Cia Ouro Velho apresenta mostra presencial e digital com cinco espetáculos do seu repertório

A mostra tem apoio do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Lei Aldir Blanc e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa…

 

 

 

 

A Cia Ouro Velho apresenta, entre 2 de outubro e 28 de novembro de 2021, uma mostra de repertório voltada para crianças composta por cinco obras: Estação Vivaldi, O Lugar de Onde se Vê, Juntos Somos Nós, Fuga do Planeta Melancia e O Novo Rei de Beleléu. Em comum, as peças abordam o processo de amadurecimento e da transformação de cada indivíduo tendo em vista uma perspectiva de educação, psicologia e formação de público na arte. A estreia da mostra acontece presencialmente no Teatro Cacilda Becker e outras sessões serão exibidas por meio de registros pré-gravados no canal de Youtube Cia. Ouro Velho e Cultura Santos.

Lara Hassum e Paulo Marcos, fundadores da companhia e artistas que assinam a dramaturgia e direção de todas as obras apresentadas na mostra, contam que as peças do grupo também se preocupam em abordar, com delicadeza, alguns temas sociais relevantes. “Entendemos a criação artística como uma catarse, uma cura de muitos vícios que vamos obtendo ao longo da vida”, diz Paulo. Isso é o pano de fundo, por exemplo, da obra O Lugar de Onde se Vê, em que uma menina muito triste descobre o prazer e a vontade de brincar por meio de personagens icônicos do teatro. “Para ela, o teatro se torna um local de pensar o mundo, com seus problemas e questões, podendo contar com sua poesia”, complementa Lara.

Na peça O Novo Rei de Beleléu, os moradores da cidade vivem uma epidemia de “Tanto-Faz”, que causa nos contagiados uma grande apatia pela vida. Em Beleléu, quem tenta tomar o trono e ser rei é um capitão do exército fanfarrão e medroso. Quem se coloca contra o rei e tenta tirar os cidadãos desse estado tedioso é um sanfoneiro que usa ao seu favor o poder da música e da arte.

Juntos Somos Nós é uma obra que trata das belezas e dificuldades dos processos de aprendizagem e amadurecimento pessoal. Fuga do Planeta Melancia traz uma perspectiva ecológica para discutir a importância da preservação da natureza e Estação Vivaldi introduz aos pequenos a obra do compositor Antonio Vivaldi para falar – ainda que sem palavras, pois trata-se de um espetáculo sem texto verbal – sobre arte, liberdade e vida . As obras são voltadas para crianças a partir de 7 anos, com exceção de Fuga do Planeta Melancia, que pode ser facilmente compreendida por crianças a partir de 4 anos.

 

Sobre as obras

Estação Vivaldi
As Quatro Estações são os quatro primeiros concertos de uma série de 12, publicados por Antonio Vivaldi em 1725 sob o título Il Cimento dell’Armonia e dell’Invenzione. Cimentare, em italiano, significa tentar, experimentar, pôr à prova, arriscar, desafiar. A publicação propõe então, em seu título, algo como “A Disputa entre a Harmonia e a Invenção”. Com este título, Vivaldi queria apresentar obras inovadoras e experimentais em diversos aspectos, contrapondo a sua criatividade (a “invenção”) com o tradicionalismo da escrita musical (a “harmonia”).

Em outras palavras, ele está se fazendo uma pergunta que é sempre relevante, seja no sentido estético, ético ou político: o que deve mudar e o que deve permanecer? Desse modo, o espetáculo Estação Vivaldi, criado sem falas, apresenta o dia-a-dia de uma antiga estação de trem, visto pelo olhar infantil. Estranhos personagens, indo e vindo ao som da música de Vivaldi, compõem um colorido painel da existência humana, com suas alegrias e tristezas, sonhos e frustrações, inícios e fins.

