perda de controle. Da violência à sensualidade, do absurdo ao trivial, são cenas do cotidiano que explodem em impulsos descontrolados. Cada quadro é levado ao paroxismo e quando parece não haver mais para onde ir, a música toma o ambiente e os atores extravasam em coreografias.
O figurino e a luz se baseiam em elementos minimalistas que são reconstruídos para cada cena. A intervenção musical dá agilidade à narrativa e permite uma explosão estética para além da verossimilhança. Histórias em que a plateia se identifica, músicas contemporâneas, tudo está equalizado para dialogar profundamente com a geração atual.
Ficha técnica:
Direção e Dramaturgia: Pedro Granato. Elenco: Anna Galli, Beatriz Silveira, Bianca Lopresti, Bruno Lourenço, Felipe Aidar, Gabriel Gualtieri, Inês Bushatsky, Isabella Melo, Jonatan Justolin, Fhelipe Chrisostomo, Gustavo Bricks, Mariana Marinho, Mariana Beda, Mau Machado, Rafael Carvalho e Thiago Albanese. Iluminação e assistência de direção: Gabriel Tavares. Coreografia: Inês Bushatsky. Assistente de produção: Leticia Gonzalez. Design Gráfico: Lucas Sancho. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Assistente de comunicação: Carolina Henriques. Direção de produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez. Produção e Realização: Contorno Produções e Pequeno Ato.
Dias 11, 13, 15, 17, 19 de março às 19h.
Transmissão: https://www.facebook.com/PequenoAto ou https://www.facebook.com/11Selvagens
Duração: 70 minutos.
Classificação indicativa: 16 anos.
A peça será transmitida e os atores vão comentar as cenas ao vivo.
Fortes Batidas
A história acontece em uma balada com 15 jovens, cruzando desejos e entrando em conflitos embalados pelas “fortes batidas” da música. Na noite eles tentam driblar a solidão com bebida, música alta e a busca por novos relacionamentos. A explosiva mistura dos desejos de personagens em busca de sua identidade constrói uma rede de conflitos que envolve a plateia.
Amigos que apostam quem consegue ficar com mais meninas, um casal testando o relacionamento aberto e a dificuldade de um rapaz tímido ficar com alguém do mesmo sexo pela primeira vez. Na trilha, músicas que agitam as pistas da cidade sucessos de Daft Punk se misturam a clássicos que embalaram gerações de artistas como David Bowie e Depeche Mode. Um repertório que cumpre a função de conduzir as cenas, que se alternam na pista de dança.
Ficha técnica:
Direção e dramaturgia: Pedro Granato. Cenário: Diego Dac. Assistente de direção e Iluminação: Gabriel Tavares. DJ: Pedro Augusto Monteiro. Coreógrafa e Stand-in: Inês Bushatsky. Assistentes de dramaturgia: Manuela Pereira e Natália Xavier. Atores: Ariel Rodrigues, Beatriz Silveira, Bianca Lopresti, Bruno Lourenço, Felipe Aidar, Fernando Vilela, Gabriela Andrade, Gabriela Gama, Gal Goldwaser, Inês Bushatsky, Ingrid Mantovan, Laura Vicente, Lia Maria, Mateus Menoni, Mau Machado e Vitor DiCastro. Assistente de produção: Leticia Gonzalez. Design Gráfico: Lucas Sancho. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Assistente de comunicação: Carolina Henriques. Direção de Produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez. Produção e Realização: Contorno Produções e Pequeno Ato.
Dias 12, 14, 16, 18, 20 de março às 19h.
Transmissão: https://www.facebook.com/PequenoAto ou https://www.facebook.com/fortesbatidas
Duração: 60 minutos.
Classificação indicativa: 14 anos.
A peça será transmitida e os atores vão comentar as cenas ao vivo.
Caso Cabaré Privê
Na trama, o filho do presidente é encontrado morto em um cabaré privativo e o público é convidado a investigar as pistas antes do anúncio oficial para imprensa. Ninguém pode sair do estabelecimento e começam as interrogações conduzidas por um delegado. O público é direcionado para cabines privê e pode interrogar as personagens.
