Vera que vê o mundo

Vera que vê o mundo estreia online dia 13 de novembro e é recomendado para crianças de 3 a 12 anos. Transmissão aos sábados e domingos, às 16h pelo Facebook de vários teatros da Prefeitura…

 

 

 

Na nova montagem, as atrizes Ziza Brisola e Patrícia Rizzi interpretam texto inédito de Paulo Rogério Lopes, sob a direção de Leopoldo Pacheco.

Feminismo e preservação do meio ambiente são questões tratadas. No cenário, uma estrutura de cinco metros possibilita números e acrobacias aéreas.

A figura feminina continua no foco do mais novo espetáculo da Cia Linhas Aéreas. Em Vera que vê o mundo, Ziza Brisola e Patrícia Rizzi apresentam a segunda obra de sua trilogia que privilegia protagonistas mulheres. A estreia online acontece dia 13 de novembro , às 16 horas, como um aperitivo para a galera entre 3 e 12 anos assistir à temporada presencial em 2022.

As transmissões são gratuitas e acontecem aos sábdos e domingos, sempre às 16 horas, até 19 de dezembro pelos canais do Facebook de vários teatros municipais – Teatro Alfredo Mesquita (13 E 14/11), Teatro Cacilda Becker (20 E 21/11), Teatro João Caetano (27 E 28/11), Teatro Paulo Eiró (4 E 5 De Dezembro), Teatro Arthur Azevedo (11 E 12/12), YouTube da Escola Pulsarte ( 18 e 19/12).

A primeira montagem da Trilogia Protagonistas Femininas Para Crianças, com adaptações de obras literárias para teatro infantil com protagonistas mulheres, foi Wendy e Peter (2018), dirigida por Bruno Rudolf, versão do livro Peter Pan and Wendy (1911), de J . M . Barrie , feita por de Ziza Brisola e Patrícia Rizzi.

Inspirado no conto A Rainha da Neve (1844), do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, o espetáculo inédito de circo-teatro contemporâneo tem texto de Paulo Rogério Lopes e direção de Leopoldo Pacheco. Em sua trajetória de 22 anos atuando com circo, teatro e dança em aéreos, a dupla vem cheia de vigor e energia para contar as aventuras dos amigos Vera e Caio, personagens que tiveram seus nomes adaptados – no original, Gerda e Kay.

Em sua saga sozinha pelo mundo, atrás de fazer as pazes com o vizinho e melhor amigo, Vera vive uma jornada de heroína, cheia de aventuras e percalços para resgatar Caio, levado para o castelo da Rainha da Neve, e condenado a um mundo gélido, sombrio e sem memórias.

 

Estrutura cênica de 5 metros
A linguagem integra técnicas de circo, teatro e dança contemporânea. Do Jardim da Laje onde as crianças brincam ao Rio Caudaloso; do encontro com a Corva até o Palácio da Rainha da Neve, passando pela Jaula da Rena e pelo casebre da Garota da Lapônia, tudo que se passa em cena está representado numa única estrutura cenográfica de cinco metros de altura.

Equipada com aparatos técnicos, este cenário serve de trampolim para as atrizes realizarem voos e suspensões. Penduradas por elásticos, cordas e tecidos, fazem movimentos acrobáticos e coreografias aéreas que vão transformando seus espaços nos diferentes lugares por onde a história passa.

Este cenário é criação dos diretores de arte Renato Bolelli Rebouças e Viviane Kiritanni, responsáveis ainda pelo figurino – os mesmos que desenvolveram a cenografia de O Animal na Sala, (adulto de dança-teatro, dirigido por Renata Melo) e o infantil Wendy, de 2019, encenado por Bruno Rudolf.

 

Meio ambiente e feminismo
Na trama, o feminismo é pintado com cores fortes na adaptação, que também encontrou espaço para tratar da questão da preservação do meio ambiente. “A ideia já é presente no conto, onde a Rainha da Neve equilibra as estações, faz parte do ciclo da natureza, leva o Inverno embora, mas Paulinho ressaltou o tema em todos os personagens. É o principal ponto da nossa montagem”, conta Ziza.

Leopoldo Pacheco comernta a preocupação com a natureza. “Em suas andanças, Vera encontra pelo caminho uma série de vilões simpáticos, como a jardineira que borrifa agrotóxicos, a mulher que queima madeira ou o rio cheio de lixo que pensa estar doente.”

