Uma adaptação de Ricardo III, de William Shakespeare, para Crianças e Jovens. Escrita e dirigida por Angelo Brandini, com estética rock’n’roll. A cia já transformou a trajetória do Rei Henrique V em Henriques, Othelo em Othelito, Rei Lear em O Bobo do Rei, Hamlet em O Príncipe da Dinamarca e MacBeth em Bruxas da Escócia…
Referência em teatro para família, Angelo Brandini, premiado diretor e dramaturgo da conceituada Cia Vagalum Tum Tum apresenta sua mais nova criação. A sétima peça do repertório inspirada em William Shakespeare nos 19 anos da cia é uma adaptação do clássico Ricardo III, Meu Reino por um Cavalo e faz sua estreia dia 9. de outubro, sábado, às 15h, no Teatro do Sesi-SP (dia 1 de outubro, sexta, 15h, ensaio aberto). Temporada aos sábados e domingos às 15 horas até 12 de dezembro de 2021. Ingressos gratuitos. Reservas antecipadas pelo site sesisp.org.br/meu-sesi
Com direção musical de André Abujamra, figurinos de Christiane Galvan, cenografia de Bira Nogueira, direção de movimento de Vivien Buckup e caracterização de Leopoldo Pacheco, a montagem conta a trajetória do personagem Ricardo lll ao trono da Inglaterra e tem uma estética inspirada nos grandes shows de rock, contada pelo olhar do Palhaço e dos Bobos da Corte. Na história, um nobre ambicioso e sem escrúpulos decide fazer o que for preciso para se tonar rei, eliminando todos que estiverem no seu caminho, atrapalhando seus objetivos. A versão do clássico Ricardo III ganha linguagem moderna e atraente, com músicas originalmente compostas por André Abujamra e letras de Angelo Brandini, numa conversa sobre os temas mais profundos e concretos com humor e poesia, estimulando o pensamento crítico do espectador com cenas que libertam a imaginação e a criatividade que alimenta sonhos e curiosidades a respeito do ser humano.
Meu Reino por um Cavalo dará continuidade à linha de pesquisa da Cia Vagalum Tum Tum, com cenas repletas de movimentos corporais que passeiam entre o acrobático circense aliado ao jogo das máscaras, à música e ao canto, linguagens já incorporadas ao repertório das companhias. Marca registrada do grupo, a linguagem une o teatro mais clássico que vem da formação de Angelo na EAD e sua pesquisa sobre o arquétipo do Palhaço. Os elementos trágicos do texto original serão transpostos pela ação do raciocínio do palhaço em momentos que remetem à graça e à poesia sem perder, porém, a essência do texto original. Todas as músicas e pontuações sonoras são executadas ao vivo pelo próprio elenco, como se fosse também uma banda, que hora está atuando como personagens, ora como músicos dando apoio às cenas. Isto faz com que os elementos sonoros sejam orgânicos, em perfeito sintonia com todos os outros elementos do espetáculo.
As mortes que ocorrem no texto original serão transformadas, ressignificadas, nesta adaptação em “enquadramentos”, quando todos os eliminados serão emoldurados para a prosperidade, em quadros na parede, fazendo um distanciamento do ato de matar, que eternizará os personagens em quadros compostos ou individuais que continuarão a fazer parte da trama até o final da história. “Assim, pretendemos uma montagem com comprometimento e qualidade, que tem como ponto de partida a reflexão e o pensamento críticos, sem deixar de ser lúdico, belo e divertido”, fala o diretor. “Como trabalho com tragédias, sempre apresento a morte de forma inusitada. Em cada um dos espetáculos, a morte se dá de forma diferente. Nesta peça as mortes são tratadas com um tom divertido, que é a forma mais leve do palhaço lidar com o assunto.” Para Brandini, a montagem da peça hoje é muito significativa por dialogar diretamente com o momento atual. Por falar de poder e do que as pessoas são capazes de fazer para alcançar o poder.
Desde pequeno, ainda na cidade mineira de Paracatu, onde teve os primeiros contatos com o circo e o cinema, Angelo Brandini já sabia que trabalharia com teatro para crianças. Mas foi a partir do trabalho com os Doutores da Alegria que o ator entendeu o valor da arte para crianças. “Foi quando decidi colocar meu trabalho de diretor e dramaturgo a serviço das crianças. Com eles também ampliei meu conceito de crianças, que hoje é de 0 a 120 anos. As pessoas mais legais que conheci não esqueceram do tempo em que eram crianças. São adultos que olham o mundo com os olhos de uma criança, da mesma forma que o palhaço olha. Minhas peças são para a família inteira, entram no mesmo conceito do circo, feito para a família inteira.”
Sobre os elementos da montagem
O figurino, assinado pela atriz Christiane Galvan, busca referências do período Elizabetano, época em que os textos de William Shakespeare foram escritos e nas roupas dos jovens contemporâneos. São peças atemporais, inspiradas nas roupas dos palhaços, dos artistas de rua e bobos da corte. “As cores são sombrias, as texturas ressaltam a profundidade e a riqueza necessárias para contar esta famosa história do bardo”, revela Christiane.
