Todos os artistas da programação reverenciam o sanfoneiro, cantor e compositor. Mariana Aydar abre o projeto e Anastácia fecha, dias 12 de maio e 16 de junho, respectivamente…
As noites trazem Liv Moraes e Cosme Vieira, Mestrinho e Lulinha Alencar, Tiganá Santana e Luisa Maita, Mariana Aydar, Elba Ramalho e Anastácia.
Interrompido pela pandemia após a estreia, quando realizou apenas o primeiro show, de Hermeto Pascoal, em março de 2020, e depois retomado em novembro de 2021, o Toda Quinta reafirma a parceria com o Teatro Vivo, onde nasceu a série, e apresenta sua 3ª edição de 12 de maio a 16 de junho, sempre às quintas-feiras, às 20 horas. Nas seis semanas de shows, optou-se pela continuidade de uma programação em homenagem a Dominguinhos (1941/2013), desta vez com apresentações totalmente dedicadas à obra deste artista genial. Desde a estreia, as atrações convidadas a se apresentar prestaram suas homenagens ao músico, executando uma ou duas de suas composições, dentro do repertório, devido à celebração de seus 80 anos.
A mais atual iniciativa do Projeto Memória Brasileira, criado para desenvolver ações de valorização da música brasileira, o projeto das quintas-feiras tem a proposta de fidelizar o público da região e da cidade de São Paulo, nas noites de quinta feira, oferecendo aos amantes da boa música uma programação de qualidade, inédita neste espaço. Idealizado por Myriam Taubkin e Gabriel Fontes Paiva, que assinam, respectivamente, a direção musical e a direção de arte, o Toda Quinta convidou uma banda – presente em todas as apresentações -, que interpretará temas instrumentais e canções do homenageado, com participação especial de artistas para os quais Dominguinhos sempre foi referência, entre eles Anastácia, Elba Ramalho, Mariana Aydar, Lula Alencar e Mestrinho.
Portanto, a cada noite, o Toda Quinta recebe um convidado especial que será acompanhado pelo grupo de músicos selecionados para esta série: Cosme Vieira, voz e sanfona; Salomão Soares, piano; Zezinho Pitoco, zabumba, sax alto e clarinete; João Taubkin, contrabaixos e violão; Guegué Medeiros, percussão. “Os artistas da programação reverenciam Dominguinhos em seus trabalhos e o público terá a oportunidade de ouvir sua música interpretada de modo único por todos, inclusive por Tiganá Santana e Luisa Maita, que também farão sua leitura particular da obra. Para os outros convidados, Dominguinhos é o guia ou um dos guias”, pontua Myriam Taubkin.
Ficha Técnica
Idealização: Myriam Taubkin e Gabriel Fontes Paiva
Direção musical: Myriam Taubkin
Direção de arte: Gabriel Fontes Paiva
Engenheiro de som: Alberto Ranelucci
Luz: André Prado.
Produção: Gustavo Martins
Coordenação de projeto: Luana Gorayeb
Projeto gráfico: Teresa Maita
Assessoria de Imprensa: ArtePlural Comunicação
Realização: Projeto Memória Brasileira
Toda Quinta
Projeto musical no Teatro Vivo
Rua Dra. Chucri Zaidan, 2460 (antigo 860)- Morumbi
Telefone: (11) 3279-1520
Capacidade do teatro: 274 lugares
Quintas, às 20h
Classificação: livre
Duração: 60 minutos
Ingressos: R$80,00 (inteira) / R$40,00 (meia entrada).
Vendas: Sympla
Horário da Bilheteria: Fone: 11 3279-1520 – Funcionamento somente nos dias de peça 2h antes da apresentação. Estacionamento no local – Valor: R$ 25,00 – 2h antes da sessão até 30 minutos após o término da apresentação.
O Teatro Vivo, foi reformado recentemente e oferece todas as condições para o público amante de música: boa acústica e visibilidade, além de conforto.
Programação
Mariana Aydar – Dia 12 de maio
A cantora alia elementos e ritmos contemporâneos às suas raízes no samba, forró e afoxé. Em 2014 lançou o documentário “Dominguinhos” e em sua carreira lançou cinco discos de estúdio, sendo o último consagrado com o Grammy Latino 2020 de Melhor Álbum de Raízes em Língua Portuguesa.
Liv Moraes e Cosme Vieira – Dia 19 de maio
Liv Moraes – Filha de Dominguinhos ingressou profissionalmente na música aos 18 anos, recebendo o prêmio de melhor cantora de forró no 6º Prêmio da Música de Pernambuco. Anualmente se apresenta nos maiores festivais de São João do Brasil em Caruaru (PE), Campina Grande (PB) e Aracaju (SE).
Cosme Vieira – nascido em 1997, começou a tocar sanfona com quatro anos, quando uma sanfoninha de papelão levada pela chuva parou dentro de sua casa. Seguiu se apresentando em programas de rádio e TV com o trio Forró Moleque. Atualmente, toca por todo Brasil e desenvolve trabalhos com grandes nomes da música como Ivete Sangalo, Duani, Zeca Baleiro, Mariana Aydar, Liv Moraes, Toninho Horta e muitos outros.
