Dia 13 de dezembro, quarta-feira, às 19h, Kismara Pezzati é solista no Messias de Handel, no Theatro São Pedro, sob regência de Tiago Pinheiro, à frente da Orquestra Barroca da Emesp (Escola de Música do Estado de São Paulo) e do Coral Jovem do Estado. Essa mesma apresentação acontece em mais dois dias, 15 e 16 de dezembro, sexta-feira, às 20h, e sábado, às 17h, na Catedral Anglicana da Santíssima Trindade, que fica nos Campos Elíseos. Todos os eventos são gratuitos!

 
Kismara Pezzati tem intensa carreira internacional, tanto que cantou essa obra há alguns anos na Alemanha, com o renomado maestro de repertório barroco Helmuth Rilling, a frente da orquestra e coro Bachakademie Stuttgart, na Filarmônica de Essen. “Estive em vários projetos em parceria com esse maestro”, conta a cantora.

Em agosto, a mezzo-soprano esteve no elenco do Réquiem de Verdi no Teatro Amazonas, sob regência de Marcelo de Jesus. E já interpretou essa obra em Neuchâtel.

Nos dias 20 e 21 de dezembro, estará no elenco da 9ª Sinfonia de Beethoven, com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), sob a regência de Ligia Amadio, em Belo Horizonte.

Kismara Pezzati é conhecida pela ternura e potência de sua voz de mezzosoprano. Com uma sólida carreira operística internacional, ela se apresentou sob a batuta de grandes maestros, na Europa como Sir Simon Rattle, Nikolaus Harnoncourt, Lorin Maazel, Nello Santi, Vladimir Fedoseyev, Marek Janowski, Vladimir Jurowski, Kirill Petrenko, François Xavier Roth, Markus Stenz e Helmuth Rilling, e na América Latina como Ligia Amadio, Fernando Malheiro, Thierry Fischer, Fabio Mechetti, Abel Rocha, Claudio Cruz e Carlos Alberto Vieu. Tem compartilhado o palco com colegas como Leo Nucci, Jonas Kaufmann, Piotr Beczała, Klaus Florian Vogt, Nina Stemme, Eva Mei, Vesselina Kasarova e Waltraud Meier, para citar apenas alguns. O extenso repertório da mezzosoprano inclui os papéis de Amneris em Aida, de Verdi, e Laura em La Gioconda, bem como Dalila em Samson et Dalila, de Saint-Saëns, tendo interpretado Carmen na Alemanha, Neris em Médée de Cherubini no TMRJ, e Maffio Orsini em Lucrezia Borgia, de Donizetti, em St. Gallen, Suíça. Com excepcionais notas graves, ela também se apresenta em muitos papéis de contralto, como Erda (Rheingold e Siegfried de Wagner) em Essen (Alemanha), Orfeo de Gluck e Oberon de Britten (Sonho de uma Noite de Verão) no Theatro Municipal de São Paulo e Teatro São Pedro São Paulo respectivamente, Mary (O Holandês Voador) em Luxemburgo, Genebra, Bari, Caen e Zurique, Annina (Rosenkavalier) em Tóquio, Zurique e Londres, Wesenersmutter (Die Soldaten de Zimmermann) e Contralto Solo (Die Eroberung von Mexiko de Wolfgang Rihm) em Colônia, Maddalena em Rigoletto de Verdi em Saint-Etienne, França, e Ms. Quickly (Falstaff) em Bogotá.

Ao longo de sua carreira, Kismara colaborou com orquestras de renome mundial, como a Filarmônica de Berlim, a Orquestra de Câmara de Genebra, a Orquestra Filarmônica da Rádio da Holanda, a OSESP (Orquestra Sinfônica de São Paulo) e a Orquestra Sinfônica da Rádio de Berlim, tendo se apresentado em alguns dos palcos mais importantes da Europa, como a Filarmônica de Berlim, o Concertgebouw em Amsterdã, o Royal Festival Hall em Londres, a Ópera de Colônia, a Ópera de Zurique, o Festspielhaus Baden-Baden, o Teatro La Fenice em Veneza, o Teatro Solis em Montevidéu, a Sala São Paulo, Teatro Municipal de São Paulo, Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Teatro São Pedro em SP e o Teatro del Liceu de Barcelona. Como concertista, ficou conhecida com sua estreia no Concertgebouw de Amsterdã cantando El Amor Brujo de Falla, seguida pela gravação ao vivo em CD da 1ª Sinfonia de Hartmann. Em Genebra, ela cantou Wesendoncklieder na versão de Henze com a Orquestra de Câmara de Genebra, em Hamburgo, Stabat Mater de Rossini no Schleswig Holstein Music Festival e, em Bogotá, Folksongs de Berio, Sinfonias nº 2 e nº 8 de Mahler, tendo também apresentado essa última obraprima na Alemanha (Duisburg) sob a regência de Lorin Maazel. No Teatro Solis, (Montevidéu, Uruguai), cantou Heléne em Faust et Heléne, de Lili Boulanger, Rückert Lieder, de Mahler, e a primeira gravação do ciclo de canções Robaiyat, de Carlos Estrada.

Voltou à Sala São Paulo em março de 2020 como mezzosoprano solista da Missa Solemnis de Beethoven com a OSESP, dias antes da pandemia tomar conta do mundo. Recentemente, ela interpretou Brigitta (Die tote Stadt de Korngold) no prestigioso George Enescu Festival em Bucareste, além de concertos no Brasil com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais cantando o Elias de Mendelssohn e em Lisboa estreando um repertório inédito de D. Pedro Alcântara e Sigismund Neukomm com o grupo AmericAntiga sob a regência de Ricardo Bernardes. A forte colaboração com Helmuth Rilling na International Bach Academy inclui a Paixão de São João em Moscou e o Oratório de Natal de J. S. Bach na Liederhalle Stuttgart, Jeanne d’Arc au Bûcher de Honegger em Caracas, Messias de Handel em Essen, Missa Solemnis de Beethoven em Praga e Elijah de Mendelssohn em Milão com a Orquestra LaVerdi. Sua carreira e o desenvolvimento de sua voz são marcados por várias gravações, incluindo Der Ring des Nibelungen com Janowski, a Sinfonia nº 1 de Hartmann com Stenz, entre alguns DVDs para a Ópera de Zurique (Rigoletto e Tiefland). O mais recente é o álbum solo Hildegard Now and Then, dedicado à música de Hildegard von Bingen e seus textos, com composições de Silvia Berg. Nascida no Brasil, Kismara é amplamente conhecida pelo sobrenome “Pessatti”, mas em 2020 ela soube que a grafia original era “Pezzati” e a adotou como uma forma de honrar sua herança italiana.

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Foto: Divulgação