Mulheres que romperam paradigmas da cultura machista

“Mulheres Iluminando o Mundo”, filme com direção de Gisela Arantes, realizado com apoio da ONU Mulheres e Rede Brasil do Pacto Global da ONU, revela conquistas de mulheres brasileiras e enriquece debate sobre indicadores sociais de gênero no Brasil…

 

 

 

 

“O protagonismo feminino na construção de diferentes narrativas é o fio condutor para que não só o futuro, mas o presente, sejam diferentes.” 
                                                                                                                                    Gisela Arantes

 

Até quando as mulheres terão de ouvir frases como a que escandalizou o mundo recentemente dita por um parlamentar brasileiro que esteve na Ucrânia – “Elas são fáceis, porque são pobres” – em referência às mulheres de lá, neste momento de Guerra e de extrema vulnerabilidade?

A Série Mulheres Iluminando o Mundo (MIM) trata de mulheres que combatem o pensamento de exclusão sob diversas perspectivas: desigualdades salariais, dificuldade na ocupação de cargos de liderança, desrespeito, assédio e violência.

Concebido pela cineasta Gisela Arantes, que está à frente da Umiharu Produções Culturais e Cinematográficas, o projeto nasce da inquietação e desejo de reforçar a reflexão sobre o poder de protagonismo das mulheres na transformação da sociedade. A obra é inspirada nos sete princípios de empoderamento da ONU Mulheres (WEPs), dentre os quais a cineasta destaca o “estabelecimento de liderança corporativa de alto nível para a igualdade de gêneros”, e tem como eixo central a diversidade étnica, regional e sociocultural das personagens.

Mulheres Iluminando o Mundo (MIM) ressalta a importância da visibilidade para histórias de protagonismo feminino e apresenta nesta primeira etapa, um Filme média-metragem de 37 minutos, em fase de lançamento, e oito Pílulas de Filmes documentais de 5 minutos cada, além dos debates online (Conversas que Iluminam) com vozes- referências nos temas.

A equipe equilibrada entre mulheres e homens, contou com importantes olhares masculinos, como os dos músicos André e Pedro Abujamra (pai e filho) e o pianista e maestro Eron Guarnieri, responsáveis pela trilha sonora, o diretor de fotografia Luís Villaça, Leonardo Mecchi na produção executiva e o poeta Edson Cruz.

Segundo Gisela que, além de ter escrito e dirigido o Filme, é autora, diretora, empresária cultural e arte-educadora, o Projeto MIM aborda o empoderamento das mulheres brasileiras por meio dessas oito pioneiras que ocupam espaços de liderança, tradicionalmente considerados masculinos.

De acordo com o Fórum Econômico Mundial, a realidade brasileira mostra que a desigualdade de gênero no trabalho só acabará em 2276, se continuarmos a negligenciar a relevância do trabalho feminino. Em 2019, um estudo feito pelo IBGE mostrou que mulheres ganham menos do que os homens em todas as ocupações selecionadas na pesquisa.

“Acredito que a Igualdade de Gênero, o Empoderamento das Mulheres e o conceito de Equidade abordados no Filme são preponderantes para chegarmos ao compromisso dos direitos de todos. Para além disso, me interessa o ‘ser feminino’, o arquétipo que está à frente da época e das relações sociais, aquilo que é intrínseco ao universo da mulher e por isso capaz de transcender as barreiras da sociedade e dos costumes estabelecidos”, ressalta.

Desde outubro de 2021 o projeto vem conquistando importante visibilidade através de suas redes sociais, que reverberam ações e desdobramentos como os debates temáticos intitulados de ‘Conversas que Iluminam’, os lançamentos das Pílulas sobre cada personagem, além da exibição do Filme em caráter de pré-lançamento digital com as oito mulheres. Nesses quatro meses, mais de 5 milhões de pessoas foram impactadas pelo projeto, 19 mil acessos no site, 43 mil seguidores nas redes sociais e 238 mil visualizações entre Pílulas e debates.
As oito histórias

Antropóloga e curadora adjunta do Museu de Arte de São Paulo, Sandra Benites, da etnia Guarani Nhandewa, é uma das mulheres do Filme. Ela destaca que a diversidade possibilita que outras vozes expressem suas perspectivas de mundo.

Major do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Karla Lessa ressalta que a afirmação do protagonismo feminino, a partir de documentários como Mulheres Iluminando o Mundo contribui para que os estereótipos sobre mulheres sejam mudados.

Aline Maria da Silva, motorista parceira 99, conta sua história de transformação, a partir do momento que entende os mecanismos do machismo no ambiente de trabalho.

Nísia Trindade Lima é presidente da Fiocruz – Fundação Osvaldo Cruz – e lidera várias ações desde o início da pandemia, em 2020. É a primeira mulher a presidir a instituição em 120 anos.

Sônia Guimarães, primeira doutora negra do Brasil e professora do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). Quando começou a lecionar na instituição, alunas ainda não eram aceitas. Isso só aconteceu em 1996.

Fernanda Ribeiro é afroempreendedora, fundadora e presidente da Afrobusiness, associação sem fins lucrativos, que promove a integração entre empreendedores negros. É também cofundadora da Conta Black, a primeira conta digital criada para negros no país.

Paula Paschoal foi CEO do PayPal Brasil, uma das maiores empresas de pagamento online do mundo. É conhecida por ser uma defensora da igualdade de gênero dentro das empresas. Foi eleita pela Forbes como uma das mulheres mais influentes do país. Atualmente assumiu a posição de Managing Director do Google Pay para a América Latina.