Os atores fazem a encenação em tempo real, executando as cenas e interagindo com a plateia. Dessa forma se estabelece um jogo imersivo a partir dos registros do celular do filho do presidente, que funciona como um flashback, para ajudar na elucidação do que aconteceu naquela noite.
Ficha técnica:
Concepção e Direção: Pedro Granato. Dramaturgia: Tainá Muhringer e Felipe Aidar. Assistente de Direção: Felipe Aidar. Elenco: Andressa Lelli, Bella Rodrigues, Bruna Martins, Carolina Romano, Claudia Garcia, Gabriela Gonzalez, Gustavo Zanela, Helena Fraga, Jade Mascarenhas, Letícia Calvosa, Ludmilla Cohen, Luiza Guilien, Isabella Melo, Manuela Pereira e Renan Ramiro. Detetive: Felipe Aidar. Convidado Especial: Thiago Albanese. Videomaker e Operador de Zoom: Gustavo Bricks. Direção Musical: Pedro Monteiro. Direção de Arte: Renan Ramiro. Iluminação: Ariel Rodrigues. Figurino: Isabella Melo e Gustavo Zanela. Confecção de Figurino: Haus of Le Blanc. Coreografia: Ines Bushatsky. Assistente de produção: Leticia Gonzalez. Design Gráfico: Lucas Sancho. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Assistente de comunicação: Carolina Henriques. Fotos: Ana Alexandrino e Gustavo Bricks. Direção de Produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez. Produção: Contorno Produções e Pequeno Ato.
Temporada: De 6 de março a 4 de abril – Sábados e domingos às 21h
Ingressos: R$ 20,00
Duração: 90 minutos
Classificação etária: 16 anos
Transmissão: Sympla.com.br/pequenoato
Distopia Brasil
Distopia Brasil propõe uma narrativa original anti-utópica inspirada nos problemas sociopolíticos brasileiros atuais promovendo uma reflexão sobre o agravamento no futuro do país. As principais questões abordadas são: a intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro, o avanço do Estado Religioso, a vigilância, o fim da privacidade e os desastres ambientais. Também foram investigados grupos de resistência contra um suposto regime totalitário.
A trama é ambientada em uma igreja em que um grupo de fiéis ouve pregações que condenam liberdades individuais, sexuais e políticas. É vetado, inclusive, cruzar as pernas durante o culto, e os presentes são vigiados por sujeitos armados e filmados para que as atitudes de cada um sejam analisadas na sequência.
Ficha técnica:
Direção e dramaturgia: Pedro Granato. Elenco: André Salama, Jade Pereira, Isabela Tortato, Beatriz Silveira, Luisa Galatti, Rafael Abrahão, Felipe Aidar, Juliana Navarro, Bruna da Matta, Alvaro Leonn, Helena Fraga, Renan Ramiro, Manuela Pereira, Bruno Lourenço e Leticia Calvosa. Participação Especial em Vídeo: Danilo Grangheia. Coreografias e Assistência de Direção: Inês Bushatsky. Iluminação: Gabriel Tavares. Cenário e Coordenação Técnica: Diego Dac Cenotécnico: José Roberto Tomasim. Figurino: Fernando Vilela e Thais Sakuma. Estilização de Cabelos: Caterine Mendes. Fotos e identidade gráfica: José de Holanda. Assistente de produção: Leticia Gonzalez. Design Gráfico: Lucas Sancho. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Assistente de comunicação: Carolina Henriques. Fotos: Ana Alexandrino e Gustavo Bricks. Direção de Produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez. Produção: Contorno Produções e Pequeno Ato.
Temporada: De 24 de março a 23 de abril – Quartas e sextas-feiras, às 21h.
Ingressos: Gratuitos.
Duração: 90 minutos.