André Abujamra ficou superfeliz quando foi convidado por Angelo para fazer a direção musical. Logo depois da primeira reunião, já em casa compôs a primeira música. “Falei que iria em poucos ensaios… me apaixonei tanto pelo projeto que fui em quase todos.” Para definir seu trabalho, André diz que a música do espetáculo é “poética e torta, no sentido de ter compassos diferentes… em coisas que não são usuais para o ouvido”. As melodias e composições foram criadas no clima/sentimento turco, imaginado pelo criativo que buscou inspiração na recente viagem à Turquia. ”Eles tem uma música forte, esquisita, meio estranha”, e como Ricardo II é um cara torto resolvi fazer uma música torta.” Sobre a parceria com Angelo Brandini, diz que “foi meio Lennon e McCartney, os dois fazendo tudo”.
O cenário reúne molduras de quadros pendurados, usados para “enquadrar as vítimas”, “indicando que cada quadro vazio pode ser o seu (a morte nos rodeia)”, como brinca o cenógrafo Bira Nogueira. “A ideia surgiu a partir do próprio texto, em que as mortes seriam enquadramentos; a morte sempre foi a questão mais pungente, Como matar as pessoas sem matá-las? Como mascarar um assassinato? Daí tendo o texto e uma moldura como ponto de partida!”
Ficha Técnica
Texto e direção: Angelo Brandini. Assistente de Direção: Val Pires. Música original: André Abujamra. Letras das músicas: Angelo Brandini. Direção Musical: André Abujamra. Assistentes de Direção Musical: Alexandre Maldonado e Demian Pinto.
Elenco:
Edgar Bustamante – Ricardo III
Tatiana Thomé – Lady Ana e Eduardo
Christiane Galvan – Margareth
Val Pires – Assassino 1
Demian Pinto – Buckinghan
Theófila Lima – George e Boneco Júnior
Alexandre Maldonado – Cavalo
Jhuann Scharrye – Assassino 2
Figurinos: Christiane Galvan. Assistente de Figurinos: Marcela Donato. Costureiras: Judite de Lima e Mariluce Constantino da Costa. Cenário: Bira Nogueira. Cenotécnica: Bira Nogueira e Ateliê PalhAssada. Caracterização: Leopoldo Pacheco. Preparação Corporal e Direção de Movimento: Vivien Buckup. Preparação Vocal: Juliana Amaral. Desenho de luz: Lígia Chaim. Desenho de som: Vitor Osorio (concepção e coordenação) e Sergio Sofiatti (consultoria e supervisão técnica). Fotos: João Caldas. Projeto gráfico: Sato do Brasil – casadalapa. Assessoria de Imprensa: M. Fernanda Teixeira – Arteplural. Mídias Sociais: Príscila Galvão. Produção Executiva: Elisa Taemi, Marina Mioni e Milena Marques. Realização: Cia. Vagalum Tum Tum.
Meu Reino Por um Cavalo.
Teatro SESI-SP.
Av. Paulista, 1313
O teatro vai atender 280 pessoas de público, com distanciamento de 1m, conforme nova orientação do governo estadual.
Ensaio aberto – Sexta-feira, 1º de outubro, às 15h.
Solicite presença antecipada pelo e-mail ccfagendamentos@sesisp.org.br e aguarde confirmação. Reservas sujeitas à lotação do teatro.
Estreia – Sábado, 9 de outubro, às 15h.
Solicite reserva antecipada pelo e-mail: ccfagendamentos@sesisp.org.br e aguarde confirmação.
Temporada presencial – aos sábados e domingos às 15 horas até 12 de dezembro de 2021. Ingressos gratuitos. Reservas antecipadas pelo site sesisp.org.br/meu-sesi
Temporada on-line – de 2 de dezembro de 2021 a 30 de janeiro de 2022
Disponível no canal do YouTube youtube.com/CentroCulturalFiesp
Nas mídias socias:
Site: www.ciavagalum.com.br – Facebook: ciavagalum.com.br/
Instagram: ciavagalumtumtum
Pioneirismo
Pioneira na adaptação de peças do bardo inglês para crianças, a Cia Vagalum Tum Tum acumula sucessos desde sua fundação, em 2001. Todas suas peças foram reconhecidas com os prêmios mais importantes de teatro infantil, como o APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e Prêmio São Paulo (antigo Coca-Cola FEMSA). Com o pé sempre na estrada, a companhia contabiliza mais de duas mil apresentações para um público total que ultrapassa 400 mil pessoas em diversas capitais do Brasil, como Manaus, Rio Branco, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, além de muitas cidades do estado de São Paulo e da capital. Em 2016, a trupe também esteve no Chile participando FAMFEST, um festival de teatro para a família em Santiago.
Criada por Ângelo Brandini e Christiane Galvan, a companhia adapta textos clássicos de William Shakespeare por meio da linguagem do palhaço, técnicas circenses e música ao vivo. Os outros espetáculos da companhia são Henriques (inspirado na trajetória do Rei Henrique V, protagonista dos dramas históricos Henrique IV partes I e II e Henrique V), Othelito (adaptado de Othelo), O Bobo do Rei (Rei Lear), O Príncipe da Dinamarca (Hamlet) e Bruxas da Escócia (Macbeth). Todos os espetáculos receberam diversos prêmios e são sucessos de público e crítica.
