Interação 3 – LONA Galeria

Movimento como fio condutor do diálogo…

 

 

 

Interações 3 chega à sede da LONA Galeria na Barra Funda com quatro forças artísticas do movimento. São 15 trabalhos de Daniel Mello, Gustavo Aragoni, Lucas Quintas e Sueli Espicalquis. Em uma seleção que inclui pinturas, desenhos e objetos, onde “o universo abstrato norteia o trabalho destes quatro artistas e o movimento é a linha condutora do processo. Os trabalhos deste grupo têm uma pulsação que é capaz de fazer o visitante ser engolido pelas composições”, explica Duilio Ferronato, coordenador do projeto.

A pintura abstrata de Daniel Mello explora a relação e ressonâncias produzidas entre contrastes de cores, formas e texturas. Inspirado pela pluralidade de formas da arquitetura e pelas marcas de ocupação e transgressão humana, como o vandalismo e a pichação, utiliza diferentes mídias em conjunto, como tinta óleo, acrílica e spray sobre tela, papel e madeiras de descarte. A composição da pintura acontece em camadas onde a obra é resultado de um jogo de construção e desconstrução de formas. Já, Gustavo Aragoni possui um processo de criação que se desenvolve a partir de um encontro, de uma relação de forças entre o seu corpo e o corpo dos materiais disponíveis. Não há um plano totalmente pré-determinado, a criação surge de um caos, de uma tensão, de um fluxo de movimentos que se dá em função do contexto de espaço e tempo.

Lucas Quintas desenvolve trabalhos em diferentes mídias como desenhos, pinturas, esculturas e instalações. Sua pesquisa gira em torno dos materiais, onde explora questões como continuidade, tensão, leveza, rigidez e equilíbrio. Procura subverter seu uso, tentando controlar o incontrolável e transmitir de forma natural. Por meio de fenômenos óticos seus trabalhos são produzidos nas retinas dos espectadores. Com Sueli Espicalquis, construção e apagamento são presentes no processo de trabalho, com sobreposição de camadas, tendo interesse em vincular a cor à materialidade de tinta a óleo, com variações dadas pela mistura de cera de abelha e solventes. As imagens resultantes da justaposição de cores, numa geometria apropriada e formas orgânicas, remetem a paisagens vistas através de mapas digitais.

Reunidos pela primeira vez em um mesmo espaço expositivo, os próprios criadores dão sua visão de como seus trabalhos conversam entre si. Daniel Mello “Apresento uma série de pinturas/desenhos abstratos (….) sempre flertando com as potencias que nascem das relações e contrastes entre cores, formas e símbolos”, define Daniel Mello. As pinturas de Sueli Espicalquis “a guache e óleo sobre tela, com formas orgânicas e/ou de uma geometria apropriada, com ênfase na cor e fatura pictórica, dada pela mistura de solventes à espessa tinta a óleo, sobrepondo camadas de tinta, de forma que construção e apagamento de imagens convivem; assim, suponho haver interação (diálogo), entre essa e a produção dos artistas”. Para Gustavo Aragoni, “Meus trabalhos falam de gestualidade, de materialidade, de desenho e sobretudo, de processualidades. Acredito que estes sejam elementos comuns à prática dos artistas que participam da exposição e nesse sentido é possível se criar uma relação entre os trabalhos, que juntos podem produzir um efeito estético diverso, mas conceitualmente aproximados”. Por outro lado, Lucas Quintas explica: “Meu trabalho possui algumas interações, mas acredito que a com o espectador seja a mais relevante, pois através da sua movimentação ele se torna o fio condutor de novas descobertas de cores, e imagens, sendo a transformação da cor no tempo e espaço.”

Projeto Interações
Por falta de imunidade, foram excluídas as possibilidades de encontros. A simples perspectiva de interação sugere contaminação.” As relações dos últimos 2 anos entre os artistas da Lona Galeria têm se mostrado fecundas e incomuns. O grupo vem mantendo constante contato, trocando ideias e analisando ações mútuas. O contato artístico é tanto antropofágico como apropriador; basta um olhar e a transformação já principia. Artistas se contaminam de propósito com ideias, imagens e conversas. Não há lugar para barreiras. Os processos artísticos interessam tanto quanto o resultado e, as provocações constantes que surgem de todas as partes, sejam na área criativa ou comercial, nos mantem em alerta constante”, explica o coordenador Duílio Ferronato.

Com Interações, pretendem discutir os processos e alcançar uma nova etapa de amadurecimento artístico, institucional e comercial.

“Os 2 primeiros anos nos mostraram diversas possibilidades, que firmamos nossa convicção de que incentivar o processo artístico é o que nos deixa animados para os próximos lances.” LONA Galeria

 

 

 

Exposição: “Interações 3”
Artista: Daniel Mello, Gustavo Aragoni, Lucas Quintas, Sueli Espicalquis
Período: até 24 de julho de 2021
LONA Galeria
Rua Brigadeiro Galvão, 990 – Barra Funda, São Paulo
WhatsApp (11) 99403-0023
Horários: de quarta-feira a sábado das 13 às 18h
Visitas com agendamento – Mostra Virtual Disponível no Site da Galeria
Número de obras: 15
Técnicas: pinturas, desenhos e objetos.
Preço: sob consulta

Site: http://www.lonagaleria.com
Instagram: https://www.instagram.com/lonagaleria/
Facebook: https://www.facebook.com/lonagaleria