Refletir sobre o feminino sempre foi um foco na pesquisa do grupo e presente no trabalho voltado para crianças. “Agora, nesta trilogia de adaptações, buscamos entre os clássicos ou histórias mais conhecidas onde existe esse protagonismo feminino”.

Patrícia lembra que o conto “tem uma carga feminina bastante forte, é uma história que tem muitas mulheres e figuras femininas”. Ziza e Patrícia destacam a força da menina, que vem de sua inocência de criança. “Ela supera tudo devido a sua coragem, otimismo, determinação, pureza e um coração cheio de amor.”

Ficha Técnica
Direção: Leopoldo Pacheco. Texto: Paulo Rogério Lopes. Criação e interpretação: Patrícia Rizzi e Ziza Brisola. Direção de Arte (cenário e figurino): Renato Bolelli Rebouças e Viviane Kiritann. Trilha Sonora: Frederico Pacheco, Kau Caldas e Vitor Arantes . Concepção e Realização: Companhia Linhas Aéreas. Assessoria de Imprensa: M. Fernanda Teixeira e Macida Joachim (Arteplural).

 

 

 

 

 

Vera que vê o mundo
Apresentações online

Teatro Alfredo Mesquita
Dias 13 e 14 de novembro de 2021
Sábado e Domingo às 16h
Gratuito

Teatro Cacilda Becker
Dias 20 e 21 de novembro de 2021
Sábado e Domingo às 16h
Gratuito

Teatro João Caetano
Dias 27 e 28 de novembro de 2021
Sábado e Domingo às 16h
Gratuito

Teatro Paulo Eiró
Dias 04 e 05 de dezembro de 2021
Sábado e Domingo às 16h
Gratuito

Teatro Arthur Azevedo
Dias 11 e 12 de dezembro de 2021
Sábado e Domingo às 16h
Gratuito

YouTube da Escola Pulsarte
Dias 18 e 19 de dezembro de 2021
Sábado e Domingo às 16h
Gratuito

 

Sobre o grupo
A Companhia Linhas Aéreas pesquisa o diálogo entre diferentes discursos artísticos ligados ao movimento expressivo e ao uso do corpo e da imagem como narrativa. Trabalha uma linguagem autoral na junção de circo, dança e teatro. Além da pesquisa técnica, circense e de dança, o grupo se formou em torno de um desejo de abordagem temática voltada para as mulheres, para o universo feminino, que permeia todos os seus trabalhos até hoje. Já realizou quinze espetáculos e recebeu prêmios importantes como Petrobrás Cultural, Shell de Teatro e Fomentos de Teatro e Dança (detalhados a seguir).

Nestes 22 anos, o grupo sempre se destacou pela criativa utilização de recursos circenses em seus espetáculos e pela seriedade e continuidade de sua pesquisa envolvendo os treinamentos, a fisicalidade dos intérpretes e a busca de soluções narrativas calcadas na força do circo, das imagens, do movimento e do gesto expressivo.

Entre suas criações destacam-se: Pequeno Sonho em Vermelho (2003), que ganhou dois Prêmios Shell de Teatro: iluminação (Domingos Quintiliano) e trilha sonora (Gustavo Kurlat), Plano B (2000), que participou do Fringe Festival de Edimburgo, na Escócia, em 2001, e “Memória Roubada” (2013), vencedor do Prêmio CPT 2013, como Melhor Projeto Visual, e indicado à melhor Direção.

Seu mais recente trabalho é “Wendy e Peter”, adaptação do clássico de J. M. Barrie, que será o primeiro de uma trilogia de clássicos infantis com protagonistas femininas. Desde sua estreia com o espetáculo “Linhas Aéreas”, em 1999, o grupo dedica sua pesquisa de criação para além da utilização centrada na virtuose dos números aéreos e passa a pensar mais especificamente formas de desenvolver uma expressão autoral e uma dramaturgia a partir do movimento e da imagem em espetáculos que exploram profundamente a mistura de linguagens. A técnica corporal mais investigada e utilizada pela companhia é a técnica aérea circense, que foi desconstruída tanto em termos de padrões de movimentação quanto através da utilização de diferentes suportes, materiais e aparelhos em cada encenação.

A pesquisa central da companhia é por um significado para a ocupação do espaço cênico e aéreo, uma narrativa das imagens e da expressão física de seus intérpretes, buscando uma dramaturgia do corpo, a narrativa do gesto e a força da palavra no desenvolvimento de uma poética total.

 

Foto: Paulo Barbuto

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