Ficha Técnica
Dramaturgia: Lara Hassum e Paulo Marcos
Direção Artística e Musical: Paulo Marcos
Elenco: Aline Penteado, Felipe Camelo, Lara Hassum, Paulo Marcos, Renan Novais, Tássia Melo
Trilha sonora: Antonio Vivaldi
Iluminação: Carlos Gaúcho e Rodrigo de Oliveira
Cenografia e Figurinos: Mônica Simões e Paulo Marcos
Produção Executiva: Lara Hassum
Direção de Produção: Paulo Marcos
Realização: Cia. Ouro Velho – Centro de Estudos e Criação Teatral

 

O Lugar de Onde Se Vê
Primeira peça da Cia. Ouro Velho, O Lugar de Onde se Vê conta a história de Eva, uma menina que decidiu virar adulta antes do tempo e parou de brincar. Um dia, ela entra sem querer em um velho teatro abandonado, onde vai ter a oportunidade de resgatar sua infância.

O nome da peça parte do sentido original da palavra teatro (Theatron) que no grego significa “o lugar de onde se vê”. E foi nesse lugar especial que a humanidade, nos últimos 2500 anos, se reuniu para ver o mundo. Essa forma de brincadeira, às vezes tão séria, tem proporcionado às pessoas muita diversão e também a possibilidade de transformação.

A reflexão da peça se volta para os dias de hoje, onde há bem menos tempo para as brincadeiras. Muitas crianças são estimuladas, cada vez mais cedo, a agir como adultos, assumindo compromissos e responsabilidades muito além da infância. Como consequência, o desenvolvimento de algumas importantes capacidades humanas tem ficado em segundo plano, como a imaginação, a expressão, a sensibilidade, a compreensão do outro e a interação com o coletivo. Resgatar a dimensão da infância é o objetivo maior desta peça.

Ficha Técnica
Dramaturgia: Lara Hassum e Paulo Marcos
Direção Artística e Musical: Paulo Marcos
Elenco: Aline Penteado, Danilla Figueiredo, Lara Hassum e Tássia Melo
Preparação Corporal: Lu Carion
Técnica de Manipulação: Mônica Simões (Caixa de Imagens)
Desenho de Luz: Igor Sully
Montagem e operação de luz: Rodrigo de Oliveira
Arranjos Musicais: Rafa Miranda
Figurinos: Cy Teixeira
Cenografia: Paulo Marcos e Lara Hassum
Produção Executiva: Lara Hassum
Direção de Produção: Paulo Marcos
Realização: Cia. Ouro Velho – Centro de Estudos e Criação Teatral

 

Juntos Somos Nós
Nesse espetáculo, a Cia. Ouro Velho envia três cartas às crianças do nosso tempo. Em cada carta, uma história. Em cada história, uma jornada de aprendizado, de crescimento e de descobertas sobre si mesmo, sobre a vida e sobre o próprio ato de contar histórias.

A concepção do espetáculo é baseada na técnica clássica da contação de histórias e apresenta três narrativas que, vistas em conjunto, propõem uma reflexão ética para as novas gerações. Abordando temas relevantes como coragem, cooperação e maturidade, os contos são lançados ao mar como mensagens na garrafa para os que vierem depois de nós. O primeiro conto é O Príncipe Adil e os Leões, recolhido por Regina Machado. O segundo é O Filho Mudo do Fazendeiro, recontado por Ricardo Azevedo. E o terceiro é A Menina Invisível, conto de Paulo Marcos, escrito especialmente para a montagem.

Ficha Técnica
Criação Dramatúrgica e Cênica: Lara Hassum e Paulo Marcos
Baseado em contos trazidos por Regina Machado e Ricardo Azevedo
Elenco: Felipe Camelo, Lara Hassum, Tássia Melo
Apresentador: Paulo Marcos
Produção Executiva: Lara Hassum
Câmeras: Arlindo Galdão, Felipe Hassum, Guilherme Macedo, Jefferson Borges
Edição: Felipe Hassum e Guilherme Macedo
Gravação e edição de áudio: Kiko Carbone e Hélio Pisca
Montagem e operação de luz: Rodrigo de Oliveira
Direção de Produção: Paulo Marcos
Realização: Cia. Ouro Velho – Centro de Estudos e Criação Teatral
Gravado no espaço da Cia da Revista em 22 de julho de 2021.

