Com múltiplas linguagens, espetáculo PLSTC traz ao palco a urgência ambiental

Solo de Nicole D’Fiori com direção de Pedro das Oliveiras, da Cia Mungunzá de Teatro, é resultado de uma extensa pesquisa sobre lixo, consumo, obsolescência e plástico…

 

 

 

 

Em cena, a atriz transita por diferentes linguagens artísticas, como performance, dança, canto e encenação, além de executar a operação técnica de luz, som e vídeo…

Criar diferentes formas de comunicar questões sociais, culturais e econômicas referentes ao meio ambiente, extremamente pertinentes para a contemporaneidade é o ponto de partida do espetáculo PLSTC – Ação Cênica para Adiar o Fim do Mundo, que faz temporada de 22 de fevereiro a 8 de março no Teatro Arthur Azevedo, sessões de quinta-feira a sábado às 20h e domingo às 18h. No palco, atriz Nicole D’Fiori elabora sua angústia com relação à catástrofe ambiental e passeia por cenas e tempos nas mais diversas camadas ligadas ao assunto. A direção é de Pedro das Oliveiras, da Cia. Mungunzá de Teatro e da Vudu Filmes e Produções e a dramaturgia é de Rafael Presto, do Coletivo de Galochas.

Contemplada pela 2ª Edição do Edital de Apoio a Projetos Culturais de Múltiplas Linguagens da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo, PLSTC – Ação Cênica Para Adiar o Fim do Mundo é um solo performático onde a atriz Nicole D’Fiori transita por diferentes linguagens artísticas, como performance, dança, canto e encenação, além de executar a operação técnica de luz, som e vídeo.

No espetáculo, Nicole D’Fiori entra em cena somente com uma caixa enquanto no cenário há somente as mesas de som e luz. Com o desenrolar da peça, a atriz monta quatros manequins que compõem uma vitrine do fim do mundo e elabora sua angústia com relação à catástrofe ambiental, o acúmulo de lixo no planeta, racismo ambiental, ingestão involuntária de microplástico, obsolescência das espécies e necessidade de transição energética.

 

Emergência climática
Em sua estreia na direção teatral, Pedro das Oliveiras explica que PLSTC – Ação Cênica para Adiar o Fim do Mundo é resultado de uma extensa pesquisa que começou há três anos. “Eu e a Nicole começamos a pesquisar sobre as relações entre saúde e plástico no meio ambiente e nos deparamos com uma problemática profunda diante da impotência da sociedade perante o imenso consumo de plástico. Depois vieram outras questões pertinentes, como lixo, consumo, obsolescência e consequentemente o estado de emergência climática”.

Para Nicole D’Fiori, a montagem cria diferentes formas de comunicar questões sociais, culturais e econômicas referentes ao meio ambiente, extremamente pertinentes para a atualidade. “Na busca de um sonho de revolução, unindo a classe trabalhadora através de um prisma materialista histórico, PLSTC – Ação Cênica para Adiar o Fim do Mundo denuncia as mazelas do sistema capitalista, luta por uma existência digna e por uma transição energética urgente levando cultura de forma poética/política para a sociedade”, adianta ela.

Com direção musical e composição da trilha sonora original de Felipe Chacon e criação de atmosferas sonoras e mixagem da trilha sonora original de Paloma Dantas, a música é um ponto importante da montagem, que possui várias camadas dramatúrgicas. Na boca de cena uma TV transmite clipes da artista Lana Scott, além de animações do ilustrador inglês Steve Cutts.

O diretor Pedro das Oliveiras conta ainda que priorizou em sua direção as potencialidades de Nicole D’Fiori, já que a atriz está sozinha no palco. “Procurei valorizar as ações dela em cena, principalmente nas canções, que ela interpreta ao vivo, como também nas performances, que geram cenas imagéticas fundamentais para o espetáculo”.