Classificação: 12 anos
Transmissão: https://www.facebook.com/PequenoAto ou https://www.facebook.com/distopiabrasi
Ficha Técnica Imersão Pequeno Ato
Direção: Pedro Granato
Produção: Pequeno Ato e Contorno Produções
Direção de Produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez
Coordenação: Beatriz Silveira e Felipe Aidar
Assistente de Produção: Leticia Gonzalez
Assistente de Comunicação: Carolina Henriques
Núcleo Pequeno Ato
Liderado pelo diretor e dramaturgo Pedro Granato em sociedade à Jessica Rodrigues e Victória Martinez (Contorno Produções), investiga o teatro imersivo, novas experiências e a formação de novos públicos. Essa pesquisa permanente resultou em espetáculos criados colaborativamente que conquistaram a crítica e público: Fortes Batidas – Prêmio APCA de Melhor Espetáculo em Espaço não Convencional, Prêmio Especial por Experimentação de Linguagem no Prêmio São Paulo e Prêmio Zé Renato para circulação; 11 Selvagens pré-indicado para melhor texto original no Prêmio São Paulo, ficou também entre os melhores espetáculos de 2017 pela Revista Veja e foi contemplado pelo ProAc Edital de Circulação pelo estado de São Paulo; Distopia Brasil contemplado pelo Prêmio Cleyde Yaconis para estreia e temporada em 2019; Babylon Beyond Borders – Babilônia Sem Fronteiras, espetáculo que acontecia simultaneamente em quatro cidades ao redor do mundo (Londres – Bush Theatre, Nova York – Harlem Stage, São Paulo – SESC Consolação e Joanesburgo – Market Theatre) via transmissão ao vivo e que teve grande repercussão de público e crítica, tendo todas suas sessões esgotadas.
A mais recente montagem do núcleo é o espetáculo Caso Cabaré Privê, vencedor do prêmio APCA na categoria jovem e indicado nas categorias Performance Digital, Interatividade, Direção, Engajamento e Produção pelo Prêmio WeDo!. A montagem também foi destaque pelo Observatório do Teatro nas categorias Luz, Figurino, Atriz Coadjuvante (Gabriela Gonzalez), e no Guia da Folha entre as 5 melhores atrações do ano para se ver pela internet. O espetáculo foi concebido totalmente on-line para este momento que o mundo enfrenta, garantindo uma experiência imersiva marcante e sessões lotadas durante a pandemia.
O núcleo também atua na criação de ativações artísticas para marcas, como por exemplo a ativação para lançamento das séries da Amazon na última edição da CCXP. O foco do Pequeno Ato é criar experiências inovadoras, transformando a relação das pessoas através da arte e cultura.
Pedro Granato
Diretor, dramaturgo e professor de teatro formado em Cinema e Vídeo pela ECA-USP. Selecionado para o Directors LAB com diretores do mundo todo no Lincoln Center em Nova Iorque em 2014. É ator-criador do espetáculo País Clandestino apresentado no FIBA em Buenos Aires (ARG) e Santiago (CHI), MIT em São Paulo (BRA), Festival de Dijon (FRA), Guadalajara (MEX), Festival de Almada (PORT) e FIDAE em Montevidéu (URU).
Foi presidente do MOTIN – Movimento dos Teatros Independentes de São Paulo. Foi curador da Virada Cultural de São Paulo nos anos de 2016 e 2017, comissão do ProAC Artes Integradas em 2015 e ProAC Espetáculo Inédito de Teatro em 2016, dirigiu a Virada Cultural no palco do SESC Pompeia em 2016, o lançamento do livro Cadernos Inéditos de Itamar Assumpção no Itaú Cultural em 2014 e foi indicado como Melhor Trilha Sonora Original no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro pela trilha do filme José e Pilar. Lançou como performer e compositor o disco Berlam e Banda Larga e teve por dois anos no portal iG o programa semanal Show do Berlam.
É diretor e administrador do teatro Pequeno Ato no centro de São Paulo, professor na Escola Superior de Artes Celia Helena, foi Coordenador de Centros Culturais e Teatros da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo (2019/2020) onde foi um dos fundadores do Centro Cultural da Diversidade. Atualmente, é Coordenador de Formação na Secretaria Municipal de Cultu
Foto do espetáculo Fortes Batidas: Ding Musa
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