Sobre Ângelo Brandini (autor e diretor)
Formou-se na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo, EAD/USP. É autor e diretor das peças Masmorra, Senhor Dodói, (FEMSA 2008 de Melhor Texto Adaptado), Othelito (Prêmio APCA e FEMSA 2007 de Melhor Texto Adaptado) O Bobo do Rei (Prêmio FEMSA 2010 de Melhor Direção). O Príncipe da Dinamarca (Prêmio FEMSA 2011 de Melhor Texto Adaptado), Bruxas da Escócia (APCA 2013 de Melhor Texto Adaptado, Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2013 nas categorias Melhor Diretor e Melhor espetáculo).
Faz parte desde 1994 dos Doutores da Alegria, onde exerceu a função de coordenador nacional de criação e dirigiu e atuou no espetáculo Midnight Clowns, apresentado em S. Paulo e Rio de Janeiro. Ministra palestras-shows sobre o trabalho dos Doutores da Alegria e da Cia. Vagalum Tum Tum para empresas, órgãos governamentais, instituições e universidades de todo o Brasil, América do Sul e Portugal. Foi criador, redator e intérprete do programa Cidadania no Trânsito, Rádio Pára-Choque, esquetes cômicas sobre trânsito na Rádio Eldorado, Prêmio APCA de inovação no rádio 2006.
Como ator, participou de dezenas de espetáculos com diretores como Cacá Rosset (O Avarento), Celso Frateschi (O Macaco Peludo, Um Homem é Um Homem, O Banquete, Atiag e A Grande Imprecação diante dos Muros da Cidade, Tio Vânia, Don Juan ), William Pereira (La Chunga, em Miami e N. York), Gabriel Vilela, Roberto Lage, entre outros. Angelo Brandini é autor do Livro “O Bobo do Rei”, pela Companhia das Letrinhas (Prêmio de Melhor Livro de Teatro para Crianças de 2015 pela Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil e o título de Altamente Recomendável pela mesma Fundação e pela Biblioteca Nacional). É uma adaptação de Rei Lear, de Shakespeare. Na segunda parte do livro, Angelo ensina as crianças como montarem a peça em casa.
Sobre a Cia Vagalum Tum Tum
A companhia surgiu em 2001 com o espetáculo homônimo Vagalum Tum Tum que contava a saga de um palhaço atrás de um vagalume. O segundo espetáculo, Queluzminha, contava com dramaturgia de Marici Salomão e apresentava a história de dois palhaços em esquetes com técnicas “palhacescas” variadas e manipulação de objetos. Em 2007 a companhia estreou Othelito, produzido e premiado pelo 11º Cultura Inglesa Festival como Melhor Espetáculo infanto-juvenil. Othelito ganhou também os prêmios APCA e FEMSA 2007 de Melhor Texto Adaptado. No ano de 2010 estreia O Bobo do Rei, livre adaptação de Rei Lear de William Shakespeare e recebeu o Premio da Associação Paulista de Críticos de Arte de Melhor Elenco, FEMSA 2010 de Melhor Direção, Melhor Figurino para Christiane Galvan e Atriz Revelação para Tereza Gontijo.
Já em 2011 foi a vez da Cia. estrear O Príncipe da Dinamarca, livre adaptação do clássico Hamlet, de William Shakespeare, vencedora do Prêmio FEMSA 2012 de Melhor Autor de Texto Adaptado, que também rendeu ao ator Davi Taiu o FEMSA de Melhor Ator Coadjuvante em 2012 e Premio da Cooperativa Paulista de Teatro de Melhor Trabalho para o público Infanto-Juvenil 2011. Em 2014, o grupo adaptou Macbeth, de William Shakespeare, transformando a peça no espetáculo infantil Bruxas da Escócia. A montagem venceu em três categorias do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2014 (antigo Prêmio Femsa): Melhor Espetáculo Infantil, Melhor Direção e Melhor atriz Coadjuvante (Christiane Galvan). Ganhou ainda o Prêmio APCA de Melhor Espetáculo com Texto adaptado e foi finalista do Prêmio Governador do Estado na Categoria Arte para Crianças.
Livre adaptação da trajetória do Rei Henrique V de William Shakespeare, Henriques foi eleita Melhor Espetáculo de 2016 pelo Guia da Folha e recebeu o Prêmio APCA 2016 de Melhor Espetáculo para Crianças com Texto Adaptado, além de ter sido indicado a 6 categorias do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil de Jovem 2017 (Melhor espetáculo, Melhor Texto Adaptado, Direção, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Figurino, Melhor Ator Coadjuvante). Os espetáculos da Cia. Vagalum Tum Tum compõem o ativo repertório e foram amplamente reconhecidos pela crítica especializada e pelos mais de 400 mil espectadores de todo o Brasil e Chile.
Foto: João Caldas
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