 

Fuga do Planeta Melancia
A peça apresenta as peripécias de três jovens extraterrestres que aprendem, entre aventuras e trapalhadas, a importância de valores como solidariedade, respeito ao meio ambiente e equidade. A trilha sonora do espetáculo traz grandes obras da música clássica mundial para o universo lúdico infanto-juvenil, num divertido encontro entre a estética teatral e a ética da cooperação.

A peça começa com a seguinte narração: “No início, há muito tempo atrás, surgiu no espaço distante um pequeno planeta, novinho em folha. O novo planeta era lindo, redondinho, todo verde por fora; mas por dentro, ele era vermelho e docinho. Por essa razão, os antigos astrônomos deram ao suculento astro o belo nome de Planeta Melancia”. Cria-se assim, nas primeiras linhas do texto, uma metáfora do nosso próprio planeta Terra. Rico, generoso e suculento, essa metáfora também aborda a perigosa possibilidade distópica que vivemos, causada pelo individualismo desenfreado e pela destruição sistemática do meio ambiente e dos recursos naturais.

A boa notícia é que os habitantes do Planeta Melancia aprendem com seus erros. Refletem, amadurecem e transformam seu comportamento, salvando assim a si mesmos e à sua casa. Resta perguntar se os terráqueos serão capazes de seguir os passos dos vizinhos melancianos.

Ficha Técnica
Dramaturgia: Lara Hassum e Paulo Marcos
Direção Artística e Musical: Paulo Marcos
Elenco: Lara Hassum, Renan Novais e Tássia Melo
Voz em off: Paulo Marcos
Participação especial: Adriana Alencar
Cenografia e figurinos: Paulo Marcos e Lara Hassum
Produção Executiva: Lara Hassum
Câmeras: Arlindo Galdão, Felipe Hassum, Guilherme Macedo, Jefferson Borges
Edição: Felipe Hassum e Guilherme Macedo
Gravação e edição de áudio: Kiko Carbone e Hélio Pisca
Montagem e operação de luz: Rodrigo de Oliveira
Direção de Produção: Paulo Marcos
Realização: Cia. Ouro Velho – Centro de Estudos e Criação Teatral
Gravado no espaço da Cia da Revista em 21 de julho de 2021.

 

O Novo Rei de Beleléu
A peça apresenta as aventuras do artista Gabriel, um herói-sanfoneiro que parte em busca dos sonhos perdidos do povo de Beleléu, empunhando a única arma de que dispõe: as canções que nascem da sua sanfona. O espetáculo é uma celebração da cultura popular, com música ao vivo e muita percussão.

Baseada no universo dos folguedos populares – como a Folia de Reis, o Boi-Bumbá e o Maracatu – a fábula de Lara Hassum e Paulo Marcos faz uma defesa do lugar da arte e dos sonhos em um mundo cada vez mais gerido por valores duvidosos, como a ganância, a intolerância e a indiferença. Com música ao vivo e muita percussão, a companhia apresenta a história do Reino de Beleléu que, após o desaparecimento de seu Velho Rei, mergulhou em uma terrível epidemia da doença do Tanto-Faz.

Em Beleléu, agora, tudo tanto faz. É neste momento que o herói-sanfoneiro Gabriel entra em cena, sendo ele a única pessoa capaz de animar os doentes e salvar o Reino. Nas palavras do crítico Dib Carneiro Neto, O Novo Rei de Beleléu é “uma alegria só. Não perca por nada”.

