Em live, Zé Celso Martinez Corrêa e Monique Gardenberg falam sobre Esperando Godot, filme que entra em cartaz na Itaú Cultural Play

A dupla assina a direção do longa-metragem que estreou em 2021 e passa a integrar o catálogo da plataforma. Eles conversam com o crítico e pesquisador teatral Kil Abreu sobre o processo de criação e direção da produção baseada na peça de Samuel Beckett. Este clássico do dramaturgo irlandês sobre a desesperança ganha, aqui, problemáticas atuais, como o isolamento a partir da pandemia de Covid-19…

 

 

 

 

O Itaú Cultural realiza no dia 29 de junho (quarta-feira), às 19h, em seu canal no Youtube www.youtube/itaucultural, live sobre Esperando Godot, longa-metragem inspirado na peça homônima de Samuel Beckett, que entra em cartaz na plataforma Itaú Cultural Play a partir de sexta-feira, 24. Nela, José Celso Martinez Corrêa e Monique Gardenberg, diretores do filme, conversam com o jornalista, crítico, curador e pesquisador do teatro Kil Abreu sobre a criação, direção e produção do filme, cujo texto também foi levado aos palcos pelo Teatro Oficina.

A versão fílmica de Esperando Godot desloca a dramaturgia de Samuel Beckett para os tempos atuais no Brasil. Agora ambientada em São Paulo, no Teatro Oficina e em seu entorno no Bexiga, a narrativa deste que é um dos maiores clássicos da literatura e do teatro no mundo, segue dando voz aos personagens Vladimir e Estragon. Como no original, sem perspectivas e sem ter o que fazer, eles ficam à espera de um sujeito que nunca chega.

A desesperança dessa dupla, embutida na peça do autor irlandês, que estreou em um pequeno teatro parisiense em 1953, é sentida agora pelos personagens enfrentando problemas atuais, como os vividos durante o isolamento, fruto da pandemia de Covid-19. A produção também marca a retomada dos trabalhos do Oficina naquele momento pandêmico, em que o grupo celebrava os seus 63 anos de existência.

Em cartaz na Itaú Cultural Play www.itauculturalplay.com.br em formato de filme, durante junho, Esperando Godot segue sendo apresentado como peça no Teatro Oficina, onde estreou em maio.

Convidados
Monique Gardenberg nasceu na Bahia, morou em Santos e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou o segundo grau e a Faculdade Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Ainda na faculdade, como parte do movimento pela abertura política, organizou diversos espetáculos, participando da coordenação dos shows 1º de Maio, liderados por Chico Buarque. Em 1982, ao lado da irmã Sylvia Gardenberg, fundou a Dueto Produções, responsável por eventos culturais icônicos, como o Free Jazz Festival. Em 1989, cursou cinema na New York University, e em 1993 fez sua estreia profissional com o premiado curta Diário Noturno. Como diretora, assina os especiais Caballero de Fina Estampa e Prenda Minha, de Caetano Veloso. No teatro, adaptou e dirigiu peças como Os Sete Afluentes do Rio Ota, de Robert Lepage. Em 2018, lançou o longa Paraíso Perdido, filme que marca sua volta ao cinema autoral. Em 2020, além de Esperando Godot, dirigiu a filmagem do espetáculo Criolo, Samba em 3 Tempos e assinou a direção geral da Série 5XComédia para Amazon Prime. Em 2022, criou e dirigiu a série 2022 para a HBOMax com mais de 50 artistas da música brasileira.

José Celso Martinez Corrêa (Zé Celso) é diretor, dramaturgo, atuador e um dos fundadores do Teatro Oficina. Recebeu de Mãe Stela de Oxóssi o título de Exu das artes cênicas. Encenou e encena espetáculos considerados antológicos, como O Rei da Vela, de Oswald de Andrade; Na Selva das Cidades, de Bertolt Brechet; As Bacantes, de Eurípedes, e Os Sertões, de Euclides da Cunha. Atuou ativamente na Tropicália, movimento de insurreição cultural no Brasil, prejudicado pelo AI-5, em 1968. No exílio, com a Cia Teatro Oficina, continua um trabalho intenso de produção ligado sobretudo ao cinema com os filmes 25 e O Parto, sobre a Revolução Moçambicana e a Revolução dos Cravos. Na década de 1990 reabre o Teatro Oficina com o projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi e Edson Elito. Com o Teatro Oficina, participa ativamente das insurreições e dos acontecimentos contemporâneos da cultura e das formas de fazer e viver nas cidades, como a luta cosmopolítica pela criação do Parque do Rio Bixiga, em São Paulo.

Kil Abreu é jornalista, crítico, curador e pesquisador do teatro, pós-graduado em Artes pela Universidade de São Paulo. Foi diretor do Departamento de teatros da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Escreveu para o jornal Folha de S.Paulo e coordenou por oito anos a Escola Livre de teatro de Santo André. Compôs os júris dos prêmios Shell e APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte. Fez a curadoria dos festivais de Curitiba, Festival Recife do teatro nacional, Festival de Fortaleza e da Plataforma Brasil, programa de internacionalização da MITsp – Mostra internacional de teatro de São Paulo. Foi curador da programação teatral do Centro Cultural São Paulo (2015/2021). Edita, com Rodrigo Nascimento, o site Cena Aberta – teatro, crítica e política das artes. É membro da AICT – Associação internacional de críticos de teatro.

 

 

 

 

 

Live Esperando Godot
Com Zé Celso Martinez Corrêa e Monique Gardenberg
.Mediação: Kil Abreu

Dia 29 de junho (quarta-feira), às 19h
Ao vivo, pelo YouTube do Itaú Cultural 
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: Livre

 

Longa-metragem Esperando Godot
De José Celso Martinez Corrêa e Monique Gardenberg (2021)
Na Itaú Cultural Play / Coleção Palco Virtual:
Em www.itauculturalplay.com.br
Duração: 144 min
Classificação indicativa: 14 anos (linguagem imprópria, conteúdo sexual, violência e drogas lícitas)

Itaú Cultural
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Foto Frame Esperando Godot – Palco Virtual Itaú Cultural Play: Divulgação

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