“PLSTC – Ação Cênica para Adiar o Fim do Mundo se norteia no ecofeminismo como solução para mudança de comportamento individual e coletivo. A ideia é expandir a visão de natureza para além do olhar cultural da mãe provedora de recursos, contrapondo a estrutura da visão patriarcal em que estamos inseridos na busca de uma sociedade mais consciente, igualitária, sustentável e justa com o nosso planeta”, aposta Nicole D’Fiori.

 

Oficinas gratuitas
Em paralelo as apresentações da peça, acontece a oficina gratuita Arte Ambientalismo para Adiar o Fim do Mundo. A oficina é um espaço criativo e coletivo desenvolvido a partir do processo de criação do espetáculo PLSTC para pensar e desenvolver projetos artísticos em diferentes linguagens sobre a temática da arte ambiental.

Com consultoria e mediação de Pedro das Oliveiras, multiartista e diretor da montagem, a oficina acontece em três ocasiões diferentes: dias 20 e 21 de fevereiro, terça e quarta-feira, das 19h às 21h; 22 e 23 de fevereiro, quinta e sexta-feira, das 14h às 16h e 24 e 25 de fevereiro, sábado e domingo, das 14h às 16h, no Teatro Arthur Azevedo.

Ficha Técnica
Criação, Argumento e Performance – Nicole D’ Fiori. Direção Artística – Pedro das Oliveiras. Dramaturgia – Rafael Presto. Direção de Movimento – Cris Rocha. Criação de Atmosferas Sonoras e Mixagem da Trilha Sonora Original – Paloma Dantas. Direção Musical e Composição da Trilha Sonora Original – Felipe Chacon. Gravação Piano e Backing-Vocals – Rodrigo Zanettini. Preparação Vocal – Renato Barbosa. Concepção de Cenografia – Pedro das Oliveiras. Direção de Arte (Cenário, Figurino e Identidade Visual) – Leo Akio. Projeto Audiovisual e Clipes – Lana Scott. Animações – Steve Cutts. Desenho de Luz – Pedro das Oliveiras. Intérprete de Libras – Nara Oliveira. Direção de Produção/ Produção Executiva – Vudu Arte. Assessoria de Imprensa – Nossa Senhora da Pauta. Fotografia – Matheus José Maria. Parceiros – Eco Teatral e Cia Mungunzá de Teatro. Realização – Secretaria Municipal de Cultura – Prefeitura de São Paulo.

 

 

 

 

 

PLSTC – Ação Cênica para Adiar o Fim do Mundo
Teatro Arthur Azevedo

Sala Multiuso
Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo
De 22 de fevereiro a 8 de março
Quinta-feira a sábado às 20h
Domingo às 18h
Duração: 60 minutos
Classificação: 10 anos
Ingressos: Gratuitos

 

Oficina

Arte Ambientalismo para Adiar o Fim do Mundo
Duração: 120 minutos
Classificação: 10 anos
Gratuitas

Teatro Arthur Azevedo
Sala Multiuso
Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo.
Turma 1 – 20 e 21 de fevereiro, terça e quarta-feira, das 19h às 21h
Turma 2 – 22 e 23 de fevereiro, quinta e sexta-feira, das 14h às 16h
Turma 3 – 24 e 25 de fevereiro, sábado e domingo, das 14h às 16h

 

Sobre a Vudu Filmes e Produções
A Vudu é uma produtora de arte criada em 2020 pelos artistas Nicole D’Fiori, atriz, produtora e diretora, e o diretor e artista Pedro das Oliveiras e, que leva na sua identidade uma forma de expressão artística contemporânea poética e política, criando narrativas “poelíticas” de múltiplas plataformas. A Vudu Filmes e Produções é ganhadora dos editais Proac Aldir Blanc do Estado de São Paulo, Múltiplas Linguagens da Prefeitura de São Paulo, e dos prêmios Revelando Territórios do Museu da Cidade e Paulo Freire de Educação.

Site: vudu.art.blog | Instagram: @vudu.arte

 

Foto: Matheus José Maria

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