Com sessões presenciais no Centro Cultural São Paulo espetáculo traz como tema central a simbologia do coração como metáfora para a realidade, a solidão e o amor…
“Diferente de tudo que já fiz no campo artístico”. É assim que a atriz e diretora Georgette Fadel anuncia a sua estreia como dramaturga no espetáculo Capô, que chega aos palcos dia 11 de junho, sábado, às 21h, no Centro Cultural São Paulo, depois de dois anos e de uma experiência audiovisual. Além de autora, Fadel também assume a direção da montagem, que traz as atrizes Laura Fajngold, Luciana Fróes e Sarah Lessa, colaboradoras da dramaturgia.
Contemplado pela 9ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a cidade de São Paulo da Secretaria Municipal de Cultura, Capô tem dramaturgismo de Lara Duarte e chegaria aos palcos em junho de 2020, mas devido a pandemia de covid-19 a peça foi adiada.
“O espetáculo que só agora chega aos palcos foi apresentado ao público primeiramente como uma peça-site, uma obra audiovisual com elementos teatrais, mas que não era a peça filmada. Mostramos alguns caminhos percorridos para a realização do espetáculo e um pouco da obra em si. Foi uma obra inspirada na obra”, explica Georgette.
Simbologia do coração
Capô, que acontece em um espaço delimitado de 5×5 metros, onde as atrizes buscam uma intimidade com a plateia, mostra o mergulho de três mulheres – depois da última guerra ter destruído o planeta – em busca do coração da Terra, portadoras do último suspiro humano. Em busca da vocação cardíaca, da lei guia, o amor. E elas atravessam então, juntas, diferentes profundidades, etapas da iniciação necessária: a despedida da civilização e seus porões, a solidão extrema, o esquartejamento do ego, a descoberta do amor social e a liberdade das formas de existência.
Para a autora e diretora, a escolha da água como ambiente dessa experiência torna mais denso e visível o fluido que liga tudo, já que a obra traz o sistema circulatório como imagem central para a realidade social planetária. Segundo ela, Capô foi escrita de maneira muito própria e com muito lirismo. “É um texto visceral e racional escrito com a cabeça e também com o coração”.
Com direção de arte de Laura Vinci, figurinos de Joana Porto e Rogério Pinto, iluminação de Iaiá Zanatta e direção musical de Luiz Gayotto, Capô é uma apologia às forças do coração de uma forma minimalista e que busca a simplicidade.
“Capô é a utopia máxima de um mundo onde as forças do coração agem como regentes das ligações entre as partes, as particularidades, os indivíduos. Destaco o trecho do texto: ‘Pontes. Tudo é ponte pra tudo’ e ‘circulação etérica, é disso que se trata: o meu sangue nas suas veias’. A dramaturgia sintética é um mergulho na vontade expressa de comunicação sobre os caminhos para algo novo e os dilaceramentos necessários de todas as ideias fixas do mundo”, adianta Georgette.
Ficha Técnica
Direção – Georgette Fadel. Assistência de direção – Gabriel Franco e Zi Arrais. Elenco – Laura Fajngold, Luciana Froes e Sarah Lessa. Dramaturgia – Georgette Fadel, com colaboração das atrizes. Dramaturgismo – Lara Duarte. Assistência de pesquisa dramatúrgica – Belise Mofeoli. Direção de arte – Laura Vinci. Assistente de direção de arte – Flora Belotti e Bia Coelho. Figurinos – Joana Porto e Rogério Pinto. Aderecista – Roberto Pádua. Costureira – Satele André. Produção – Katia Manfredi. Direção de movimento – Kenia Dias e Ana Paula Lopes. Direção vocal interpretativa – Lucia Gayotto Iluminação e operação de luz – Iaiá Zanatta. Direção musical – Luiz Gayotto. Trilha sonora original – Luiz Gayotto e Ivan Garro. Desenho de som, sonoplastia e operação de som – Ivan Garro. Produção musical – Ivan Garro (Estúdio Olaria) e Rovilson Pascoal (Estúdio Parede-Meia). Músicos – Luiz Gayotto, Ivan Garro, Rovilson Pascoal e Yonan Daniel. Direção de cena – Elisete Jeremias. Assistente de direção de cena – Yaminah Olubunmi. Designer e Mídias sociais – Gabriel Franco. Assessoria de imprensa – Nossa Senhora da Pauta.
Capô
Centro Cultural São Paulo
Espaço Cênico Ademar Guerra
Rua Vergueiro, 1000 – Estação de metrô Vergueiro
Telefone – (11) 3397-4002
Capacidade – 50 lugares
De 11 a 26 de junho
sextas-feiras e sábados às 21h
domingos às 20h.
Duração – 60 minutos
Classificação – 16 anos
Ingressos – R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia-entrada)
Venda no link Sympla
Acesso para pessoas com deficiência
Instagram – @capo.art
Foto: Laura Fajngold
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