Miriam Monteiro de Aguiar é produtora de cafés orgânicos especiais, Socióloga (UFMG) com mestrado em Administração Rural e Desenvolvimento pela Universidade Federal de Lavras, UFLA, e Presidente da Aliança Internacional das Mulheres do Café.

“Acredito que o empoderamento passe pelo reconhecimento do próprio valor como ser humano, ciente de sua missão em relação a outras pessoas. Valorizar o seu poder transformador, dotado de infinita esperança e capacidade de revitalização. Nesse sentido, gostaria de citar a mulher em geral, como esse ser que me inspira; em suas mais variadas esferas sociais, com sua sabedoria e força, é algo inovador. Sentir-se capaz de realizar seus sonhos e sonhar com algo maior, além de si mesma. Aprender a trabalhar no coletivo, cuidando sempre da sua individualidade. Ao longo da História, quantas mulheres maravilhosas e pioneiras romperam limites e abriram caminho para as demais!”, conclui Gisela.

 

 

O Projeto Mulheres Iluminando o Mundo é uma ação do Ministério do Turismo e Governo Federal, através da Lei de Incentivo à Cultura, com a concepção e gestão da Umiharu Produções Culturais e Cinematográficas e conta com o apoio institucional da ONU Mulheres e da Rede Brasil do Pacto Global da ONU. Tem patrocínio da EY, Arteris, 99, ABN-Amro e SMBC (Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro), além do apoio da ABBI (Associação Brasileira dos Bancos Internacionais), 30% Club, Talenses Group. E apoio cultural da InnSaeiTV.

 

Sobre Gisela Arantes
Cineasta diplomada pela Universidade Anhembi-Morumbi, é diretora e roteirista. Aprimorou-se com Caio Gullane, Lauro Escorel, além de cursar Cinema Total, do Instituto Nacional de Cinema. Formou-se também como atriz pelo Teatro Célia Helena e complementou seus estudos com Denise Stoklos, Luís Alberto de Abreu e J. C. Viola. Protagonizou o programa “Glub Glub”, grande sucesso da Rede Cultura de Televisão. Capacitou-se como empresária cultural, cursando marketing, gestão do terceiro setor e empreendedorismo, com certificações também pelo Sebrae.

Em 2019 escreveu e dirigiu Mundo Sem Porteira – um alerta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. O Documentário ganhou diversos Prêmios Internacionais: Melhor Fotografia no 4o Indian World Film Festival e no 8th Noida International Film Festival, além de ser contemplado com a Menção Honrosa do Júri, no 8o Delhi Shorts International Film Festival, na Índia; finalista como melhor Direção no Red Movie Awards, no Reino Unido, e melhor Curta Doc no PRISMA Rome Independent Film Awards, Itália; e no Children Care Film Festival, Paris, França.

Lançou em 2021, A Cura Tem Cara, série de filmes documentários para saúde, bem-estar e ânimo da população, com impacto a cerca de 2,6 milhões de pessoas.

É idealizadora de Mulheres Iluminando o Mundo, Série de Filmes para o empoderamento das mulheres, e já prepara as próximas produções, que tratam de temas relevantes, como a integração e dignidade de refugiadas e migrantes no Brasil.

 

Sobre a Umiharu Produções Culturais e Cinematográficas:
A Umiharu cria, desenvolve, realiza e faz a gestão de projetos culturais audiovisuais e teatrais de alcance social nas áreas da ciência e educação, sempre orientados por conceitos humanistas de Sustentabilidade e Ética. Há 14 anos no mercado, integra a Rede Brasil do Pacto Global da ONU, realizando Projetos de causa que geram interação das comunidades com o poder público e as empresas, a partir de temas de impacto relacionados aos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU, tais como: saúde, meio ambiente e sustentabilidade, trabalho e igualdade de gênero, empoderamento das mulheres e equidade, refugiados e a interculturalidade, diversidade e inclusão, proteção às crianças e adolescentes. Conta com importantes parceiros em projetos culturais, como: ACNUR, ONU Mulheres e Childhood Brasil, para citar alguns.

Além de produtos próprios, a empresa cria, desenvolve e faz a gestão de Projetos Culturais para marcas que desejam democratizar o acesso ao conhecimento e estimular a criatividade do público, colaborando para a construção de uma sociedade mais justa, bela e humana.

 

 

 

 

 

 

Mulheres Iluminando o Mundo
Transmissão pelo canal do YouTube do Mulheres Iluminando o Mundo e plataforma do InnSaei

Exibição aberta do filme nos dias 22 e 23 de março (até meia-noite) pela plataforma do InnSaei 

Dia 24 de março, quinta-feira, às 19h
Lançamento da Pílula de Filme com Sandra Benites e Debate “Conversas que Iluminam”
Tema: Mulheres Indígenas em Protagonismo na Arte Com:
– Adriana Carvalho, CEO Generation Brasil, como mediadora
-Sandra Benites Guarani, antropóloga e curadora adjunta do MASP – Museu de Arte de São Paulo,
– Yacunã Tuxá – Graduada em Letras pela UFBA e artista visual (algumas obras dela aparecem no Filme)
– Anita Ekman – Artista visual, investigadora das artes ameríndias.
– Gisela Arantes – Empresária e Cineasta, Diretora da Série Mulheres Iluminando o Mundo.

O Debate terá transmissão simultânea, ao vivo no canal MIM do YouTube 

 

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Fotos: Diego Carvalho

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