Daniel Mello (Joaçaba/ SC, 1992)
Vive e trabalha em Balneário Camboriú, Brasil. Sua pintura se desenvolve na pintura abstrata, explorando a relação e ressonâncias produzidas entre contrastes de cores, formas e texturas. Entende os atravessamentos da cidade e a presença humana como observação inicial na construção de sua narrativa. Inspirado pela pluralidade de formas da arquitetura e pelas marcas de ocupação e transgressão humana, como o vandalismo e a pichação, utiliza diferentes mídias em conjunto, como tinta óleo, acrílica e spray sobre tela, papel e madeiras de descarte. Inicia seus trabalhos fazendo marcas intuitivas na superfície, para estruturar e criar diferentes vetores de direção. A composição da pintura acontece em camadas onde a obra é resultado de um jogo de construção e desconstrução de formas. Em seus trabalhos mais recentes, além da pintura, mistura colagem e desenho em suas composições

 

Gustavo Aragoni (Osasco/ SP, 1975)
Vive e trabalha em São Paulo. Dedicado à pesquisa em filosofia contemporânea, desenho e instalação, Aragoni estuda pintura e desenho com Dudi Maia Rosa e ilustração com Fernando Vilela, em 2013. Nos anos seguintes frequenta o curso de desenho de animação do Centro Universitário Belas-Artes (2014) e o grupo de acompanhamento de projetos do Hermes Artes Visuais (2017 – 2020). Participa de salões, exposições coletivas e individuais, entre elas: In-determinável, Edifício Vera, Brasil (2020), 21ª Bienal Internacional de Arte de Cerveira, Fundação Bienal, Portugal (2020), Vertigem, Lona Galeria, Brasil (2020), 44º SARP, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Brasil (2019), 12º Salão de Arte Contemporânea de São Bernardo do Campo, Pinacoteca Municipal, Brasil (2019), Le Salon des Refusés, Casa da Luz, Brasil (2019), 26º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande, Palácio das Artes, Brasil (2018) e Perceptos e Afectos, Vão Espaço de Arte, Brasil (2018). Recebe prêmio aquisição no 18º Salão Nacional de Arte de Jataí e no 47º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, ambos em 2019.

 

Lucas Quintas (São Paulo/ SP, 1990)
Vive e trabalha em São Paulo. Bacharel em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM, SP. Participa desde 2019 do acompanhamento artístico Hermes Artes Visuais, ministrado por Carla Chaim e Nino Cais, participou do curso de poética com Nancy Betts, da consultoria com Tato DaLascio e do acompanhamento de portfólio com Julia Lima e Bruno Novaes e da residência Kaaysá Art Residency em Boiçucanga, SP. Desenvolve trabalhos em diferentes mídias como desenhos, pinturas, esculturas e instalações. Utiliza materiais explorando questões como continuidade, tensão, leveza, rigidez e equilíbrio. A importância do desenho é construída nos materiais, onde expande esse desenho para o espaço, tendo as cores e espessuras fatores importantes para essa construção quase matemática, ditada por resultados conceituais e métricos em suas produções. Procura subverter o uso dos materiais, tentando controlar o incontrolável e transmitir de forma natural. Por meio de fenômenos óticos seus trabalhos são produzidos nas retinas dos espectadores. Nos últimos anos participou das exposições: “Apropriações”, na Lona Galeria, “Segundo Plano”, na Galeria Tato, “Plataforma 365”, online, SP-Arte, “Arte na Quarentena”, online, ArtSoul, “Vertigem”, no Anexo Lona em São Paulo, “No dia primeiro, no nono andar”, Galeria Lamb, São Paulo, Brasil; “Anatomia de uma convivência”, Galeria Rabieh, São Paulo, Brasil; 16º Salão de Ubatuba de Artes Visuais, Centro de Exposições, Ubatuba, Brasil; 26º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande, Galeria de Artes Nilton Zanotti, Praia Grande, Brasil, dentre outras.

 

Sueli Espicalquis (Araçatuba/ SP, 1955)
Vive e trabalha em São Paulo. Iniciou sua formação participando de residências e cursos, com orientação de artistas como Paulo Whitaker, Paulo Pasta e do Grupo Hermes (Carla Chaim e Nino Cais), entre outros. Pesquisa a materialidade e fisicalidade da cor, utilizando suportes como pintura, desenho, fotografia e instalação, para refletir sobre a era em que vive e o seu entorno, enfatiza a materialidade e fisicalidade da cor em relações que, aparentemente harmônicas, atestam o conflito e a intranquilidade. Exposição individual; Superfícies Possíveis, Casa da Cultura da América Latina, CAL-UnB, Brasília. Seus trabalhos integram as coleções da Fundação Cultural da Paraíba, Galleria Archidy Picado, João Pessoa-PB e Espaço Cultural do TRT15, Campinas. Premiações: menção honrosa pela obra Caderno no VIII Salão de Artes Plásticas de São José do Rio Preto e menção honrosa pelo conjunto da obra no 40. Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba. Principais exposições coletivas: Mil e Uma, Galeria Murilo Castro, Belo Horizonte (2019), Vida, Galeria Alcindo Moreira, Instituto de Artes da UNESP-São Paulo (2019), Bienal das Artes, Sesc Brasília-DF, Arte Londrina – Estratégias Pictóricas, Casa de Cultura da UEL, Londrina, Até meio quilo, Museu Eugênio Teixeira Leal, Salvador-BA/Brasil, Museu de Arte Contemporânea Jataí-GO/Brasil, Fundação Cultural da Paraíba, Galeria Archidy Picado, João Pessoa, PB, Casa de Cultura da UEL, Londrina-PR, Fundação Badesc, Florianópolis-SC, Museu de Arte de Ribeirão Preto, SP, Museu de Arte Contemporânea, Campinas-SP, Pinacoteca Benedicto Calixto, Santos.

 

Foto: Obra de Lucas Quintas – Série Ilusões – 2020

1 comentário em “Interação 3 – LONA GaleriaAdicione o seu →

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *