Com Eduardo Semerjian, Leticia Tomazella, Lisandra Cortez, Marcelo Diaz e Pedro Lemos. Estrutura original do texto é base para uma reflexão sobre a desigualdade de gênero…
A Megera Domada é uma das peças mais famosas do grande dramaturgo inglês William Shakespeare. A comédia narra as confusões criadas por um grupo de pretendentes pela bela e doce Bianca, após saberem da decisão de seu pai controlador: ela só se casaria após o enlace de sua irmã mais velha, a indomável Catarina, que é refratária à natureza dos relacionamentos amorosos da época. É neste cenário que entra Petruchio que, na busca por um casamento de interesse, se dispõe a enfrentar a fera. A tradução e a adaptação são dos dramaturgos e roteiristas Fabio Brandi Torres e Isser Korik, que também assina a direção. A peça teve sua estreia em dia 12 de outubro de 2021, no Teatro Folha, tendo no elenco Leonardo Miggiorin, Eduardo Leão, Leticia Tomazella, Lisandra Cortez e Sérgio Rufino.
A nova montagem estreará em 02 de setembro, no Teatro UOL, com novo elenco. Os cinco atores interpretam dezesseis personagens do texto original, numa troca rápida que vai além do figurino. A exigência de uma mudança interna para cada personagem, desafia os atores e exige um grande preparo técnico. Para a composição corporal foi convidado Tito Soffredini, neto do grande dramaturgo e diretor Carlos Alberto Soffredini (1939-2001), que é especialista na técnica de Klauss Viana), que fez um intenso trabalho de preparação.
Para facilitar a identificação da plateia com os vários personagens, uma brincadeira com sotaques brasileiros identificará cada um. Se na peça original eles nasceram em Pádua, Pisa ou Mântua, nesta montagem os sotaques passeiam entre mineiros, gaúchos ou paulistas do tradicional bairro da Mooca. “Fui desafiado pelo Fabio a dirigir um texto de Shakespeare. Estranhei, pois meu trabalho sempre foi mais voltado para a comédia e para o popular, mas ele me provou que Shakespeare também tinha este caminho. E assim surgiu esta versão bem popular” conta Isser Korik.
Escrita em 1594, especialistas divergem sobre a intenção do autor: seria A Megera Domada um retrato da vida renascentista ou uma crítica aos costumes da época? Ao conhecermos os personagens, com seus discursos e crenças, fica clara a transformação que a sociedade viveu nestes mais de 400 anos, seja ela moral, ética ou a própria ideia do casamento, ao mesmo tempo mostra que ainda sobrevivem na sociedade atual alguns resquícios do pensamento da época. A adaptação se vale da estrutura original, que cria uma peça dentro da peça, para ampliar a discussão sobre a desigualdade de gênero. Mantendo a graça, a leveza, os romances e o humor do texto de William Shakespeare.
Ficha Técnica
A Megera Domada
Comédia de William Shakespeare
Tradução e adaptação de
Fábio Brandi Torres e Isser Korik
Iluminação e Direção: Isser Korik
Assistência de Direção: Mariana São João
Preparação Corporal de atores: Tito Soffredini
Elenco: Eduardo Semerjian, Leticia Tomazella, Lizandra Cortez, Marcelo Diaz e Pedro Lemos.
Cenografia: Paula de Paoli
Figurinos: Graziela Bastos
Trilha Sonora: Wagner Bernardes
Maquiagem: Patrick Aguiar
Fotografia: Guilherme Assano
Equipe de Palco: Isabela Alcântara, Mariana São João, Ricardo Koch Mancini
Assessoria de Imprensa: ARTEPLURAL Comunicação
Administração: San Marino
Prestação de Contas: Sonia Kavantan
Coordenação de Marketing: Emanoela Abrantes
Criação Gráfica: Designorama
Equipe técnica: Jardim Cabine
Mídias Sociais: Renata Castanho
Coordenador do Projeto e Produção: Will Siqueira
Realização: Referendum
A Megera Domada
Teatro UOL
Shopping Pátio Higienópolis
Av. Higienópolis, 618 / Terraço
Tel.: (11) 3823-2323
Capacidade: 300
Estreia dia 2 de setembro
Temporada: Até 26 de novembro de 2023
Sábados às 22h e domingos às 20h.
Duração: 90 minutos
Recomendação: Livre
Ingressos: R$ 80,00
Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323. Vendas online: www.teatrouol.com.br lugares / Não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex
Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube UOL e Clube Folha 50% desconto / Horário de funcionamento da bilheteria: sextas-feiras, das 16h às 21h; sábados, das 14h às 22h e domingos, das 14h às 20h;
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Ar-condicionado
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Sobre Isser Korik
Diretor, ator, produtor, tradutor e dramaturgo, Isser Korik coleciona trabalhos marcantes como comediante em 38 anos de carreira, como “Vacalhau & Binho”, de Zé Fidélis, que permaneceu oito anos em cartaz; “O Dia que Raptaram o Papa”, de João Bethencourt; e mais recentemente, “E o Vento não Levou”, de Ron Hutchinson, “Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera”, de Gláucio Gill, “Divórcio!”, de Franz Keppler e “Bonifácio Bilhões” de João Bethencourt. Como diretor se destaca na comédia. Concebeu “Nunca se Sábado…”, apresentado por quatro temporadas sob sua direção-geral, que marcou a cena paulistana. Dirigiu o sucesso “A Minha Primeira Vez”, de Ken Davenport; a trilogia cômica de Alan Ayckbourn “Enquanto Isso…”; “O Mala”, de Larry Shue; o projeto “Te Amo, São Paulo”, que reuniu grandes nomes da dramaturgia paulista; “Jogo Aberto”, de Jeff Gould; “O Empréstimo”, de Jordi Galceran; “Que Tal Nós Dois?”, com Carolina Ferraz, “As Guerreiras do Amor” de Domingos Oliveira e “Novo e Normal” com Sérgio Mamberti e Suely Franco, e “O Funil do Brasil” de Sérgio Roveri. Também se destaca no teatro para crianças onde dirigiu “A Pequena Sereia”, de Fábio Brandi Torres; “Grandes Pequeninos”, de Jair Oliveira; “Cinderela”, “O Grande Inimigo” e “Ele é Fogo!”, de sua autoria, tendo recebido por esse último o Prêmio APCA. É diretor artístico da produtora Conteúdo Teatral e do Teatro UOL.
Sobre Fábio Brandi Torres
Fabio Brandi Torres é escritor, dramaturgo, roteirista e diretor teatral, indicado uma vez ao Prêmio Shell, uma vez ao Prêmio Humor SP e três ao Prêmio FEMSA, todas como Melhor Autor. Tem um livro infanto-juvenil editado, O Tesouro de Fabergé, e teve a peça Um Conto do Rei Arthur premiada no Concurso Vladimir Maiakovski, com publicação pela Editora Iluminuras. Também foi duas vezes vencedor do prêmio de melhor autor do Festival Curta Teatro / SESI, com os textos Subindo! (2000) e 2X2 (2002). Em teatro, seus textos foram encenados por Isser Korik (Grandes Pequeninos, Pequena Sereia, A Megera Domada), Iacov Hillel (Prepare seu Coração e Tutto Nel Mondo è Burla), Val Pires (Medida por Medida), Caco Ciocler (Vão Livre), André Garolli (Trama da Paixão e O Mata-Burro) e Rosi Campos (Se Casamento Fosse Bom…). Participou de residências dramatúrgicas em Coimbra (Portugal, 2012), no Mindelo (Cabo Verde, 2015) e em Matosinhos (Portugal, 2019). É membro do CDC – Centro de Dramaturgia Contemporânea, grupo formado exclusivamente por dramaturgos, responsável por várias montagens e publicações de textos teatrais. Também é fundador da Cia Prosa dos Ventos, que realiza uma pesquisa voltada à dramaturgia infantil. Em cinema, assinou o roteiro dos documentários 22 em XXI, parte das comemorações do centenário da Semana de 22, e Inezita, lançado na 42ª Mostra Internacional de Cinema de SP, além dos curtas Herr Samba (Alemanha, 2023), Dois Elefantes (Brasil, 2022), Entrevista Compulsória (Brasil, 2022) e Außerhalb des Aquariums (Alemanha, 2020), entre outros. Em televisão, foi roteirista das telenovelas Seus Olhos (SBT) e Paixões Proibidas (BAND / RTP), em colaboração com Aimar Labaki e Mário Viana, além de sitcoms no Multishow e na Band.
Sobre o elenco
Eduardo Semerjian é ator desde 1990, em TV, cinema, teatro, além de locutor e dramaturgo. Ator em 30 peças de teatro como “O Bem Amado – musicado” direção de Ricardo Grasson; “Caros Ouvintes”, de Otávio Martins; “Hamlet”, direção de Ron Daniels; “12 Homens e Uma sentença”, com o Grupo Tapa; e “O Fingidor”, de Samir Yazbek. Atuou em seriados como “O Negócio”, da HBO; “Maysa – quando fala o coração”; “Passaporte para Liberdade”, de Jayme Monjardim; “Sense8” e “Lilyhammer”, pela Netflix; na novela “As Aventuras de Poliana”, no SBT; e entre vários filmes participou de “Minha Mãe é uma peça 2”, de Paulo Gustavo; “Meu País”, de
André Ristum; “Ensaio sobre a Cegueira”, de Fernando Meirelles; e “Olga”, de Jayme Monjardim. Escreveu as peças “Uma Noite de Outono Antes da Paz”, montada em 2006; e “Plutão”, de 2022. É professor de interpretação para teatro e audiovisual, preparador de atores e diretor de teatro.
Letícia Tomazella é atriz formada pela Escola de Arte Dramática da USP. Já trabalhou com diretores como Clarice Niskier, André Acioli, Vladimir Capella, Leonardo Medeiros, Georgette Fadel, Marat Descartes, entre outros. No teatro, seu trabalho mais recente foi o espetáculo “Freedom City”, do dramaturgo escocês Davey Anderson, direção de Davi Reis, em cartaz no CCSP em 2022. No audiovisual, acaba de rodar o longa “Socorro, tô falido” (2023), de Fred Mayrink, protagonizando a obra ao lado de Ary Fontoura, Luis Miranda e Mariana Santos. E também acaba de rodar a série “DNA do Crime” (2023), direção de Heitor Dhalia, para a Netflix. Seu curta “Uma Atriz Irrelevante” (roteiro e atuação seus, direção de Sérgio Roizenblit) lhe rendeu dois prêmios e uma indicação a Melhor Atriz em festivais internacionais de cinema.
Lisandra Cortez, com 20 anos de uma de que abrange teatro, televisão e cinema, iIniciou sua trajetória no teatro onde realizou peças clássicas, como: “As Troianas”, “Romeu e Julieta”, “Tristão e Isolda”, seu último espetáculo foi a comédia “A Megera Domada” com direção de Isser Korik em 2021. No audiovisual atuou nas novelas “Amigas e Rivais”, “Chiquititas” e “As Aventuras de Poliana” entre outras na Rede Record e Globo. No cinema rodou em 2022 o filme “O Retorno II”, onde deu vida à personagem Lea, uma missionária caçada por levar a palavra de Deus as comunidades, e acaba de finalizar as filmagens do longa “Mamonas Assassinas” que tem estreia prevista para janeiro de 2024 em todos os cinemas do Brasil. Sua influência e paixão pela arte continuam a inspirar outros artistas e amantes do gênero que a seguem somando quase dois milhões de seguidores nas redes sociais.
Marcelo Diaz atua profissionalmente desde 1996. Recentemente esteve em “Banco dos Sonhos”, direção de Kiko Marques e “Mundo Cão”, direção de Pedro Garrafa e Williams Mezzacapa. Protagonizou “Michel lll”, direção de Marcelo Várzea. Com a Velha Companhia, sob direção de Kiko Marques, participou de “Sinthia”, “Cais ou Da Indiferença das Embarcações”, “Valéria e os Pássaros”, “Crepúsculo”, “Brinquedos Quebrados”, e “Casa Submersa” pelo qual foi indicado ao Prêmio Aplauso Brasil como Melhor Ator Coadjuvante. Atuou ainda em “Os Saltimbancos” com direção de Fezu Duarte, “Chapeuzinho Vermelho” direção de Eduardo Leão; “Assombrando Julia”, direção de Alexandre Tenório, “As Feiosas” de Marilia Toledo (indicado ao Prêmio Femsa Coca-Cola na categoria melhor Ator Coadjuvante), “Na Cama com Tarantino” e “Revolução Urbana” com a Cia de Teatro Rock, “O Fingidor”, texto e direção de Samir Yasbek e “Pedro, o Cru” com a Cia São Jorge de Variedades e direção de Georgette Fadel. Em streaming e televisão atualmente está na série original da Netflix “Sintonia” como o empresário Luan, na série “Independências”, direção de Luiz Fernando Carvalho na TV Cultura, participou como Oswald de Andrade do longa documental “XXIl em 21” com direção de Hélio Goldsztejn, “Mister Brau” na Rede Globo e “Rotas do Ódio” da Universal Chanel.
Pedro Lemos é ator formado pelo Teatro Escola Célia Helena, conhecido por seus personagens Tobias, Tomás Ferraz e Waldisney, de “Chiquititas” e “As Aventuras de Poliana”, do SBT e atua profissionalmente desde 2005. Começou na televisão com a série “Antônia”, da Rede Globo. No cinema, atuou em “Rinha”, de Marcelo Galvão , “Trago Comigo”, de Tata Amaral e “Moscow”, de Mess Santos. No teatro, esteve em “Bruta Flor”, de Victor de Oliveira e Carlos Fernando Barros, “DejaVu”, criação coletiva dirigida por Fabio Marcof, “O Casamento Suspeitoso”, de Ariano Suassuna, dirigida por Ednaldo Freire, além de fazer parte da Cia Fraternal de Arte e Malas Artes, também dirigida por Ednaldo Freire, com textos de Luis Alberto de Abreu.
Foto: Guilherme Assano
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