Ficha Técnica
Dramaturgia: Lara Hassum e Paulo Marcos
Direção Artística e Musical: Paulo Marcos
Elenco: Aline Gonçalves, Aline Penteado, Danilla Figueiredo, Lara Hassum, Marcela Piccin, Tássia Melo
Preparação Corporal: Lu Carion
Cenografia, Figurinos, Adereços e Maquiagem: Mônica Simões
Iluminação: Carlos Gaúcho
Danças Brasileiras: Erika Coracini
Percussão: Rômulo Nardes
Peruca: Emi Sato
Produção Executiva: Lara Hassum
Câmeras: Arlindo Galdão, Jefferson Borges, Leticia Cruz
Edição: Felipe Hassum e Guilherme Macedo
Gravação e edição de áudio: Kiko Carbone e Hélio Pisca
Montagem e operação de luz: Rodrigo de Oliveira
Direção de Produção: Paulo Marcos
Realização: Cia. Ouro Velho – Centro de Estudos e Criação Teatral
Gravado no espaço da Cia da Revista em 22 de agosto de 2021.

 

 

 

 

 

Presencial

Estação Vivaldi
Teatro Cacilda Becker
Rua Tito, 295 – Lapa
Duração: 50 minutos
Recomendação: a partir de 6 anos
Dias 2, 3, 9 e 10 de outubro
Sábados e domingos, 16h
Grátis
Retirar ingresso com 1h de antecedência

 

O Lugar de Onde se Vê
Teatro Cacilda Becker
Rua Tito, 295 – Lapa
Duração: 60 minutos
Recomendação: a partir de 4 anos
Dias 16 e 17 de outubro
Sábado e domingo, 16h
Grátis
Retirar ingresso com 1h de antecedência

 

On-line

Juntos Somos Nós
Duração: 50 minutos
Recomendação: a partir de 8 anos
Sábado, 23 de outubro, às 19h
Acesso pelo link do canal do YouTube Cultura Santos
Domingo, 24 de outubro, às 16h
Acesso pelo link do canal do YouTube Cia. Ouro Velho

 

Fuga do Planeta Melancia
Duração: 35 minutos
Recomendação: a partir de 4 anos
Sábado, 30 de outubro, às 19h
Acesso pelo link do canal do YouTube Cultura Santos
Domingo, 31 de outubro, às 16h
Acesso pelo link do canal do YouTube Cia. Ouro Velho

 

O Novo Rei de Beleléu
Duração: 60 minutos
Recomendação: a partir de 4 anos
Sábado, 06 de novembro, às 19h
Acesso pelo link do canal do YouTube Cultura Santos
Domingo, 07 de novembro, às 16h
Acesso pelo link do canal do YouTube Cia. Ouro Velho

 

Estação Vivaldi
Duração: 50 minutos
Recomendação: a partir de 6 anos
Dias 13, 14, 20, 21, 27 e 28 de novembro
Sábados e domingos, 16h
Online (Em plataforma a definir)
Grátis
Acesso direto

 

Sobre a Cia Ouro Velho

A Cia. Ouro Velho foi fundada em 2013 por Paulo Marcos e Lara Hassum e, desde então, vem realizando projetos de ação cultural e artística no Estado de São Paulo, sob a perspectiva da formação integral humanista. O trabalho da companhia, baseado em encenações autorais associadas a ações pedagógicas no âmbito da cultura popular e erudita, une a prática teatral aos objetivos formulados pela UNESCO para a Educação contemporânea: Aprender a Ser, a Conviver, a Conhecer e a Fazer (no caso, Arte).

Em seu repertório destacam-se: O Lugar de Onde Se Vê, premiado pela Folha de São Paulo como Melhor espetáculo infantil de 2014 (voto popular); O Novo Rei de Beleléu, indicado ao Prêmio Arte Qualidade Brasil de Melhor espetáculo infantil de 2016; e Juntos Somos Nós, apresentado no Circuito Sescoop de Cultura em 2019. Merecem destaque também os projetos de circulação contemplados pelo Edital ProAC 08/2015 da Secretaria de Cultura do Estado; e pelo 3º Edital Instituto CCR de Projetos Culturais, em 2018. Juntas, essas montagens foram vistas por mais de 40.000 espectadores em teatros, escolas e parques públicos de 48 municípios do Estado de São Paulo.

Foto do espetáculo O Novo Rei de Beleléu: Bruno Cucio

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