A cantora e compositora carioca Dulce Quental lança o single Vagalumes Fugidios que integra seu novo álbum autoral, Sob o Signo do Amor, que será lançado em março de 2022…
A faixa está disponível no site da artista – dulcequental.com.br – e chega às plataformas digitais no dia 10 de dezembro.
Trafegando entre o erotismo e a política embalada ao som de um tango, do desejo sublimado à citação dos Escritos Corsários do cineasta italiano Pasolini, Vagalumes Fugidios lampeja acendendo os pensamentos que Dulce pretende iluminar: É possível manter a inocência diante do horror? Imaginar pode ser uma maneira de fazer política?
Vagalumes são pequenas luzes de desejo e resistência, experiências de vida que com suas luzes intermitentes e discretas continuam por aí. Assim como Dulce Quental e sua música atemporal, situada no improvável das aberturas, nos impossíveis, nos lampejos, apesar de tudo.
Vagalumes Fugidios / Dulce Quental
Nas plataformas: dia 10 de dezembro de 2021
Produção: Jonas Sá & Pedro Sá. Arranjo: Jonas, Pedro & Dulce Quental. Mixagem: Duda Mello. Masterização: Ricardo Garcia. Capa: Rodrigo Sommer. Foto: Nana Moraes. Produção de arte & visage: Rodrigo Bastos. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Lançamento: Cafezinho Edições & Produções Musicais
Músicos: Dulce Quental (voz), Pedro Sá (baixo & guitarras), Jonas Sá (MPC, chocalho, garrafas, pandeirolas, reco-reco, corda de violão, sintetizadores Minimoog & Korg Mono/Poly), Jaques Morelenbaum (Cellos), Mariano González (bandoneón & percussão de bandoneón) e Itamar Assiere (piano).
Vagalumes Fugidios
(Dulce Quental)
já que não posso ter você
levei todos os seus livros para a cama
dormi abraçada aos seus poemas
sonhei com musas assaltando sonhos
vagalumes fugidios nas montanhas de Pasolini
ao vislumbrar o fim da nossa humanidade
o fascismo das massas chegando ao poder
o fim da inocência e do amor
dancei pelada toda a noite
no lampejo daquela consciência acesa
antes do túnel que nos levou
estar com você
é como voltar a ser de novo um vagalume
copulando sons e poemas de acasalamento
em mensagens trocadas ao luar
música para traçar linhas de fuga
no lusco-fusco das noites imemoriais
Dulce Quental
Como se renovar sem se tornar cinza?
Dulce Quental é mãe, cantora e compositora (não nessa ordem). Cronista em busca da poesia esquecida destes dias perdidos, Dulce (sobre) viveu (há) os anos 80, e procura uma forma de se renovar sem se tornar cinza. Ela ouve a voz da chuva, acredita no poder do desejo, e brinca de amar o cinema, a música e a vida. Gravou cinco discotecas: “Avião de Combate” (CBS-1984), “Délica” (EMI-1985), “Voz Azul” (EMI-1988), “Dulce Quental” (EMI-1989) e “Beleza Roubada” (Cafezinho Música / Sony Music – 2004). Formada em comunicação social, colaborou com resenhas de livros para o Caderno Ideias do Jornal do Brasil e artigos para a Revista de Estudos Femininos da UFRJ. Destacou-se principalmente como compositora tendo sido gravada por artistas dos mais variados segmentos. Realizou belas parcerias com Roberto Frejat, George Israel, Paulinho Moska, Ana Carolina, Zélia Duncan, Toni Garrido, Celso Fonseca, Zé Manoel e Paulo Monarco, entre outros. O quinto disco de carreira, “Música e Maresia”, saiu em LP, em 2016, e registra gravações realizadas nos anos 90. O LP lançado no mesmo ano virou especial de TV no Canal Brasil. Nele Dulce faz uma retrospectiva da carreira. Em 2012 reuniu em um livro as “Caleidoscópicas”, mais de 40 crônicas escritas para o site paulista Scream & Yell, que depois virou coluna no iG e seguiu seu caminho pelas ruas da internet. A artista se apresenta pelo país não só como cantora, mas também como palestrante, em seminários, jornadas literárias e congressos, quando narra a sua experiência como compositora, autora e pesquisadora das palavras. Participou da V Jornada Internacional de Mulheres Escritoras, do I Congresso Nacional de Literatura e Gênero, e do Seminário de encerramento do Pacto Nacional pela Educação na Idade Certa. Trabalha também como profissional de música independente assessorando artistas e prestando serviços para o mercado de música independente.
Foto: Nana Moraes
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