Mestrinho e Lulinha Alencar – Dia 26 de maio
Lulinha Alencar e Mestrinho se juntam para o “ToCantE”. Em comum, o sotaque regional, o autodidatismo, o instrumento e o convívio com Dominguinhos, que levaram os dois músicos a gravarem essa homenagem ao mestre da sanfona brasileira.
Mestrinho, sergipano de Itabaiana, neto do tocador de oito baixos, e filho de sanfoneiro, Mestrinho aos 6 anos já tocava sanfona e, aos 17 anos, mudou-se para São Paulo, onde logo chamou a atenção pelo seu talento, passando a acompan har e dividir o palco com muitos dos mais influentes artistas brasileiros.
Lulinha Alencar, nascido no sertão do Rio Grande do Norte, teve seu primeiro contato com a música em casa, tocando triângulo e zabumba com seu pai, o sanfoneiro Zé de Cezário. Autodidata, radicou-se em São Paulo, inicialmente como pianista, sem imaginar que ganharia oportunidade e notoriedade também como sanfoneiro.
Tiganá Santana e Luisa Maita – Dia 2 de junho
Tiganá Santana – Nascido em Salvador, Bahia, é compositor, cantor, instrumentista, poeta, produtor musical, diretor artístico, curador, pesquisador, professor e tradutor. Depois de lançar três álbuns, com produções, pesquisas e conceitos distintos, além de viagens e residências específicas, Tiganá consolida uma personalidade musical e é eleito um dos dez músicos fundamentais da música atual brasileira pela conceituada revista inglesa especializada em música, Songlines. Com um timbre de voz inconfundível, lança no ano de 2020 os álbuns “Vida-Código” — agraciado pelo Edital de Publicação Musical do Departamento de Cultura da Suécia — e “Milagres”, feito sob solicitação de uma gravadora alemã, a Martin Hossbach, para revisitar o álbum “Milagre dos Peixes”, de Milton Nascimento.
Luísa Maita – Como compositora é uma cronista da sua cidade. Lançou o álbum Lero-Lero em 2010, no Brasil e nos EUA, que foi um marco na sua carreira, quando recebeu o Premio da Música Brasileira. Duas faixas do álbum fizeram parte da trilha do filme Boyhood. Em 2011, apresentou-se em importantes festivais de verão na Europa e em 26 cidades americanas, e em 2014, realizou nova turnê nos EUA, incluindo casas como o Lincoln Center em NY. Em 2016 Luísa lançou seu novo disco “Fio da Memória”, e saiu em uma Tour pelo Canadá e EUA, arrancando elogios dos maiores críticos do cenário musical de mídias como Pitchfork, The New York Times, entre muitos outros. Agora Luísa se prepara para o lançamento de seu novo disco.
Elba Ramalho e Toninho Ferragutti – Dia 9 de junho
A cantora, compositora, multi-instrumentista e atriz Elba Ramalho, é uma das intérpretes da Música Popular Brasileira (MPB), que se destaca por ser uma das principais divulgadoras da cultura do Nordeste. http://www.elbaramalho.com.br/biografia
Toninho Ferragutti é acordeonista, compositor, arranjador e educador. Possui uma extensa participação em centenas de CDs e shows de artistas importantes como Gilberto Gil, Maria Bethânia, Maria Schneider, Lenine, Spok Frevo, Orquestra Jazz Sinfônica, Osesp (Orquestra sinfônica do Estado de São Paulo), Orquestra jovem Tom Jobim, Orquestra Versátilis, entre tantos outros. Tem 15 CDs solo e em parceria com 3 indicações ao Grammy Latino, também tem indicações ao Prêmio Tim, Prêmio Governador do Estado de São Paulo, Prêmio da Música Brasileira. Recebeu o Troféu Açorianos de música 2014/2015 como melhor compositor Erudito, Troféu Cata-Vento 2015 cd Como Manda o Figurino (com Bebê Kramer). Em 19 de julho de 2017, foi premiado como melhor Solista na categoria instrumental no 28º Prêmio da Música brasileira.
Anastácia – Dia 16 de junho
No auge de seus 82 anos e com uma carreira que já dura mais de seis décadas, Anastácia continua firme e forte em seu relacionamento com a música brasileira e nordestina. Considerada a Rainha do Forró, Anastácia iniciou a carreira artística em 1954, no Recife. Em 1960, veio morar em São Paulo. Em 1961 gravou seu primeiro LP pela Chantecler. É autora de hinos do cancioneiro popular e regional, tais como “Saudade Matadeira” e “Alegria de Pé de Serra”, “Tenho Sede”, e “Eu Só Quero Um Xodó”, e conta com mais de 30 discos gravados, mais de 800 composições e mais de 60 anos de carreira, inclusive internacional, com direito a indicação ao Grammy Latino.
Foto Dominguinhos: Katia Gardin
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