Itaú Cultural Play abre a programação de junho com série sobre personalidades das artes e cultura do país

A primeira mostra do mês na plataforma traz 10 filmes realizados pelo próprio instituto com as personalidades contempladas pelo Prêmio Itaú Cultural 30 anos, em 2017, entre pessoas e coletivos que, ao longo das três décadas anteriores, intervieram significativamente na vida artística e cultural do Brasil…
 

 

No dia 10 de junho, sexta-feira, a Itaú Cultural Play abre a grade com a mostra Trajetórias, uma série de 10 episódios produzidos pelo Itaú Cultural. Os filmes destacam a contribuição de personalidades brasileiras para a arte e cultura do país, que receberam o Prêmio Itaú Cultural 30 anos. Este é o mês em que a plataforma completa um ano – no dia do cinema brasileiro, 19 –, e a programação levará mais novidades especiais para o catálogo ao longo do período. Iniciado com 135 títulos, ele já soma mais de 500 produções – todas disponibilizadas, gratuitamente, em itauculturalplay.com.br e nos dispositivos móveis IOS e Android

Trajetórias apresenta uma série documental dirigida por Tobias Rodil e produzida em 2017 para o Prêmio Itaú Cultural 30 anos. Entre as personalidades premiadas, está Davi Kopenawa, xamã e líder político do povo Yanomami, presidente da Hutukara Associação Yanomami, ativista na defesa dos povos indígenas e da floresta amazônica, além de autor, roteirista, produtor cultural e palestrante. Com depoimentos e imagens de diversas comunidades indígenas do norte do país, ele revela os aprendizados que recebeu de seus antepassados e as dificuldades do homem branco em conhecer, absorver e entender a cultura e sabedoria dos índios.

Outro filme é dedicado a Sueli Carneiro. Também homenageada no ano passado com uma mostra da série Ocupação na instituição, neste documentário ela fala do Geledés – Instituto da Mulher Negra e do contexto político em que foi criado, bem como de seu trabalho contra o racismo e o sexismo no Brasil. A filósofa, escritora e ativista mostra como sua luta contra as desigualdades racial e de gênero servem de modelo para iniciativas adotadas por órgãos do governo e outras instituições do país e do exterior.

A coreógrafa e bailarina Lia Rodrigues é mais uma personalidade retratada em filme. Ela conta como desenvolve o seu processo criativo e a repercussão de seus projetos sociais, com destaque para o trabalho artístico com as comunidades da Maré, no Rio de Janeiro. Nesse documentário, Lia defende uma cultura mais democrática e debate questões socioculturais e políticas, expressas por críticas e denúncias às causas e efeitos da injustiça, da pobreza e da violência.

As comunidades da Maré seguem como pauta da mostra. Dessa vez com Eliana Sousa Silva depondo sobre o seu trabalho dedicado ao desenvolvimento educacional e sustentável. Paraibana, radicada no Rio de Janeiro, a educadora e ativista social fala da criação da Redes de Desenvolvimento da Maré, organização da sociedade civil que articula diálogos entre os moradores locais, o poder público e a iniciativa privada.

Ainda no campo educacional e influenciada por Paulo Freire, a arte-educadora Ana Mae Barbosa mostra, no filme dedicado a ela, sua incansável luta para formar artistas e fazer com que as pessoas se relacionem com a arte. Com a criação de métodos pedagógicos acessíveis e inclusivos, ela implantou a disciplina de arte-educação em escolas e instituições culturais de todo o país.

A série traz, ainda, a história do compositor e multi-instrumentista alagoano Hermeto Pascoal. Referência para gerações de artistas populares e eruditos, ele revela que nasceu músico e que dá liberdade à sua mente para criar, sem nenhum tipo de premeditação.

A programação é completada com mais quatro episódios. Um deles traz o escultor sergipano autodidata, que cria esculturas em madeira, Véio. Outro, destaca o Teatro da Vertigem, um dos principais coletivos teatrais do país. Também ficam disponíveis no catálogo as histórias do bailarino e mestre de capoeira, Gilson Santana, conhecido como Mestre Meia-Noite, e da arqueóloga e pesquisadora Niède Guidon, um dos nomes mais atuantes na conservação e na manutenção de relíquias pré-históricas em solo brasileiro.

 

 

 

 

 

Itaú Cultural Play – Mostra Trajetórias
Sexta-feira, 10 de junho de 2022
Documentários, 2017
De Tobias Rodil
Em www.itauculturalplay.com.br

Trajetórias – Ana Mãe Barbosa
Duração: 14 minutos
Classificação indicativa: Livre

Trajetórias – Davi Kopenawa
Duração: 14 minutos
Classificação indicativa: Livre

Trajetórias – Eliana Souza Silva
Duração: 14 minutos
Classificação indicativa: Livre

Trajetórias – Sueli Carneiro
Duração: 14 minutos
Classificação indicativa: Livre

Trajetórias – Hermeto Pascoal
Duração: 14 minutos
Classificação indicativa: Livre

Trajetórias – Lia Rodrigues
Duração: 14 minutos
Classificação indicativa: Livre

Trajetórias – Mestre Meia-Noite
Duração: 14 minutos
Classificação indicativa: Livre

Trajetórias – Niède Guidon
Duração: 14 minutos
Classificação indicativa: Livre

Trajetórias – Teatro da Vertigem
Duração: 14 minutos
Classificação indicativa: Livre

Trajetórias – Véio
Duração: 14 minutos
Classificação indicativa: Livre

 

Foto Davi Kopenawa – Trajetórias – Itaú Cultural Play: Divulgação

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