Em “poesia slam”, curta-metragem retrata o cotidiano dos coletores de lixo em meio à pandemia

A produção da Marianas Filmes será exibida no formato online em 04 de fevereiro, e ficará disponível por 24 horas…

 

 

 

Após receber prêmios internacionais com o curta “ILE” e ser indicada em diversos festivais de cinema com “De Mãos Atadas” – incluindo recém exibição na mostra de cinema de 2021 do MIS – a produtora Marianas Filmes lança “Abscesso”, com estreia marcada para 04 de fevereiro, no canal do YouTube e ficará aberto ao público durante 24h. A organização está negociando sessões gratuitas e presenciais em centros culturais de São Paulo e prevê detalhes em breve.

O curta metragem conta a história de João, um jovem da comunidade Heliópolis (maior favela de São Paulo) que denuncia em forma de poesia slam, as mazelas de seu dia a dia durante a pandemia como trabalhador de uma classe constantemente marginalizada: os coletores de lixo.

O texto dramatúrgico que originou o roteiro foi escrito por Antonio Valdevino, que também protagoniza João, no curta. “Escrevi Abscesso no auge da pandemia, partindo de relatos de amigos e familiares que residem em Heliópolis. A partir das narrativas periféricas que atravessaram e ainda atravessam um momento de luto, fome, desemprego e a falta de perspectiva na comunidade, surge a necessidade de uma figura que conte essas histórias”, explica o ator.

O filme é realizado com verba do edital PROAC 2020 de Audiovisual.
Cenário por trás do cinema
Segundo o Siemarco, sindicato da categoria, cerca de 2 mil funcionários foram infectados pela Covid-19 e pelo menos 50 morreram em decorrência da doença. De acordo com informações divulgadas em nota pela Prefeitura, a cidade de São Paulo gera, em média, 18 mil toneladas de lixo diariamente (lixo residencial, de saúde, restos de feiras, podas de árvores, entulho, etc.). Só de resíduos domiciliares são coletados quase 10 mil toneladas por dia. Diariamente é percorrida uma área de mais de 1.500 km² e estima-se que mais de 11 milhões de pessoas são beneficiadas pela coleta. Cerca de 3,2 mil pessoas trabalham no recolhimento dos resíduos e são utilizados mais de 500 veículos (caminhões compactadores e outros específicos para o recolhimento dos resíduos de serviços de saúde).

Ficha Técnica:
Roteiro – Antonio Valdevino e Isabella Salcedo
Direção – Bianca Iatallese
Assistente de Direção – Vitoria Alarcon
Produção Executiva – Victoria Rodriguez
Direção de Fotografia – Tatiane Ursulino
Operador de Câmera (Manifestação) – Alexandre Mendonça
Assistente de Fotografia – Gabriel Arruda
Maquinaria – Elói Fagundes / Smiith
Assistente Maquinaria – Mariana Miranda
Direção de Arte – Giovanna Sayuri
Assistente de Arte – Bruna Di Cássia
Contrarregra – Jonathan Silva / João Cicala
Figurino e Maquiagem – Lara Cezzarini
Preparação de Elenco – Célia Luca
Produção de Set – Caroline Pereira
Assistente de Produção – Gabriela Santos
Produção de Locação – Ciszo
Som Direto – Raphael Arantes / Bruna Sonore / Som Direto praia – Isabela Rodrigues
Captação em estúdio (áudio meditação) – Vinicius Sato
Direção Musical e Mixagem – Brenno Zanotto
Percussão – Ivan Silva
Beat – Pedro Maia
Captação de narração Off – Toninho Rossi (Soom Vip Studio)
Motorista – Ronaldo Senciani / Fiore Transportes
Segurança – MC Apoio Cinematográfico – Edson Joaquim da silva / Luiz Cláudio / Oliveira da Penha / William Marinho Dos Santos Apolinário / Paulo Henrique da silva.
Catering -Elenir Pereira/ Maria Leonilda de Oliveira Santos
Relações Públicas – Ariane Hipólito
Tradução em inglês – Bruna Di Cássia
Jurídico – Beatriz Nogueira
Elenco
João – Antonio Valdevino
Caixa do mercado – Marina Esteves
Segundo coletor de lixo – Jefferson Matias
Irmã – Camila Cezar
Tia – Dalma Régia
Menina do farol – Bea Davantel
Voz meditação – Monge Tenzin Jampa

Apoio:
Fundação das Artes de São Caetano do Sul
PorqueEu Filmes
Etcetera Produções
Filme contemplado pelo edital PROAC

 

 

 

 

 

Abscesso
Sexta-feira, 04 de fevereiro, às 20h
Canal no YouTube da Marianas Filmes
Gratuito

 

Sobre Marianas Filmes
A Marianas surgiu a partir de uma necessidade latente de expressão de três amigas de faculdade, em 2016. A produtora teve a sua estreia no mesmo ano, com um curta-metragem independente, chamado ILE (sobre uma criança transsexual) que viajou o mundo e trouxe prêmios relevantes ao grupo: Woman and Hollywood em NY e selecionado pra premiações e mostras em Shangai, Romênia e Goiania.

A partir de então, trabalham juntas em projetos para editais, levando sempre em consideração o impacto social e temas que sejam urgentes para a luta de classes, como o Curta “De Mãos Atadas” que está trilhando o seu caminho e conquistando festivais internacionais em Barcelona e Inglaterra, além das salas de mostras como a do MIS, em São Paulo e a Mostra Futuro do Cinema Brasileiro.

O terceiro filme vem como aposta, ao se tratar de um evento que estampou a discriminação à minorias. A ideia é abrir o diálogo, dar espaço e visibilidade.

Todas as produções contemplam uma equipe majoritariamente feminina. Marianas, o nome mais feminino do vocabulário, é uma mistura de Marias e Anas por aí.
Foto de cena: Divulgação

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